A CONCEPÇÃO DE ALUNOS INSTITUCIONALIZADOS SOBRE O ACESSO DE ATIVIDADES FÍSICAS E ESPORTES NA CIDADE DE MUZAMBINHO MG

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Transcrição:

A CONCEPÇÃO DE ALUNOS INSTITUCIONALIZADOS SOBRE O ACESSO DE ATIVIDADES FÍSICAS E ESPORTES NA CIDADE DE MUZAMBINHO MG Giordano de O. M. CLEMENTE¹; Ieda M. S. KAWASHITA²; Ana Flávia L. de OLIVEIRA³ Resumo Diante da visível importância de se praticar atividades físicas ou alguma modalidade esportiva, nosso trabalho teve como objetivo verificar se os alunos da (APAE) de Muzambinho MG tem acesso a prática de modalidades esportivas e de atividades físicas regulares. Foram entrevistados oito indivíduos, com idades entre 15 e 62 anos, todos matriculados na APAE de Muzambinho MG. A partir dos resultados concluímos que os sujeitos só tem acesso a práticas esportivas na Instituição. Introdução A atividade física e o esporte são considerados indispensáveis na forma de vida do ser humano. Na atualidade observamos a existência de uma visão voltada a qualidade de vida associada a prática de atividade física e esporte. É sabido que a prática de atividades físicas é essencial para se ter uma boa saúde e também pode

agir como uma terapia pessoal em diversas situações, MEDINA & GONÇALVES (1997), analisam a relevância do exercício físico e do esporte para a educação e a saúde da sociedade brasileira e explicitam a necessidade de apreciações cuidadosas. A medida que procuram alertar para a necessidade do distanciamento de influencia de setores sociais que poderiam exercer visões dominantes sobre as atividades corporais; fortalecem, ainda, a visão da concepção de saúde entendida como busca e ato de adaptação e superação das pessoas aos meios físico, psíquico e social. (MEDINA & GONÇALVES, 1997, pág. 22) A prática a atividade física e o esporte pela pessoa com deficiência traz benefícios motores, psicológicos e sociais.(cardoso 2011). Concordamos que são uma importante ferramenta no que diz respeito a inclusão das pessoas com deficiência na sociedade, como afirmam GREGUOL & COSTA (2013) e atentam que: O esporte também tem relevância na inclusão da pessoa com deficiência, podendo assumir diferente abordagens. È possível pensar a inclusão como meio para uma pessoa com deficiência integrar uma equipe paraolímpica (inclusão no esporte); ou considerar que a prática esportiva como fenômeno cultural possibilita a seus praticantes com deficiência serem reconhecidos e valorizados socialmente (o esporte como meio para a inclusão social); ou ainda pensar que a forma com que as atividades são promovidas (a prática esportiva exercida de forma inclusiva) permite as pessoas (todas elas, incluídas as com deficiência) que estabeleçam relações recíprocas para melhor se conhecerem (GREGUOL & COSTA, 2013, pág. 21) Diante da visível importância de se praticar atividades físicas ou alguma modalidade esportiva, o objetivo de nossa pesquisa foi verificar se os alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Muzambinho MG tem acesso a prática de modalidades esportivas e de atividades físicas regulares, onde

são essas práticas e quem as oportuniza, com isso teremos a oportunidade de ouvir a pessoa com deficiência, de poder averiguar se elas estão tendo acesso a prática de atividades físicas regularemos e se lhes é dado o aparato para a realização da mesma. Materiais e Métodos Essa pesquisa será de cunho qualitativo que segundo CRESWELL (2010) é qualquer tipo de pesquisa que empregue informação não numérica para se explorar características individuais ou de grupo, que produz achados não acessíveis por procedimentos estatísticos ou outro meio qualitativo. Antecedendo o início do estudo os participantes receberam um termo de consentimento livre e esclarecido, TCLE, esclarecendo qualquer tipo de dúvidas que poderiam vir a ter por parte da família e/ou da diretoria da instituição onde estudam. Participaram da pesquisa oito indivíduos com idades entre 15 e 62 anos, todos matriculados regularmente na instituição de ensino da APAE de Muzambinho MG, todos os entrevistados possuíam algum tipo de deficiência, motora, mental ou múltiplas onde quatro dos oito entrevistados são cadeirantes. Para a realização da pesquisa foi aplicada individualmente uma entrevista em local apropriado onde não houve interferência externa nem interna, o foco era descobrir se os sujeitos possuíram ou possuem oportunidades para realizar atividades físicas regularmente e se o local onde lhes é ofertado essas atividades atendem suas demandas, se o local é acessível, entre outros. Desta forma as perguntas eram lidas e explicadas aos alunos, quando os mesmos tinham dúvidas em relação ao significado das palavras ou mesmo o significado da pergunta. O questionário possuía as seguintes questões:

