Curso Retenção de Tributos: IR, ISS, Contribuição para o INSS e Contribuição Sindical



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Transcrição:

Curso Retenção de Tributos: IR, ISS, Contribuição para o INSS e Contribuição Sindical

Curso Retenção de Tributos: IR, ISS, Contribuição para o INSS e Contribuição Sindical Palestrantes: Ericksen Prätzel Ellwanger: Advogado e consultor jurídico da FECAM. Graduado em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Pós-graduando em Direito Tributário pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributários IBET/SP. Membro da Comissão de Direito Tributário da OAB/SC e Conselheiro do Conselho Estadual do Meio Ambiente - CONSEMA/SC. Contato: ericksen@fecam.org.br Rodrigo Guesser Contador da FECAM. Graduado em Ciências Contábeis pela UNIVALI, pós-graduado em Contabilidade Pública pela UNIVALI, pós-graduando em Controle da Gestão Pública Municipal pela UFSC. Contato: contabilidade@fecam.org.br PROMOÇÃO REALIZAÇÃO APOIO

ESCOLA DE GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL - EGEM A estrutura de organização de cursos, capacitações e eventos promovidos pela FECAM e pelas associações microrregionais estão sob a responsabilidade da Escola de Gestão Pública Municipal EGEM. Como a presente proposta trata da realização de capacitação de técnicos municipais, entende-se que, por isso, a operacionalização das etapas é de responsabilidade da EGEM. A entidade realiza trabalho direto junto às associações de municípios, o que oportuniza uma execução uniforme, com redução de custos e acesso mais ágil ao público-alvo. FEDERAÇÃO CATARINENSE DE MUNICÍPIOS FECAM ASSOCIAÇÕES DE MUNICÍPIOS DE SANTA CATARINA A Federação Catarinense de Municípios FECAM trabalha há 30 anos em prol do fortalecimento das administrações públicas municipais. Juntamente com as associações de municípios de Santa Catarina, promove, periodicamente, ações que visem fomentar o desenvolvimento dos municípios. As duas entidades estão presentes na organização de mobilizações e eventos que visem atender às reivindicações municipais. CONTATOS DA EGEM: Telefone: (48) 3221.8800 E-mail: egem@egem.org.br Acesse a programação de cursos e eventos: www.egem.org.br

MARÇO/ABRIL2012 Confira os cursos em aberto: Março Abril Escolha o seu e garanta sua vaga ES COL ADEGES T ÃO PÚBL I CAMUNI CI PAL-EGEM www. egem. or g. br/egem@egem. or g. br/( 48)32218800 RuaS ant oss ar ai v a,n 1546,Es t r ei t o-f l or i anópol i s / S C -Cep88070101

PESQUISA DE SATISTAÇÃO Local: Data: / / Curso: Palestrante: A presente pesquisa tem por objetivo o aprimoramento da qualidade de nossos serviços. Assim sendo, gostaríamos da sua colaboração preenchendo este questionário. 1 - Em relação ao conteúdo, importância do tema, clareza das informações você considera: Obs: Ótimo Bom Regular Ruim 2 - Com base nos conceitos abordados e nas experiências trocadas neste curso você avalia: Obs: Ótimo Bom Regular Ruim 3 - Qual a sua avaliação sobre o desempenho do palestrante e a didática aplicada pelo palestrante: Obs: Ótimo Bom Regular Ruim 4 - Avalie o atendimento da organização do curso: Obs: Ótimo Bom Regular Ruim 5 - Ambiente & Infraestrutura (sala, equipamentos de áudio e vídeo etc.) Obs: Ótimo Bom Regular Ruim 6 - O que você aprendeu será utilizado na sua atividade? Sim Não Obs: 7- Como você ficou sabendo da realização do curso: / site FE CA M /EGE M E -m ail A ssociações Fax Outros: Use o espaço abaixo para seus comentários adicionais: (preenchimento opcional) NOME: MUNICÍPIO: E-MAIL: SUGESTÕES: (o resultado das avaliações será publicado em www.egem.org.br, link do curso)

