COMPONENTES DE CRESCIMENTO DA MAMONEIRA (Ricinus cumunnis L.) CULTIVAR BRS ENERGIA ADUBADA ORGANICAMENTE



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Transcrição:

Página 481 COMPONENTES DE CRESCIMENTO DA MAMONEIRA (Ricinus cumunnis L.) CULTIVAR BRS ENERGIA ADUBADA ORGANICAMENTE Suenildo Jósemo Costa Oliveira 1 ; Maria Aline Oliveira Freire 2 ; Lígia Rodrigues Sampaio 2 ; Lúcia Helena Avelino Araújo 2 Mario Sergio Araujo 1 1 Prof. Dr. Centro Ciências Agrárias e Ambientais - Universida Estadual da Paraíba, odlineus@oi.com.br; 2 Empresa Brasileira Pesquisa Agropecuária - Centro Nacional Pesquisa do Algodão (Rua Oswaldo Cruz, 1143, Centenário Campina Gran, PB, CEP 58107-720) RESUMO A mamoneira é uma planta persistente a seca e que apresenta gran potencial para ser utilizada no programa biodiesel. Este trabalho teve como objetivo estudar os componentes crescimento da Mamoneira (Ricinus cumunnis L.) cultivar BRS Energia adubada organicamente. O experimento foi conduzido na EMBRAPA Algodão (CNPA). O solo utilizado no experimento foi do tipo Neossolo Regolítico e cada unida experimental foi composta por um vaso contendo uma planta mamoneira cv. BRS Energia. O lineamento experimental adotado foi o blocos casualizados, com quatro repetições, seguindo o arranjo fatorial 4x2, sendo quatro fontes matéria orgânica (torta mamona, húmus minhoca, esterco caprino e esterco bovino) e duas aplicações urina vaca (com e sem aplicação). As variáveis analisadas foram: altura planta; diâmetro caulinar, número folhas, número nós, comprimento médio nós área foliar/planta. A utilização do adubo esterco bovino + aplicação urina vaca proporcionou maior área foliar da mamoneira; o uso do húmus minhoca não obteve resultado satisfatório quando comparado as mais fontes matéria orgânica e o uso urina vaca adicionada às fontes matéria orgânica proporcionou aumento nas variáveis estudadas. Palavras-chave Oleaginosa; matéria orgânica; urina vaca INTRODUÇÃO Entre as espécies cultivadas economicamente no Brasil, a mamoneira (Ricinus communis L.) é uma das plantas mais versáteis, vido a sua capacida gerar um produto, óleo, cujo leque possibilidas e aplicações industriais é bastante amplo (AMORIM NETO, 2001). A cultivar BRS Energia, lançada pela Embrapa Algodão no ano 2007, é uma planta precoce com ciclo médio 120 dias e porte baixo (altura média 140 cm) com caule e folhas coloração ver, plantada em população elevada (acima 5.000 plantas ha -1 ), apresenta uma produtivida média 1.800 kg ha -1 em condições sequeiro e possui, em média, 48% óleo em suas

