UGT protesta contra juros altos Seis mil trabalhadores fizeram protesto pela baixa na taxa de juros no Banco Central em São Paulo no ultimo dia 21



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Transcrição:

Boletim de Informações Internacionais Ano II Nº 14 27 de Janeiro de 2009 UGT protesta contra juros altos Seis mil trabalhadores fizeram protesto pela baixa na taxa de juros no Banco Central em São Paulo no ultimo dia 21 Empunhando faixas, cartazes e bandeiras os trabalhadores exigiram mudanças urgentes na política monetária. O encontro foi liderado pela União Geral dos Trabalhadores - UGT e outras cinco centrais sindicais. Teve início às 10h em frente do Banco Central, na Av. Paulista, São Paulo. A reivindicação é uma baixa de no mínimo dois pontos percentuais na taxa Selic, até então de 13,75%. Ricardo Patah, presidente da UGT ameaçou, inclusive, liderar a invasão do Banco Central com os trabalhadores, lembrando que até dezembro do ano passado foram mais de 600 mil demissões no País e que em São Paulo foram mais de 260 mil. Milhares dessas demissões poderiam ser evitadas se a taxa de juros no País fosse menor, diz o sindicalista, ressaltando que Brasil é o país com a maior taxa de juros do mundo, entre aqueles emergentes e em desenvolvimento. Com a atual política monetária, os banqueiros do Brasil tem lucros extraordinários e quem vem pagando por isso é a classe trabalhadora, disse Patah. Ele admitiu que a UGT vai discutir a proposta da realização de uma greve geral a nível nacional contra a taxa de juros. Se não reduzirem a taxa de juros, além de invadir vamos implodir o Banco Central, salientou Patah. Falando à imprensa, o Secretário Geral da UGT, Canindé Pegado, disse que se esse ato não tiver um resultado positivo, faremos outro, até que nossas reivindicações sejam atendidas pelo governo. Questionado sobre uma greve geral, Canindé disse que Tem que haver a paralisação para conseguirmos os direitos dos trabalhadores. Chiquinho Pereira, Secretário de Organização e Políticas Sindicais da UGT, acha que o ato unificado cumpriu com seus objetivos que era de levar a mensagem dos trabalhadores ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Se as nossas reivindicações não forem atendidas, faremos um ato em Brasília. É um desrespeito essa situação que o Brasil esta passando, ele diz.

União Geral dos Trabalhadores condena redução de apenas 1% na taxa de juros A UGT condena a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de reduzir em um ponto percentual a taxa básica de juros (Selic), anunciada no dia 21 último. Segundo o presidente da UGT, Ricardo Patah, essa decisão reflete a insensibilidade do Banco Central diante da crise econômica mundial e é uma medida que vai na contramão da lógica para o momento que a economia atravessa, principalmente quando os BCs do mundo estão reduzindo as taxas de juros para que a população tenha acesso ao crédito. O presidente da UGT diz que mais uma vez o Banco Central dá demonstração de que está contra os trabalhadores e o Brasil, e em defesa dos interesses dos banqueiros. Para Ricardo Patah faltou aos economistas de plantão no BC uma visão macro do mercado, pois diante da atual situação é necessário mais crédito para financiar o nível de consumo, mantendo a taxa de emprego num patamar que garanta a estabilidade econômica. "A taxa Selic deveria ter uma redução de no mínimo 2%. A decisão do BC só contribui para a inibição do crédito e o desemprego", assegura o sindicalista. Patah acusa o BC de atuar contra os trabalhadores, pois a redução dos juros de apenas 1% leva a contenção do crédito, do consumo e, conseqüentemente, reduz o ritmo de crescimento da economia e promove a eliminação de postos de trabalho, sinalizando para o fantasma do desemprego. Governo começa a acatar proposta anti-crise da UGT Setores do governo já estão adotando parcialmente as propostas da UGT no combate à crise econômica. O próprio presidente Lula tem alertado banqueiros e empresários, para que não haja demissões de trabalhadores, especialmente naquelas empresas beneficiadas com incentivos fiscais ou financiamentos. O Secretário Geral da UGT, Canindé Pegado, disse que isso é muito bom porque demonstra que a UGT está correta na elaboração das propostas. Pegado, inclusive, participou das reuniões com o ministro Carlos Luppi, do Trabalho e Emprego e com o próprio presidente Lula, oportunidade em que as propostas contra a crise foram entregues pessoalmente a cada um deles. Depois da reunião no gabinete do Ministério do Trabalho, Luppi passou a defender as idéias da UGT, como a de se condicionar