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO -- 4 1.1. Sistema tributário, contribuinte e responsável tributário -- 5 1.2. Tributos passíveis de retenção pelos Municípios -- 5 2. ASPECTOS JURÍDICOS -- 6 2.1. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA ISS -- 6 2.1.1. Regras gerais sobre retenção de ISS -- 6 2.1.2. Serviços passíveis de ser objeto de obrigação de retenção -- 6 2.1.3. Base de cálculo -- 7 2.1.4. Alíquota -- 7 2.1.5. Retenção e as empresas optantes do Simples Nacional -- 8 2.1.6. Retenção e Microempreendedor Individual MEI -- 9 2.1.7. Responsabilidade pela não-retenção -- 9 2.2. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL DO EMPREGADO -- 10 2.2.1. Obrigatoriedade da retenção -- 10 2.2.2. Período para realização da retenção -- 11 2.2.3. Destinação do valor retido -- 12 2.2.4. Responsabilidade pela não-retenção -- 13 2.3. CONTRIBUIÇÃO AO INSS -- 13 2.3.1. Retenção na folha de pagamento -- 14 2.3.1.1. Situações em que deve ocorrer -- 14 2.3.1.2. Base de cálculo -- 14 2.3.1.3. Alíquota -- 17 2.3.1.4. Data para repasse -- 17 2.3.2. Retenção na contratação de serviços -- 18 2.3.2.1. Situações em que deve ocorrer -- 18 2.3.2.2. Base de cálculo conforme o serviço -- 24 2.3.2.3. Alíquota -- 26 2.3.2.4. Data de repasse -- 26 2.3.2.5. Retenção e as empresas optantes do Simples Nacional -- 26 2.3.2.6. Retenção e Microempreendedor Individual - MEI -- 27 2.3.3. Responsabilidade pela não-retenção -- 28 2.4. IMPOSTO DE RENDA -- 28 2.4.1. Retenção na folha de pagamento -- 29 2.4.1.1. Situações em que deve ocorrer -- 29 2.4.1.2. Base de cálculo -- 31 2.4.1.3. Alíquota -- 33 2.4.1.4. Data para repasse -- 34 2.4.1.5. Responsabilidade pela não-retenção -- 34 2

2.4.2. Retenção na contratação de serviços -- 35 2.4.2.1. Situações em que deve ocorrer, base de cálculo e alíquota -- 35 2.4.2.2. Data de repasse -- 36 2.4.2.3. Retenção e as empresas optantes do Simples Nacional -- 37 2.4.2.4. Retenção e Microempreendedor Individual MEI -- 37 2.4.2.5. Responsabilidade pela não-retenção -- 37 3. ASPECTOS CONTÁBEIS -- 38 3.1. DESTAQUE NAS NOTAS FISCAIS DOS TRIBUTOS A SEREM RETIDOS -- 38 3.2. RETENÇÃO DA CSSL -- 38 3.3. RETENÇÃO PREVIDENCIÁRIA -- 39 3.3.1. Responsabilidade pelo recolhimento -- 39 3.3.2. Retenção sobre contribuinte individual (autônomo) -- 39 3.3.2.1. Contribuinte Individual que presta serviços a diversas empresas -- 39 3.3.2.2. Contribuinte Individual que possua registro como Empregado -- 40 3.3.3. Retenção sobre folha de pagamento - 41 3.3.3.1 Diárias para viagem excedentes a 50% do valor do salário -- 41 3.3.3.2. Funcionário com mais de um vínculo Empregatício -- 42 3.3.4. Retenção sobre serviços prestados por pessoa jurídica -- 43 3.3.4.1. Material e Equipamentos com Custos Declarados e Prev. em Cont. -- 43 3.3.4.2. Material e Equipamentos sem Custos Declarados e Prev. em Cont. -- 43 3.3.4.3. Equipamentos sem menção em contrato -- 44 3.3.5. Obrigações previdenciárias e administrativas -- 45 3.3.5.1. Recolhimento das Contribuições -- 45 3.3.5.2. Apresentação da GEFIP/SEFIP - 47 3.3.5.3. Nota fiscal de Produtor Rural Pessoa Física - 49 3.3.5.4. Outras obrigações da empresa contratante de serviços -- 49 3.3.5.5 Encargos Previdenciários Cota Patronal -- 50 3.4. RETENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA -- 51 3.4.1. Retenção sobre contribuinte individual (autônomo) -- 52 3.4.2. Retenção sobre folha de pagamento -- 53 3.4.3. Retenção de Imposto de Renda sobre serviços prestados por Pes. Jurídica -- 54 3.4.4. Obrigações assessórias 56 3.4.4.1. DIRF Declaração de imposto de renda retido na Fonte -- 56 3.4.4.2. DCTF - Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais - 61 3.5. RETENÇÃO DO ISS - 62 3.5.1. Construção Civil 62 3