Página 482 sementes, é iniscente, favorecendo o plantio e a colheita mecanizada da lavoura, adaptada a diferentes ecossistemas em que ocorre precipitação pluvial pelo menos 500 mm/ano, principalmente às condições solo e clima da Região Norste. (EMBRAPA, 2007; MILANI, 2007). De acordo com Severino (2005) a mamoneira é exigente em fertilida, vendo ser cultivada em solos com fertilida média a alta. A adubação da mamoneira e em especial a BRS Energia, ainda é pouco estudada no Brasil, principalmente nos estados do Norste, principal região produtora, e no cerrado do Centro-Oeste, região on a cultura é emergente. Sendo necessários estudos para otimização da adubação para obter o seu máximo potencial produtivo. (SOFIATTI et. al., 2008). Objetivou-se com este trabalho avaliar os componentes crescimento da mamoneira BRS Energia, submetida a diferentes fontes adubação orgânica. METODOLOGIA O experimento foi conduzido no período março a junho 2008, em casa vegetação, na EMBRAPA Algodão (CNPA). O solo utilizado no experimento foi do tipo Neossolo Regolítico. Cada unida experimental foi composta por um vaso contendo uma planta mamoneira cv. BRS Energia, as quais cresceram em vasos com 60 L substrato (solo + adubo orgânico). Após a mistura cada fonte matéria orgânica (FMO) ao solo, nas proporções cada tratamento (torta: 102,44 g/vaso; húmus, est. caprino e bovino: 2 kg/vaso, respectivamente), foi feita a irrigação e logo após semeadas 5 sementes por vaso, sendo que aos 15 dias após a germinação foi realizado o sbaste, ixando-se apenas uma planta (mais vigorosa) por vaso. Os tratamentos utilizados foram: torta mamona sem a fertiirrigação urina vaca; torta mamona com a fertiirrigação urina vaca; húmus minhoca sem a fertiirrigação urina vaca; húmus minhoca com a fertiirrigação urina vaca; esterco caprino sem a fertiirrigação urina vaca; esterco caprino com a fertiirrigação urina vaca; esterco bovino sem a fertiirrigação urina vaca; e esterco bovino com a fertiirrigação urina vaca. O lineamento experimental adotado foi o blocos casualizados, com quatro repetições, seguindo o arranjo fatorial 4x2, sendo quatro fontes matéria orgânica (torta mamona, húmus minhoca, esterco caprino e esterco bovino) e duas aplicações urina vaca (com e sem aplicação). A dosagem urina vaca foi 5% (100 ml urina vaca para 2000 ml H2O), sendo aplicado por planta 2 litros sta calda via foliar em dois períodos tempo distintos, aos 30 e 60 dias após a germinação da planta. Estas duas pulverizações foram feitas no período da manhã com pulverizador

Página 483 manual previamente calibrado, com capacida para 2 litros. A urina vaca foi coletada em vacas leiteiras mestiças, conforme metodologia proposta por EMATERCE (2000). As variáveis analisadas foram: altura planta; diâmetro caulinar, número folhas, número nós, comprimento médio nós área foliar/planta. Os dados obtidos foram submetidos à análise variância (Teste F) e as médias comparadas pelo teste Tukey a 5% probabilida, conforme recomendação Banzatto e Kronka (1992), utilizando-se o programa estatístico software SAS (Statistical Analysis System V. 6.2-1997). RESULTADOS E DISCUSSÃO Na Tabela 1 verificam-se os resultados obtidos para as variáveis estudadas consirando-se os resumos das análises variância. Po-se verificar que só houve efeito significativo para as diferentes fontes matéria orgânica na variável área foliar. Já na Tabela 2 percebe-se que tanto para as fontes matéria orgânica quanto para a utilização da urina vaca houve efeito significativo, no entanto quando da interação entre estes dois fatores não ocorreu influência positiva, indicando a não influência uma sobre a outra. A utilização do esterco bovino + urina vaca obteve o maior ganho em relação à área foliar (7.429,32 cm 2 ), no entanto, só diferindo da fonte matéria orgânica húmus minhoca (Tabela 3). Percebe-se nesta mesma tabela, que a aplicação da urina vaca influenciou as fontes matéria orgânica em relação ao aumento área foliar, tendo-se um incremento 123,99% para a torta mamona; 168,97% para o húmus minhoca; 129,69% para o esterco caprino e 136,98% para o esterco bovino. Costa et. al. (2008) estudando o crescimento da mamoneira submetida à adubação com lixo orgânico e torta mamona, concluíram que estes adubos orgânicos reagiram forma positiva tendose aumento em área foliar para esta oleaginosa. A mamoneira possui metabolismo ineficiente tipo C3, e é bastante exigente em fertilida do solo. O fornecimento nitrogênio as plantas via adubação química e/ou orgânica funciona como complementação a capacida seu suprimento pelo solo, a partir da mineralização, isto explica o comportamento da mamoneira quando adubado com esterco bovino + aplicação urina vaca. De acordo com PESAGRO (2001) a fertiirrigação com a urina vaca atua como via complemento ste nutriente.

