RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA

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Indicadores CNI RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA Previdência 20 Maioria dos brasileiros apoia mudanças na previdência Sete em cada dez brasileiros reconhecem que o sistema previdenciário brasileiro apresenta problemas e apoiam mudanças com vistas à sua sustentabilidade Em 2007, 74% aceitava algum tipo de mudança no sistema de pagamento das aposentadorias, percentual similar aos 7% de 2014. No entanto, verifica-se que o percentual da população que defende que as mudanças sejam para todos se reduziu de 4% para 7%. Outros destaques da pesquisa 7% 18% 18% 1% 14% acreditam que o sistema deve mudar para todos. acreditam que o sistema deve mudar para quem já contribui, mas ainda não se aposentou. acreditam que o sistema deve ser alterado apenas para quem nunca contribuiu para o INSS. acreditam que o sistema deve ser mantido do jeito que é hoje, e o dinheiro necessário para o INSS deve ser obtido pelo aumento de impostos. não sabem / não responderam. y Entre 2007 e 2014, o percentual de brasileiros que considera a idade ideal para a aposentadoria após os 55 anos aumentou de 2% para 46%. y A maioria dos brasileiros apoia medidas que igualam o tempo de contribuição para aposentadoria entre grupos que hoje gozam de condições diferenciadas: mulheres em relação a homens, trabalhadores do campo em relação aos da cidade e professores em relação às outras atividades profissionais. y Dentre os brasileiros não aposentados, 54% espera contar com a aposentadoria do INSS. y Dentre os entrevistados que contam com aposentadoria do INSS, 56% contam apenas com essa fonte de renda, enquanto 44% esperam complementá-la com outras fontes, sobretudo recursos próprios e renda de algum trabalho.

Mais brasileiros consideram idades acima de 55 anos como ideais para aposentadoria O percentual de brasileiros que consideram a idade ideal para aposentadoria após os 55 anos aumentou de 2% em 2007 para 46% em 2014. Em 2007, o percentual que considerava ideal a aposentadoria antes dos 50 anos era de 20% e caiu a % em 2014. Já o percentual que considera ideal a aposentadoria entre 61 e 65 anos subiu de 6%, em 2007, para 12%, em 2014. Idade ideal para aposentadoria % de respostas Menos de 50 anos Entre 50 e 55 anos Entre 56 e 60 anos Entre 61 e 65 anos Acima de 65 anos Não sabe/não respondeu () porcentagens não totalizam 100% são decorrentes de 2007 2014 20% % 48% 9% 2% 28% 6% 12% 2% % 1% 2% Quanto maior a idade do entrevistado, maior sua tendência a considerar idades mais avançadas como ideais para a aposentadoria. O percentual dos que consideram a idade ideal para a aposentadoria entre 61 e 65 anos cresce 10%, entre os que possuem entre 16 e 24 anos, para 16%, entre os com mais de 55 anos. O percentual dos que consideram que a idade ideal é abaixo dos 50 anos cai de 19%, entre os mais jovens, para 9%, entre os mais velhos. 2

Maioria dos brasileiros concorda com igualdade entre grupos que hoje recebem tratamento diferenciado Atualmente, mulheres se aposentam a partir de 0 anos de contribuição ou 60 anos de idade, enquanto homens precisam contribuir ao menos 5 anos ou alcançar 65 anos de idade. Trabalhadores rurais gozam de cinco anos a menos na aposentadoria por idade em relação a trabalhadores urbanos. Professores, por sua vez, podem se aposentar com cinco anos a menos de tempo de contribuição em relação a outras atividades profissionais. Trabalhadores do campo e da cidade 5 17 7 2 Mais da metade dos brasileiros (52%) concorda, totalmente ou em parte, que os trabalhadores do campo devem se aposentar com o mesmo tempo de trabalho dos trabalhadores da cidade. O percentual de aceitação a essa proposição é maior nas Regiões Norte e Centro-Oeste, onde 59% concordam com a proposição, totalmente ou em parte, e menor na Região Sudeste, onde o percentual é de 51%. Professores e trabalhadores em geral 41 21 10 10 Seis em cada dez brasileiros concordam, totalmente ou em parte, que professores do ensino médio e fundamental devem se aposentar com o mesmo tempo dos trabalhadores em geral. Os brasileiros que possuem educação superior são os que se destacam como o grupo de menor concordância com a proposição: 54%. Já entre os brasileiros que possuem nível médio, 67% concordam com a proposição, o que constitui o maior percentual entre os diferentes níveis educacionais. Mulheres e homens 9 19 10 12 18 2 Mesmo entre as mulheres, a maioria concorda com a igualdade nas condições para a aposentadoria: 56% das mulheres concordam, enquanto entre os homens esse percentual é de 60%. Dentre os entrevistados, 58% concordam, total ou parcialmente, que as mulheres devem se aposentar com o mesmo tempo de serviço que os homens. Concorda totalmente Concorda em parte Não concorda nem discorda (esp) Discorda em parte Discorda totalmente As perguntas cujas somas das porcentagens não totalizam 100% são decorrentes de

