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PROFª DÉBORA PATRÍCIA ROSA BONETTI ADVOGADA e CONSULTORA JURÍDICA ESPECIALISTA EMDIREITO PREVIDENCIÁRIO PELO LEGALE MESTRANDA EMDIREITO PREVIDENCIÁRIO PELA PUC/SP @drapatriciabonetti profapatriciabonetti@gmail.com

Pensão por morte - Fundamentação Fundamentação: Art. 201, inciso V, da CF Arts. 74 a 79 da Lei 8.213/91 (LB) Arts. 105 a 115, do Decreto 3.048/99 Arts. 367 a 380, da IN INSS/PRES 77/2015.

Definição: Pensão por morte - Definição A pensão por morte é o benefício previdenciário pago aos dependentes do segurado, homem ou mulher, que falecer, aposentado ou não. O benefício de pagamento continuado substitui a remuneração do falecido.

Pressupostos: Pensão por morte - Pressupostos Óbito do segurado ou morte presumida (art. 78, da Lei 8.213/91 - declarada pela autoridade judicial competente depois de 06 meses de ausência (pode ser em ação própria) ou mediante prova do desaparecimento do segurado em conseqüência de acidente, desastre ou catástrofe (provas: B.O., noticiário nos meios de comunicação).

Pensão por morte - Pressupostos Qualidade de dependente do requerente (art. 16 e art. 76, 2º, ambos da Lei 8.213/91). Qualidade de segurado do de cujus à época do óbito (art. 15 e art. 102, ambos da Lei 8.213/91). NÃO HÁ CARÊNCIA!!!

Pensão por morte - Dependentes Os dependentes para fins previdenciários estão listados no art. 16 e no art. 76, 2º, da Lei 8.213/91. Dois são os critérios utilizados pelo legislador para estabelecer a dependência: o critério familiar e o econômico (a dependência não precisa ser exclusiva Súmula 229, do EXTINTO TRIBUNAL FEDERAL DE RECURSOS antecedeu o STJ).

Pensão por morte - Dependentes O art. 16 da Le 8.213/91, divide os dependentes em Classes (1ª, 2ª e 3ª classes). Regra: havendo dependente de classe superior, deve ser excluído o direito daqueles de classe inferior. Regra: havendo dependente de mesma classe, estes concorrerão em igualdade de condições.

Pensão por morte - Dependentes Dependentes de 1ª classe: Cônjuge, companheiro, filhos menores de 21 anos não emancipados ou inválidos de qualquer idade ou portadores de deficiência mental, intelectual ou grave (dependência econômica presumida). Prorrogação da pensão por morte para o filho universitário ou estudante curso técnico: não é possível ( REsp repetitivo 1.369.832/SP e Súmula 37, da TNU).

Pensão por morte - Dependentes Casamento/União estável: dependência econômica entre cônjuges e companheiros é presumida e deve ser interpretada como absoluta. Prova da união estável: não há necessidade início de prova material (Súmula 63, da TNU), muito menos de 03 documentos. Companheiro do mesmo sexo: Portaria MPS 513/2010 (ACP 2000.71.00.009347-0); STF, ADI 4277 e ADPF 132 (reconheceu a união homossexual, pública, contínua e duradoura, como família).

Pensão por morte - Dependentes Filho inválido: a invalidez pode surgir após os 21 anos, desde que seja anterior ao óbito. ENTENDIMENTO DO INSS : Invalidez antes do atingimento dos 21 anos.

Pensão por morte Dependentes Enteado, menor tutelado, ex-cônjuge ou companheiro (STJ, Súmula 336) e menor sob guarda (STJ, REsp 1.411.258/RS; guarda de fato: TRF4, AG 5057513-90.2017.4.04.0000): tem necessidade da comprovação da dependência econômica. Lei nº 9.528/97 ( 10 de Dezembro de 1997) altera a lei nº 8.213/91 e retira o menor sob guarda do rol do art. 16 da LB. Lei 8.213/91 art. 16 extensão do rol de 1ª classe, para o menor sob guarda, até hoje, com base na proteção do menor, do art. 227 a CF e 33, 3 do ECA. Há entendimento de que a guarda do menor de fato também gera direito ao benefício.

Pensão por morte - Dependentes Concubina(o): COMPANHEIRA E CONCUBINA - DISTINÇÃO. Sendo o Direito uma verdadeira ciência, impossível é confundir institutos, expressões e vocábulos, sob pena de prevalecer a babel. UNIÃO ESTÁVEL - PROTEÇÃO DO ESTADO. A proteção do Estado à união estável alcança apenas as situações legítimas e nestas não está incluído o concubinato. PENSÃO - SERVIDOR PÚBLICO - MULHER - CONCUBINA - DIREITO. (...)

Pensão por morte - Dependentes A titularidade da pensão decorrente do falecimento de servidor público pressupõe vínculo agasalhado pelo ordenamento jurídico, mostrando-se impróprio o implemento de divisão a beneficiar, em detrimento da família, a concubina. (STF, RE 397.762, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, julgado em 03/06/2008, DJe-172 DIVULG 11-09-2008 PUBLIC 12-09-2008)

Pensão por morte - Dependentes Concubinato de longa duração ou concubinato impróprio pode gerar efeitos previdenciário? RE 669.465/ES, com repercussão geral reconhecida pelo STF, aguardando julgamento.

Pensão por morte Dependentes Entendimento extensivo do direito aos NETOS da concessão do benefício deixados pelos seus avós. Então embora se pretenda o enquadramento dos netos na 1ª classificação, para esses, assim como para os elencados no 2º do art. 16 da LB nº 8.213/91, dependerá a concessão da comprovação de dependência econômica.