1 Questão - Você considera a atividade física importante? Justifique. 2 Questão - Você prática ou já praticou alguma atividade física? Se sim, qual? 3 Questão - O local era público ou privado? 4 Questão - Qual era o meio de transporte para você ir realizar a atividade física? 5 Questão - Como era o acesso neste local? 6º Questão - Era esporte adaptado ou misto? 7 Questão - Os professores eram qualificados? Tinham outros profissionais envolvidos? 8 Questão - Você tem vontade de realizar algum tipo de atividade física? Resultados e Discussão Após a análise dos questionários observamos respostas bem parecidas. Na 1 questão obtivemos 100% de respostas sim, onde as justificativas foram variadas como: porque eu gosto, porque adoro me mexer, porque é bom pra mim e para o professor, porque faz bem a saúde. Como podemos perceber a prática da atividade física é vista como importante para os entrevistados e os motivos pelo qual os mesmos a consideram importante são variados indo desde o prazer em se movimentar até o prazer por poder praticar exercícios. Na 2 questão também obtivemos 100% de respostas sim, as modalidades citadas foram: bocha adaptada, ginástica, vôlei, arremesso de peso e o futebol, observamos que os entrevistados praticam ou já praticaram grande variedade de modalidades esportivas. A 3 questão obteve 100% de respostas de que o local da prática das atividades era privado, no caso a APAE Muzambinho. Este fato nos deixa preocupados, pelo

fato de ser o único local onde lhes é oportunizado a prática de atividades físicas, então que nos surgem algumas questões como: o que os alunos fazem quando não estão na instituição? Será que ficam ociosos em casa? A prefeitura lhes fornece meios para essa prática? Na 4 questão todos disseram que o transporte utilizado era o cedido pela APAE de Muzambinho sendo eles o ônibus e a van da instituição. Para a 5 questão os entrevistados têm a visão de que o local da prática das atividades físicas os atende possuindo corrimãos, banheiro, rampas para cadeirantes e bebedouros, o que é verdade. Observamos que a instituição não é completamente acessível, ainda possuem várias adequações a serem realizadas, como por exemplo a cobertura da quadra que não há, algumas das rampas não são acessíveis para os todos os alunos, tendo algumas que os mesmos só conseguem utilizá-las com a ajuda de alguém, não tendo autonomia em sua locomoção. Para a 6 questão tivemos um total de 62,5% das respostas para esporte adaptado que é o esporte caracterizado por se adaptar a diversos tipos de deficiências, possuindo materiais e regras adaptadas de acordo com a demanda do público que o realiza e somente 37,5% para o esporte misto que seria o esporte onde não há adaptação de regras e nem de materiais, onde praticam juntos pessoas do sexo feminino e masculino, essa divisão das respostas se dá pelo fato de que na APAE de Muzambinho em parceria com o IFSULDEMINAS - Campus Muzambinho possuem alguns projetos onde é ofertada a prática de modalidades esportivas adaptadas como por exemplo a bocha paralimpica que é uma modalidade que tem tido uma grande adesão por parte dos alunos que a praticam, já para os outros entrevistados que relatam a prática de atividades mistas disseram que as atividades são realizadas apenas na Educação Física que é ofertada somente duas vezes por semana na instituição, o que sabemos que é pouco.

Já na 7º questão para 100% dos entrevistados os profissionais que ministraram ou ministram as atividades são qualificados, sendo que alguns possuem estagiários os auxiliando, a partir das respostas da 7º questão conseguimos notar que os indivíduos consideram os profissionais envolvidos nas atividades qualificados, estando já formados ou graduandos. Na 8º questão percebemos uma gama de atividades que os entrevistados têm a vontade de realizar, dentre elas estão: futebol de campo, arremesso de peso, vôlei, jogo de damas, dominó, judô, jiu - jitsu e futsal. Constatamos pelas respostas dos alunos que existem diversas modalidades que os alunos têm a vontade de realizar mas não conseguem devido a escassez de programas do governo que visem oportunizar a prática de modalidades esportivas para esse público específico. Conclusão Após a realização da entrevista acompanhado da análise das respostas podemos chegar a conclusão de que a oferta de práticas esportivas para pessoas com deficiência na cidade de Muzambinho - MG ainda é escassa, sendo que o único local que essas pessoas conhecem para realizar qualquer tipo de atividade física é a instituição onde estudam, isso nos atentou a outras questões como: o que fazem as pessoas com deficiência que não estão institucionalizadas? Como fazem para praticar atividade física? O município o que faz para mudar essa realidade? Essas são questões que ficaram sem ser respondidas e que, com certeza, nos trará futuros estudos relacionados com este. Referências Bibliográficas CARDOSO V. D., A reabilitação de pessoas com deficiência através do desporto adaptado. Revista Brasileira de Ciência do Esporte, Florianópolis, v. 33, n. 2, p. 529-539, abr./jun. 2011. Disponível em : http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0101-32892011000200017&script=sci_arttext. Acesso em: em: 03 de agosto de 2015.

CRESWELL, John W. Projeto de pesquisa. Porto Alegre: Artmed, 2010. GREGUOL, Márcia; COSTA, Roberto Fernandes da. Atividade Física Adaptada: Qualidade de vida para pessoas com necessidades especiais. 3. ed. Barueri, Sp: Manole, 2013, pág. 21. MEDINA, J.P.S. ; GONÇALVES, A., Saúde Coletiva / atividade física: uma abordagem exploratória. In: Saúde Coletiva e Urgência em atividade física. Campinas, SP. Papirus, 1997.