Ní vel tecnol ógi co e rent abili dade de produção de mel de abel ha (Api s mel lifera) no Ceará

Documentos relacionados
(73) Titular(es): (72) Inventor(es): (74) Mandatário: (54) Epígrafe: ESTRUTURA DE VAGÃO PLATAFORMA DE 2 EIXOS COM LONGARINAS EM CAIXÃO

P R O J E Ç Õ E S. Produção Vendas Interna Importação Exportação Emprego ,1% -10,7% 6,2% -3,7% ,3% 2,0% 3,5% 5,0% 15.

UNI VERSI DADE FEDERAL DO CEARÁ PÓS- GRADUAÇÃO EM ECONOMI A ( CAEN/ UFC) MESTRADO PROFI SSI ONAL EM ECONOMI A DO SETOR PÚBLI CO

P R E G Ã O P R E S E N C I A L N 145/2010

RESULTADOS DA PESQUISA DE SATISFAÇÃO DO USUÁRIO EXTERNO COM A CONCILIAÇÃO E A MEDIAÇÃO

ACEF/1213/23267 Decisão de apresentação de pronúncia

DATAPREV Divisão de Gestão Operacional e Controle - D1GC Serviço Técnico a Softwares de Produção STSP

UNI VERSI DADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE ECONOMI A, ADMI NI STRAÇÃO, ATUÁRI A, CONTABI LI DADE E SECRETARI ADO FEAACS

NOSSA LI STA DE PRODUT OS PARA COFFEE BREAK

Pal estra: SI MPLES NACI ONAL: Lei Ger al do Est ado do Ceará SI MPLES NACI ONAL. Lei Geral do Est ado do Ceará. Apr esent ação

I NSTI TUTO DE TECNOL OGI A PARA O DESENVOLVI MENTO ( LACTEC)

MÃE. M esmo q u e o s eu f ilho j á t enha sido regi strad o procu r e o cartóri o d e R egi stro Civil de

Sar a Oli veira e Sil va

NÃO ( ) SI M( ) QUAL? como por exe mpl o: ONGs, pr ogra mas do gover no, pr ogra mas a ní vel muni ci pal e estadual)

URBANISMO COMERCIAL EM PORTUGAL E A REVITALIZAÇÃO DO CENTRO DAS CIDADES

UNI VERSI DADE DO ESTADO DA BAHI A - UNEB DEPARTAMENTO DE CI ÊNCI AS HUMANAS - CAMPUS I V COLEGI ADO DE EDUCAÇÃO FÍ SI CA

Questionário sobre o Ensino de Leitura

Capítulo 2 F un d am e n taç ã o e ó r i c a P á g i n a 4 4 d e 23 u m m f l u i g é m i ó l l u b f i m i é t i ã i q u i l g l i i q u b h i g é u

Marketing para o transporte coletivo

ADENDA AO zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbazyxwvutsrqponmlkjihgfedcba

P R O J E Ç Õ E S. Produção Vendas Interna Importação Exportação Emprego ,7% -10,9% 3,0% -3,7%

COLÉGIO OBJETIVO JÚNIOR

UNI VERSI DADE DO ESTADO DA BAHI A - UNEB DEPARTAMENTO DE CI ÊNCI AS HUMANAS CAMPUS I V CURSO DE EDUCAÇÃO FÍ SI CA LI CENCI ATURA

Correção da fuvest ª fase - Matemática feita pelo Intergraus

(Às Co missões de Re la ções Exteriores e Defesa Na ci o nal e Comissão Diretora.)

Com muito carinho para minha querida amiga e super profissional. Ale Del Vecchio


Resolução de Matemática da Prova Objetiva FGV Administração

PLANO DE ENS INO. Curso: Análise e Desenvolvimento de Sistemas Período do curso: 3º. Professor(a): Ro sângela Silqueira H ickson R ios.

GASTRONOMIA. Cer ti fi que-se de que está es cre ven do de acor do com o tema pro pos to e dê um tí tu lo a seu tex to.

Data de início de vigência

Resolução feita pelo Intergraus! Módulo Objetivo - Matemática FGV 2010/

RAFAEL CÂMARA NORAT. O DI REI TO DO CONSUMI DOR NAS NEGOCI AÇÕES I MOBI LI ÁRI AS: Contrat os de compr a e venda de i móvei s

Medley Forró 4 Tenho Sede Dominguinhos e Anastácia

esocial Visão Gerencial Edgar Madruga

CONCEI TOS BÁSI COS I. Qualquer conceito sobre rede de computadores é arbitrário e depende do

NCE/13/00131 Decisão de apresentação de pronúncia - Novo ciclo de estudos

Quero um Novo Lar پ0 3 پ0 3 پ0 3 پ0 3 پ0 3 پ0 0 پ0 0 پ0 3پ0 0 پ0 3 پ0 0

VELHO TESTAMENTO 2 PATRI ARCAS GÊNESI S 12-50

MUDANÇA ELEITORAL EM PORTUGAL

Ac esse o sit e w w w. d e ca c lu b.c om.br / es t u dos e f a ç a s u a insc riçã o cl ica nd o e m Pa r t i c i p e :

FACULDADE SETE DE SETEMBRO FASETE CURSO DE BACHARELADO DE SI STEMAS DE I NFORMAÇÃO OLAVO DE JESUS SI MAS

ALFANDEGATUR - EMP.DESENV.TURIST.DE ALF.DA FE EM

Hymnarium von Mestre Irineu. O Cruzeirinho

I NSTI TUTO FEDERAL DE MI NAS GERAI S CAMPUS SÃO J OÃO EVANGELI STA Gust avo Sal vador Mel o; Thi ago Leite Sal vador; Vi ctor Al berto de Souza