CONCLUSÃO Página 484 De acordo com as condições edafoclimáticas em que foi conduzido este experimento, po concluir que: - a utilização do adubo esterco bovino + aplicação urina vaca proporcionou maior área foliar da mamoneira; - o uso do húmus minhoca não obteve resultado satisfatório quando comparado aas mais fontes matéria orgânica; - o uso urina vaca adicionada às fontes matéria orgânica proporcionou aumento nas variáveis estudadas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMORIM NETO, M. da S.; ARAÚJO, A. E. ; BELTRÃO, N.E. M. Clima e solo. In: AZEVEDO, D.M.P. ; LIMA, E.F. (eds. tec). O Agronegócio da mamona no Brasil. Comunicação para Transferência Tecnologia, Brasília: Embrapa. 2001. p.63-76. BANZATTO, D.A.; KRONKA, S.N. Experimentação agrícola. Jaboticabal: FUNEP, 1992. 247p. COSTA, F. X. et. al. Crescimento da mamoneira submetida a adubação com lixo orgânico e torta mamona. In: III CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 2008, Salvador. Energia e Ricinoquímica. Campina Gran : Embrapa Algodão, 2008. EMATERCE. Urina vaca. adubo e fensivo natural para o solo e plantas. Fortaleza, SRD, 2000. 3p. (Boletim Informativo). EMBRAPA. Empresa Brasileira Agropecuária. 2007. Tecnologia a serviço da convivência com o Semi-árido. Artigo em hypertexto. Disponível em < http://www.embrapa.br/embrapa/imprensa/noticias /2007/julho/1a-semana/noticia. 2007-07-4.7143579526>. Acessado em 30mai. 2010. MILANI, M. BRS Energia. Campina Gran: Embrapa Algodão, 2007. 1 Folr. PESAGRO-RIO - EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Urina vaca: alternativa eficiente e barata. Niterói, 2001. 8p. (PESAGRO-RIO. Documento, 68). SAS INSTITUTE. SAS/STAT software: changes and enhancements through release 6.12. Cary: Statistical Analysis System Institute, 1997. 1167p. SEVERINO, S. L. O que sabemos sobre a torta mamona. Campina Gran: Embrapa Algodão, 2005. 31 p. (Documentos, 134). SOFIATTI, V.; SEVERINO, L. S.; GODIM, T. M. S.; FREIRE, M. A. O.; SAMPAIO, L. R.; VALE, L. S. do; LUCENA, A. M. A., SILVA, D. M. A. Adubação da mamoneira da cultivar BRS Energia. In: III Congresso Brasileiro da Mamona Energia e Ricinoquímica. Salvador, BA. 2008. Pg. 68

Página 485 Tabela 1- Resumo das análises variância das variáveis altura planta, diâmetro caulinar, número folhas, área foliar, número nós e comprimento médio nós, em plantas mamoneira cultivar BRS Energia adubada com diferentes fontes matéria orgânica. Campina Gran, PB, 2010. Altura planta (cm) Diâmetro caulinar Número folhas (und) Quadrado médio Área foliar Número nós (und) Comprimento médio nós (cm) Fonte Variação GL (mm) (cm 2 ) Fonte matéria orgânica 7 514,84 ns 3,48 ns 65,42 ns 3.755.019,25* 4,21 ns 2,01 ns Bloco Resíduo 3 206,54 5,09 44,14 9.063.060,00 1,27 0,97 21 194,84 8,95 22,49 2.938.608,30 2,59 1,11 CV 17,32 16,78 25,12 29,62 12,81 17,14 * significativo a 5% probabilida; ns - não significativo. Tabela 2 Desdobramento das fontes matéria orgânica para a variável área foliar, em plantas mamoneira cultivar BRS Energia. Campina Gran, PB, 2010. Quadrado Médio FATORES DE VARIAÇÃO GL Área foliar (cm 2 ) Matéria orgânica (MO) 3 12.728.733,09 * Urina vaca (UV) 1 24.723.263,84 ** MO x UV 3 177.318,97 ns Coeficiente Variação (%) 29,62 * significativo a 5% e ** significativo a 1% probabilida; ns - não significativo. Tabela 3 - Teste médias entre as fontes matéria orgânica para a variável área foliar em plantas mamoneira cultivar BRS Energia. Campina Gran, PB, 2010. Fonte matéria orgânica Área foliar (cm 2 ) TORTA 5.980,03 ab TORTA + URINA DE VACA 7.414,72 a HÚMUS DE MINHOCA 2.923,49 b HÚMUS + URINA DE VACA 4.939,74 ab ESTERCO CAPRINO 5.304,55 ab EST. CAPRINO + URINA DE VACA 6.879,75 ab ESTERCO BOVINO 5.423,64 ab EST. BOVINO + URINA DE VACA 7.429,32 a DMS 4.045,60 Médias seguidas pela mesma letra não diferem significativamente pelo teste tukey a 5% probabilida.