3.6. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL 64 3.6.1. Desconto e base de calculo - 64 3.6.2. Profissional Liberal - 64 3.6.3. Recolhimento - 64 3.6.4. Comprovação do recolhimento 65 3.6.5. Recolhimento em atraso - 65 4

1. INTRODUÇÃO 1.1. Sistema tributário, contribuinte e responsável tributário Os tributos passíveis de serem instituídos no Brasil estão todos previstos na Constituição Federal, sendo efetivamente criados por leis dos entes federativos, aos quais foi conferida competência para cobrá-los. O contribuinte - aquele que deve pagar o tributo - é sempre definido por lei do ente tributante e somente lei do mesmo pode transferir a responsabilidade pelo pagamento a pessoa diversa. O instituto da retenção tributária pode ser resumido como a transferência da responsabilidade de recolher o tributo para pessoa que não é contribuinte. Em outras palavras, o contribuinte não é alterado; apenas o recolhimento do tributo passa a ser exigido de pessoa diversa, sendo que esta deve obrigatoriamente possuir alguma relação na formação do fato gerador do tributo. A responsabilidade pela retenção significa dizer que o fisco exigirá que o tributo seja repassado por aquele elencado na lei como responsável pelo recolhimento. Caso, hipoteticamente, o responsável não realize a retenção, o fisco irá autuá-lo a fim de que o mesmo efetue o pagamento do valor não recolhido, restando ao responsável exigir do contribuinte a devolução do valor não recolhido, haja vista que quem deve arcar com o prejuízo econômico do tributo é o contribuinte. Existem vários tipos de transferência da responsabilidade do pagamento, seja por meio de substituição ou retenção tributária. Todavia, como não é interesse deste trabalho analisar a diferença entre essas modalidades, cabe apenas esmiuçar a responsabilidade perante o fisco pelo recolhimento, o que torna importante o pleno conhecimento das obrigações de retenção. 1.2. Tributos passíveis de retenção pelos Municípios Os órgãos municipais são sempre obrigados a reter quatro tributos: i) Imposto sobre Serviços, ii) Contribuição Sindical, iii) Contribuição Previdenciária e iv) Imposto de Renda. Outros tributos comumente passíveis de retenção são a CSLL, PIS e COFINS, porém no que se refere às obrigações de retenção pelos órgãos públicos municipais, os mesmos somente deverão ser objeto de retenção caso haja convênio firmado com a Receita Federal. Segundo informações obtidas da Receita Federal, não há em Santa Catarina nenhum município que possua tal convênio. 5

