O Primeiro Reinado (1822 1831) MARCOS ROBERTO
Imagem: Henrique José da Silva / public domain A Independência do Brasil é um dos fatos históricos mais importantes de nosso país, pois marca o fim do domínio português e a conquista da autonomia política. Dom Pedro I, imperador do Brasil. No mês de dezembro de 1822, D. Pedro foi declarado imperador do Brasil.
Bandeira do Império
D. Pedro I compondo o Hino Nacional (hoje Hino da Independência), em 1822. Artista: Augusto Braga.
os Estados Unidos reconheceram a independência em maio de 1824; informalmente a independência já era reconhecida pela Inglaterra; Portugal exigiu do Brasil o pagamento de 2 milhões de libras esterlinas para reconhecer a independência a Inglaterra emprestou o dinheiro.
O povo mais pobre sequer acompanhou ou entendeu o significado da independência. A estrutura agrária continuou a mesma, a escravidão se manteve e a distribuição de renda continuou desigual. A elite agrária, que deu suporte a D. Pedro I, foi a camada que mais se beneficiou. http://www.suapesquisa.com/independencia/
o Primeiro Reinado do Brasil é o nome dado ao período em que D. Pedro I governou o Brasil como Imperador, entre 1822 e 1831, ano de sua abdicação; o governo de D. Pedro I enfrentou muitas dificuldades para consolidar a independência, pois ocorreram muitas revoltas regionais, oposições políticas internas.
Após a Independência Manutenção da estrutura social e econômica herdada do período colonial; Monocultura, latifúndio e escravidão; Centralização administrativa;
Os desafios após a independência Manter a unidade territorial do Brasil. Construir o Estado Nacional Brasileiro. Conquistar o reconhecimento internacional da independência. Organizar a economia nacional.
Manter o território brasileiro unido: - Dificuldade de convencer as elites brasileiras ao projeto centralizador de D. Pedro I - Guerras de Independência nas províncias que defendiam a adesão as Cortes de Lisboa: - Grão-Pará - Maranhão - Bahia - Cisplatina (também conhecida como atual Uruguai)
Primeira Constituição Brasileira O debate político nos primeiros anos se concentrou em torno da aprovação de uma Constituição. A Assembleia Constituinte se reuniu no Rio de Janeiro em maio de 1823. Os constituintes tentaram limitar os poderes do imperador. D. Pedro, insatisfeito, ordenou o fechamento da assembleia e a prisão de alguns deputados. FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil, Edusp, 2009 p. 79-80.
D. Pedro I, por volta do mesmo período da Constituinte de 1823.
Vista do Paço Imperial (a esq.) onde D. Pedro assistia de longe os trabalhos da Constituinte que se realizava em um prédio próximo.
Havendo Eu convocado, como tinha o direito de convocar, a Assembleia Geral Constituinte e Legislativa, por Decreto de 3 de junho do ano proximo passado, a fim de salvar o Brasil dos perigos que lhe estavam iminentes, e havendo a dita Assembleia perjurado ao tão solene juramento que prestou à Nação de defender a integridade do Império, sua Independência e Minha Dinastia: Hei por bem, como Imperador e Defensor Perpétuo do Brasil, dissolver a mesma Assembleia, e convocar já uma outra na forma das Instruções feitas para convocação desta, que agora acaba, a qual deverá trabalhar sobre o projeto de Constituição, que eu lhe ei de em breve apresentar, que será duplicadamente mais liberal do que a extinta Assembleia acabou de fazer. Os meus Ministros e Secretários de Estado de todas as diferentes Repartições o tenham assim entendido e façam executar, a bem da salvação do Império. 12/11/1823
Imagem: Sérgio Corrêa da Costa / Postado por Gianni / Alegoria ao juramento da Constituição brasileira de 1824 / As quatro coroas de D. Pedro I. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995 / public domain D. Pedro I escolheu dez pessoas de sua confiança para elaborar a nova Constituição. Esta foi outorgada em 25 de março de 1824 e apresentou todos os interesses autoritários do imperador. Além de definir os três poderes (legislativo, executivo e judiciário), criou o poder Moderador, exclusivo do imperador, que lhe concedia diversos poderes políticos. Alegoria do juramento da Constituição Brasileira de 1824.
Características da constituição de 1824: Divide o poder em 4: I- Executivo (Imperador) II- Legislativo (Senado +Câmara de Deputados) III- Judiciário (Juízes e Tribunais) IV- Moderador (Imperador) Poder que harmonizaria os outros 3 o Centralização política: -D. Pedro tinha poderes para fechar o Parlamento. - Escolhia os governantes das Províncias. - Escolhia os Senadores
Cidadãos: - Homens livres e libertos (ex escravos) nascidos no Brasil. - Portugueses que aderiram à causa da independência. o Direito a voto: população: 3 596 132 - Eleições eram indiretas escravos: 1 148 000 - Analfabetos - Homens maiores de 25 anos - Excluídos: escravos, ex escravos (alforriados) e mulheres - Voto censitário: deputados e senadores renda: 100 mil réis 200 mil réis 400 e 800 mil réis RELIGIÃO Definiu o catolicismo como a religião do Estado. Permitiu a tolerância religiosa.
A reação contra o autoritarismo de D. Pedro I Inconformados com o caráter elitista da Constituição de 1824 e com o uso de um poder centralizador por parte de D. Pedro I, representantes de algumas províncias do Nordeste defendiam a federação de algumas províncias do Nordeste e a separação destas do Brasil. O movimento foi sufocado com extrema violência pela tropa imperial.
A confederação do equador 1824 Início (julho de 1824) -Pernambuco Propostas: -Criar um governo confederado e republicano Lideranças: participantes da Revolução Pernambucana de 1817 + Elite do açúcar que queria autonomia + camadas populares
Exército Imperial do Brasil ataca as forças confederadas no Recife, 1824. O governo imperial tomou medidas severas contra o movimento separatista. Dom Pedro I pediu empréstimos à Inglaterra e contratou mercenários ingleses para que lutassem contra os revoltosos. Não resistindo ao enfraquecimento interno do movimento e à dura reação imperial, a Confederação do Equador teve seu fim. Dezesseis envolvidos foram acusados e executados pelas instituições judiciárias do Império. Entre eles, Frei Caneca teve como pena a morte por fuzilamento. Imagem: Autor desconhecido / disponibilizado por Lecen / public domain
Fuzilamento de Frei Caneca: um dos principais líderes do levante.
A Guerra da Cisplatina Violenta e onerosa guerra para o Brasil; Contribuiu para o aumento da dívida externa; Aumentou a impopularidade do imperador D. Pedro I; Derrota brasileira nesse conflito que foi intermediado pela Inglaterra; Declaração da independência do Uruguai;
Tropas brasileiras partindo para Montevidéu. Artista:Debret.
A abdicação de D. Pedro I (1831) Derrota brasileira na Guerra da Cisplatina; Assassinato do jornalista Líbero Badaró em São Paulo; Envolvimento de D. Pedro I na sucessão do trono português; Noite das Garrafadas; Derrota brasileira na Guerra da Cisplatina; Assassinato do jornalista Líbero Badaró em São Paulo; Envolvimento de D. Pedro I na sucessão do trono português; Noite das Garrafadas;
Crise de sucessão do trono português. Maria da Glória D. Miguel (9 anos) (irmão de D. Pedro)
Carta de abdicação de D. Pedro I
Abdicação do Imperador D. Pedro I, 1831. Artista: Aurélio de Figueiredo.