Resumo sobre o Sistema Auditivo Humano



Documentos relacionados
O Ouvido Humano e a Audição

Ouvido Externo. Ouvido Médio. Bigorna. Martelo. Canal. Estribo. Tímpano. Figura 1 - Ouvido Humano

Treinamento de Prot. Auditiva. Treinamento aos usuários de protetores auriculares

A relação com o ambiente e a coordenação do corpo

Guia do sistema de implante coclear Nucleus para educadores

ÓRGÃOS DOS SENTIDOS (2)

O Sentido da Audição Capítulo10 (pág. 186)

Perda Auditiva Induzida Pelo Ruído

Engenharia Biomédica - UFABC

Anatomia e Fisiologia Humana OUVIDO: SENTIDO DA AUDIÇÃO E DO EQUILÍBRIO. DEMONSTRAÇÃO (páginas iniciais)

GUIA DA AUDIÇÃO LÍDER MUNDIAL EM APARELHOS AUDITIVOS

1) (Osec-SP) Na espécie humana, a cor dos olhos se deve à pigmentação da(o): a) Retina; b) Córnea; c) Íris; d) Pupila; e) Cristalino.

Ouvir melhor é viver melhor. Descobrindo sua audição

O Nosso Corpo Volume XXIV O Ouvido Parte 2

Sistema Sensorial. Biofísica da Audição

Fisiologia Sentidos Especiais

ESPECIALIZAÇAO EM CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO ACÚSTICA

Sistema Vestíbulo-Coclear. Matheus Lordelo Camila Paula Graduandos em Medicina pela EBMSP

META Compreender o mecanismo sensorial responsável pela formação da audição humana, assim como, algumas patologias que afetam este processo.

CONDUÇÃO da INFORMAÇÃO na MEDULA

Esse barulho me deixa surda!

ENSINO FUNDAMENTAL II

OS S ENTIDOS Profe f sso s ra: a Edilene

AUDIÇÃO SISTEMA NERVOSO SENSORIAL. O valor da comunicação verbal faz com que a audição, em alguns momentos, seja ainda mais importante que a visão.

O que caracteriza um som?


-~~ PROVA DE FÍSICA - 2º TRIMESTRE DE 2014 PROF. VIRGÍLIO

FISIOLOGIA DA AUDIÇÃO

Audição. Audição. Audição e equilíbrio. Capta e direcciona as ondas sonoras para o canal auditivo externo.

Descobertas do electromagnetismo e a comunicação

Sensores Ultrasônicos

Os sons e a audição. Breve descrição da forma como percebemos os sons e de como funciona a audição

Sistema Auditivo Humano

SISTEMA NERVOSO. Professora: Daniela Carrogi Vianna

1. CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA

COLÉGIO ESTADUAL BARÃO DO RIO BRANCO CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO SISTEMA SENSORIAL

ANATOMIA FUNCIONAL DA ORELHA. (a nova nomenclatura substitui o termo ouvido por orelha)

A surdez é uma deficiência que fisicamente não é visível, e atinge uma pequena parte da anatomia do indivíduo.

SOM. Ruído. Frequência. Ruído. Amplitude da vibração. Ruído. Isabel Lopes Nunes FCT/UNL. Som - produz vibrações (ondas) que entram no ouvido interno

1 Problemas de transmissão

PATOLOGIAS DO APARELHO AUDITIVO ANDERSON CELSO LUANA MUNIQUE PRISCILA PAMELA

Escola Secundária Emídio Navarro. Fisica e Quimica 11ºano CT3

DECLARAÇÃO DE GUERRA AO RUÍDO

Disciplina Corpo Humano e Saúde: Uma Visão Integrada - Módulo 1

Plano de Aula CIÊNCIAS. Escutando os sons

SISTEMA NERVOSO FUNÇÕES

Ondas sonoras: Experimentos de Interferência e Ondas em Tubos

- Anatomia e Fisiologia do Ouvido. - Avaliação Básica do Ouvido e da Audição. - Principais manifestações patológicas

PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DO SOM 1.1. PRODUÇÃO, PROPAGAÇÃO E 1.1. PRODUÇÃO, PROPAGAÇÃO E RECEPÇÃO PRODUÇÃO, PROPAGAÇÃO E RECEPÇÃO DO SOM

Profa Silvia Mitiko Nishida Depto de Fisiologia SENTIDO VESTIBULAR

Introdução ao Ruído. Vibrações e Ruído (10375) 2014 Pedro V. Gamboa. Departamento de Ciências Aeroespaciais

O ser Humano e o Ecossistema

OSSOS TEMPORAIS(OUVIDO)