2. ASPECTOS JURÍDICOS 2.1. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA ISS O imposto sobre serviços de qualquer natureza, ISS ou ISSQN é um tributo municipal, cabendo aos municípios instituidores legislar sobre o mesmo. Por ser um tributo que tem regras variáveis conforme o município, a retenção do ISS possui características próprias em cada ente federado municipal, razão pela qual não há regra única para a retenção. 2.1.1. Regras gerais sobre retenção de ISS A retenção do ISS deve estar de acordo com as normas pertinentes às demais retenções, tais como: a) o responsável pelo recolhimento necessariamente deve fazer parte do ato negocial; b) a retenção com substituição tributária deve ser determinada em lei, enquanto a retenção enquanto mera obrigação acessória pode estar amparada em ato infralegal; c) a retenção só terá validade sobre tributo incidente sobre fatos ocorridos no território do próprio município tributante. 2.1.2. Serviços passíveis de ser objeto de obrigação de retenção Em tese, qualquer serviço sobre o qual incida ISS, nos termos da lei municipal, é passível de retenção. O principal cuidado que deve se ter é em relação à competência municipal sobre o tributo, de modo que nos casos em que o ISS não é devido no município não há que se falar em retenção. Além das retenções previstas da legislação municipal, a Lei Complementar 116, que regula nacionalmente o tributo, define algumas retenções obrigatórias 9 (art. 6º): a) o tomador ou intermediário de serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País; 6

b) a pessoa jurídica, ainda que imune ou isenta, tomadora ou intermediária dos serviços descritos nos subitens 3.05, 7.02, 7.04, 7.05, 7.09, 7.10, 7.12, 7.14, 7.15, 7.16, 7.17, 7.19, 11.02, 17.05 e 17.10 da lista anexa. São eles: 3.05 Cessão de andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas de uso temporário. 7.02 Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de produtos, peças e equipamentos; 7.04 Demolição. 7.09 Varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem, separação e destinação final de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer. 7.10 Limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres. 7.12 Controle e tratamento de efluentes de qualquer natureza e de agentes físicos, químicos e biológicos. 7.16 Florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e congêneres. 7.17 Escoramento, contenção de encostas e serviços congêneres. 7.19 Acompanhamento e fiscalização da execução de obras de engenharia, arquitetura e urbanismo. 11.02 Vigilância, segurança ou monitoramento de bens e pessoas. 17.05 Fornecimento de mão-de-obra, mesmo em caráter temporário, inclusive de empregados ou trabalhadores, avulsos ou temporários, contratados pelo prestador de serviço. 17.10 Planejamento, organização e administração de feiras, exposições, congressos e congêneres. 2.1.3. Base de cálculo A base de cálculo na retenção do ISS deve ser a mesma utilizada para o cálculo da incidência do tributo, sendo, via de regra, o preço do serviço. 2.1.4. Alíquota A alíquota será aquela constante da lei municipal sobre o tributo. Todavia, não poderá a mesma ser maior que 5% e nem menor que 2%. 7

2.1.5. Retenção e as empresas optantes do Simples Nacional A principal dúvida no trato da retenção do ISS diz respeito às empresas optantes pelo Simples Nacional. Estas empresas possuem um sistema tributário especial regulado pela Lei Complementar 123/2006, razão pela qual as alíquotas correspondentes ao ISS pago por elas normalmente diferem daqueles aplicadas no município. A LC 123/2006 autoriza a retenção do ISS das empresas optantes pelo Simples Nacional, desde que sejam respeitadas as alíquotas constantes dos anexos do LC 123/06. Sem ingressar na polêmica relativa à viabilidade de aplicação da lei municipal, o fato é que o atual entendimento jurisprudencial se mostra favorável à aplicação exclusiva das tabelas do Simples Nacional. Assim, passa-se a tecer as regras da retenção com base na LC 123/2006. Acerca do instituto, o art. 21, 4º, dispõe que: 4º A retenção na fonte de ISS das microempresas ou das empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional somente será permitida se observado o disposto no art. 3o da Lei Complementar no 116, de 31 de julho de 2003, e deverá observar as seguintes normas: I - a alíquota aplicável na retenção na fonte deverá ser informada no documento fiscal e corresponderá ao percentual de ISS previsto nos Anexos III, IV ou V desta Lei Complementar para a faixa de receita bruta a que a microempresa ou a empresa de pequeno porte estiver sujeita no mês anterior ao da prestação; II - na hipótese de o serviço sujeito à retenção ser prestado no mês de início de atividades da microempresa ou empresa de pequeno porte, deverá ser aplicada pelo tomador a alíquota correspondente ao percentual de ISS referente à menor alíquota prevista nos Anexos III, IV ou V desta Lei Complementar; III - na hipótese do inciso II deste parágrafo, constatando-se que houve diferença entre a alíquota utilizada e a efetivamente apurada, caberá à microempresa ou empresa de pequeno porte prestadora dos serviços efetuar o recolhimento dessa diferença no mês subseqüente ao do início de atividade em guia própria do Município; IV - na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno porte estar sujeita à tributação do ISS no Simples Nacional por valores fixos mensais, não caberá a retenção a que se refere o caput deste parágrafo; V - na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno porte não informar a alíquota de que tratam os incisos I e II deste parágrafo no documento fiscal, aplicar-se-á a alíquota correspondente ao percentual de ISS referente à maior alíquota prevista nos Anexos III, IV ou V desta Lei Complementar; VI - não será eximida a responsabilidade do prestador de serviços quando a alíquota do ISS informada no documento fiscal for inferior à devida, hipótese em que o recolhimento dessa diferença será realizado em guia própria do Município; 8