Medidas que minimizam acúmulo de benefícios do INSS não são populares Atualmente, aposentados que continuam trabalhando acumulam sua aposentadoria integral com o salário recebido e aposentados cujos cônjuges falecem acumulam sua aposentadoria com a pensão integral do cônjuge. Aposentados que trabalham não devem receber sua aposentadoria integral 14 1 11 42 4 Três em cada dez brasileiros concordam, totalmente ou em parte, que os aposentados que continuam trabalhando deixem de receber o valor integral de sua aposentadoria. Concorda totalmente Concorda em parte Não concorda nem discorda (esp) Discorda em parte Discorda totalmente Recebimento de apenas um benefício: aposentadoria ou pensão 19 14 11 14 7 5 Um terço dos brasileiros concordam, totalmente ou em parte, que se receba apenas um benefício do INSS, pensão ou aposentadoria. porcentagens não totalizam 100% são decorrentes de As Regiões Norte e Centro-Oeste são as que apresentam maior percentual de concordância com as proposições: 40% concordam, totalmente ou em parte, que os aposentados que continuam trabalhando deixem de receber sua aposentadoria integral e 48% com o recebimento de apenas um benefício do INSS, pensão ou aposentadoria. Os menores percentuais de concordância, total ou parcial, com ambas as proposições, foram verificados nas regiões Sul e Sudeste. 4

Maioria dos brasileiros não concorda com propostas de mudanças nas regras para recebimento de pensões Atualmente, viúvos recebem a pensão do cônjuge integral, independente da idade, da quantidade de filhos, da sua condição financeira e do tempo de casamento. Filhos atualmente recebem pensão pelo INSS apenas quando menores ou incapazes. Pensão por falecimento só caso o cônjuge não trabalhe 12 9 44 Há uma nítida diferença entre os gêneros na concordância com essa proposição: enquanto 1% dos homens concordam a proposição, esse percentual é de apenas 24% entre as mulheres. Dentre os entrevistados, 27% dos brasileiros concordam, totalmente ou em parte, que as mulheres recebam pensão do marido apenas se não estiverem trabalhando. Pensão por falecimento só para cônjuge de idade avançada 12 11 10 49 O nível de concordância é ainda menor entre as mulheres, dentre as quais apenas 21% concordam com a proposição. Entre os homens esse percentual é de 26%. Quando questionados se as mulheres devem receber pensões de seus maridos somente se estiverem em idade avançada, apenas 2% dos brasileiros concordam, totalmente ou em parte. Pensão por falecimento só para filhos menores ou incapazes 0 10 12 29 4 O percentual de concordância é maior nas Regiões Norte e Centro-Oeste (51%) e menor na região Sul (8%). Quase a metade dos brasileiros concorda que apenas filhos menores ou incapazes tenham direito a pensão de pais falecidos. Concorda totalmente Concorda em parte Não concorda nem discorda (esp) Discorda em parte Discorda totalmente As perguntas cujas somas das porcentagens não totalizam 100% são decorrentes de 5