Pensão por morte - Dependentes Atenção: nas ações de concessão que envolvem a anulação de benefício previdenciário recebido por outra pessoa pensão por morte, por exemplo esta deverá necessariamente compor o polo passivo juntamente com o INSS (litisconsórcio passivo necessário), sob pena de nulidade (TRF3, AC 00162692220104039999). Sob pena de nulidade de todos os atos realizados no processo.

Pensão por morte - Dependentes Dependentes de 2ª classe: Pais Há o entendimento de que, assim como se permite a concessão ao dependente enteado de 1ª classe, de forma extensiva, haveria a possibilidade de enquadrar padrastros e madrastas nessa mesma categoria de dependente de 2º classe. Avós (STJ, REsp 1.574.859/SP)

Pensão por morte - Dependentes Dependentes de 3ª classe: Irmãos menores de 21 anos não emancipados ou inválidos de qualquer idade ou portadores de deficiência mental, intelectual ou grave.

Pensão por morte - Dependentes Decreto nº 3.048/99 - art. 22. A inscrição do dependente do segurado será promovida quando do requerimento do benefício a que tiver direito, mediante a apresentação dos seguintes documentos: 3º Para comprovação do vínculo e da dependência econômica, conforme o caso, devem ser apresentados no mínimo três dos seguintes documentos: I - certidão de nascimento de filho havido em comum; II - certidão de casamento religioso; III - declaração do imposto de renda do segurado, em que conste o interessado como seu dependente; IV - disposições testamentárias; VII - prova de mesmo domicílio; X - conta bancária conjunta; XVII - quaisquer outros que possam levar à convicção do fato a comprovar.

Pensão por morte Qualidade de segurado do de cujus Período de graça (art. 15, da Lei 8.213/91 variação de 03 a 36 meses). Segurado que deveria estar em gozo de benefício (art. 15, inciso I, da Lei 8.213/91 TRF4, APELREEX 2008.70.00.010340-9). Exceção: preenchimento dos requisitos legais para obtenção de aposentadoria até a data do óbito (art. 102, da Lei 8.213/91 e Súmula 416 do STJ).

Pensão por morte Qualidade de segurado do de cujus Lei nº 8.213/91, art. 102. A perda da qualidade de segurado importa em caducidade dos direitos inerentes a essa qualidade. 2º Não será concedida pensão por morte aos dependentes do segurado que falecer após a perda desta qualidade, nos termos do art. 15 desta Lei, salvo se preenchidos os requisitos para obtenção da aposentadoria na forma do parágrafo anterior. Sumula 416 STJ É devida a pensão por morte aos dependentes do segurado que, apesar de ter perdido essa qualidade, preencheu os requisitos legais para a obtenção de aposentadoria até a data do seu óbito.

Pensão por morte - Qualidade de segurado do de cujus Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício; II - até 12 (doze) meses após o término de benefício por incapacidade (por exemplo auxílio-doença), salário maternidade ou do último recolhimento realizado para o INSS quando deixar de exercer atividade remunerada (empregado, trabalhador avulso, etc) ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração; III - até 12 (doze) meses após terminar a segregação, para os cidadãos acometidos de doença de segregação compulsória; IV - até 12 (doze) meses após a soltura do cidadão que havia sido detido ou preso; V - até 03 (três) meses após o licenciamento para o cidadão incorporado às forças armadas para prestar serviço militar; VI - até 06 (seis) meses do último recolhimento realizado para o INSS no caso dos cidadãos que pagam na condição de facultativo

Pensão por morte - Qualidade de segurado do de cujus 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. 2º Os prazos do inciso II ou do 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. 3º Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os seus direitos perante a Previdência Social. 4º A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término do prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social para recolhimento da contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados neste artigo e seus parágrafos. Atenção: Súmula 27 da TNU. Outros meios de prova são admitidos (seguro desemprego, SINE, PAT, etc.). Atenção: a ausência de registros no CNIS e na CTPS não constitui prova cabal do desemprego (Pet 7.115/PR, STJ).

Pensão por morte Qualidade de segurado do de cujus Inscrição ou filiação post mortem: os dependentes podem, para fins de recebimento da pensão, efetuar a regularização das contribuições em mora do segurado contribuinte individual, desde que demonstrado o exercício da atividade laboral no período anterior ao óbito? Não (STJ, REsp 1.346.852/PR; TRF4, EINF 0003265-85.2010.404.9999, Súmula 52 da TNU)

Pensão por morte Divisão do valor Divisão do valor do benefício Fundamento: art. 77, da Lei 8.213/91. Como é feita a divisão? Entre todos e em partes iguais. A parte daquele cujo direito à pensão cessar reverterá em favor dos demais.

Pensão por morte - Cessação Cessação da cota individual da pensão Fundamento: art. 77, da Lei 8.213/91. Hipóteses: Pela morte do pensionista. Para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, ao completar 21 anos de idade, salvo se for inválido ou tiver deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave.

Pensão por morte - Cessação Para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez. Pelo decurso do prazo de recebimento de pensão pelo cônjuge, companheiro ou companheira.

Para cônjuge ou companheiro: Pensão por morte - Cessação o a. Se inválido ou com deficiência, pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência, respeitados os períodos mínimos decorrentes da aplicação das alíneas b e c. o b. Em 04 meses, se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18 contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 02 anos antes do óbito do segurado.