empréstimos às empresas, a não demissão de trabalhadores, chegando até mesmo a se indispor com alguns setores empresariais. Na quinta-feira (22), o governo liberou mais R$100 bilhões para o BNDES financiar empresas neste ano. O valor equivale a 10% da dívida do setor público ou 8,3% do PIB brasileiro (R$ 1,2 trilhão). Com os novos recursos, que virão do Tesouro, o BNDES vai ter R$ 166 bilhões para emprestar, 84,4% mais que em 2008. Porém, o ponto importante dessa medida foi o posicionamento do ministro Mantega que vinculou os desembolsos à manutenção dos empregos. Guido Mantega foi enfático ao afirmar de que haverá fiscalização severa por parte do governo para o seu cumprimento, embora não tenha anunciado as penalidades a que estarão sujeitos os descumpridores das normas. O presidente Lula disse ter ficado "assustado" com as demissões em dezembro e que os bancos oficiais têm de diminuir seu "spread" (diferença entre a taxa que pagam e a que repassam aos clientes). Os dois temas foram alvos de debates por parte de toda a diretoria da UGT e estão inclusos em suas propostas para o governo enfrentar a crise. O secretário Canindé Pegado lembra que a UGT, ao elaborar suas propostas, concluiu não ser justo o que vem acontecendo, como empresas que recebem dinheiro emprestado de bancos oficiais ou se beneficiarem de incentivos do governo e logo em seguida dispensar trabalhadores. "Para nós, é bom ver que o governo começa a falar a mesma língua da UGT, o que nos representa uma vitória na atual na presente conjuntura", conclui Canindé Pegado.

Presidente da UGT defende pacto entre governo, empresários e trabalhadores para evitar desemprego O presidente nacional da União Geral do Trabalhador (UGT), Ricardo Patah defendeu um pacto entre a classe trabalhadora, governo e empresários para evitar novas demissões de trabalhadores por conta da crise econômica financeira. Ele chegou a Belém nesta segunda-feira (26) para participar do Fórum Social Mundial e comandar uma ampla programação voltada aos trabalhadores, coordenada pela entidade. Em entrevista aos jornalistas, Patah criticou alguns segmentos da classe empresarial que estariam utilizando a crise como desculpa para pressionar o governo e fazer mudanças na atual legislação trabalhista, como, por exemplo, a redução da jornada de trabalho e de salários. "Entendemos que a crise é econômica e financeira, e não trabalhista", disse o dirigente da UGT, que não aceita qualquer medida que implique a redução de direitos trabalhistas. "O que vem ocorrendo é uma pressão chantagista por parte do empresariado para rasgar a CLT", disse. A proposta da entidade sindical é que as negociações para superar a crise fiquem centradas em outras esferas que não estejam vinculadas a demissão de trabalhadores. Alguns dos caminhos, disse ele, seriam a diminuição dos juros da taxa selic e a permanência da renúncia fiscal com a garantia de manutenção de empregos. A central sindical quer também, entre outros pontos, que as empresas beneficiadas com recursos públicos assumam o compromisso de não demitir seus funcionários. "Queremos que, ao receberem recursos públicos, as empresas assumam o compromisso com a manutenção dos empregos", disse, defendendo que seja firmado um pacto entre governo, trabalhadores e empresários para assegurar a permanência dos trabalhadores em seus empregos. Para Patah não é justo uma empresa ser beneficiada com renúncia fiscal e, depois, demitir trabalhadores. Por isso, na opinião dele, é importante que qualquer liberação de dinheiro público às empresas tenha o acompanhamento dos sindicatos dos trabalhadores para verificar se os acordos estão ou não sendo cumpridos. No Fórum Social Mundial, Ricardo Patah abre às, 09 horas, no Palácio dos Bares, a Plenária Nacional da UGT e lança um documento reafirmando essa sua posição. Depois, ao lado do presidente estadual da entidade, Jose Francisco Pereira, comanda a Marcha dos Trabalhadores que irá sair às 14 horas da Praça Princesa Isabel para se encontrar com a grande marcha do Fórum que sairá da escadinha do cais do Porto, no final da tarde. A marcha será marcada por muitos protestos. UGT lança manifesto contra a crise A União Geral dos Trabalhadores lançou, na segunda-feira (26) um manifesto contra a crise. O documento, assinado também pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) e os presidentes das centrais sindicais, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil; Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil; Federação da Agricultura do Estado de São Paulo; Nova Central Sindical de Trabalhadores e Força