VII - o valor retido, devidamente recolhido, será definitivo, não sendo objeto de partilha com os municípios, e sobre a receita de prestação de serviços que sofreu a retenção não haverá incidência de ISS a ser recolhido no Simples Nacional. 4o-A. Na hipótese de que tratam os incisos I e II do 4o, a falsidade na prestação dessas informações sujeitará o responsável, o titular, os sócios ou os administradores da microempresa e da empresa de pequeno porte, juntamente com as demais pessoas que para ela concorrerem, às penalidades previstas na legislação criminal e tributária. Tem-se, pois, que é cabível retenção de ISS de empresas optantes pelo Simples Nacional, desde que isso esteja determinado em lei municipal e que respeite as alíquotas previstas pela sistemática do Simples. Segundo a norma, a empresa contratante deverá informar na nota fiscal a faixa em que está enquadrada a fim de que se lhe aplique a respectiva alíquota no ato da retenção. Aconselha-se, por cautela, que tal informação seja solicitada por escrito à contratante a fim de evitar problemas para o tomador dos serviços. Caso a empresa prestadora não informe a alíquota aplicável conforme sua faixa de enquadramento, a retenção pelo tomador deverá ser feita pela maior alíquota aplicável ao Simples Nacional, que é de 5%. Outra questão polêmica é sobre a retenção daquelas empresas que efetuam o pagamento do ISS em parcelas mensais pré-mensuradas (fixas). Como visto no dispositivo acima, nestes casos não há retenção, desde que a prestação ocorra dentro do território em que o prestador possui o benefício de pagamento fixo do ISS. Se o prestador que frui o benefício realizar a prestação em outro município, terá que pagar o tributo normalmente na outra municipalidade, caso em que poderá sofrer retenção do ISS. 2.1.6. Retenção e Microempreendedor Individual - MEI O microempreendedor individual não pode sofrer retenção de ISS em nenhuma hipótese, uma vez que o tratamento tributário concedido a este empresário individual o assegura pagamento de ISS fixo e unificado nacionalmente, o qual será sempre remetido ao município do estabelecimento prestador. Em síntese, a legislação do MEI não autoriza a retenção de ISS destes empresários. 2.1.7. Responsabilidade pela não-retenção A não-retenção, em tese, sujeita o responsável às penalidades previstas na lei municipal. Como os órgãos públicos municipais só podem ser obrigadas à retenção de ISS de sua própria competência, não há que se falar na aplicação de multas ou juros 9