Pensão por morte - Cessação o c. Transcorridos os seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a idade do beneficiário na data de óbito do segurado, se o óbito ocorrer depois de vertidas 18 contribuições mensais e pelo menos 02 anos após o início do casamento ou da união estável:

Pensão por morte - Cessação 1. 03 anos, com menos de 21 anos de idade. 2. 06 anos, entre 21 e 26 anos de idade. 3. 10 anos, entre 27 e 29 anos de idade. 4. 15 anos, entre 30 e 40 anos de idade. 5. 20 anos, entre 41 e 43 anos de idade. 6. Vitalícia, com 44 ou mais anos de idade.

Pensão por morte - Cessação Após o transcurso de pelo menos 03 anos e desde que nesse período se verifique o incremento mínimo de um ano inteiro na média nacional única, para ambos os sexos, correspondente à expectativa de sobrevida da população brasileira ao nascer, poderão ser fixadas, em números inteiros, novas idades para os fins previstos na alínea c, em ato do Ministro de Estado da Previdência Social, limitado o acréscimo na comparação com as idades anteriores ao referido incremento.

Pensão por morte - Cessação Exceção: Serão aplicados, conforme o caso, a regra de cessação somente com o fim da incapacidade ou da deficiência ou os prazos previstos na alínea c, se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho, independentemente do recolhimento de 18 contribuições mensais ou da comprovação de 02 anos de casamento ou de união estável.

Pensão por morte Perda do direito Perda do direito ao benefício (02 hipóteses) Fundamentação: art. 74, 1º e 2º, da Lei 8.213/91. Após o trânsito em julgado, o condenado pela prática de crime de que tenha dolosamente resultado a morte do segurado. O cônjuge, o companheiro ou a companheira se comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no casamento ou na união estável, ou a formalização desses com o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas em processo judicial no qual será assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa.

Data de Início do Benefício - DIB Pensão por morte - DIB Fundamento: art. 74, incisos I a III, da Lei 8.213/91. Será fixada na data do óbito, se requerido em até 90 dias da data do falecimento do segurado. Será fixada na Data da Entrada do Requerimento (DER): se requerido depois dos 90 dias. Será fixada na data da decisão judicial: no caso de morte presumida.

Atenção! Pensão por morte - DIB Este benefício tem caráter de trato sucessivo, sendo assim, não há prescrição ao fundo de direito. Sumula nº 85 STJ Nas relações jurídicas de trato sucessivo em que a Fazenda Pública figure como devedora, quando não tiver sido negado o próprio direito reclamado, a prescrição atinge apenas as prestações vencidas antes do quinquênio anterior à propositura da ação. Menor de idade: segundo o STJ não corre prescrição contra o 18 anos, nos termos do art. 79, da Lei 8.213/91 (precedente: REsp 1.405.909/AL). Não consideramos a idade do CC. 16 anos, art. 3.

Pensão por morte - DIB Lei nº 8.213/91- art. 79. Não se aplica o disposto no art. 103 desta Lei ao pensionista menor, incapaz ou ausente, na forma da lei. Art. 103. É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo Parágrafo único. Prescreve em cinco anos, a contar da data em que deveriam ter sido pagas, toda e qualquer ação para haver prestações vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças devidas pela Previdência Social, salvo o direito dos menores, incapazes e ausentes, na forma do Código Civil.

Pensão por morte - DIB O benefício, portanto, é devido desde a data do óbito, exceto se já houve o pagamento da pensão em sua integralidade para outros dependentes previamente habilitados perante o INSS, hipótese em que a DIB será fixada na DER (STJ, REsp 1.354.689/PB).

Renda Mensal Inicial (RMI) Pensão por morte - RMI Fundamento: art. 75, da Lei 8.213/91. 02 hipóteses para cálculo da RMI.

Pensão por morte - RMI Hipótese 01 - segurado instituidor aposentado: 100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia em vida. Hipótese 02 - segurado instituidor não aposentado: valor da aposentadoria por invalidez na data do falecimento (simulação).

Pensão por morte - renda mensal inicial (RMI) da aposentadoria por invalidez Art. 29. O salário-de-benefício consiste: II - para os benefícios de que tratam as alíneas a, d, e e h do inciso I do art. 18, na média aritmética simples dos maiores salários-decontribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo. Art. 44. A aposentadoria por invalidez, inclusive a decorrente de acidente do trabalho, consistirá numa renda mensal correspondente a 100% (cem por cento) do salário-de-benefício, observado o disposto na Seção III, especialmente no art. 33 desta Lei.

Pensão por morte - Acumulação Acumulação de pensão por morte Art. 124, da Lei 8.213/91: proibida a acumulação de pensões por morte deixadas por cônjuge ou companheiro desde a edição da Lei 9.032/95 (28 de abril de 1995). IMPORTANTE!! Perfeitamente possível a concessão de 2 pensões por morte quando dependente de classe diversa. (de 1ª e 2ª classe por exemplo). Pensão + Aposentadoria: é perfeitamente possível a acumulação de pensão por morte com aposentadoria!

Parágrafo único. É vedado o recebimento conjunto do seguro-desemprego com qualquer benefício de prestação continuada da Previdência Social, exceto pensão por morte ou auxílioacidente. Pensão por morte Acumulação de benefícios Lei nº 8.213/91 - art. 124. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefícios da Previdência Social: I - aposentadoria e auxílio-doença; II - duas ou mais aposentadorias; II - mais de uma aposentadoria; (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995) III - aposentadoria e abono de permanência em serviço; IV - salário-maternidade e auxílio-doença; (Incluído dada pela Lei nº 9.032, de 1995) V - mais de um auxílio-acidente; (Incluído dada pela Lei nº 9.032, de 1995) VI - mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro, ressalvado o direito de opção pela mais vantajosa. (Incluído dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

Pensão por morte Casamento superviniente NÃO CANCELA O BENEFÍCIO DO DEPENDENTE CASAMENTO SUPERVINIENTE

Pensão por morte - Interpretação Interpretação das normas relacionadas à pensão por morte Súmula 340, do STJ: A lei aplicável à concessão de pensão previdenciária por morte é aquela vigente na data do óbito do segurado. (tempus regit actum)

Pensão por morte - Recálculo Cálculo equivocado da RMI: erro no cálculo da aposentadoria do segurado instituidor. Decadência: art. 103, da Lei 8.213/91 (revisão do ato de concessão, distinguishing, contagem do prazo).

