SAG GEST Soluções Automóvel Globais, SGPS, SA Sociedade Aberta Estrada de Alfragide, nº 67, Amadora Capital Social: 169.764.398 Euros Matriculada na Conservatória do Registo Comercial da Amadora sob o número único de matrícula e de pessoa colectiva 503 219 886 COMUNICADO 28-05-2010 Resultados 1º Trimestre 2010 (Não Auditados) O VOLUME DE NEGÓCIOS DA SAG CRESCEU 28,3% E O EBITDA AUMENTOU 69,8% DURANTE O PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2010; A SIVA REFORÇOU A LIDERANÇA DO MERCADO NACIONAL DE VEICULOS LIGEIROS DE PASSAGEIROS, REGISTANDO UMA QUOTA DE MERCADO DE 14,49%; O GRUPO SAG APRESENTA UM RESULTADO NEGATIVO NO 1º TRIMESTRE DE 2010 DE 3,7 MILHÔES, EM LINHA COM O VALOR ORÇAMENTADO NO SEU PLANO PARA 2010, COMO CONSEQUÊNCIA DOS RESULTADOS LÍQUIDOS AINDA APRESENTADOS PELA UNIDAS, POR VIA DA DESVALORIZAÇÃO DA FROTA ANTERIOR A 2008.
1. COMENTÁRIO GERAL Em Portugal, na área do Comércio Automóvel (Importação e Retalho das Marcas Volkswagen, Audi e Skoda), depois de o mercado automóvel português ter apresentado em 2009 uma evolução altamente recessiva, o 1º Trimestre de 2010 evidenciou uma retoma acentuada que resultou de uma natural renovação do parque circulante, que tinha sido adiada em 2009. Capitalizando neste aumento de volume, no excelente posicionamento das Marcas representadas, nas medidas de restruturação e reorganização implementadas em 2008 e em 2009, numa criteriosa gestão de recursos e no peso competitivo da Organização Comercial SIVA, as actividades do Grupo na área do Comércio Automóvel apresentaram uma notável performance, melhorando de forma muito significativa a sua rentabilidade. No Brasil, onde a conjuntura económica favorável manteve a tendência de crescimento que caracterizou o ano de 2009, a redobrada atenção à rentabilidade da Unidas reflectiu-se numa muito saudável progressão dos principais indicadores operacionais. Os resultados líquidos da actividade da Unidas, porém, foram (e serão ao longo de 2010) ainda afectados pelas perdas decorrentes do facto de os preços no mercado de viaturas usadas e seminovas se terem deteriorado em relação às expectativas que vigoravam quando foram estabelecidos os contratos de renting originados antes do 3º Trimestre de 2008. Ainda no que respeita ao Brasil, a tendência de valorização do Real Brasileiro em relação ao Euro teve também um impacto muito substancial nos resultados do Grupo, merecendo especial relevo os efeitos favoráveis que esta evolução provocou no reforço da Situação Líquida Consolidada, no Volume de Negócios e no EBITDA do Grupo, ao contrário do que se verificou em relação aos valores do endividamento, onde esta tendência não permitiu evidenciar a redução que se verificou nos passivos denominados em Reais Brasileiros. 2. ACTIVIDADES 1.1. Portugal Comércio Automóvel Depois de um ano de acentuada redução, motivada por um generalizado adiamento das decisões de compra, o mercado automóvel Português de veículos ligeiros registou, no 1º Trimestre de 2010, um significativo crescimento de 58,8% em relação ao mesmo período de 2009. No entanto, o volume de matrículas registado nos primeiros três meses de 2010 (63.671 unidades), foi ainda inferior ao volume alcançado no mesmo período de 2008. Nesta conjuntura, a evolução dos volumes das Marcas representadas pela SIVA registou um aumento de 67,7% em relação ao 1º Trimestre de 2009, pelo que a sua quota de mercado (12,9%) registou um aumento de 0,8% em relação à do mesmo período do ano anterior. A SIVA atingiu, nos primeiros três meses de 2010, o primeiro lugar do ranking de vendas de Veículos de Passageiros (VP), com uma quota de mercado de 14,49% (14,40% no final do 1º Trimestre de 2009), a que correspondeu um volume de vendas de 7 799 unidades no conjunto das marcas Volkswagen, Audi e Skoda e um crescimento de 70,5% em relação ao período homólogo do ano anterior. As contribuições da Volkswagen (cuja quota de mercado foi de 8,7%, mais 0,2% do que no 1º Trimestre de 2009) e da Skoda (que mais do que duplicou o seu volume de venda, alcançando uma quota de mercado de 2,0%, mais 0,5% do que no período homólogo de 2009) foram determinantes para os volumes e quotas alcançados pela SIVA. É de salientar a contribuição muito positiva do novo Volkswagen Polo, ainda que o volume alcançado por este modelo tenha sido negativamente afectado pelas dificuldades de abastecimento de viaturas, causadas pelo enorme sucesso que este lançamento tem vindo a alcançar no mercado europeu.
