Manual de Métodos de Análise de Solo

Documentos relacionados
Manual de Métodos de Análise de Solo

Manual de Métodos de Análise de Solo

Manual de Métodos de Análise de Solo

Manual de Métodos de Análise de Solo

Manual de Métodos de Análise de Solo

Manual de Métodos de Análise de Solo

Manual de Métodos de Análise de Solo

Manual de Métodos de Análise de Solo

ANÁLISE GRANULOMÉTRICA (Dispersão Total)

Manual de Métodos de Análise de Solo

Manual de Métodos de Análise de Solo

Manual de Métodos de Análise de Solo

Manual de Métodos de Análise de Solo

Manual de Métodos de Análise de Solo

Manual de Métodos de Análise de Solo

Manual de Métodos de Análise de Solo

Manual de Métodos de Análise de Solo

AVALIAÇÃO DA REPETITIVIDADE E REPRODUTIBILIDADE PARA CÁLCULO DE INCERTEZA NA ANÁLISE GRANULOMÉTRICA

Manual de Métodos de Análise de Solo

Manual de Métodos de Análise de Solo

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Documentos 180

Manual de Métodos de Análise de Solo

AREIA BASE PARA FUNDIÇÃO - DETERMINAÇÃO DO TEOR DE ARGILA AFS PELO MÉTODO DO LAVADOR CONTÍNUO DE ARGILA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DO SOLO. Disciplina: GCS 104 FÍSICA DO SOLO E CONSERVAÇÃO DO SOLO E ÁGUA

Manual de Métodos de Análise de Solo

Manual de Métodos de Análise de Solo

Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Manual de Métodos de Análise de Solo

Comunicado Técnico. Influência da Temperatura de Secagem da Amostra na Proporção das Frações Granulométricas de Alguns Latossolos.

TEXTURA DO SOLO. Atributos físicos e químicos do solo -Aula 4- Prof. Alexandre Paiva da Silva

Manual de Métodos de Análise de Solo

ENSAIOS DE LABORATÓRIO

Informações sobre os Agroecossistemas da Bacia do Pito Aceso - Município de Bom Jardim, RJ

DETERMINAÇÃO DA GRANULOMETRIA

Manual de Métodos de Análise de Solo

Complemento das Aulas 13 e 14: Os principais equipamentos presentes em um laboratório

Manual de Métodos de Análise de Solo

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL. Profª Aline Cristina Souza dos Santos

Quantificação de argila e silte em solos de textura leve por diferentes métodos de análise granulométrica (1)

Textura do solo: importância para análise granulométrica

Manual de Métodos de Análise de Solo

MATERIAIS BÁSICOS DO LABORATÓRIO DE QUÍMICA. Tópicos de Química Experimental. Débora Alvim/ Willian Miguel

Compostagem - Curso Prático e Teórico

Aprender a preparar soluções aquosas, realizar diluições e determinar suas concentrações.

MATERIAIS PARA FUNDIÇÃO - DETERMINAÇÃO DO FATOR DA SOLUÇÃO DE AZUL DE METILENO POR TITULAÇÃO COM SOLUÇÃO DE CLORETO TITANOSO (TiCl 3 )

Hortaliças Leguminosas

Manual de Métodos de Análise de Solo

MT DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM

Aula prática 1: Materiais de laboratório, exatidão e precisão. 1. Material de laboratório

Manual de Métodos de Análise de Solo

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL - Laboratório de Mecânica dos Solos ENSAIO DE DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA DOS SÓLIDOS

TRANSPORTES E OBRAS DE TERRA

AULA PRÁTICA 4 Série de sólidos

MÉTODO DE DETERMINAÇÃO DA GRANULOMETRIA DE INGREDIENTES PARA USO EM RAÇÕES DE SUÍNOS E AVES

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL GEOTECNIA I

Camila Bolognes Couto Pahl Bióloga e Laboratorista UFMS Disciplina Transporte de Sedimentos Prof. Dr. Teodorico Alves Sobrinho

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL GEOTECNIA I

PROCEDIMENTO DE OPERAÇÃO PADRÃO POP

CAMPUS DE BOTUCATU CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA PLANO DE ENSINO

Comparação de métodos de análise granulométrica para diferentes solos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina

PHMETRO: é um medidor de potencial hidrogeniônico que indica a acidez, neutralidade ou alcalinidade das amostras.