Pensão por morte - Recálculo Termo a quo do prazo decadencial: o início do prazo decadencial se dá após o deferimento da pensão por morte, em decorrência do princípio da actio nata, tendo em vista que apenas com o óbito do segurado adveio a legitimidade do pensionista para o pedido de revisão, já que, por óbvio, não era titular do benefício originário, direito personalíssimo. (Processo 5015568-30.2012.4.04.7201 (TNU), Processo 5049328-54.2013.4.04.7000 (TNU) e REsp 1.529.562/CE (STJ)).

Pensão por morte - Competência Pensão por morte de natureza comum: Justiça Federal (Vara Comum e JEF (Lei 10.259/01)). Pensão por morte de natureza acidentária: Justiça Estadual (Súmulas 15, do STJ e 501, do STF e CC 132.034/SP, julgado pelo STJ).

Pensão por morte - Competência Competência Questões específicas Competência delegada (art. 109, 3º, da CF). Competência absoluta pelo valor da causa do JEF 60 sm. (3.º da Lei n.º 10.259 /2001) Mandado de Segurança (art. 109, inciso VIII, da CF). Competência sempre da Justiça Federal Não se impetra ao JEF Não se impetra na Justiça Estadual mesmo no caso de benefícios de natureza acidentária

Pensão por morte - Competência Ações de revisão (STJ, AgRg no CC 117.486/RJ). benefício comum : Justiça Federal benefício acidentário : Justiça Estadual Acumulação de benefícios de naturezas diversas (STF, RE 461.005/SP). será competente a Justiça Federal

Pensão por morte Ação judicial ajuizada pelo segurado falecido - Habilitação Os valores decorrentes do processo previdenciário (administrativos ou judiciais) não recebidos pelo autor da ação em vida, devem ser pagos, prioritariamente, aos depentendes habilitados à pensão por morte, para só então, na falta destes, serem pagos aos demais sucessores na forma da lei civil, independentemente de inventário ou arrolamento, na forma do art. 112, da Lei 8.213/91. (STJ, REsp 1.596.774/RS)

Auxílio-reclusão Fundamentação: art. 201, inciso IV, da CF, art. 80 da Lei 8.213/91, arts. 116 e 119, do Decreto 3.048/99 e arts. 381 a 395, da IN INSS/PRES 77/2015. Definição: é o benefício previdenciário devido aos dependentes do segurado de baixa renda recolhido à prisão que não estiver recebendo remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença ou aposentadoria.

Auxílio-reclusão Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício II - até 12 (doze) meses após o término de benefício por incapacidade (por exemplo auxílio-doença), salário maternidade ou do último recolhimento realizado para o INSS quando deixar de exercer atividade remunerada (empregado, trabalhador avulso, etc) ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração; III - até 12 (doze) meses após terminar a segregação, para os cidadãos acometidos de doença de segregação compulsória; IV - até 12 (doze) meses após a soltura do cidadão que havia sido detido ou preso; V - até 03 (três) meses após o licenciamento para o cidadão incorporado às forças armadas para prestar serviço militar; VI - até 06 (seis) meses do último recolhimento realizado para o INSS no caso dos cidadãos que pagam na condição de facultativo

Auxílio-reclusão 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. 2º Os prazos do inciso II ou do 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. 3º Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os seus direitos perante a Previdência Social. 4º A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término do prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social para recolhimento da contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados neste artigo e seus parágrafos. Atenção: Súmula 27 da TNU. Outros meios de prova são admitidos (seguro desemprego, SINE, PAT, etc.). Atenção: a ausência de registros no CNIS e na CTPS não constitui prova cabal do desemprego (Pet 7.115/PR, STJ).

A baixa renda (EC 20/98) deve ser de quem? Do segurado ou do(s) dependente(s)? A baixa renda deve ser do segurado (RE 587.365 e no RE 486.413). Quem são os dependentes? Arts. 16 e 76, da Lei 8.213/91. Art. 16 Lei Nº 8213/91 - São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; -

II - os pais; - 2ª CLASSE III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; - 3ª CLASSE 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes. 2º.O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento. Menor sob guarda: REsp repetitivo 1.411.258/RS 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o 3º do art. 226 da Constituição Federal. 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada.

Auxílio-reclusão Normas relacionadas à pensão por morte: são aplicáveis ao auxílio-reclusão. Certidão do efetivo recolhimento à prisão: o requerimento do auxílio-reclusão deverá ser instruído com certidão do efetivo recolhimento à prisão, sendo obrigatória, para a manutenção do benefício, a apresentação de forma trimestral de declaração de permanência na condição de presidiário.

Auxílio-reclusão Critério para fins de estabelecimento da baixa renda: de acordo com a Portaria Interministerial MF nº 15, de 16/01/2018, até R$ 1.319,18. O 13º salário e o terço de férias não deverão ser considerados no cômputo do último salário de contribuição ( 6, art. 385, da IN/2015) Relativização do critério objetivo: possível! (STJ, REsp 1.479.564/SP e Processo 0001546-77.2014.4.03.6306, da Terceira Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais de São Paulo). EXEMPLO : hora extraordinária.