Deficiência Auditiva. Definição. Definição, Classificação, Características e Causas

Sistema Sensorial. Biofísica da Audição

O SOM E SEUS PARÂMETROS

Ondas Estacionárias Apostila 2

Introdução à perda auditiva

O SOM. 2. Um fenómeno vibratório que produz essa sensação;

INTRODUÇÃO À ACÚSTICA

Luz, olho humano e óculos Capítulo 12 (pág. 219)

SENTIDO DA AUDIÇÃO. Detectar predadores, presas e perigo. Comunicação acústica intra e inter específica

Canal 2. Justificativa

- CAPÍTULO 9 - SISTEMA SENSORIAL

SISTEMA NERVOSO. Juntamente com o sistema endócrino, capacitam o organismo a:

Medição de Pressão. Profa. Michelle Mendes Santos

Curso Técnico Segurança do Trabalho. Higiene, Análise de Riscos e Condições de Trabalho MÄdulo 8 Programa de ConservaÇÉo Auditiva

1.Prestar atenção para ouvir; 2. Dar atenção; 3. Ouvir, sentir; 4. Perceber.

OS SENTIDOS AUDIÇÃO E VISÃO

APOSTILA DE CIÊNCIAS

EXTERNATO MATER DOMUS

FUNDAMENTOS DE ONDAS, Prof. Emery Lins Curso Eng. Biomédica

Fundamentos de Hardware

Introdução. Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira

Comunicação da informação a curta distância. FQA Unidade 2 - FÍSICA

Temas: A Voz e o Ouvido Humanos

EMISSÕES OTOACÚSTICAS EVOCADAS TRANSIENTES (EOET):

Quanto à origem uma onda pode ser classificada em onda mecânica e onda eletromagnética.

EXERCÍCIOS ON LINE DE CIÊNCIAS 8 AN0

Sistema Sensorial. Biofísica da Audição. Biofísica Vet FCAV/UNESP

Sensoriamento 55. Este capítulo apresenta a parte de sensores utilizados nas simulações e nos

Table of Contents. PT Informações Importantes de Segurança 20 Utilização do Microfone Remoto 23 Conecte, Ouça e Aproveite 25

Lentes de bordas finas: quando as bordas são mais finas que a região central.

CIÊNCIAS PROVA 4º BIMESTRE 8º ANO PROJETO CIENTISTAS DO AMANHÃ

Proposta de Trabalho para a Disciplina de Introdução à Engenharia de Computação PESQUISADOR DE ENERGIA

R.: b) O que garante o funcionamento das funções vitais nos organismos vivos? R.:

Resumo de fisiologia. Sistema Nervoso. Nome: Curso: Data: / /

Todo o conjunto que compõe a visão humana é chamado globo ocular.

Órgãos dos Sentidos. web.educom.pt. Prof. CRISTINO RÊGO 8º ANO Ensino Fundamental

Professora Bruna FÍSICA B. Aula 17 Seus Óculos. Página 232

ABORDAGEM MORFOFUNCIONAL DOS ÓRGÃOS SENSORIAIS DA AUDIÇÃO E VISÃO

SISTEMA FREQUENCIA MODULADA (FM)

Sistema Nervoso Professor: Fernando Stuchi

Sumário. Comunicações. O som uma onda mecânica longitudinal

Tema Central: Teoria Ondulatória

Perda Auditiva Induzida pelo Ruído - PAIR

INTRODUÇÃO A ROBÓTICA

Módulo interação com o Ambiente - Sentidos I Sentidos especiais: olfato, gustação e audição

STC 5. Redes de Informação e Comunicação. Data: 22 Julho de 2010 Morada: Rua de São Marcos, 7 C Tel: Fax: Tlm:

Transcrição:

Universidade Federal de Minas Gerais Pampulha Ciências da Computação Resumo sobre o Sistema Auditivo Humano Trabalho apresentado à disciplina Processamento Digital de Som e Vídeo Leonel Fonseca Ivo 2007041418 Agosto/2010