pelo valor não-retido. Todavia, eventuais prejuízos sofridos pelos cofres públicos podem ser encarados como renúncia de receita pelos órgãos de controle. 2.2. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL DO EMPREGADO A contribuição sindical do empregado é tributo parafiscal regulado no art. 580, I, do Decreto-Lei 5.452 (Consolidação das Leis Trabalhistas CLT) e corresponde à remuneração de um dia de trabalho do empregado. Art. 580. A contribuição sindical será recolhida, de uma só vez, anualmente, e consistirá: I - Na importância correspondente à remuneração de um dia de trabalho, para os empregados, qualquer que seja a forma da referida remuneração; A incidência da contribuição sindical sobre a remuneração dos servidores públicos tem sido alvo de grandes controvérsias. Contudo, nos últimos anos a tendência verificada nos tribunais superiores vem trilhando o entendimento de que este tributo efetivamente incide sobre os servidores públicos, independente de seu regime, celetista ou estatutário. O Ministério do Trabalho e Emprego - MET, no intuito de orientar os sindicatos, emitiu a Instrução Normativa nº 1, de 30 de setembro de 2008, estipulando que os órgãos da administração pública federal, estadual e municipal, direta e indireta, independentemente do regime jurídico a que pertençam, deverão recolher a contribuição sindical prevista no artigo 578, da CLT, de todos os servidores e empregados públicos, devendo descontar a importância correspondente à remuneração ou subsídio de um dia de trabalho, excetuadas as parcelas de natureza indenizatória. Ressalte-se que o Superior Tribunal de Justiça STJ possui jurisprudência consolidada pela aplicabilidade da contribuição sindical aos servidores públicos (vide, p. ex., REsp 1261594, REsp 1246902). 2.2.1. Obrigatoriedade da retenção Os municípios são equiparados aos empregadores privados, devendo reter os valores correspondentes ao tributo. A obrigatoriedade de retenção por parte do empregador está estipulada no art. 582 da CLT. Art. 582. Os empregadores são obrigados a descontar, da folha de pagamento de seus empregados relativa ao mês de março de cada ano, a contribuição sindical por estes devida aos respectivos sindicatos. 10

1º Considera-se um dia de trabalho, para efeito de determinação da importância a que alude o item I do Art. 580, o equivalente: a) a uma jornada normal de trabalho, se o pagamento ao empregado for feito por unidade de tempo; b) a 1/30 (um trinta avos) da quantia percebida no mês anterior, se a remuneração for paga por tarefa, empreitada ou comissão. 2º Quando o salário for pago em utilidades, ou nos casos em que o empregado receba, habitualmente, gorjetas, a contribuição sindical corresponderá a 1/30 (um trinta avos) da importância que tiver servido de base, no mês de janeiro, para a contribuição do empregado à Previdência Social. O cálculo do dia de trabalho deve ser feito com base na remuneração paga no mês de março, excluídas apenas as parcelas de natureza indenizatória (IN 01/2008 MTE). Existe apenas um tipo de profissão que está isenta da contribuição sindical. Trata-se da profissão de advogado, que por força do art. 47 da Lei 8.906/94 (Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil), é desobrigada de pagá-la. 2.2.2. Período para realização da retenção Como visto no dispositivo acima citado, a retenção da Contribuição Sindical pelo empregador na folha de pagamento do empregado deve ser realizada no mês de março. O repasse do valor ao sindicato deve ser feito no mês de abril, conforme estipula o art. 583 da CLT: Art. 583 - O recolhimento da contribuição sindical referente aos empregados e trabalhadores avulsos será efetuado no mês de abril de cada ano, e o relativo aos agentes ou trabalhadores autônomos e profissionais liberais realizar-se-á no mês de fevereiro. 1º - O recolhimento obedecerá ao sistema de guias, de acordo com as instruções expedidas pelo Ministro do Trabalho. 2º - O comprovante de depósito da contribuição sindical será remetido ao respectivo Sindicato; na falta deste, à correspondente entidade sindical de grau superior, e, se for o caso, ao Ministério do Trabalho. Empregados admitidos nos meses de janeiro ou fevereiro devem ter normalmente recolhida a contribuição sindical. Quanto aos admitidos no mês de março, o empregador deve verificar se o mesmo já efetuou o pagamento e, em tendo ocorrido o mesmo, procederá à retenção. 11