Auxílio-reclusão Art. 116. O auxílio-reclusão será devido, nas mesmas condições da pensão por morte, aos dependentes do segurado recolhido à prisão que não receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência em serviço, desde que o seu último salário-de-contribuição seja inferior ou igual a R$ 360,00 (trezentos e sessenta reais). 1º É devido auxílio-reclusão aos dependentes do segurado quando não houver salário-de-contribuição na data do seu efetivo recolhimento à prisão, desde que mantida a qualidade de segurado.

Auxílio-reclusão Art. 80. O auxílio-reclusão será devido, nas mesmas condições da pensão por morte, aos dependentes do segurado recolhido à prisão, que não receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxíliodoença, de aposentadoria ou de abono de permanência em serviço. Parágrafo único. O requerimento do auxílio-reclusão deverá ser instruído com certidão do efetivo recolhimento à prisão, sendo obrigatória, para a manutenção do benefício, a apresentação de declaração de permanência na condição de presidiário.

Auxílio-reclusão PERÍODO DE GRAÇA, O ULTIMO SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO COMO INEXISTE TERIA QUE CONSIDERAR O VALOR DE R$ 0,00. Fundamento art. 116 do Decreto nº 3048/99 e art. 80 da Lei 8.213/91.

PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-RECLUSÃO. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA. RENDIMENTOS SUPERIORES AO FIXADO NO DECRETO N. 3.048/99. FLEXIBILIZAÇÃO DO CRITÉRIO ECONÔMICO. RECURSO PROVIDO. 1.Trata-se de recurso interposto pela parte autora visando a modificação da sentença de improcedência do pedido de concessão de benefício previdenciário de auxílio-reclusão, pois o recluso não se enquadrava no conceito de segurado de baixa renda, percebendo o valor superior ao fixado no Decreto 3.048/99, devidamente corrigido. 2.A parte autora alega que o valor considerado pelo juízo a quo como último rendimento do recluso foi acrescido de determinadas verbas que não devem ser incluídas na aferição do critério econômico para o direito ao benefício. 3.O recurso comporta provimento. 4.A renda que deve ser considerada, para fins de auxílio-reclusão, é a do salário-de-contribuição relativo ao mês integralmente trabalhado, a qual, para a concessão do benefício, deve ter valor inferior ao fixado na legislação, devidamente corrigido. 5.A jurisprudência vem admitindo a flexibilização do critério econômico para direito ao benefício, ainda que o salário de contribuição do segurado supere o valor fixado como critério de baixa renda no momento da reclusão, a fim de que a aplicação da norma alcance a proteção social almejada (STJ. 2ª Tuma. REsp 1.479.564-SP, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 6/11/2014. Info 552). 6.As particularidades do presente caso indicam a necessidade de flexibilização do critério econômico, uma vez que a parte autora comprovou que o último salário-de-contribuição do recluso considerado para fins de aferição da baixa renda foi acrescido de verbas que elevaram o valor da remuneração exclusivamente daquele mês. 7.Assim sendo, tendo como parâmetro as remunerações do recluso nos meses anteriores ao considerado pelo juízo de primeiro grau, verifica-se que houve o atendimento ao requisito da baixa renda. 8.Ante o exposto, dou provimento ao recurso da parte autora, para condenar o INSS a conceder o benefício de auxílio-reclusão desde a data do recolhimento à prisão. (Processo Nº: 0001546-77.2014.4.03.6306. Terceira Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais de São Paulo, relator Juiz Federal Sergio Henrique Bonachela, 27/04/2016.)

Limite econômico para concessão do auxílio-reclusão pode ser flexibilizado A jurisprudência firmada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em recurso repetitivo (REsp 1.112.557) que admitiu a flexibilização do critério econômico para concessão do Benefício de Prestação Continuada pode ser aplicada ao auxílioreclusão quando o caso revela a necessidade de proteção social, permitindo ao julgador flexibilizar a exigência para deferir a concessão do benefício. Com esse entendimento, a Primeira Turma do STJ manteve decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) que determinou o pagamento do auxílio a uma segurada reclusa cuja última remuneração recebida superava em pouco mais de R$ 10 o valor legalmente fixado como critério de baixa renda. No caso julgado, o valor limite atualizado pela Portaria MPS/MF 77, de março de 2008, era de R$ 710,08, e a última remuneração da segurada foi de R$ 720,90. O TRF3 considerou que o valor superado era irrisório e não impedia a concessão do benefício pretendido. O INSS recorreu ao STJ, sustentando que, para a concessão do auxílio-reclusão, é indispensável a prova de que o segurado recluso enquadra-se no conceito de baixa renda, exigindo-se a demonstração de que o valor do último salário de contribuição é inferior ao patamar fixado em lei. Argumentou, ainda, que o valor da renda bruta mensal é o único critério utilizado para a concessão do benefício e que a segurada não se enquadra no limite previsto na legislação. Semelhança Acompanhando o voto do relator, ministro Napoleão Nunes Maia Filho, a Turma entendeu que a semelhança do caso com a jurisprudência firmada pelo STJ em relação ao Benefício de Prestação Continuada permite ao julgador flexibilizar também o critério econômico para deferimento do auxílio-reclusão, ainda que o salário de contribuição do segurado supere o valor legalmente fixado para configurar baixa renda. Em seu voto, o ministro ressaltou que a análise de questões previdenciárias requer do magistrado uma compreensão mais ampla, ancorada nas raízes axiológicas dos direitos fundamentais, a fim de que a aplicação da norma alcance a proteção social almejada. Este benefício é mal compreendido pela sociedade. Não se trata de assistência social ao preso. O benefício destina-se aos dependentes de segurado que contribuía para a Previdência Social no momento de sua reclusão, enfatizou o ministro, destacando que o auxílio-reclusão possui relevante valor social, uma vez que busca amparar os dependentes do segurado que subitamente são desprovidos de meios de subsistência. Maia Filho lembrou que no caso analisado, o tribunal de origem julgou procedente o pedido ao fundamento de que a renda mensal da segurada (R$ 720,90) superava em muito pouco o limite legal fixado à época de seu encarceramento (R$ 710,08). Nessas condições, é possível a flexibilização da análise do requisito de renda do instituidor do benefício, devendo ser mantida a procedência do pedido reconhecida nas instâncias ordinárias, concluiu o relator. Por unanimidade, a Turma negou provimento ao recurso interposto pelo INSS. Fonte: Site STJ (Notícias)