Sistema Auditivo Humano Anatomia O órgão de audição humano é o ouvido, o qual divide-se em três partes: os ouvidos interno, médio e externo. A figura abaixo ilustra a composição do SAH. O ouvido externo é composto pelo pavilhão auditivo (ou orelha) e pelo canal auditivo externo, que possui cerca de 2,5 cm. A função do ouvido externo é captar os sons do ambiente (energia sonora) e levá-los ao ouvido médio. O ouvido médio, por sua vez, é a parte localizada entre o tímpano e cóclea, sendo composto por três ossículos: bigorna, estribo e martelo. A função desses ossículos é a de converter mecanicamente as vibrações do tímpano em ondas de pressão que são amplificadas no fluido da cóclea, dessa forma convertendo a energia sonora captada pelo ouvido externo em energia mecânica. O tímpano conecta-se ao martelo, que se conecta com a bigorna, que por fim conecta-se ao estribo, responsável por introduzir ondas de pressão no ouvido interno. Os ossículos auditivos também podem reduzir a pressão sonora (o ouvido interno é muito sensível à estimulação exagerada), desconectando-se com certos músculos. O ouvido médio está também ligado ao exterior através de um canal para a nasofaringe chamado trompa de Eustáquio. Essa ligação permite controlar o equilíbrio das pressões nas duas faces do tímpano. Já o ouvido interno é composto pela cóclea e pelo aparato vestibular, como mostrado na figura abaixo. Quando o osso estribo move, a janela oval move com ele. No outro lado da janela oval está a cóclea, um canal em forma de caracol preenchido por líquidos em que as vibrações que chegam a ela são transformadas em ondas de compressão. Essas ondas ativam o órgão de Corti (que contém cerca de 23 mil célular ciliadas, responsáveis pela audição e que convergem no nervo acústico), o qual é responsável pela transformação das ondas de compressão em impulsos nervosos que são enviados ao cérebro para serem interpretados.

A figura abaixo mostra a série de transformações de energia relacionadas à nossa audição. Propriedades do Som A parte do ouvido humano responsável pela distinção das diferentes frequências é a membrana basilar, localizada dentro da cóclea. Essa membrana vibra de acordo com a frequência do som captado, fazendo com que os cílios das células sensoriais se movimentem contra a membrana tectórial, gerando assim o potencial de ação neuronal. A figura abaixo mostra a parte interna da cóclea, mostrando as membranas e cílios citados.

É interessante notar que sons de diferentes frequências atingem diferentes regiões da cóclea. A figura abaixo mostra a relação de distância entre o estribo e a frequência do som. Pela figura pode-se perceber que os sons de mais alta frequência atingem regiões mais próximas da base da cóclea, frequências intermediárias atingem regiões intermediárias e baixas frequências causam ativação máxima da membrana basilar próxima ao fim da cóclea. Essas diferentes distâncias são o que denomina-se princípio da localização, pois é através dos diferentes locais que são estimulados dentro da via coclear que é possível detectar quais são as freqüências sonoras que recebemos. O método principal utilizado pelo sistema nervoso para identificar diferentes freqüências sonoras é determinar as posições ao longo da membrana basilar que são mais estimuladas. Ainda é possível observar na figura que todas as freqüências abaixo de 200 Hz atingem a extremidade distal ou final da membrana basilar, o que difículta entender como se consegue distinguir freqüências sonoras baixas, na faixa de 20 a 200Hz. Entretanto, sabe-se que sons com freqüências baixas podem causar salvas de impulsos sincronizados nas mesmas freqüências. Essas salvas são transmitidas aos núcleos cocleares do encéfalo e estes são capazes de distinguir as diferentes freqüências

recebidas. Isso é reforçado pelo motivo de que quando é destruída a membrana basilar da cóclea, onde é detectada a maioria das freqüências, não é eliminada a discriminação dos sons de freqüência mais baixa. Esta outra forma de detectar freqüências mais baixas é denominada de princípio de freqüência ou de rajada. Quanto à intensidade do som, pelo menos três maneiras são utilizadas para sua percepção. A primeira, é que à medida que o som fica mais alto, aumentam também as vibrações da membrana basilar e das células ciliadas, aumentando o ritmo de excitação das terminações nervosas. A segunda, é que à medida que a amplitude da vibração aumenta, mais células ciliadas são estimuladas, causando uma somação espacial dos impulsos, ou seja, transmissão por muitas fibras nervosas e não por apenas algumas. A terceira, é que as células ciliadas externas não recebem estimulação significativa enquanto a amplitude da vibração da membrana basilar não atinja alta intensidade, sendo que essa estimulação pode informar ao sistema nervoso que o som está alto. Referências 1. http://pt.wikipedia.org/wiki/ouvido_externo 2. http://pt.wikipedia.org/wiki/ouvido_médio 3. http://pt.wikipedia.org/wiki/ouvido_interno 4. http://www.univ-ab.pt/formacao/sehit/curso/ruido/uni1/sistema.html 5. http://universoemequilibrio.blogspot.com/2008/03/pr-vestibular-smce-aula-2-rgosdos_271.html 6. http://www.attack.com.br/artigos/ouvido_humano.pdf