A NATUREZA JURÍDICA DO TRUST PLANIFICAÇÃO FISCAL E ÂMBITO SUCESSÓRIO São Paulo, Março 2012 jorge.abreu@amsa.pt Tel.: (+351-21 330 71 00) www.amsa.pt
ÍNDICE: 1) NOÇÃO E ELEMENTOS PARA UMA DEFINIÇÃO 2) TIPOS DE TRUST 3) ACTUAÇÃO DOS TRUSTEES 4) AS REGRAS DE INSTITUIÇÃO DEED OF SETTLEMENT 5) RECONHECIMENTO DO TRUST
6) O TRUST NA LEI PORTUGUESA 7) O TRUST NA LEI BRASILEIRA 8) FIGURAS AFINS 9) PLANEAMENTO FISCAL E ÂMBITO SUCESSÓRIO 10) CONCLUSÃO 11) BIBLIOGRAFIA E LEGISLAÇÃO
1. NOÇÃO E ELEMENTOS PARA UMA DEFINIÇÃO Origem histórica: Common Law e Equity (o Trust como criação da Equity, o Chanceler e o Court of Wards ) Estrutura jurídica simplificada Settlor, Trustee, Beneficiary Protector Acto de Instituição O Património Transferência de bens e direitos Titularidade e Autonomia
1. NOÇÃO E ELEMENTOS PARA UMA DEFINIÇÃO (CONT.) Uma definição. O Trust tem as características seguintes: a) O Trust constitui um fundo separado e não faz parte dos bens que são propriedade do Trustee ; b) O título dos bens em Trust está em nome do Trustee ou em nome de outra pessoa por conta do Trustee ; c) O Trustee tem o poder e o dever de empregar ou dispôr dos bens de acordo com os deveres especiais impostos por lei, sendo por isso responsável.
Fixo e discricionário 2. TIPOS DE TRUST Tipos de discricionariedade (gestão, distribuição e identificação dos beneficiários) Autonomia das regras do Settlement (acto de instituição) Manifestação da vontade do Settlor A letter of Wishes Revogabilidade Limite Temporal
3. ACTUAÇÃO DOS TRUSTEES A titularidade Bens afectos a um fim As regras de instituição, a vontade do Settlor, a sua interpretação e autonomia da decisão Poderes de administração (disposições, distribuição e dissolução do vínculo) Trust Companies e regulamentação
4. AS REGRAS DE INSTITUIÇÃO DEED OF SETTLEMENT Elementos essenciais (manifestação de vontade do Settlor, identificação e aceitação do Trustee, transição do património para a titularidade do Trustee, identificação dos beneficiários e intenções de distribuição, temporalidade e revogabilidade) Elementos acessórios (regras de gestão, disposições sucessórias, remunerações, discricionariedade e limitações, Protector )
5. RECONHECIMENTO DO TRUST A Convenção para o reconhecimento dos Trusts Haia 1985 (doze assinaturas) Jurisdicções com regulamentação atipicismo: Austrália Inglaterra e País de Gales Bahamas Israel Canadá Japão Chile Jersey Estados Unidos da América Liechtenstein França Luxemburgo Gibraltar Malta Guernsey Nova Zelândia Ilhas Virgens Britânicas Panamá Ilhas Caimão Singapura India Suíça
6. O TRUST NA LEI PORTUGUESA O Centro Internacional de Negócios da Madeira e o Decreto-Lei nº 352-A/88 de 3 de Outubro Uma Proposta de Lei adormecida
7. O TRUST NA LEI BRASILEIRA Não atribuição de personalidade (artigo 44º do Código Civil) Não reconhecimento do instituto; Regulação de figuras afins (fundações, mandato e fidúcia) Regulação também no Código Civil da propriedade fiduciária (artigo 1361º e seguintes) Regulação fiduciária de direitos creditórios (Lei nº 4864 de 1965; Lei nº 9514 de 1997; Lei nº 4728 de 1965 alterada pela Lei nº 10.931; Lei nº 11.196 de 2005) Doutrina
8. FIGURAS AFINS Património autónomo Herança indivisa e herança jacente Relação fiduciária Fundos de investimento Bens sujeitos a encargos
9. PLANEAMENTO FISCAL E ÂMBITO SUCESSÓRIO Desvinculação do património Irrevogabilidade e discricionariedade Sede do Trust e local de situação dos bens Reconhecimento internacional da figura
9. PLANEAMENTO FISCAL E ÂMBITO SUCESSÓRIO (CONT.) A responsabilidade e fidelidade do Trustee Doação em vida, gestão autónoma e destino de rendimentos Beneficiários como sucessores hereditários Observância das regras de sucessão obrigatória
10. CONCLUSÃO A Confiança nas pessoas assente na estabilidade da Lei permite a estruturação da protecção do património, e a perenidade da sua gestão e do seu destino, de acordo com a vontade de quem o constituiu.
11. BIBLIOGRAFIA Newsletter de Abreu & Marques, nº 24, consultável no site www.amsa.pt The Law of Trusts de J.E. Penner, Oxford, 6ªedição Trust in Prime Jurisdictions, Alon Kaplan, 2ª edição Convenção de Haia, site da Haia www.hcch.net Trustee Act de 1925 Trustee Investment Act de 1961
Trustee Act de 2000 11. BIBLIOGRAFIA (CONT.) A Tributação dos Trusts em Portugal, Verónica Scriptore Freire e Almeida A Propriedade Fiduciária (Trust), Professor Doutor Diogo Leite de Campos e Maria João Vaz Tomé, Almedina Artigos 2068º e 2071º do Código Civil Artigos 2046º, 2048ºe seguintes; 2050ºe seguintes e 2062ºe seguintes, Código Civil Artigo 6º do Código de Processo Civil
11. BIBLIOGRAFIA (CONT.) Artigos 2228º, 962ºe 1700ºnº2 do Código Civil Decreto-Lei nº252/2003 de 17 de Outubro e Decreto-Lei nº13/2005 de 7 de Janeiro, que alteram e republicam o Regime dos fundos de investimento mobiliário e imobiliário Artigo 45ºdo Regime dos fundos de investimento imobiliário republicado em Anexo pelo Decreto-Lei nº13/2005 de 7 de Janeiro, havendo disposição idêntica (artigo 22º) no Regime dos fundos de investimento mobiliário, republicado em Anexo no Decreto-Lei nº 252/2003 de 17 de Outubro Artigos 1256º e seguintes do Código Civil Brasileiro Artigos 1359º, 1360º e 1361º do Código Civil Brasileiro
11. BIBLIOGRAFIA (CONT.) Leis nº4864 de 1965; nº9514 de 1997; nº4728 de 1965 (Brasil) Artigo 56º da Lei nº 10.931 (Brasil) Lei nº 11.196 de 2005 (Brasil) Negócio Fiduciário, Melhim Namem Chalhub, 4ªedição, Rio de Janeiro, Renovar 2009 Fiducia e a evolução da sociedade capitalista, Sueine Patricia Cunha de Souza Alienação fiduciária de bens imóveis, Carlos Henrique Passos Mairik, Nova Lima, 2009
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