ACEF/1213/02632 Decisão de apresentação de pronúncia

Balancete. Acumulado. Moeda - Eu r o s Cn t Me s : Ab r i l Pag. 1

WEDS ON CUNHA SANTOS. Caruaru 2012

ACEF/1516/14062 Decisão de apresentação de pronúncia

1. A cessan do o S I G P R H

Rio 40 Graus Fernanda Abreu/F.Fawcett/Laufer Û Û Û Û Û Û Û Û Û

ANDRÉA RANUCCI DE OLI VEI RA. Pr ocesso de Desi nf ecção Tér mi ca

DESENVOLVI MENTO EFI CI ENTE DE SOFT WARE BASEADO EM LI NGUAGEM JAVA NO CONTEXTO DOS MÉTODOS ÁGEI S

Mét odo do Valor At ual (VA) ou Valor Pr esent e Líquido (VPL)

Plano Diretor CÂMPUS GLÓRIA Universidade Federal de Uberlândia

1 3Centrs e PP esq is II DD C n MM n Astr l i Astri C h i n Re. C h e H n g K n g F i n l n i I n i F rn 0 4 C n I n n si Al e m n h E st s U n i s I

Des pacho Normativo n.º 37/2003

EU VOU PARA O CÉU # # œ. œ. œ nœ nœ. œ œ. œ. œ œ Œ œ œ b œ œ œœœ F Œ. œ œ œ. # œ œ n. œ nœ. œ œ œ œ œ œ œ. j œ. Ó Œ j œ. # œ. œ œ œ œ. œœ œ. J j.

FAMAR FUNDAÇÃO DE APOI O A FACULDADE DE MEDI CI NA DE MARÍ LI A CNPJ ( MF) / EDITAL

ADENDA AO ACORDO MODIFICATIVO 2015 DO CONTRATO PROGRAMA Plano de Intervenção em Cirurgia

FUNDAÇÃO MUNI CI PAL DE ENSI NO SUPERI OR DE MARÍ LI A


SI TE ELOS: DI REI TOS HUMANOS, JORNALI S MO E FORMAÇÃO CI DADÃ

POR QUE EMPRESAS PROMI SSORAS FALEM? Um est udo de caso j unt o ao Fl ash Super mer cado no muni cí pi o de Paul o Af onso - BA

patrícia reis amor em segunda mão

UNI FAVI P DEVRY CENTRO UNI VERSI TÁRI O DO VALE DOI POJ UCA COORDENAÇÃO DE JORNALI SMO Cur so de Jor nali smo

ANHANGUERA EDUCACI ONAL FACULDADE ANHANGUERA DE PASSO FUNDO - FAPLAN

Correção da fuvest ª fase - Geografia feita pelo Intergraus

Medley Forró. Ú80 œ œ œ œ œ œ œ œ. œ œ œ œ. œ œ œ œ œ. œ œ œ œ œ œ

Av. Tor res de Oli vei ra, 255 Ja gua ré - São Pau lo - SP (11) Rua Pa dre Car va lho, 730 (11) Pi nhei ros - São Pau lo - SP

A prática do silêncio

I. Considera çõe s gerais

Obras Corais para Coro a cappella e Coro com Órgão

Anos Dour ados e Revi ver l ocali zados no muni cí pi o de Paul o Af onso- BA passar am a vi ver mel hor?

H O R Á R I O. 22/04/16 - Sexta-fei ra

Medley Forró 3. & bb b b œ œ bœ. œ bœ. œ œ œ œ. œ œ. . r. j œ œ œ. & b b b b œ. & bb b b. œ œ œ. œ œ. . œ. œ Œ. œ œ œ. œ œ. œ œ œ.

Medley Forró 3. 6 j œ œ œ. & bb b b œ œ œ nœ. & b b b b. œ œ œ œ bœ. œ œ. œnœ. œ bœ. œ œ œ œ. œ œ œ. & bb b b. œ œ. œ œ. œ œ. . œ.

VIA G E M DO REI T O R A BR A S Í L I A ATI VI D A D E S DE S E N V O L V I D A S DA T A: 01 / 03 / Reunião com o Coordenador de Orça mento

MANUAL TÉCNI CO. Esse manual é apli cável aos segui nt es pr oj et os de Exti nt ores de I ncêndi o:

10.1 Objetivos, Conceitos e Funções. Os obje ti vos prin ci pais do con tro le orça men tá rio são: Responsabilidade pelo Controle Orçamentário

I MP L E ME NT AÇÃO DA B I B L I OT E CA DI GI T AL DA UFR GS

UNI VERSI DADE DO ESTADO DA BAHI A DEPARTAMENTO DE CI ÊNCI AS HUMANAS CURSO DE EDUCAÇÃO FÍ SI CA LI CENCI ATURA

Estratégico. III Seminário de Planejamento. Rio de Janeiro, 23 a 25 de fevereiro de 2011

n o m urd ne Hel e n o mis

Facul dade Set e de Set e mbr o FASETE Depart a ment o de Ad mi ni stração Cur so de Bacharel ado e m Ad mi ni stração/ Mar keti ng

CAPÍ TULO 1 I NTRODUÇÃO

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 SUMÁRIO. T í t u l o I C a p í t u l o Ú n i c o D a s D i s p o s i ç õ e s P re l i m i n a res

Relatório de Aquisições e Serviços QUANT. DESCRI ÇÃ O VALOR UNI T VALOR TOTAL 60 GALÃO DE 20 LI TROS SI STEMA DE TROCA 9,40 564,00

1 - F á b u l a é u ma pequena n a r r a t i v a, muito simp l e s, e m que as persona g e n s ge r a l me n t e s ã o a n i mais.

œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ αœ œ œ œ œ œ œ œ Υ Β œ œ œ œ αœ

Medley Forró 2. œ œ # œ œ œ œ #.

FACULDADE SETE DE SETE MBRO FASETE CURS O DE ADMI NI STRAÇÃO COM HABI LI TAÇÃO EM MARKETI NG PETRÔNI O J OSÉ LIMA NOGUEI RA

& Q ^` % Q ^`. & Q.# .! 8 .! 10 % Q... .! 15 .! 12 % Q. .! 17 & Q -# .! 23 .! 27 .! 30. Ó Noite Santa

Í NDI CE DE BEM- ESTAR ECONÔMI CO SUSTENTÁVEL PARA O ESTADO DO CEARÁ 1 I NDEX OF SUSTAI NABLE ECONOMI C WELFARE FOR CEARÁ

Balancete Geral Financeira. Acumulado. Moeda - Eu r o s Cn t Me s : F i na l Pag. 1

Casa, acolhida e libertação para as primeiras comunidades

Uni versi dade Est adual da Bahi a UNEB Depart a ment o de Ci ênci as Hu manas Ca mpus I V Col egi ado de Letras Ver nácul as

Transcrição:

Ní vel tecnol ógi co e rent abili dade de produção de mel de abel ha (Api s mel lifera) no Ceará Débor a Gaspar Fei tosa Frei tas I ; Ah mad Saeed Khan II ; Lúci a Mari a Ra mos Sil va III I Econo mi st a, MS, Dout oranda e m Econo mi a Uni versi dade Feder al do Cear á. E- mai l : debor agas @i g. com. br II Eng. Agr ôno mo, Ph. D. e m Econo mi a Agrí col a e Recursos Nat ur ai s. Professor Ti t ul ar do Depart a mento de Econo mi a Agrí col a da Uni versi dade Feder al do Cear á. Bol si sta do CNPq. E- mai l: saeed @uf c. br III Eng. Agr ôno ma, Li vre Docênci a, Prof essor a Adj unt a I V do Depart a mento de Econo mi a Agrí col a da Uni versi dade Feder al do Cear á. E- mail :sil val ra mos @uf c. br RESUMO O pr esent e est udo procur ou anali sar a api cul tura no Est ado do Cear á, enf ocando a pr odução de mel de abel has ( Api s mellifera) nos pri nci pai s muni cí pi os produt ores do Est ado, mai s preci sament e f azendo u ma análise do ní vel tecnol ógi co e mpr egado na pr odução, be m co mo avali ando a rent abili dade da ati vi dade. A pesqui sa se reali zou através de col eta de dados pri mári os por mei o de entrevi stas diretas co m os produt ores nos muni cí pi os de Mo mbaça, Pacaj ús e Chor ozi nho, no mês de out ubr o de 2002. Par a avali ação do ní vel tecnol ógi co, di vi di u-se o si stema de pr odução de mel e mci nco co mponent es: uso de equi pa ment os, manej o, col hei ta, pós-col hei ta e gest ão; daí f ora m desenvol vi dos índi ces tecnol ógi cos para cada u m separ ada ment e e par a o conj unt o del es, co m base na respecti va tecnol ogi a reco mendada, sendo que, quant o mai s próxi mo da tecnol ogi a reco mendada, mai or é o val or dest e í ndi ce e, portant o, mel hor o ní vel tecnol ógi co. A avali ação da rent abili dade f oi f eita utilizando-se a met odol ogi a do Si ste ma I nt egr ado de Cust os Agr opecuári os CUSTAGRI. Os pri nci pai s resul tados obti dos mostra m que o ní vel tecnol ógi co dos produt ores de mel é consi der ado bo m, sendo que na pós-col hei ta apr esent a mel hor es í ndi ces, enquant o na gest ão f ora m encontrados os mai s bai xos í ndi ces. No que se ref ere à rent abili dade, a produção de mel é uma ativi dade mui to rent ável, envol vendo bai xos cust os e podendo chegar a el evados í ndi ces de l ucrati vi dade. Pal avras-chave: Api cultura, ní vel tecnol ógi co, rent abili dade, Cear á.