O Volume de Negócios da SIVA registou um aumento de 26,3% em relação ao valor do 1º Trimestre de 2009, enquanto que a contribuição desta unidade para o Resultado Líquido Consolidado registou um crescimento de 89,5%. Na área do Retalho Automóvel foram vendidas na rede de Concessionários Soauto, durante o 1º Trimestre de 2010, 1 167 viaturas novas (mais 40,6% do que o volume registado no mesmo período de 2009), e 506 viaturas usadas (representando um aumento de 16,1% em relação ao volume de vendas do 1º Trimestre de 2009). A contribuição desta área de negócio para o Resultado Líquido Consolidado excedeu 1,0 milhões. 1.2. Brasil Serviços Automóvel A actividade no Brasil, desenvolvida através da Unidas, registou no 1º Trimestre de 2010 uma melhoria substancial dos principais indicadores financeiros, sendo de realçar: O crescimento, em relação ao mesmo período de 2009, de 12,9% (em Reais Brasileiros) do Volume de Negócios, associado sobretudo aos aumentos do número de viaturas semi-novas e usadas vendidas (que cresceu 29,2%) e do número de diárias de rent-a-car (que aumentou 26,4%). Estes aumentos mais do que compensaram o decréscimo de cerca de 9,8% que se verificou na receita associada às actividades de renting, que resultou da diminuição de 20,9% do volume da respectiva carteira, que por sua vez foi atenuada pela revisão em alta do pricing desta actividade. O aumento de 32,2% (em Reais Brasileiros) registado no EBITDA, que decorre do referido aumento da receita e das medidas de contenção de custos que têm vindo a ser implementadas. A redução, em cerca de 10,9%, do valor dos custos financeiros, que foi originada por uma redução do valor do endividamento líquido que, em média e em relação ao 1º Trimestre de 2009, atingiu os R$ 114,8 milhões. No entanto, os preços que vigoraram no mercado de viaturas semi-novas e usadas não se alteraram em relação aos que se verificaram durante o ano de 2009, e situaram-se significativamente abaixo das estimativas que serviram de base à determinação das rendas dos contratos de renting originados antes do 3º Trimestre de 2008 que se venceram no período. Por esta razão, houve que registar amortizações adicionais que totalizaram cerca de R$ 29,5 milhões e que determinaram que a contribuição da Unidas para o Resultado Líquido Consolidado, no 1º Trimestre de 2010, se tivesse traduzido num prejuízo de cerca de R$ 18 milhões ( 7,3 milhões). No período homólogo do ano anterior, a Unidas tinha apresentado um resultado líquido de cerca de R$ 0,6 milhões ( 0,2 milhões) que se encontrava influenciado pelo facto de ter sido utilizada a provisão constituída em Dezembro de 2008 (R$ 6.6 milhões) para fazer face às necessidades de amortização adicional de viaturas semi-novas e usadas. 2. RESULTADOS DO 1º TRIMESTRE DE 2010 As situações descritas acima, sobretudo as relativas à amortização adicional de viaturas semi-novas e usadas que foi registada na Unidas, determinaram os resultados consolidados do Grupo. O Volume de Negócios Consolidado ascendeu, no 1º Trimestre de 2010, a 244,1 milhões, representando um aumento de 53,8 milhões (28,3%) em relação aos valores registados durante o mesmo período de 2009. Em Portugal, o aumento do Volume de Negócios em relação aos três primeiros meses de 2009 foi de 24,5%, sendo de salientar o crescimento do valor das vendas da SIVA, que se cifraram em cerca de 122,2 milhões (mais 26,4%). Reflectindo, de igual modo, o comportamento de mercado automóvel Português durante o período, as vendas realizadas pelas unidades de Retalho do Grupo atingiram o valor de 34,7 milhões, a que correspondeu um aumento de 28,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A contribuição do Volume de Negócios da Unidas, quando expresso em Euros, correspondeu a 77,8 milhões, o que representa um aumento de 37,2% em relação ao valor registado no final do 1º Trimestre de 2009. Este aumento inclui os efeitos da forte apreciação do Real Brasileiro em relação ao Euro que se verificou no 1º Trimestre de 2010, uma vez que, como acima se indica, o crescimento do Volume de Negócios da Unidas, em Reais Brasileiros, foi de 12,9%. O EBITDA Consolidado atingiu 27,5 milhões, o que representa um crescimento de 69,8% em relação ao valor do 1º Trimestre de 2009, merecendo particular destaque o crescimento da contribuição das áreas de negócio que desenvolvem as suas actividades em Portugal, onde este indicador apresentou um aumento de 92,0% em relação ao valor registado no mesmo período de 2009. A contribuição da Unidas, atingiu cerca de 18,0 milhões, a que correspondeu uma aumento de 60% em relação ao valor atingido nos primeiros três meses de 2009. Tal como no caso do Volume de Negócios, o efeito cambial da apreciação do Real Brasileiro contribuiu significativamente para este