Massa Específica. Massa Específica MASSA ESPECÍFICA. Massa Específica Aparente ou Unitária. Massa Específica Real ou Absoluta.

Atributos físicos e químicos do solo -Aula 4- Prof. Josinaldo Lopes Araujo Rocha

SUSCEPTIBILIDADE À EROSÃO DE TRÊS CLASSES DE SOLOS NO MUNICÍPIO DE RIO PARANAÍBA MG.

TINTA PARA FUNDIÇÃO - DETERMINAÇÃO DA ADSORÇÃO DE AZUL DE METILENO

AULA PRÁTICA Nº / Fevereiro / 2016 Profª Solange Brazaca DETERMINAÇÃO DE VITAMINA C

PORCENTAGEM DE CIMENTO POR TITULAÇÃO QUÍMICA

Notas de aula prática de Mecânica dos Solos I (parte 5)

Notas de aula prática de Mecânica dos Solos I (parte 1)

PEF3305 Mecânica dos Solos e das Rochas I Experimento P Laboratório

BENTONITA PARA FUNDIÇÃO - DETERMINAÇÃO DA ADSORÇÃO DE AZUL DE METILENO E DO ÍNDICE DE ESTABILIDADE TÉRMICA APÓS CALCINAÇÃO A 550 C

SUMÁRIO. Wagner Luz18/08/2014 ÍNDICE: ÁREA. Número 02 Título. Selecione o verificador do Documento: Cintia Kikuchi/BRA/VERITAS

SUBSTÂNCIAS E MISTURAS

I) Comparação da precisão em medidas volumétricas

CAMPUS DE BOTUCATU PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA AGRICULTURA PLANO DE ENSINO

ISSN Protocolos da Embrapa Agrobiologia para Análise de Fertilidade do Solo

Irrigação de Hortaliças

Exemplos de questões em provas práticas

DESEMPENHO DO MÉTODO DAS PESAGENS EM GARRAFA PET PARA A DETERMINAÇÃO DA UMIDADE DO SOLO

MF-612.R-3 - MÉTODO DE DETERMINAÇÃO DE NITRATOS EM SUSPENSÃO NO AR POR COLORIMETRIA

Participação da Matéria Orgânica na Capacidade de Troca Catiônica em Solos Antrópicos no Brasil: Avaliação de Dados Secundários

Guia para o reconhecimento de inimigos naturais de pragas agrícolas

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Agroenergia Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Análise Química da Biomassa

ANÁLISE GRANULOMÉTRICA DE AGREGADOS PASSANTE NA PENEIRA DE 75 M (Nº200), POR LAVAGEM

Teor de MO e Densidade de solos

Universidade de São Paulo Instituto de Química de São Carlos Departamento de Físico-Química. Medidas de Massa, Volume e Temperatura

DETECÇÃO QUALITATIVA DE ARGILAS PREJUDICIAIS DO GRUPO ESMECTITA EM AGREGADOS UTILIZANDO AZUL DE METILENO

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Arroz e Feijão Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA

Vidrarias Balão Destilação Fundo Redondo Saída Lateral Borosilicato Cap Ø bulbo x Altura 50ml 60 x 145 mm

ESTUDO DIRIGIDO EM FÍSICA DO SOLO. Não estudar apenas por esta lista

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Solos Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Documentos 192

Catálogo - Itens para Laboratório

MÉTODO DE ANÁLISE LL-WM 80 L NOVO PROCESSO PARA ANODIZAÇÃO DO ALUMÍNIO. Procedimento para a padronização da solução de Sulfato Cérico 0,1N

ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS Aula 02

Exemplares desta Publicação podem ser adquiridos na:

MAL CLORO LÍQUIDO - DETERMINAÇÃO DE RESÍDUO NÃO VOLÁTIL - GRAVIMETRIA

Criação de abelhas (Apicultura)

Castanha-do-Brasil Despeliculada e Salgada

LCE QUÍMICA INORGÂNICA E ANALÍTICA AULAS PRÁTICAS

Transcrição:

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Solos Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Manual de Métodos de Análise de Solo 3ª edição revista e ampliada Paulo César Teixeira Guilherme Kangussu Donagemma Ademir Fontana Wenceslau Geraldes Teixeira Editores Técnicos Embrapa Brasília, DF 2017

Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na: Embrapa Solos Endereço: Rua Jardim Botânico, 1024. Jardim Botânico CEP: 22460-000 - Rio de Janeiro, RJ Fone: + 55 (21) 2179-4500 Fax: + 55 (21) 2179-5291 https://www.embrapa.br https://www.embrapa.br/fale-conosco/sac/ Unidade responsável pelo conteúdo e edição Embrapa Solos Comitê de Publicações da Embrapa Solos Presidente: José Carlos Polidoro Secretário-Executivo: Jacqueline Silva Rezende Mattos Membros: Ademar Barros da Silva, Adriana Vieira de C. de Moraes, Alba Leonor da Silva Martins, Enyomara Lourenço Silva, Evaldo de Paiva Lima, Joyce Maria Guimarães Monteiro, Luciana Sampaio de Araujo, Maria Regina Laforet, Maurício Rizzato Coelho, Moema de Almeida Batista, Wenceslau Geraldes Teixeira Supervisão editorial: Jacqueline Silva Rezende Mattos Luciana Sampaio de Araujo Editoração eletrônica: Jacqueline Silva Rezende Mattos Capa: Eduardo Guedes de Godoy Revisão de texto: André Luiz da Silva Lopes e Marcos Antônio Nakayama 3 a edição Publicação digitalizada (2017) Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei n o 9.610). Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Embrapa Solos Manual de métodos de análise de solo / Paulo César Teixeira... [et al.], editores técnicos. 3. ed. rev. e ampl. Brasília, DF : Embrapa, 2017. 573 p. : il. color. ISBN 978-85-7035-771-7 1. Análise do solo. 2. Física do solo. 3. Química do solo. 4. Matéria orgânica. 5. Mineralogia. I. Teixeira, Paulo César. II. Donagemma, Guilherme Kangussu. III. Fontana, Ademir. IV. Teixeira, Wenceslau Geraldes. V. Embrapa Solos. CDD 631.40202 Embrapa, 2017

Parte I - Análises Físicas 117 Capítulo 11 ARGILA DISPERSA EM ÁGUA E GRAU DE FLOCULAÇÃO Guilherme Kangussu Donagemma João Herbert Moreira Viana 11.1 Introdução A avaliação da argila dispersa em água (ADA) é utilizada comumente para estudos relacionados à agregação e à erosão, e mais recentemente como indicador de qualidade de solo. Por meio da argila dispersa em água, pode-se calcular o grau de floculação (GF). A argila dispersa em água varia com alguns fatores como a mineralogia da fração argila, a textura do solo e o uso e manejo do solo. 11.2 Princípio Dispersão mecânica lenta em água, seguida da separação da fração argila por sedimentação do silte. Medição da fração argila por meio de pesagem e secagem em estufa (método padrão), ou da densidade da suspensão.

118 Manual de Métodos de Análise de Solo 11.3 Material e Equipamentos Pipeta graduada de 25 ml. Balde de plástico de 25 L. Espátula. Béquer de plástico de 250 ml. Béquer de 500 ml. Béquer de 50 ml. Lata de alumínio com tampa com capacidade de 200 ml. Proveta de 250 ml, 100 ml e 50 ml. Bastão de vidro. Pisseta. Bastão para agitação com uma tampa de borracha contendo vários furos e de diâmetro um pouco menor do que o cilindro ou proveta. Funil. Suporte para funil. Cilindro de sedimentação de 1.000 ml (Koettgen ou similar). Termômetro. Agitador rotativo tipo Wagner ou agitador reciprocante. Agitador magnético. Balança com precisão de 0,001 g. Estufa com circulação forçada. Peneira com diâmetro de 20 cm, malha de 2,0 mm. Peneira com diâmetro de 20 cm, malha de 0,053 mm. Fundo para Jogo de peneiras diâmetro de 20 cm.