1 Introdução A api cul tura é uma ati vidade de grande i mport ânci a, poi s apr esent a u ma al ter nati va de ocupação e renda par a o ho me m do ca mpo. É uma ati vi dade de f ácil manut enção e de bai xo cust o i ni ci al e mrel ação às de mai s ati vi dades agropecuári as. Est a ati vi dade despert a mui t o i nteresse e m di versos seg ment os da sociedade por se trat ar de u ma ati vi dade que corresponde ao tri pé da sust ent abili dade: o soci al, o econô mi co e o a mbi ental. O soci al por se trat ar de u ma f or ma de ger ação de ocupação e e mpr ego no ca mpo. Quant o ao f at or econô mi co, al é m da ger ação de renda, há a possi bili dade de obt enção de bons lucr os, e na quest ão a mbi ent al pel o f at o de as abel has at uare m co mo poli ni zador es nat ur ai s de espéci es nati vas e cul ti vadas, preservando-as e conseqüent e mente contri bui ndo par a o equilí bri o do ecossi ste ma e manut enção da bi odi versi dade (PAXTON, 1995). Os pri nci pai s produt os obti dos e co merci ali zados da ati vi dade apí col a são o mel, a cer a, a própoli s, a gel éia real e o veneno (api toxi na). Há també m u m seg ment o da api cul tura que ve m se desenvol vendo ao l ongo dos úl ti mos anos, que é o de servi ços de poli ni zação, e m que as col méi as são al ugadas par a pr odut ores de outra cul t ura agrí col a co m a finali dade de au ment o da produção dest a cultura (FREI TAS, 1998). O mel é consi der ado o produt o apí col a mai s f ácil de ser expl orado, sendo ta mbé m o mai s conheci do e aquel e co m mai ores possi bilidades de co merci ali zação. Al é m de ser um ali ment o, é ta mbé m utili zado e mi ndústri as f ar macêuti cas e cosméti cas, pel as suas conheci das ações terapêuti cas. O Est ado do Cear á aparece nas est atí sti cas do IBGE co mo o segundo mai or pr odut or de mel de abel has da regi ão Nor dest e, parti ci pando co m cerca de 25 %da pr odução, e ai nda co m gr ande pot enci al de cresci ment o, fi cando atrás do Est ado do Pi auí que det é m quase 50 % da produção na regi ão nor desti na. Al é m da mai or de manda e pel os bons preços alcançados pel o produt o no ano de 2001, a ati vi dade desperta grande i nt eresse por se trat ar de u ma ati vi dade que não exi ge mui t o te mpo, nem r equer mui ta sofi sti cação e mt er mos tecnol ógicos. Apesar de exi stire mi novações de equi pa ment os e técnicas que se m dúvi da aj uda m bast ant e na mel hori a da ati vi dade, a produti vidade na api cul tura est á rel aci onada pri nci pal ment e ao manej o adequado e às condi ções da fl ora apí col a que, adi ci onada às novas técni cas e à efici ênci a na co merci ali zação, f aze m- na dest acar-se dentre as ati vi dades agr opecuári as. Segundo VILELA (2000), segui ndo-se a tecnol ogi a reco mendada na produção e co merci ali zando o mel de manei ra adequada, esper a-se alta rent abili dade na ati vi dade pri nci pal mente se co mpar ada aos demai s negóci os agr opecuári os. Tendo e m vi sta a i mportânci a e a pot enci ali dade da api cul tura no Est ado, consi dera-se i mport ant e a reali zação de est udos que per mi t a mconhecer e avali ar o ní vel tecnol ógi co dos produt ores de mel nos princi pai s muni cí pi os produt ores no Est ado do Cear á e a rentabili dade da ati vi dade. 2 Aspect os Concei t uai s

Na Teori a do Desenvol viment o Econô mi co, SCHUMPETER def ende a tecnol ogi a co mo el e ment o essenci al da di nâ mi ca capi tali sta, e anali sa o processo de transf or mação que essa econo mi a auf ere quando se i ntroduz u ma i novação tecnol ógi ca radi cal e mseu pr ocesso de produção (SILVA, 1995). O aut or decl ara que a tecnol ogi a é a responsável por mudanças no co mport a ment o dos agent es econô mi cos, real ocação de recursos, destrui ção dos mét odos tradi ci onai s de pr odução e mudança qualitati va na estrut ura econô mi ca. Entre essas mudanças, Schu mpet er menci onou que a i novação tecnol ógica é um f enô meno pur a ment e econô mi co da hi stóri a do capi tali s mo, e el abor ou a teori a da i novação, que e mli nhas gerai s def ende que, para que est a transf or me o si ste ma econô mi co, é necessário que os e mpr eendedores surj a m e m bl ocos e não di stri buí dos de manei ra uni f or me ao l ongo do tempo; revel a ai nda que o êxi to do e mpr eendi ment o é que i nduzi rá o i ngresso de outros e mpr eendedor es, dif undi ndo, assi m, a i novação, o que caract eri zou a di vi são da teori a e mtrês et apas: i nvenção, i novação e dif usão. Já a Teori a Neocl ássi ca não se apr of undou nos assunt os rel aci onados à tecnol ogi a at é meados da década de 1950, quando os autor es e mseus model os de cresci ment o econô mi co enf ati zava m a terra, capi tal e trabal ho, e, apesar de reconhecer o progr esso tecnol ógi co, est e não era i ncl uí do f or mal ment e no model o. HI CKS, citado por SOUZA (2000), trat ou da i novação tecnol ógi ca e mrel ação ao trabal ho, acredi tando que não haveri a razão para achar que as i novações f osse m por el as mes mas poupador as de trabal ho, mas que os e mpr esári os tenderi a m a buscar i novações que l hes poupasse m mão- de-obr a par a co mpensar au ment os nos seus cust os; ta mbé mf or mul ou u ma t eori a e m que as i novações era mconsi der adas co mo i nduzi das pel a escassez rel ati va dos f at ores de produção. Nos trabal hos de Schu mpet er e Hi cks, dest acar am- se i mport ant es conceitos, co mo i novação transf or madora da estrut ura produti va e i novação i nduzi da, car act eri zando os cha mados model os pont uai s. De i gual i mport ânci a f ora m os model os de econo mi a dual, que col ocara m a moder ni zação do set or agrí col a, através da adoção de i novações tecnol ógi cas, co mo condi ção necessária ao desenvol vi ment o da econo mi a. A adoção de novas tecnol ogi as pode el evar os ní vei s de produti vi dade de u ma e mpr esa, sej a el a agrí col a ou não, benefi ci ando posi ti va ment e a econo mi a. Embor a as novas tecnol ogi as seja m de conheci ment o dos produt ores, ne mt odos a adot a m, mui t as vezes por f at ores soci oeconô mi cos rel aci onados (KHAN et all, 1991). Nos úl ti mos anos, a revol ução tecnoci entífi ca ocorri da pri nci pal ment e no ra mo das Tel eco muni cações e Infor máti ca, Quí mi ca e Genéti ca, revol uci onou t odos os ra mos da Econo mi a, pri nci pal ment e a ati vi dade agrí col a ( MI RANDA, 2001). A ati vi dade agrí col a ta mbé mf oi al vo de i mpact os di ant e da i ncor por ação de i novações mecâni cas, quí mi cas e genéti cas na sua base pr oduti va. Essas i novações refl eti am-se nas e mpr esas, onde f ora m obser vadas a substitui ção de equi pa ment os e i ncor por ação de novos modos de ad mi ni stração de trabal ho e or gani zação da pr odução. De acor do co m MI RANDA (2001), há ta mbé m uma li nha rel ati va ment e nova de pensa ment o que enf oca que as e mpr esas e m ger al cont a mco m u m processo i novati vo e mt ecnol ogi a, quando i mpl e ment a m ações estrat égi cas, expressando a i ncor por ação tecnol ógi ca e mt er mos de efi ci ênci a produti va, di versifi cação de pr odut os, gest ão, control e de quali dade e pl anej ament o estrat égi co.