Auxílio-reclusão A TNU fixou a tese, em sede de recurso representativos de controvérsia, no sentido de que é possível a flexibilização do conceito de baixa-renda para o fim de concessão do benefício previdenciário de auxílio-reclusão desde que se esteja diante de situações extremas e com valor do último salário-de-contribuição do segurado preso pouco acima do mínimo legal valor irrisório. (TNU, Processo n. 0000713-30.2013.4.03.6327)

Auxílio-reclusão Regime prisional: o auxílio-reclusão é devido apenas durante o período em que o segurado estiver recolhido à prisão sob regime fechado ou semiaberto. Prisão provisória: os dependentes do segurado detido em prisão provisória (preventiva ou temporária) terão direito ao benefício desde que comprovem o efetivo recolhimento do segurado por meio de documento expedido pela autoridade responsável.

Auxílio-reclusão Prisão domiciliar: o cumprimento de pena em prisão domiciliar não impede o recebimento do benefício de auxílio-reclusão pelo(s) dependente (s), se o regime previsto for o fechado ou semiaberto. Tornozeleira eletrônica : a monitoração eletrônica do instituidor do benefício de auxílio-reclusão não interfere no direito do dependente ao recebimento do benefício, uma vez que tem a função de fiscalizar o preso, desde que mantido o regime semiaberto ou a prisão domiciliar.

Auxílio-reclusão Maior de 16 e menor de 18 anos de idade que se encontre internado em estabelecimento educacional ou congênere, sob custódia do Juizado da Infância e da Juventude: equipara-se à condição de recolhido à prisão, para fins de concessão do auxílio-reclusão.

Auxílio-reclusão Recebimento de outros benefícios: o segurado preso, ainda que contribua como facultativo, não terá direito aos benefícios de auxílio-doença, salário-maternidade e aposentadoria durante a percepção, pelos dependentes, do auxílio-reclusão, permitida a opção pelo benefício mais vantajoso. Recebimento de benefício por incapacidade pelo segurado quando da prisão: caso o segurado, ao tempo da reclusão, seja recebedor de benefício por incapacidade, caberá a concessão do auxílio-reclusão aos dependentes quando cessar o benefício.

Auxílio-reclusão Filho nascido durante o recolhimento do segurado à prisão: terá direito ao benefício de auxílio-reclusão a partir da data do seu nascimento. Realização do casamento ou constituição de união estável durante o recolhimento do segurado à prisão: o auxílioreclusão NÃO será devido, considerando a dependência superveniente ao fato gerador.

Auxílio-reclusão Atestado de permanência do segurado detido ou recluso: o beneficiário deverá apresentar trimestralmente atestado de que o segurado continua detido ou recluso, firmado pela autoridade competente. Fuga: no caso de fuga, o benefício será suspenso e, se houver recaptura do segurado, será restabelecido a contar da data em que esta ocorrer, desde que esteja ainda mantida a qualidade de segurado.

Auxílio-reclusão DIB: o auxílio-reclusão será devido a contar da data do efetivo recolhimento do segurado à prisão, se requerido até 90 dias depois desta, ou da data do requerimento, se posterior. RMI: o valor mensal da pensão por morte e do auxílioreclusão será de 100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data do óbito ou da prisão, conforme o caso.

Divisão do valor do benefício Auxílio-reclusão Fundamento: art. 77, da Lei 8.213/91. Como é feita a divisão? Entre todos e em partes iguais. A parte daquele cujo direito ao auxílio reclusão cessar reverterá em favor dos demais.

Auxílio-reclusão Instrução normativa 77/2015, art. 395 - Os pagamentos do auxílio-reclusão serão suspensos: I - na hipótese da opção pelo auxílio-doença, na forma do 2º do art. 383; II - se o dependente deixar de apresentar atestado trimestral, firmado pela autoridade competente, para prova de que o segurado permanece recolhido à prisão; e III - se o segurado recluso possuir, mesmo que nesta condição, vínculo empregatício de trabalho empregado, doméstico ou avulso. 1º as hipóteses dos incisos I e III do caput, o benefício será restabelecido, respectivamente, no dia seguinte à cessação do auxílio-doença ou no dia posterior ao encerramento do vínculo empregatício. 2º Se houver exercício de atividade dentro do período de fuga, livramento condicional, cumprimento de pena em regime aberto, este será considerado para verificação de manutenção da qualidade de segurado.