Parte I - Análises Físicas 119 Quarteador. Dessecador de vidro com sílica gel anidra. Densímetro ASTM n 1 Tipo 152H - com escala Bouyoucos em g L -1. 11.4 Reagentes e Soluções Água deionizada. Fenolftaleína. 11.5 Argila dispersa em água 11.5.1 Procedimento 11.5.1.1 Dispersão das amostras Proceder à medição da umidade residual do solo, para cálculo da correção de umidade (fator f), conforme item 3.5. Pesar 20,000 g de amostra de solo (TFSA) em um béquer de 50 ml, em balança analítica com incremento e repetitibilidade de 0,001 g. Obs.: pode-se trabalhar com 10,000 g de solo em proveta de 500 ml, mantida a relação solo:solução (1:50), para adequada dispersão. Transferir a amostra para a garrafa do agitador, por meio de funil. Adicionar 300 ml de água deionizada, lavando-se o funil usado para a transferência da amostra. Obs.: no caso de solos salinos ou solos sódicos, utilizar água com condutividade elétrica semelhante à do extrato da pasta de saturação desses solos.

120 Manual de Métodos de Análise de Solo Montar a(s) garrafa(s) no agitador tipo Wagner, após tampá-la(s) com a rolha de borracha. Apertar, acionar o agitador e proceder à agitação por 16 horas a 50 rpm. Alternativamente, montar o(s) frascos(s) no agitador horizontal reciprocante, tampá-los com tampa de alumínio e agitar por 16 horas, a 150 ciclos por minuto. Os frascos de vidro para o agitador reciprocante devem ter as seguintes dimensões: 13,5 cm de comprimento e 7,5 cm de diâmetro. Decorrido o tempo, desligar o agitador e retirar as garrafas ou frascos de vidro. 11.5.1.2 Determinação 11.5.1.2.1 Método da Pipeta Agitar a suspensão de cada amostra nos cilindros de sedimentação, inclusive da prova em branco, utilizando-se do bastão com a tampa de borracha, ou o agitador magnético. Lavá-lo ao trocar de amostra. Recomenda-se uma agitação vigorosa por 1 minuto, sendo recomendável o uso de agitação mecânica, se disponível. Aguardar o tempo de sedimentação, conforme Tabela 1 (item 10.5.1.6) ou o resultado do cálculo pela equação de Stokes com o valor medido de densidade de partícula (Figura 1 item 10.5.1.6), após a agitação da primeira amostra. Pipetar 25 ml da suspensão de argila, transferir para um béquer seco de 50 ml, limpo e previamente tarado e identificado. Levá-lo para secagem na estufa a 105 C, por 24 horas. Retirar as amostras da estufa, deixar esfriar em dessecador e pesar em balança analítica.

Parte I - Análises Físicas 121 11.5.1.2.2 Método do Densímetro Os procedimentos de preparo e dispersão são idênticos ao método da pipeta (item 11.5.2.1), com a diferença de se utilizar 50 g de solo. Preparar a prova em branco (todos os reagentes exceto o solo). Colocar água deionizada até a marca de 1 L. Agitar a suspensão de cada amostra, inclusive da prova em branco, utilizando-se do bastão com a tampa de borracha, ou o agitador magnético. Lavá-lo ao trocar de amostra. Recomenda-se agitação vigorosa por 1 minuto. Após uma hora e meia de sedimentação, transferir o volume de suspensão coletada a 5 cm de profundidade (após o traço de aferição) para copo plástico de 300 ml. Isso pode ser feito por sifonamento, pela torneira do cilindro de sedimentação ou pelo tubo plástico do cilindro de sedimentação. Passar o material sifonado para proveta de 250 ml e agitar. Introduzir o densímetro e efetuar a leitura com aproximação de 0,25. Se houver dificuldade de leitura do densímetro, colocar de duas a três gotas de fenolftaleína junto à haste deste. Proceder à leitura do branco e anotar. Para temperaturas diferentes de 22 C, deve-se fazer a correção nos cálculos conforme Tabela 2 (item 10.5.1.6). Obs.: esse procedimento foi padronizado para solos de granulometria média a argilosa. Os solos muito argilosos ou arenosos devem ser analisados pelo método da pipeta.