Há ai nda u ma li nha de pesqui sa que trat a da capaci dade das e mpr esas e mse apr opri ar de avanços tecnol ógi cos co mo f or ma de estrat égi a de co mpetiti vi dade nos mer cados, consi der ando que a const ant e i novação tecnol ógi ca e m u ma e mpr esa det er mi na a cri ação ou manut enção da co mpetiti vi dade dest a nu ma regi ão. 3 Met odol ogi a 3. 1 Área Geogr áfi ca de Est udo For a m escol hi dos os muni cí pi os de Pacaj us, Chorozi nho e Mo mbaça para o desenvol vi ment o da pesqui sa, por que são muni cí pi os que apr esent aram, de acor do co m dados obti dos na Secret ari a de Desenvol viment o Rur al (SDR) 2002, nos úl ti mos anos, uma pr odução represent ati va no set or apí col a, dest acando-se entre os dez muni cí pi os do Estado do Cear á co m mai or pr odução de mel. 3. 2 Levant a ment o dos Dados For a m utili zados dados pri mári os obti dos através de entrevi stas di ret as co m os pr odut ores nos muni cí pios menci onados, no mês de out ubr o de 2002. As i nf or mações ref erentes à tecnol ogi a reco mendada f ora m obti das j unto ao Depart a ment o de Zoot ecni a, Set or de Api cul tura, da Uni versi dade Federal do Cear á ( UFC). For a m utili zados dados bi bli ográfi cos di sponí vei s e mi nstitui ções de ensi no e pesqui sa, be m co mo dados est atí sti cos secundári os encontrados e m ór gãos especi ali zados co mo: Institut o Br asil eiro de Geogr afi a e Est atí sti ca (I BGE), Institut o de Pl anej a ment o do Ceará (IPLANCE), Empr esa de Assi stênci a Técni ca e Ext ensão Rur al do Cear á (EMATERCE), Secret ari a de Desenvol vi ment o Rur al (SDR), dentre outras. 3. 3 Ta manho da Amostra Foi utili zada u ma a mostrage m al eat óri a si mpl es, cuj a det er mi nação do ta manho segui rá o mét odo par a a mostras de popul ações fi nitas, conf or me FONSECA e MARTI NS (1996) : onde: n = t a manho da a mostra par a popul ações fi nitas z 2 = absci ssa da nor mal padr ão p = esti mati va da proporção da caract erí sti ca pesqui sada no uni verso q = 1 p N = t a manho da popul ação

d = erro a mostral Assi m, de acor do co m o cál cul o da a mostra e m f unção do tamanho da popul ação e m est udo, f ora m entrevi st ados 33 pr odut ores de mel de abel has no muni cí pi o de Mo mbaça, e nove pr odutores dos muni cí pi os de Pacaj us e Chor ozi nho, to mados al eat ori a ment e. 3. 4 Defi ni ção e Operaci onali zação das Vari ávei s 3. 4. 1 Análi se da Tecnol ogi a De acor do co mi nf or mações obti das j unt o ao Depart a ment o de Zoot ecni a da Uni versi dade Feder al do Cear á, e segui ndo as ref erênci as de vári os autor es na área de api cul tura, co mo WI ESE (1985), COUTO & COUTO (2002), FREE (1982), FREI TAS (1998), pode-se descrever a tecnol ogi a reco mendada par a a produção de mel. Par a a i dentifi cação do ní vel tecnol ógi co, serão consi derados os segui ntes co mponent es do si ste ma de produção na api cul tura: 1) Uso de Equi pament os; 2) Manej o; 3) Col et a e Processa ment o de Mel ; 4) Pós-col hei ta de Mel e 5) Gest ão. As vari ávei s i ncl uí das em cada tecnol ogi a são apr esent adas nas TABELAS 1A a 5A. 3. 5 Mét odos de Análi se 3. 5. 1 Det er mi nação do Ní vel Tecnol ógi co Par a proceder a uma análi se quantitati va dos diferenci ai s tecnol ógi cos, é consi derado cada u m dos itens descritos ant eri or ment e no si ste ma de produção na api cul tura. Na avali ação do ní vel tecnol ógi co, é det er mi nado i ni ci al ment e u mí ndi ce tecnol ógi co par a cada pr odut or e m cada u m dos co mponentes que f or mar ão o ref eri do ní vel, conf or me MI RANDA, 2001: sendo, e dessa f or ma, 0 < In j < 1, onde: In j =Índi ce de cada Tecnol ogi a n do pr odut or j; i = Vari ávei s utili zadas; n = Tecnol ogi a utili zada; [y, m] = vari ávei s dentro do seg ment o i ref erentes à tecnol ogi a n; a i =repr esent a o val or da adoção do el e ment o x i da tecnol ogi a n;