Maioria dos brasileiros não concorda que a aposentadoria deve ser menor para quem se aposenta mais cedo Aposentadoria menor para quem se aposenta mais cedo 14 11 1 41 6 As mulheres concordam com a proposição menos que os homens, apenas 26% entre elas concorda, contra 2% entre eles. Apenas 29% dos brasileiros concordam, totalmente ou em parte, que o valor pago pelo INSS às pessoas que se aposenta mais cedo seja menor que o valor pago às pessoas que se aposentam mais tarde. Concorda totalmente Concorda em parte Não concorda nem discorda (esp) Discorda em parte Discorda totalmente As perguntas cujas somas das porcentagens não totalizam 100% são decorrentes de Oito em cada dez brasileiros aposentados contam com a aposentadoria do INSS para se sustentar Quando questionados sobre sua fonte de renda na aposentadoria, 82% dos aposentados afirmam receber aposentadoria do INSS e % afirmam se sustentar apenas com outras fontes de rendimento, como renda de algum trabalho, recursos próprios (aluguéis, rendimento de poupança, etc.) ou previdência privada. Dentre os entrevistados, 86% não são aposentados, 9% são aposentados e não trabalham mais e 4% são aposentados, mas continuam trabalhando. Modo de sustento dos brasileiros na velhice aposentados Pergunta: Através de qual destas formas o(a) sr(a) se mantém? Mais alguma? Alguma outra? Com a aposentadoria do INSS 82 Com renda de algum trabalho 20 Com recursos próprios (rendimento de poupança/ aluguel ou venda de imóvel/ etc.) Com recursos dos filhos e/ou outros familiares Com o complem. de um plano de previd. privada Citou outro 4 2 11 Dos aposentados que afirmam receber aposentadoria do INSS, 72% dizem se manter apenas com essa fonte de renda, enquanto 27% afirmam complementar a aposentadoria do INSS com outras fontes de renda. Com outros benefícios assistenciais do governo Não sabe/ Não respondeu 2 2 porcentagens não totalizam 100% são decorrentes de 6

Dentre os brasileiros não aposentados, 54% espera contar com a aposentadoria do INSS Ao se comparar as fontes de renda dos atualmente aposentados e as fontes previstas para a aposentadoria no futuro, verifica-se uma maior preocupação com a busca por fontes de renda adicionais à aposentadoria do INSS. Isso sugere maior preocupação com o padrão de vida durante a velhice. Quatro em cada dez brasileiros não contam com a aposentadoria do INSS para se manter na velhice. Dentre os entrevistados ainda não aposentados, 1% contam apenas com a renda de algum trabalho para se manter na velhice, 10% pretendem se manter apenas com recursos próprios e 17% pretendem recorrer a alguma combinação de outras fontes de renda. Modo de sustento dos brasileiros na velhice expectativa dos não aposentados Pergunta: Através de qual destas formas o(a) sr(a) espera se manter quando chegar à velhice? Mais alguma? Alguma outra? Com a aposentadoria do INSS 54 Com renda de algum trabalho Com recursos próprios (rendimento de poupança/ aluguel ou venda de imóvel/ etc.) Com o complem. de um plano de previd. privada Com outros benefícios assistenciais do governo Com recursos dos filhos e/ou outros familiares Citou outro Não sabe/ Não respondeu 1 8 7 6 6 24 27 Dentre os entrevistados que contam com aposentadoria do INSS, 56% contam apenas com essa fonte de renda, enquanto 44% esperam complementá-la com outras fontes, sobretudo, recursos próprios e renda de algum trabalho. As condições socioeconômicas do país se alteraram nas últimas quatro décadas: o nível educacional da população aumentou e o acesso a outras formas de preparação para a aposentadoria, como a previdência privada, foi facilitado. O grau de instrução dos brasileiros influencia sua expectativa quanto às suas fontes de renda na velhice. Dentre os brasileiros de educação superior (que ainda não se aposentaram), 6% pretendem dispor da renda de recursos próprios e 18% do complemento de uma previdência privada. As perguntas cujas somas das porcentagens não totalizam 100% são decorrentes de Esses percentuais diminuem com o grau de instrução dos entrevistados, chegando a 12% e 2%, respectivamente, entre os com até a quarta série da educação fundamental. O grupo de aposentados contém uma proporção elevada de pessoas de menor grau de instrução. Do conjunto total de entrevistados, 19% possuem até a 4ª série do fundamental. Entre os aposentados esse percentual é de 5%. 7

