I Resultado Nacional Os fabricantes de autopeças contabilizaram aumento de 4,4% da receita líquida de vendas no mês de outubro, recuperando parcela das perdas sofridas em setembro, quando houve retração de 8,5% em relação ao mês anterior. O segmento de reposição contribuiu com expansão a dois dígitos (11,8%), representando 16,1% do faturamento total. Esse percentual correspondeu ao melhor desempenho do segmento desde maio do ano corrente. As vendas intrassetoriais também cresceram com força, refletindo aumento de 7,5% frente ao mês anterior. Ainda assim, o resultado não foi suficiente para compensar a queda de 7,9% registrada na passagem de agosto para setembro. Já as vendas para montadoras e mercados externos elevaram-se, respectivamente, 3,3% e 1,6% em reais, devido à desvalorização da moeda doméstica (R$/US$ 3,13 em setembro e R$/US$ 3,19 em outubro). Em comparação a outubro de 2016, observa-se o aumento do faturamento a dois dígitos em todos os canais de distribuição de autopeças. Montadoras: 33,9%; Reposição: 28,2%; Intrassetorial: 23,6% e Exportação (em dólares): 21,2%. Registrou-se a mesma situação para o acumulado do faturamento no ano, embora nesse caso o protagonismo seja do canal Montadoras (34,1%) e Intrassetorial (20,2%). Em menor intensidade, despontaram as vendas realizadas para o mercado de reposição, com aumento de 8,2%, e as exportações, que cresceram 10,9% em dólares, mas apenas 0,27% em reais, graças à valorização de aproximadamente 1 em comparação a igual período do ano anterior. No acumulado dos últimos doze meses, a performance do setor mostra-se similar ao do acumulado no ano em todos os segmentos. Destaque para as montadoras e as vendas intrassetoriais. O nível de utilização da capacidade instalada atingiu em outubro; reflexo do maior volume de produção para atender as encomendas feitas no mercado interno e para exportação. Em outubro, a produção de autoveículos cresceu 5,3% em relação a setembro e 28,5% no acumulado do ano. O crescimento das exportações somado à maior disponibilidade de crédito, redução da inadimplência da carteira de veículos e aumento, ainda que restrito, do rendimento real dos trabalhadores têm assegurado bons resultados para o setor automotivo. Há outro aspecto importante a se notar. Em recente publicação, a CNI destacou que o indicador de produtividade da indústria de transformação acumulou alta de 8,1% entre o terceiro trimestre de 2016 e igual período de 2017. Segundo a entidade: a recuperação do indicador, desde meados de 2016, resulta, principalmente, do esforço das empresas para aumentar a eficiência e reduzir custos, como resposta à crise econômica interna. A intensidade e duração do período recessivo exigiram das empresas do setor investimentos em ganhos de eficiência, como melhorias de gestão, digitalização e mudanças de processos internos. Portanto, é bem provável que os ganhos de produtividade em autopeças tenha superado o indicador da indústria de transformação, como foi revelado pela CNI. [1]
[Tabela 1] Resumo do Desempenho Discriminação Out 17/ Set 17 Out 17/ Out 16 Faturamento líquido ¹ nominal consolidado (%) 4,43 30,17 21,72 21,00 Faturamento líquido nominal: vendas para as montadoras (%) 3,32 33,93 34,11 33,40 Faturamento líquido nominal: vendas para a reposição (%) 11,84 28,19 8,18 7,61 Faturamento líquido nominal: exportação em reais (%) 1,61 21,40 0,27-0,51 Faturamento líquido nominal: exportação em dólares (%) -0,17 21,22 10,91 10,59 Faturamento líquido nominal: vendas intrassetoriais (%) 7,48 23,62 20,19 21,98 Emprego nacional (%) 0,65 4,14-0,11-1,51 Capacidade ociosa ² (p.p.) -1,70-15,40-11,74-9,48 Produção industrial de autopeças ³ (%) 6,29 18,26 9,54 9,59 Produção industrial de veículos ³ (%) 5,53 27,32 16,10 15,88 Fonte: Pesquisa Conjuntural M ensal do Sindipeças Notas: * Os valores podem sofrer alterações devido à ajustes realizados mensalmente. ¹Faturamento líquido nominal: descontando todos os impostos. ²Cálculo da comparação anual feita através da média do ano corrente x média do ano anterior ³Produção Industrial M ensal (PIM ) é elaborada e divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Variação Acum 17/ Acum 16 Variação acumulada em 12 meses [Gráfico 1] Faturamento líquido nominal consolidado Variação em % (acumulado dos últimos 12 meses/12 meses imediatamente anteriores)¹ 1,9% 4, 7, 8,3% 10,7% 12, 14,3% 16,8% 18,5% -5,5% -2,7% -0,5% 21, nov/16 jan/17 mar/17 mai/17 jul/17 set/17 ¹A partir das informações de Janeiro/2017, a métrica adotada é através do acumulo dos últimos 12 meses/12 meses imediatamente anteriores, substituindo a forma de cálculo anterior que era a somatória do acumulado do ano/mesmo período do ano anterior. [Gráfico 2] Distribuição do faturamento por segmento Participação mensal em % 10 9 8 4,0 3,7 3,6 3,8 4,1 3,8 3,9 3,9 3,8 3,6 3,6 3,7 3,8 19,3 18,5 20,0 18,4 17,6 17,0 17,6 16,5 19,1 17,6 16,5 18,5 18,0 16,3 16,0 17,5 17,4 16,8 16,0 16,4 15,2 15,3 15,6 14,7 15,0 16,1 60,4 61,8 59,0 60,4 61,5 63,2 62,1 64,4 61,8 63,2 65,2 62,8 62,2 2 1 nov/16 jan/17 mar/17 mai/17 jul/17 set/17 Intrassetorial Exportação (em R$) Reposição Montadoras [2]
[Gráfico 3] Utilização da capacidade instalada Participação mensal em % 10 9 8 2 1 36% 31% 32% 37% 39% 38% 41% 42% 45% 44% 51% Capacidade ociosa 64% 69% 68% 63% 61% 62% 59% 58% 55% 56% 49% 53% 47% 45% 43% 55% 57% Capacidade utilizada 38% 39% 62% 61% 65% 35% out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 nov/15 jan/16 mar/16 mai/16 jul/16 set/16 nov/16 jan/17 mar/17 mai/17 jul/17 set/17 [Gráfico 4] Evolução do emprego nacional Variação em relação ao mesmo mês do ano anterior nov/15 jan/16 mar/16 mai/16-13,39% -13, -15,18% -16,44% -16,25% -16, -16,15% -15,12% -14,42% -13,11% -12,13% -11, -9, -8,71% -7, -4,8-4, -2,24% -1,0 0, 0,29% 1,62% 1, 3,74% 4,14% jul/16 set/16 nov/16 jan/17 mar/17 mai/17 jul/17 set/17 out/14 dez/14 fev/15 abr/15 jun/15 ago/15 II Produção Industrial [Gráfico 5] Capacidade ociosa x importações Imp. (bilhões de US$ FOB) 2 1 Média móvel trimestral da capacidade ociosa (%) 1,8 1,6 1,4 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0 Cap. Ociosa Importação Fonte: Secex/MDIC e Sindipeças. Elaboração do Sindipeças. [3]
[Gráfico 6] Produção industrial autopeças x montadoras Sendo 2012 = 100 (número-índice) 145 125 Indústria automobilística Indústria de autopeças 105 85 65 45 Prod. Autopeças Prod. Montadoras 25 out-07 mar-08 ago-08 jan-09 jun-09 nov-09 abr-10 set-10 fev-11 jul-11 dez-11 mai-12 out-12 mar-13 ago-13 jan-14 jun-14 nov-14 abr-15 set-15 fev-16 jul-16 dez-16 mai-17 out-17 Fonte: PIM-IBGE. Elaboração do Sindipeças. [Gráfico 7] Faturamento em autopeças x produção de autoveículos Variação mensal (em %) Faturamento em autopeças 0,5 Produção de autoveiculos 0,4 0,3 0,2 0,1 0,0-0,1-0,2-0,3-0,4 out-11 jan-12 abr-12 jul-12 out-12 jan-13 abr-13 jul-13 out-13 jan-14 abr-14 jul-14 out-14 jan-15 abr-15 jul-15 out-15 jan-16 abr-16 jul-16 out-16 jan-17 abr-17 jul-17 out-17 Fat. Autopeças Prod. Montadoras Fonte: Anfavea e Sindipeças. Elaboração do Sindipeças O contém dados consolidados até outubro de 2017. A pesquisa é realizada com 60 empresas associadas ao Sindipeças que representam 36,2% do faturamento total da indústria de autopeças no Brasil. [4]
Equipe técnica Assessoria de Economia Carlos Cavalcanti Lissa Chesky Mais informações ld-economia@sindipecas.org.br Telefone: [55 11] 3848-4804 Sindipeças Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores Abipeças Associação Brasileira da Indústria de Autopeças Avenida Santo Amaro, 1.386 Vila Nova Conceição 04506-001 São Paulo, SP, Brasil Telefone: 55 (11) 3848-4848 sindipecas@sindipecas.org.br www.sindipecas.org.br Direitos autorais Copyright 2017 do Sindipeças. Solicita-se a menção da fonte Sindipeças para a reprodução total ou parcial das informações contidas neste trabalho. [5]