aumento. O EBIT (resultado antes da Função Financeira e de Impostos) registou uma redução de 32,0% em relação ao valor atingido no 1º Trimestre do ano anterior, causado pelo aumento do valor da amortização adicional relativa às viaturas semi-novas e usadas da Unidas que atingiu, no 1º Trimestre de 2010, o valor de 12,0 milhões. A utilização, no 1º Trimestre de 2009, da provisão constituída em Dezembro de 2008 para fazer face às necessidades de amortização adicional que viessem a ocorrer no ano seguinte teve como efeito o facto de não ter havido necessidade de registar este tipo de custos nos três primeiros meses de 2009. O Resultado Financeiro Consolidado registou um aumento de apenas 1,4% em relação ao valor do mesmo período de 2009, sendo de realçar que o valor correspondente a Juros Líquidos registou mesmo uma redução de 4,5% que decorre de uma redução de 23,6 milhões no valor da dívida consolidada média. Em 31 de Março de 2010 a Dívida Líquida Consolidada era de 502,9 milhões, menos 28,6 milhões do que o valor registado em 31 de Dezembro de 2009. O Resultado Líquido Consolidado da SAG no 1º Trimestre de 2010 foi negativo em 3,7 milhões, que se compara com o prejuízo de 1,3 que se registou no mesmo período de 2009. A Situação Líquida Consolidada em 31 de Março de 2010 era de 102,6 milhões, mais 4,8 milhões do que no final de 2009. Contribuiu significativamente para este aumento o impacto cambial decorrente da apreciação do Real Brasileiro em relação ao Euro, que atingiu 8,4 milhões. 3. PERSPECTIVAS FUTURAS A estratégia de criação de valor da SAG para o futuro baseia-se, hoje, na consolidação e melhoria relativa da sua posição no mercado automóvel português e no aproveitamento do período de crescimento e expansão económica previsível para o Brasil nos próximos anos, tirando partido da posição única que detém naquele mercado quer em temos de dimensão da empresa, da sua implantação nacional e da notoriedade da sua marca. Relativamente a 2010 e em termos operacionais: O ritmo de crescimento do mercado automóvel Português que se registou no 1º Trimestre do ano dificilmente será sustentável durante os restantes nove meses. Ainda que seja previsível que o volume total do mercado seja superior ao registado em 2009, o crescimento do volume anual deverá ser significativamente inferior ao alcançado durante o 1º Trimestre; Os resultados da Unidas continuarão a sofrer, até ao final de 2010, o impacto de elevadas amortizações, que resultam da finalização dos contratos de renting que foram originados em 2008. Com a progressiva redução do peso destes contratos na carteira da Unidas, estes impactos só deverão deixar de impactar nas contas da Unidas a partir de 2011. A fim de poder desenvolver uma estratégia de crescimento da Unidas que lhe permita aproveitar as enormes oportunidades que o mercado lhe irá oferecer nos seus dois segmentos de negócio
Rent-a- Car e Fleet Management a SAG está hoje a desenvolver um conjunto de acções que permitam assegurar à Empresa a possibilidade de um crescimento saudável e, em simultâneo, captar de uma forma material para a SAG a criação de valor associado a esse crescimento. 4. GOVERNANÇA Nestas últimas semanas, e de acordo com o que foi aprovado em Assembleia Geral realizada a 4 de Maio de 2010, foi implementado pela SAG GEST um novo modelo de governança que visa espelhar a estratégia actual (de total concentração da Empresa na sua área de negócio base da distribuição e retalho automóvel, em Portugal, e na Unidas, no Brasil) numa orgânica mais simples que culminou na extinção da Comissão Executiva e na existência única de um Conselho de Administração presidido pelo seu principal accionista, Dr. João Pereira Coutinho. Neste novo modelo, o Conselho de Administração inclui três administradores delegados, com responsabilidades operacionais que abrangem todas as actividades do Grupo, como segue: Dr. Fernando Monteiro, que acompanha todo o negócio de distribuição e retalho automóvel em Portugal Eng. Pedro Almeida, que gere o negócio da Unidas, no Brasil Dr. José Vozone, que é o CFO da Empresa e que acompanha as participações da SAG na sua parceria com o Banco Santander Consumer (Portugal, Espanha e Polónia), para além de outras participações financeiras não estratégicas. A Engª. Esmeralda Dourado e o Dr. Luis Silva Santos, ainda que sem responsabilidades executivas no âmbito da SAG Gest, irão acompanhar as operações estratégicas de investimentos, desinvestimentos e parcerias a celebrar no Brasil. Alfragide, 28 de Maio de 2010 José Maria Cabral Vozone Representante para as Relações com o Mercado
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADA 1º TRIMESTRE DE 2010 (NÃO AUDITADO)
DEMONSTRAÇÃO DA SITUAÇÃO PATRIMONIAL CONSOLIDADA 1º TRIMESTRE DE 2010 (NÃO AUDITADO)