Sindical. Entre as reivindicações, está a de que a taxa básica de juros do país caia para 8% ao ano "o quanto antes". O manifesto também pede que as reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) sejam realizadas a cada 15 dias, enquanto durar a crise. Atualmente, estas reuniões ocorrem a cada 45 dias. Ainda com relação a juros, o manifesto pede que sejam reduzidos "drasticamente" os spreads (diferença entre o juros que o banco consegue uma verba e o que ele empresta ao cliente) bancários. O quarto tópico pede aumento do número de membros do Copom de três para sete, abrindo espaço para outras áreas do governo, da área acadêmica e forças produtivas na discussão sobre a taxa de juros no Brasil. O documento diz que "a sociedade brasileira espera do governo medidas práticas e imediatas para combater a crise". Leia a íntegra do manifesto

A idéia de aquecer o mercado com geladeira Marcos Afonso de Oliveira Ao dar uma breve passagem de olhos no site da Agência Brasil, responsável pela divulgação de matérias do Governo Federal, deparei com uma entrevista do ministro Miguel Jorge, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, falando sobre o programa do governo no sentindo de incentivar o consumidor a tirar de casa as geladeiras velhas e trocá-las por novas. Seria, além de tentar aquecer o comércio, uma contribuição no tocante à economia de energia. Na opinião do ministro, o programa resultará numa economia equivalente ao que é gerado por uma turbina da Hidrelétrica de Itaipu. No ano passado, cada turbina gerou em média 5,26 gigawatts/hora, ou o equivalente ao consumo de energia elétrica de seis meses, de uma cidade do porte de Campinas(SP). A idéia não deixa de ser interessante. Aliás, o ministro deixa transparecer que, independente da crise econômica internacional que já mexe com os nervos das classes trabalhadora, política e empresarial brasileira, tem a existência ou a possibilidade de aparecer uma outra, no caso a energética. Mesmo que Miguel Jorge não afirme em sua entrevista que o Brasil corre tal risco, o lançamento desse programa, também com o objetivo de se economizar energia leva a tal presunção. Outro benefício seria a redução da emissão de gases poluentes pelas geladeiras velhas. Tem outra: o projeto prevê a isenção de impostos para os fabricantes. Lógico, desde que não haja demissões em massa, como vem pedindo o presidente Lula, depois que a UGT entregou-lhe um dossiê com alternativas para o país enfrentar a crise. Até porque, a CEF (Caixa Econômica Federal) participa com a concessão de crédito a longo prazo para o consumidor. E consumidor desempregado não tem condições de comprar nada, quanto mais geladeira nova. Avaliando pelo lado otimista, isso poderia até gerar novos empregos. Não só nas indústrias fabricantes de geladeiras como nas lojas e nos setores de reciclagem. Agora é preciso parar para pensar e ver se o empresariado não irá embutir no preço das geladeiras novas o valor pago para a velha nessa transação. Sem contar com as despesas decorrentes com o processo de desmontagem do equipamento procedente da casa do consumidor. Com ou sem crise energética, essa idéia já deveria ter sido lançada porque o Governo sempre se preocupa com esse problema, a ponto de todo ano lançar o Horário de Verão. Mas, convenhamos, antes tarde do que nunca. (Marcos Afonso de Oliveira é Secretário de Divulgação e Comunicação da UGT). Requião recebe UGT Governador Requião, do Paraná, propõe comitê em defesa do trabalho e para combater a crise O governador Roberto Requião se reuniu nesta terça-feira (27) com a UGT e representantes das demais centrais sindicais brasileiras e do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), para discutir os impactos da crise econômica mundial para os trabalhadores. Do encontro, realizado no Palácio das Araucárias, em Curitiba, saiu a decisão de criar o Comitê em Defesa do Trabalho, formado por representantes do governo, trabalhadores e empresários para avaliar impactos e tomar medidas contra a crise e seus efeitos sobre o emprego. A crise foi causada pelo mercado financeiro, pelo mercado de capitais. Mas agora quem causou a crise quer aproveitá-la para retirar direitos dos trabalhadores, propõe a flexibilização da Consolidação das Leis Trabalhistas. É preciso que fique muito claro que a crise é deles, não nossa. Então, por que agora querem apresentar a conta ao Estado, que está socorrendo bancos e empresas, e aos trabalhadores, querendo tirar os poucos direitos que temos?, disse o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT) no Paraná, Marcelo Urbaneja.