Aqueles que ingressarem em funções após o mês de março também devem comprovar junto ao empregador que já efetuaram o pagamento da contribuição, e, se ainda não o fizeram, deverá o empregador proceder à retenção com base na remuneração que o empregado receber no mês de admissão. Aos empregados ausentes no mês de março por motivo de auxílio-doença ou acidente de trabalho, o recolhimento será feito com base no mês de retorno do funcionário. 2.2.3. Destinação do valor retido O valor retido pelo empregador no mês de março deve ser destinado ao sindicato representativo da categoria. Este é o procedimento determinado pelo art. 579 da CLT: Art. 579 - A contribuição sindical é devida por todos aqueles que participarem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo da mesma categoria ou profissão ou, inexistindo este, na conformidade do disposto no art. 591. A regra é que o sindicato representativo da categoria que tenha base territorial no local em que está estabelecido o empregador receba os valores provenientes da retenção. Este pagamento deve ser feito através de uma guia da Caixa Econômica Federal. Ao recolher a contribuição sindical de um servidor, o município deve direcionála ao sindicato da categoria. Isto quer dizer que o sindicato que deve receber a contribuição, no caso dos servidores municipais, é aquele que represente os servidores municipais como um todo. Se há no município, por hipótese, um biólogo, a quem deve se destinar o tributo? Ao sindicato dos biólogos ou ao sindicato dos servidores municipais? Em casos como este se deve desconsiderar o sindicato profissional (biólogo), devendo o recolhimento ser feito ao sindicato representativo dos servidores que tenha base territorial no município. Outra situação comum é a não-existência de sindicatos representativos na região, caso em que a retenção deve ser direcionada para as federações, podendo ser estas. regionais ou estaduais, ou ainda para as confederações, que podem ser interestaduais ou de âmbito nacional. Existem duas situações que autorizam o repasse dos valores para uma conta geral vinculada ao Ministério do Trabalho e Emprego MTE: na inexistência de sindicato, federação e confederação ou no caso de dúvida fundada quanto ao sindicato, federação ou confederação credor. Trata-se, porém, de última opção. 12

Para que um sindicato funcione e esteja apto a receber os valores da contribuição sindical, precisa registrar-se junto ao MTE e manter cadastro atualizado, bem como contabilidade regular e demais obrigações inerentes. Para evitar equívocos no momento do repasse dos valores, uma ferramenta interessante para averiguar a real existência de um sindicato é o endereço virtual http://sis.dieese.org.br, vinculado ao MTE e no qual é possível verificar a regularidade sindical. Caso o sindicato a que se pretenda destinar a contribuição retida não exista na base de dados citada, torna-se imprescindível solicitar do mesmo a comprovação de que efetivamente é um sindicato registrado. Em resumo, o valor retido na folha de pagamento deve ser enviado no mês seguinte para o sindicato que tenha base territorial no município. Se não existir sindicato instituído, o valor deve ser destinado para a federação da categoria, ou, em último caso, à confederação correspondente. Nos casos em que não exista nenhuma das três entidades, o valor deve ser depositado em conta especial vinculada ao MTE. Em caso de dúvida ou conflito quanto à entidade que deva receber o valor, o pagamento também deve ser feito na conta única do MTE. 2.2.4. Responsabilidade pela não-retenção Se o município não efetuar o pagamento da contribuição sindical, pode sofrer ação de cobrança por parte do sindicato competente para receber os valores, arcando com juros e multas pela não-retenção, embora possa posteriormente buscar ressarcirse do principal junto aos empregados. Os juros e multas, contudo, são de sua responsabilidade exclusiva. Cumpre destacar que a cobrança da contribuição sindical é feita diretamente pela entidade sindical competente por meio de ação de cobrança convencional, e não por meio de execução fiscal. 2.3. CONTRIBUIÇÃO AO INSS A contribuição previdenciária para a seguridade social, comumente chamada de contribuição para o INSS, é regulada pela Lei 8.212 de 1991, mais especificamente pelo art. 22 e seguintes. Trata-se de tributo pago por todos os segurados da previdência e que é destinado ao custeio da previdência pública. Os servidores públicos municipais são contribuintes quando não há no município um sistema próprio de previdência. Em outras palavras, só deve ser feita a retenção destes valores na folha de pagamento dos servidores quando o município não possui regime próprio de previdência. Naqueles municípios em que haja um regime próprio de previdência, o valor a ser descontado na folha de pagamento terá como base a legislação municipal que trata da previdência própria. 13