Assi m, represent a o peso de cada el e ment o x i na constitui ção do í ndi ce tecnol ógi co específi co n, e par a a tecnol ogi a de equi pa ment os, n = 1, i =[1; 15] e w 1 = 22; par a a tecnol ogi a de manej o, n = 2, i =[16; 28] e w 2 = 21; par a a tecnol ogi a de col hei ta, n = 3, i =[29; 34] e w 3 = 9; par a a tecnol ogi a de pós-col hei ta, n = 4, i =[35; 38] e w 4 = 7; par a a tecnol ogi a da gest ão, n = 5, i =[39; 46] e w 5 = 8. O í ndi ce tecnol ógi co médi o específi co par a o conj unt o de pr odut ores é dado pel o so mat óri o dos í ndi ces específi cos dos produt ores i ndi vi duai s di vi di do pel o nú mer o de pr odut ores entrevi stados, de monstrado pel a equação: onde: j = Nú mer o de pr odut ores (vari ando de 1 a z) n = Tecnol ogi a utili zada O í ndi ce tecnol ógi co geral de u m pr odut or, i ncl ui ndo-se todas as tecnol ogi as, pode ser obti do da segui nt e for ma: Assi m, o í ndi ce tecnol ógico da pr odução de mel na área de est udo, consi derando-se todos os produt ores, será expr esso co mo a segui r: Co m base nos val ores obti dos dos í ndi ces (que vari a m de zer o a um), det er mi na-se o ní vel tecnol ógi co dos pr odut ores de mel, consi derando-se que quant o mai s pr óxi mo do val or máxi mo (u m), mel hor será o ní vel tecnol ógi co dos respecti vos pr odut ores. 3. 5. 2 Indi cador es de Rent abili dade A det er mi nação dos custos e dos i ndi cador es de rent abili dade que serão utili zados nest a pesqui sa te m por base os concei tos utili zados por MARTI N et al. (1998) no desenvol vi ment o do Si ste ma I nt egr ado de Custos Agr opecuári os (CUSTAGRI), pesqui sa f eita co m a cooper ação entre o Instituto de Econo mi a Apli cada (IEA) e m parceri a co m o Centro Naci onal de Pesqui sa Tecnol ógi ca e mi nf or máti ca par a a Agri cul tura (CNPTI A - EMBRAPA).

4 Resul tados e Di scussão 4. 1 Índi ce Tecnol ógi co Ger al da Produção de Mel Na co mposi ção do ní vel tecnol ógi co, det er mi nou-se u mí ndi ce ger al co mpost o de í ndi ces ref erent es a cada tecnol ogi a e post eri orment e suas parti ci pações rel ati vas no í ndi ce tecnol ógi co geral da produção de mel. Conf or me menci onado, defi ni u-se : IG, o í ndi ce que avali a o ní vel tecnol ógi co ger al da pr odução de mel, engl obando todas as tecnol ogi as: uso de equi pa ment os, manej o, col hei ta, pós-col hei ta e gest ão. 4. 1. 1 Índi ce tecnol ógi co ref erent e à produção de mel, i ncl ui ndo as tecnol ogi as de uso de equi pa ment os, manej o, col heita, pós-col hei ta e gest ão (I G) Conf or me se obser va na TABELA 1, o ní vel tecnol ógi co ger al dos api cultor es e m Mo mbaça f oi dentro do padr ão tecnol ógi co B, (IG = 0, 592). Ai nda se encontrou 9, 09 % dos api cul tores no padr ão C e 6, 06 % no padr ão A, sendo, port anto, a mai ori a i nseri da no padrão B. Nos muni cí pi os de Pacajus e Chor ozi nho, o í ndi ce f oi superi or ao do muni cí pi o de Mo mbaça, fi cando e mig = 0, 675, no ent ant o enquadr a-se no padr ão tecnol ógi co B, que fi cou repr esent ado por 88, 89 % dos entrevi stados, enquant o 11,11 % situar a m-se no padr ão A. Par a os três muni cí pi os j unt os, o í ndi ce tecnol ógi co ger al da produção de mel f oi de I G = 0, 610, ou sej a, o ní vel tecnol ógi co f oi compatí vel co m o padr ão B, podendo ser consi derado bo m, em r azão dos produt ores adot are m mai s de 60, 00 % da tecnol ogi a reco mendada.