Auxílio-reclusão Instrução normativa 77/2015, art. 394 - O auxílio-reclusão cessa: I - com a extinção da última cota individual; II - se o segurado, ainda que privado de sua liberdade ou recluso passar a receber aposentadoria; III - pelo óbito do segurado ou beneficiário; IV - na data da soltura; V - pela ocorrência de uma das causas previstas no inciso III do art. 131, no caso de filho ou equiparado ou irmão, de ambos os sexos; VI - em se tratando de dependente inválido, pela cessação da invalidez, verificada em exame médico pericial a cargo do INSS;

Auxílio-reclusão VII - pela adoção, para o filho adotado que receba auxílio reclusão dos pais biológicos, exceto quando o cônjuge ou o companheiro( a) adota o filho do outro; VIII - pelo levantamento da interdição no caso do(a) filho(a) ou irmã(o) com deficiência intelectual ou mental; IX - pela fuga do recluso; e X - quando o segurado deixar a prisão por livramento condicional ou por cumprimento da pena em regime aberto. Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos IX e X do caput, o benefício não poderá ser reativado, caracterizando-se a nova captura ou regressão de regime como novo fato gerador para requerimento de benefício.

Auxílio-reclusão Exercício de atividade remunerada pelo segurado: acarretar na perda do direito ao recebimento do auxílioreclusão pelos seus dependentes! Art. 383 da IN 77/2015. O recolhimento de contribuição facultativa não interfere na percepção do benefício pelos dependentes. 2º, art. 383 IN 77/2015.

Auxílio-reclusão Para o(a) cônjuge, o(a) companheiro(a), o(a) cônjuge divorciado(a) ou separado(a) judicialmente ou de fato que recebia pensão alimentícia: Duração de 4 meses a contar da data da prisão: Se a reclusão ocorrer sem que o segurado tenha realizado 18 contribuições mensais à Previdência ou; Se o casamento ou união estável se iniciar em menos de 2 anos antes do recolhimento do segurado à prisão; Duração variável conforme a tabela abaixo: Se a prisão ocorrer depois de vertidas 18 contribuições mensais pelo segurado e pelo menos 2 anos após o início do casamento ou da união estável;

Auxílio-reclusão 1. 03 anos, com menos de 21 anos de idade. 2. 06 anos, entre 21 e 26 anos de idade. 3. 10 anos, entre 27 e 29 anos de idade. 4. 15 anos, entre 30 e 40 anos de idade. 5. 20 anos, entre 41 e 43 anos de idade. 6. Vitalícia, com 44 ou mais anos de idade.

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Auxílio-reclusão QUEM É MENOR? NÃO CORRE PRESCRIÇÃO CONTRA O MENOR DE 18 ANOS. RESP. STJ 1405909/AL

Auxílio-reclusão Lei nº 8.213/91- art. 79. Não se aplica o disposto no art. 103 desta Lei ao pensionista menor, incapaz ou ausente, na forma da lei. Art. 103. É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo Parágrafo único. Prescreve em cinco anos, a contar da data em que deveriam ter sido pagas, toda e qualquer ação para haver prestações vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças devidas pela Previdência Social, salvo o direito dos menores, incapazes e ausentes, na forma do Código Civil.

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Salário-maternidade Fundamentação: Art. 201 inciso III, da CF; arts. 71 a 73 da Lei 8.213/91; arts. 93 a 103, do Decreto 3.048/99; arts. 340 a 358, da IN INSS/PRES 77/2015. Definição: é o benefício previdenciário destinado à proteção da(o) trabalhadora(r) em virtude do nascimento de filho ou adoção ou guarda judicial para fins de adoção.

Salário-maternidade Duração no caso de adoção ou guarda para fins de adoção: Ao segurado ou segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança é devido saláriomaternidade pelo período de 120 (cento e vinte) dias. Neste caso, o benefício é pago diretamente pela Previdência (art. 71-A). Aborto não criminoso e natimorto: o salário-maternidade será devido por duas semanas no caso de aborto não criminoso. Natimorto : considera a partir da 23ª semana recebe por 120 dias. Aborto não criminoso recebe por 2 semanas.

Salário-maternidade Prorrogação em casos excepcionais: os períodos de repouso anterior e posterior ao parto podem ser aumentados em duas semanas, mediante atestado médico específico. Ocorre nas situações em que existir algum risco para a vida do feto ou da criança ou da mãe, conforme certificado por atestado médico, sendo que, nas hipóteses em que o pagamento é feito diretamente pela Previdência Social, o benefício somente será prorrogado mediante confirmação desse risco pela Perícia Médica do INSS.

Salário-maternidade No caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer jus ao recebimento do salário-maternidade, o benefício será pago, por todo o período ou pelo tempo restante a que teria direito, ao cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de segurado, exceto no caso do falecimento do filho ou de seu abandono, observadas as normas aplicáveis ao salário-maternidade (art. 71-B).

Salário-maternidade A percepção do salário-maternidade, inclusive o previsto no art. 71-B, está condicionada ao afastamento do segurado do trabalho ou da atividade desempenhada, sob pena de suspensão do benefício art. 71-B. No caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer jus ao recebimento do salário-maternidade, o benefício será pago, por todo o período ou pelo tempo restante a que teria direito, ao cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de segurado, exceto no caso do falecimento do filho ou de seu abandono, observadas as normas aplicáveis ao salário-maternidade O segurado sobrevivente pode receber de forma concomitante o salário maternidade complementar e a pensão por morte como dependente do titular originário, não se configurando a hipótese em acumulação indevida de benefícios.

Salário-maternidade Ressalvado o pagamento do salário-maternidade à mãe biológica e o disposto no art. 71-B, não poderá ser concedido o benefício a mais de um segurado, decorrente do mesmo processo de adoção ou guarda, ainda que os cônjuges ou companheiros estejam submetidos a Regime Próprio de Previdência Social.