O percentual dos que contribuem para o INSS aumentou de 8% em 2007 para 5% em 2014 O maior aumento entre os modos de contribuição foi dos empregados com carteira assinada, que passaram de 25% para 6% dos entrevistados. Isso é consequência da crescente formalização do mercado de trabalho brasileiro, que também se reflete nas respostas dos motivos de não contribuição para o INSS: enquanto em 2007 47% não contribuíam porque não trabalhavam com carteira assinada, em 2014 apenas 8% citam esse motivo. Apesar da redução verificada em relação a 2007, não trabalhar com carteira assinada, juntamente com não trabalhar permanecem como os motivos mais citados para a não contribuição com o INSS, com 8% e 2% de citações respectivamente. Adicionalmente, registra-se um crescimento dos que afirmam não se preocupar com a aposentadoria. Contribuição para o INSS % de respostas 2007 2014 Não contribui para o INSS Contribui para o INSS como empregado com carteira assinada Contribui para o INSS como autônomo Contribui para o INSSS como empresário porcentagens não totalizam 100% são decorrentes de 62% 25% 11% 2% 45% 6% 14% % 2% Contribuição e expectativa de aposentadoria pelo INSS Dentre os brasileiros que ainda não são aposentados, 58% contribuem para o INSS, seja como empregado de carteira assinada (40%), como autônomo (%) ou como empresário (%). Esses percentuais são compatíveis com o percentual dos que esperam se aposentar pelo INSS, que é de 54%. Entre os que possuem grau de instrução até a 4ª série da educação fundamental, apenas 41% contribuem com o INSS. Nesse mesmo grupo, 51% esperam contar com a aposentadoria do INSS na velhice. Isso significa que, para esse estrato, existe uma diferença de 10 p.p. entre os que pretendem usufruir do benefício e os que efetivamente contribuem com o INSS. Entre os que possuem entre a 5ª e a 8ª série da educação fundamental, 56% contribuem, e 59% pretendem contar com a aposentadoria do INSS. Entre os que possuem ensino médio, 59% contribuem e 52% esperam contar com a aposentadoria do INSS. Entre os que possuem educação superior, 74% contribuem para o INSS, mas apenas 54% afirma contar com os recursos do INSS para se manter na velhice. 8

A situação é similar quando se compara os estratos por renda familiar. O fato de percentual significativo dos brasileiros de maior grau de instrução contribuir com o INSS, mas não contar com esta aposentadoria, pode refletir o padrão de renda relacionado à escolaridade. Nesse caso, os brasileiros de maior escolaridade e renda não contam com a aposentadoria do INSS por reconhecer que o limite superior da aposentadoria do INSS é inferior à sua atual renda. Isso também explicaria a maior expectativa de sustento com recursos próprios e renda de previdência privada nesses estratos, pois essas pessoas estão buscando formas alternativas ao INSS para complementar sua renda na velhice. Perfil de contribuição para o INSS - Pergunta realizada apenas aos que não são aposentados Pergunta: Pensando agora na sua situação específica, o(a) sr.(a): % de respostas até 4ª série do fund. superior Não contribui para o INSS Contribui para o INSS como empregado com carteira assinada Contribui para o INSS como autônomo Contribui para o INSSS como empresário porcentagens não totalizam 100% são decorrentes de 56% 17% 21% % % 24% 56% % 4% 1% i Veja mais Mais informações, outros temas e metodologia da pesquisa em: www.cni.org.br/restratosdasociedadebrasileira Dados da pesquisa Número de entrevistas: 2002 em 142 municípios. Período de coleta: 1 a de junho de 2014. RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA Publicação da Confederação Nacional da Indústria - CNI www.cni.org.br Diretoria de Políticas e Estratégia - DIRPE Gerência Executiva de Pesquisa e Competitividade - GPC Gerente executivo: Renato da Fonseca Análise: Maria Carolina Marques Estatística: Edson Velloso Informações técnicas: (61) 17-9472 - Fax: (61) 17-9456 Design Gráfico: Carla Gadêlha Assinaturas: Serviço de Atendimento ao Cliente - Fone: (61) 17-9989 - email: sac@cni.org.br. Autorizada a reprodução desde que citada a fonte.