4. 1. 2 Contri bui ção de cada tecnol ogi a na f or mação do í ndi ce I G No muni cí pi o de Mo mbaça, obser va-se na Tabel a 1 que o i ndi cador que te m mai or parti ci pação na co mposi ção do í ndi ce é a pós-col heita, que contri bui com 25, 72 % na f or mação dest e; j á o i ndi cador gest ão é nova ment e o que apr esenta menor contri bui ção: apenas 12, 02 %. Nos muni cí pi os de Pacajus e Chor ozi nho, se mel hant e ao que acont ece no muni cí pi o de Mo mbaça, a mai or parti ci pação é da tecnol ogi a de pós-col hei ta, contri bui ndo co m 22, 55 % na co mposição do í ndi ce, e mbor a os outros í ndi ces tenham val ores percent uai s de parti ci pação be m apr oxi mados. A t ecnol ogi a da gest ão apr esent a menor val or, tant o e mval ores absol ut os co mo rel ati vos, sendo u m pouco mai s el evado do que no muni cí pi o de Mo mbaça, confor me se observa na Tabel a 1. Par a a a mostra tot al, as contri bui ções das tecnol ogi as segue m o mes mo co mport a ment o dos muni cí pi os i ndi vi dual ment e, onde a pós-col hei ta apresent a mai or parti ci pação e a gest ão a menor. 4. 2 Det er mi nação dos Indi cador es de Rent abili dade A TABELA 2 apr esent a o su mári o dos i ndi cador es de rent abili dade da produção de mel, par a os muni cí pi os e m análi se.

O Lucr o Oper aci onal (LO), que corresponde à diferença entre a Recei ta Br ut a (RB) e o Cust o Oper aci onal Total (COT), para uma quanti dade produzi da de 100 kg, no caso do muni cí pi o de Mo mbaça correspondeu a R$ 142, 04, e nos muni cí pi os de Pacaj us e Chor ozi nho o val or correspondent e f oi de R$ 259, 12. Os í ndi ces de l ucrati vi dade (IL) f ora m, respecti va ment e, 54, 47 %e 65, 39 %, nos muni cí pi os de Mo mbaça e Pacaj us e Chor ozi nho. No caso da a mostra total, o LO obt eve o val or de R$ 167, 13, e o IL f oi de 56, 81 %. Tai s val ores mostra m que a api cul tura é uma ati vi dade extre ma ment e rent ável e que pr oporci onou al ta l ucrati vi dade no ano e m est udo. É i mport ant e ressal tar que os dados col et ados se ref erira m apenas ao ano de 2002, e que por f atores ext er nos o mel al cançou u m pr eço mai s el evado do que os preços esper ados, ade mai s, co mo ref erido, os cust os de oport uni dade dos f ator es de produção não f ora mconsi derados. Na Tabel a 2, te m-se o su mári o das Mar gens Brut as e Pont o de Ni vel a ment o cal cul ados. No muni cí pio de Mo mbaça, a Mar gem Br ut a e mrel ação ao cust o oper aci onal tot al ( MBCOT) é de 168, 74 %, o que i ndi ca que após pagar em- se os cust os oper aci onai s tot ais, os produt ores de mel di spõe m ai nda de 168,74 %sobr e o val or dest es cust os, ou mel hor, de acor do com a defi ni ção da Mar gem Br ut a, esse percent ual i ndi ca que os produt ores di spõe m de uma quanti dade de recursos 168, 74 %superi or ao COT, após pagar e m-se todos est es cust os. Est e mont ant e poderi a ser utili zado para cobri r a re muner ação ao capi tal, a terra e à capaci dade e mpr esari al do propri etári o. No caso dos produtores do muni cí pi o de Pacaj us e Chor ozi nho, essa mar gem é de 206, 77 %, e para a a mostra tot al a MBCOT é de 176, 89 %. O Pont o de Ni vel a ment o e mrel ação ao COE (PNCOE) no muni cí pi o de Mo mbaça é de 17, 34 kg e nos muni cí pi os de Pacaj us e Chorozi nho é de 12, 62 kg. Já par a a a mostra tot al, o PNCOE é de 14 kg. Esses resul tados si gnifi ca m que são necessári os menos de 18 kg de mel nu ma pr odução de 100 kg, para se pagar e m os cust os oper aci onai s ef eti vos. O Pont o de Ni vel a ment o e mrel ação ao COT (PNCOT) no muni cí pi o de Mo mbaça é de 44, 88 kg, ou sej a, par a cada 100 kg de mel pr oduzi dos são necessári os 44, 88 kg par a se cobri r os custos oper aci onai s tot ai s. Nos muni cí pi os de Pacajus e Chor ozi nho, o PNCOT é de 34, 70 kg. Dessa f orma, verifi ca-se que os Pont os de Ni vel a ment o e m Mo mbaça são mai ores do que nos de mai s muni cí pi os, e, conseqüent e ment e, a produção necessári a para se cobri r os cust os é superi or nest e muni cí pi o aos de mai s. Par a a a mostra tot al, o PNCOT é de 41, 84 kg, ou sej a, e m u ma pr odução de 100 kg, é necessári o menos da met ade da produção par a se pagar os cust os oper acionai s tot ai s. Est es resul tados poder ão servi r de i ncenti vos par a aquel es que est ão dispost os a i nvestir nest a ati vi dade. 5 Concl usões O ní vel tecnol ógi co dos pr odut ores de mel é consi derado bo m. Nos muni cí pi os de Pacaj us e Chor ozi nho, est es f ora m u m pouco mai ores do que no muni cípi o de Mo mbaça, e mbor a fi cando todos no mes mo padrão B.