Salário-maternidade Responsável pelo pagamento Cabe à empresa pagar o salário-maternidade devido à respectiva empregada gestante, efetivando-se a compensação, quando do recolhimento das contribuições incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, salvo nos casos do art. 71-B e dos empregados de Micro-empreendedores individuais, devendo conservar durante 10 anos os comprovantes dos pagamentos e os atestados correspondentes para exame pela fiscalização da Previdência Social. 00000

Salário-maternidade Responsável pelo pagamento Mesmo no caso de empregada, caso, o fato gerador do benefício não seja a gravidez mas sim, a guarda ou adoção do menor que se enquadre nas condições de concessão do benefício, o responsável pelo pagamento do benefício será o INSS. No caso de empregado que adotar ou exerce a guarda do menor, que se enquadre nas condições de concessão do benefício, o responsável pelo pagamento do benefício será o INSS. Nos casos de contribuinte individual, contribuinte facultativo : o responsável pelo pagamento do benefício será o INSS.

Salário-maternidade Carência: - Empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso: independe de carência. - Contribuinte individual e segurado facultativo: 10 contribuições mensais. - Segurado especial: deverá comprovar o exercício de atividade rural nos últimos doze meses imediatamente anteriores à data do parto ou do requerimento do benefício (art. 39, parágrafo único da Lei 8.213/91). O Decreto 3.048/99, em seu art. 93, 2º, fixou esse prazo em 10 meses.

Salário-maternidade Instrução normativa 77/2015 art. 148. Na análise do direito ao saláriomaternidade, deverá ser observada a categoria do requerente na data do fato gerador, verificando-se a carência da seguinte forma: I - dez contribuições mensais para os segurados contribuinte individual, facultativo e especial, assim como para os que estiverem em período de manutenção da qualidade de segurado decorrente dessas categorias; e II - isenção de carência para os segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador vulso, assim como para os que estiverem em prazo de manutenção de qualidade de segurado decorrente dessas categorias

Salário-maternidade 1º Em caso de parto antecipado, o período de carência a que se refere o inciso I do caput será reduzido em número de contribuições equivalentes ao número de meses em que o parto for antecipado. 2º Para os segurados que exercem atividades concomitantes, inclusive aqueles em prazo de manutenção da qualidade de segurado decorrente dessas atividades, a exigência de carência ou a isenção deverá observar cada categoria de forma independente.

Salário-maternidade 3º Caso o segurado esteja no período de graça, em decorrência de vínculo como empregado, empregado doméstico (com ou sem contribuições) ou trabalhador avulso e passe a contribuir como facultativo ou contribuinte individual ou se vincule como segurado especial, sem cumprir o período de carência exigido nesta condição para a concessão do benefício nos termos do inciso I deste artigo, fará jus ao salário-maternidade independentemente de carência. 4º A regra prevista no 3º deste artigo será aplicada para benefícios requeridos a partir de 22 de março de 2013, bem como aos pendentes de análise, somente quando o (a) requerente não satisfizer a carência exigida na condição de facultativo, contribuinte individual e segurado especial, sendo vedada a exclusão de contribuições quando preenchido o direito ao salário maternidade nessas categorias.

Salário-maternidade RMI: - Empregado e trabalhador avulso: remuneração integral (teto ministro do STF ). Aproximadamente R$ 33.000,00. - Empregado doméstico: último salário-de-contribuição. - Contribuinte individual e facultativo: 1/12 da soma dos 12 últimos salários-de-contribuição, apurados em um período não superior a 15 meses, para o contribuinte individual, facultativo e desempregado. (MAS das 12 ultima contribuições). - Segurado especial: salário mínimo.

Salário-maternidade Incide contribuição previdenciária sobre o saláriomaternidade? E a cota patronal da empresa? - STJ: Tema 739, REsp repetitivo 1.230.957/RS (incide) - STF: ADI 5626 (inconstitucionalidade isonomia)

Salário-família Fundamentação: Arts. 7º, inciso XII e 201, inciso II, da CF; Arts. 65 a 70, da Lei 8.213/91; arts. 81 a 92, do Decreto 3.048/99, e; arts. 359 a 363, da IN INSS/PRES 77/2015. Conceito: É o benefício previdenciário pago mensalmente ao segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso, de baixa renda, na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados (enteado menor sob guarda melhor tutelado) de até 14 anos ou inválidos. O aposentado por invalidez ou por idade e os demais aposentados com 65 anos ou mais de idade, se do sexo masculino, ou 60 anos ou mais, se do feminino, terão direito ao salário-família, pago juntamente com a aposentadoria.

Salário-família Objetivo: Se destina dar ao segurado de baixa renda uma ajuda ao sustento e à educação dos filhos ou equiparados de até 14 anos ou inválidos de qualquer natureza. As cotas do salário-família serão pagas pela empresa ou pelo empregador doméstico, mensalmente, junto com o salário, efetivando-se a compensação quando do recolhimento das contribuições. Carência : Não se exige carência à concessão do benefício, art. 26, I da Lei 8.213/91

Salário-família Caso haja na família mais de uma pessoa empregada, todos farão jus a concessão do beneficio. Lembrando que o benefício é previdenciário e não assistencial, sendo assim, não há necessidade de comprovação de hipossuficiência econômica ou, de que dele necessite, precisando apenas comprovar os requisitos objetivos para que haja a concessão do benefício.

Salário-família De acordo com a Portaria Interministerial MF nº 15, de 16/01/2018, valor do salário-família será de R$ 45,00, por filho de até 14 anos incompletos ou inválido, para quem ganhar até R$ 877,67. Já para o trabalhador que receber de R$ 877,68 até R$ 1.319,18, o valor do salário-família por filho de até 14 anos de idade ou inválido de qualquer idade será de R$ 31,71.

Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de agir, mas um hábito. PROFª DÉBORA PATRÍCIA ROSA BONETTI @drapatriciabonetti profapatriciabonetti@gmail.com