A contribuição do empregado é tratada no art. 20 da Lei 8.212: Art. 20. A contribuição do empregado, inclusive o doméstico, e a do trabalhador avulso é calculada mediante a aplicação da correspondente alíquota sobre o seu salário-de-contribuição mensal, de forma não cumulativa, observado o disposto no art. 28. 2.3.1. Retenção na folha de pagamento A retenção da contribuição do empregado na folha de pagamento está disciplinada no art. 30 da Lei 8.212 de 1991. Art. 30. A arrecadação e o recolhimento das contribuições ou de outras importâncias devidas à Seguridade Social obedecem às seguintes normas: I - a empresa é obrigada a: a) arrecadar as contribuições dos segurados empregados e trabalhadores avulsos a seu serviço, descontando-as da respectiva remuneração; b) recolher os valores arrecadados na forma da alínea a deste inciso, a contribuição a que se refere o inciso IV do art. 22 desta Lei, assim como as contribuições a seu cargo incidentes sobre as remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, aos segurados empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais a seu serviço até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da competência; A arrecadação dos valores deve ser feita diretamente na remuneração dos trabalhadores e os valores deverão ser repassados para a Receita Federal até o dia 20 do mês seguinte ao de competência. 2.3.1.1. Situações em que deve ocorrer A retenção deve ocorrer sempre que haja um empregado e ocorra o pagamento de seu salário. Mais uma vez cabe destacar que aqueles municípios que possuem regime próprio de previdência irão recolher a contribuição com base na lei municipal que trata da previdência própria. 2.3.1.2. Base de cálculo A base de cálculo genérica do tributo é toda a remuneração que o empregado recebe, nesta incluindo-se eventuais comissões, gorjetas, bônus por venda, gratificações, etc. A Instrução Normativa nº 971 da Receita Federal, em se seu artigo 58, compilou os pagamentos feitos aos empregados que não integram a base de cálculo 14

da contribuição previdenciária. Seguem as principais exclusões aplicáveis à retenção de contribuição previdenciária dos servidores municipais: i) os benefícios da Previdência Social, nos termos e limites legais, salvo o salário-maternidade; ii) a parcela in natura recebida de acordo com os programas de alimentação aprovados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), nos termos da Lei nº 6.321, de 14 de abril de 1976 (vale alimentação-refeição); iii) as importâncias recebidas a título de férias indenizadas e respectivo adicional constitucional, inclusive o valor correspondente à dobra da remuneração de férias de que trata o art. 137 da CLT; iv) indenização compensatória de 40% do FGTS; v) indenização por tempo de serviço, anterior a 5 de outubro de 1988, do empregado não-optante pelo FGTS; vi) indenização por dispensa sem justa causa de empregado nos contratos por prazo determinado, conforme estabelecido no art. 479 da CLT; vii) incentivo à demissão; viii) indenização por dispensa sem justa causa, no período de 30 (trinta) dias que antecede à correção salarial a que se refere o art. 9º da Lei nº 7.238, de 28 de outubro de 1984; ix) indenizações previstas nos arts. 496 e 497 da CLT; x) abono de férias na forma dos arts. 143 e 144 da CLT; xi) ganhos eventuais e abonos expressamente desvinculados do salário por força de lei; xii) licença-prêmio indenizada; xiii) outras indenizações, desde que expressamente previstas em lei; xiv) a parcela recebida a título de vale-transporte na forma de legislação própria; xv) a ajuda de custo, em parcela única, recebida exclusivamente em decorrência de mudança de local de trabalho do empregado, na forma do art. 470 da CLT; xvi) as diárias para viagens, desde que não excedam a 50% (cinquenta por cento) da remuneração mensal do empregado, ressalvado o disposto no inciso XXVIII; 15