Nas tecnol ogi as de uso de equi pa ment os, manej o e col heita, o ní vel tecnol ógi co é consi derado bo m nos muni cí pi os anali sados, poi s situa m-se no padr ão B, ou sej a, mai s da met ade da tecnol ogi a reco mendada é utili zada, e mbor a haj a vari ações nos í ndi ces encontrados, onde se pode encontrar produt ores nos de mai s padr ões, estes represent a m apenas pequena parcel a de produtores. A t ecnol ogi a de pós-col hei ta teve o mes mo val or nos muni cí pi os est udados (0, 7619) e apresent a mel hor ní vel tecnol ógi co entre as de mai s tecnol ogi as, situando-se no padr ão A. Já a tecnol ogi a da gest ão apr esent ou u m bai xo ní vel tecnol ógi co no muni cí pio de Mo mbaça, mas u m bo m ní vel e m Pacaj us e Chor ozi nho, o que pode est ar associ ado a um mai or ní vel de escol ari dade nest es doi s últi mos muni cí pi os. As tecnol ogi as de pós-col hei ta e de uso de equi pa ment os apr esent aram mai or contri bui ção à f or mação do í ndi ce ger al, enquanto que a tecnol ogi a da gest ão parti ci pa co m a menor contri bui ção. Os resul tados de monstra m que a produção de mel é uma ati vi dade muito rent ável, podendo chegar a altos í ndi ces de l ucrati vi dade, i ncorrendo e m poucos cust os. Nos muni cí pi os de Pacaj us e Chor ozi nho a l ucrati vi dade é mai or do que no muni cí pi o de Mo mbaça, e este f at o pode ser atri buí do aos mel hor es pr eços recebi dos pel os api cul tores dos pri mei ros muni cí pi os e mrazão da exi stênci a de u mcanal de co merci ali zação di ret a e de sua l ocali zação pr óxi ma à capi tal do Est ado, e ta mbé m a mai or produti vi dade obti da por est es api cul tores. Entret ant o, deve-se ressal tar que os cust os oper aci onai s são i nf eri ores no muni cí pi o de Mo mbaça. De modo ger al, a api cul tura mostra-se co mo u ma boa opção par a ger ação de renda no ca mpo. 6 Ref erênci as Bi bli ográfi cas COUTO, R. H. N. e COUTO, L.. A. Api cultura: manej o e produt os. 2 ed. Jaboti cabal : FUNEP, 2002. 191p. [ Li nks ] FONSECA, J. S. de; MARTI NS, G. de A. Curso de est atí sti ca. 6 ed. São Paul o: Atl as, 1996. 320p. [ Li nks ] FREE, J. B. Bees and manki nd. London: Geor ge All en & Unwi n (Publi shers) Lt d. 1982. 155p. [ Li nks ] FREI TAS, B. M. O uso de progr a mas raci onai s de poli ni zação e m ár eas agrí col as. Mensage m doce. N. 46, p. 16-20, São Paul o: APACAME, 1998. [ Li nks ] FREI TAS, B. M. A Vi da das abel has. Fortal eza: UFC. Cr avei ro & Cr avei ro, 1999. CD Ro m. [ Li nks ] KHAN, A. S.; RI BEI RO, D. G. L.; SILVA, L. M. R.; MESQUI TA, T. C. Adoção de tecnol ogi a na pr odução da cana-de-açúcar na regi ão do Cariri, Cear á. Revi sta da SOBER ( CD Ro m), 2002. [ Li nks ] MARTI N, N. B. et al. Si ste ma i nt egr ado de cust os agr opecuári os CUSTAGRI. Inf or mações econô mi cas. São Paul o, v. 28, n. 1, p. 7-27, j an. 1998. [ Li nks ]

MI RANDA, E. A. de A. Inovações tecnol ógi cas na vi ti cultura do sub- médi o São Fr anci sco. 191f. Tese de Dout orado ( Dout or ado e m Econo mi a): PI MES / UFPE. Recif e, 2001. [ Li nks ] PAXTON, R. Conser vi ng wi l d bees. Bee Worl d. N. 76, v. 2, p. 53-55. Ingl aterra, 1995. [ Li nks ] SI LVA, C. R. L. Inovação tecnol ógi ca e di stri bui ção de renda: i mpact o di stri buti vo dos ganhos de pr oduti vi dade da agri cul tura brasil eira. São Paul o: IEA Institut o de Econo mi a Agrí col a, 1995. [ Li nks ] SOUSA, F. L. M. Est udo sobr e o ní vel tecnol ógi co da agri cul tura f a mili ar no Cear á. 107p. Di ssert ação ( Mestrado e m Econo mi a Rur al) DEA/ CCA/ UFC, Fort aleza: 2000. [ Li nks ] VI LELA, S. L. de O. A i mport ânci a das novas ativi dades agrí col as ant e a gl obali zação: a api cul tura no Est ado do Pi auí. Teresi na: Embr apa Mei o- Nort e, 2000. 228p. [ Li nks ] WI ESE, H. (Coor d.). Nova Api cul tura. Port o Al egr e: Agr opecuári a, 1985. 493p. [ Li nks ] Recebi do e m mai o de 2003 e revi st o e mj anei ro de 2004 Apêndi ces