Dia do Aposentado Defendemos uma Previdência Social pública, básica, de caráter universal, que garanta os direitos adquiridos e a expectativa de direitos que assegure a manutenção do valor real dos benefícios, que revogue o Fator Previdenciário, que impeça a elevação da idade mínima para a aposentadoria, que permita seu controle social multipartite (governo, empresários, trabalhadores ativos, aposentados e pensionistas), que combata a renúncia e a sonegação fiscal, que a torne universal através da unificação dos mercados formal e informal e com o claro objetivo de garantir uma Previdência do futuro que garanta dignidade e a cidadania das presentes e futuras gerações. Item 48 da Declaração de Princípios da UGT Secretário da UGT participa de Plenária no Sindicato dos Rodoviários Ao participar, na segunda-feira (19), da plenária do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo, representando a diretoria nacional da UGT, o diretor Marcos Afonso de Oliveira, de Divulgação e Comunicação, disse que a atual crise financeira vem interferindo nos direitos conquistados pelos trabalhadores. "A UGT defende e defenderá sempre a redução da jornada de trabalho sem a diminuição dos salários, única forma prática de se criar novas postos de trabalho", disse. Ainda se referindo ao tema, Marcos Afonso alertou de que em hipótese alguma a classe trabalhadora brasileira vai arcar com os custos "dessa irresponsabilidade do empresariado", fazendo menção às empresas que obtém "ajudas" financeiras de bancos estatais e que, mesmo assim continuam se queixando da crise a ponto de demitir funcionários. "A classe sindical filiada à UGH não se esmorecerá e continuará resistindo toda e qualquer medida que cause mais prejuízos para os trabalhadores", concluiu Marcos Afonso de Oliveira. (Com Agência Brasil). UGT de Goiás discute congresso estadual A Segunda Plenária Pró-Fundação da Regional UGT-Goiás conta com cerca de trinta sindicalistas representando diversos sindicatos de trabalhadores, dentre os quais os de técnicos industriais, agrícolas, bancários, servidores públicos, eletricitários dentre outros, decidiu a criação de uma Comissão Organizadora Pró-Fundação da UGT-Goiás, que ficará responsável pela organização do Congresso Estadual da UGT em Goiás. Convocada por Luís Roberto Dias, Secretário da UGT da Região Centro-Oeste e presidente do Sindicados dos Trabalhadores Técnicos Industriais e Agrícolas de Goiás, a reunião conta a presença do Secretário de Organização e Políticas Sindicais da UGT, Chiquinho Pereira, e do Assessor Econômico da UGT, Eduardo Rocha. Após a abertura realizada por Luís Roberto Dias, Chiquinho Pereira apresentou um amplo histórico crítico do movimento sindical brasileiro, falou sobre as profundas modificações operadas na economia mundial, identificou os impactos dessas mudanças no movimento sindical, discorreu sobre a história da fundação da UGT e elencou uma série de novos desafios colocados para aqueles que desejam construir um novo ciclo histórico do movimento sindical brasileiro no século XXI. O UGT Global é o Boletim de Informação Internacional da União Geral dos Trabalhadores. A UGT é uma organização sindical constituída para defender os trabalhadores brasileiros através de um movimento sindical amplo, cidadão, ético, solidário, independente, democrático e inovador. Rua Formosa, 367 24º andar CEP 01049 000 São Paulo SP