122 Manual de Métodos de Análise de Solo 11.5.2 Cálculos 11.5.2.1 Método da Pipeta Em que: T arg (m = ar m m b i )*f*1.000 *Rv Targ concentração de argila dispersa em água, em g kg -1. mi massa inicial da amostra, em g. mar massa de argila, seca em estufa, em g. mb massa da prova em branco, seca em estufa, em g. Rv razão do volume pipetado para o volume total da proveta descontado o volume retirado na primeira pipetagem. f fator de correção de umidade para a massa inicial (item 3.5). 11.5.2.2 Método do densímetro Em que: T arg =((Ld (a) Ld(b) ) + C T )*f Targ concentração de argila dispersa em água, em g kg -1. Ld(a) leitura do densímetro na suspensão de argila, em g L -1. Ld(b) leitura do densímetro na suspensão do branco, em g L -1. CT correção da temperatura (vide Tabela 2 - item 10.5.1.6). f fator de correção de umidade para a massa inicial (item 3.5).

Parte I - Análises Físicas 123 11.5.3 Observações O laudo deve conter o dispersante utilizado, o tempo e tipo de agitador usado e o método de quantificação das frações finas. Os resultados podem ser expressos em g g -1, g kg -1 ou dag kg -1 (%). No entanto, a expressão em dag kg -1 é mais adequada, pois o método apresenta precisão e reprodutibilidade reportada na faixa de 5% em peso. 11.6 Grau de floculação 11.6.1 Princípio Relação entre a argila naturalmente dispersa e a argila total, obtida após dispersão. Indica a proporção da fração argila que se encontra floculada, informando sobre o grau de estabilidade dos agregados. 11.6.2 Cálculo Em que: G Flo = ( a b) * 100 Gflo grau de floculação, em dag kg -1 (%). a concentração de argila total, em g kg -1 (item 10.5.1.5). a b concentração de argila dispersa em água, em g kg -1 (item 11.5).

124 Manual de Métodos de Análise de Solo 11.7 Literatura recomendada ALMEIDA, B. G. de; DONAGEMMA, G. K.; RUIZ, H. A.; BRAIDA, J. A.; VIANA, J. H. M.; REICHERT, J. M. M.; OLIVEIRA, L. B.; CEDDIA, M. B.; WADT, P. S.; FERNANDES, R. B. A.; PASSOS, R. R.; DECHEN, S. C. F.; KLEIN, V. A.; TEIXEIRA, W.G. Padronização de métodos para análise granulométrica no Brasil. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2012. 11 p. (Embrapa Solos. Comunicado técnico, 66). BOYOUCOS, G. J. The hydrometer as a new method for the mechanical analysis of soils. Soil Science, v. 23, n. 5, p. 343-354, 1927. CAMARGO, O. A.; MONIZ, A. C.; JORGE, J. A.; VALADARES, J. M. A. S. Métodos de análise química, mineralógica e física de solos do Instituto Agronômico de Campinas. Campinas: Instituto Agronômico de Campinas, 2009. 77 p. (IAC. Boletim técnico, 106). CURI, N.; LARACH, J. O. I.; KÄMPF, N.; MONIZ, A. C.; FONTES, L. E. F. Vocabulário de ciência do solo. Campinas: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 1993. 89 p. FREITAS, R. de C. A. de. Argila dispersa em água determinada por agitação rápida, lenta e ultrasom. 2011. 63 f. Dissertação (Mestrado em Solos e Nutrição de Plantas) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG. PAES, J. L. A.; RUIZ, H. A.; FERNANDES, R. B. A.; FREIRE, M. B. G. S.; BARROS, M. F. C.; ROCHA, G. C. Dispersão de argilas em solos afetados por sais. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 17, n. 11, p. 1135-1142, 2013. VETTORI, L.; PIERANTONI, H. Análise granulométrica: novo método para determinar a fração de argila. Rio de Janeiro: Ministério da Agricultura-EPFS, 1968. 8 p. (Brasil. Ministério da Agricultura-EPFS. Boletim técnico, 3).