Jazz Mugham: Maravilhas do Azerbaijão. Artes. Veronica DEVIÁ Finalista do concurso de redação de 2013 O que eu sei sobre o Azerbaijão?



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Transcrição:

Artes Veronica DEVIÁ Finalista do concurso de redação de 2013 O que eu sei sobre o Azerbaijão? Jazz Mugham: Maravilhas do Azerbaijão 24 www.irs-az.com

1(2), PRIMAVERA 2014 Através da música de um povo conseguimos ler nas entrelinhas de sua cultura, história e tradição. Podemos entender melhor quem são suas pessoas, como elas se relacionam com o mundo e quais são os seus valores, abertos ou fechados para a humanidade e seus semelhantes. Por estas e outras razões, o jazz é considerado uma música universal que une os povos do mundo ao redor do ritmo, dos instrumentos e, acima de tudo, do amor pela música ao redor do globo: dos Estados Unidos ao Japão, do Brasil ao Azerbaijão. É nos longínquos estados do sul dos Estados Unidos que nasce este ritmo; trazido pelos escravos que, unidos em canções religiosas para lamentar e exorcizar seus males, entoavam cantos religiosos do cristianismo chamados Negro Spirituals. Não demorou para que este primeiro estilo culminasse no blues e, enfim, no jazz, estilo sofisticado que tem influências dos clássicos eruditos europeus e une-se às culturas locais aonde é levado. Dando a volta ao mundo, o estilo não poderia ter evitado o Azerbaijão. O país é reconhecido por ter uma sofisticada cultura musical que existe há mais de mil anos e tem até inúmeros instrumentos musicais exclusivamente nacionais, dentre eles laggutu, balaban e qopuz, que são alguns exemplos de percussão, sopro e cordas, respectivamente. Estes fazem parte das tradições musicais próprias do país, que incluem os gêneros Mugham, Meykhana e Ashiq art. O primeiro é, desde 2003, considerado Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade www.irs-az.com 25

Artes pela UNESCO. Não é para menos: é uma sublime forma de arte em que o artista transpõe suas emoções em melodia e poesia, improvisando sobre o tema sem jamais abandonar a tradição. O Mugham é apreciado também pela sua fluidez e liberdade formal, que o afasta da música típica da Ásia Central dos países vizinhos ao Azerbaijão e o aproxima dos gêneros ocidentais como o jazz. Além da importância musical, o gênero destaca-se pelos temas trazidos da tradição oral. Estes estão presentes nas canções e advêm desde a Idade Média, chegando aos dias de hoje, escolhidos a cada ocasião em que serão apresentados. O Jazz Mugham é baseado em formas modais ou escalas de Mughams, ao invés da escala ocidental. O jazz tradicional é marcado pelo ritmo métrico, enquanto no Azerbaijão não se segue este sistema; temos o ritmo e a escala improvisados, segundo a tradição local. Contudo, o que poderia ter sido um fracasso de ordem melódica, encontra afinidade e material infinito para explorar a criatividade. Neste contexto, vale ressaltar aqui os grandes compositores azerbaijaneses: Uzeyir Hajibeyov, criador das Óperas Mugham, Fikret Amirov, compositor de Mugham Sinfônicos e Qara Qarayev que promoveu o estilo do jazz na música azerbaijanesa. A posterior união com o gênero do jazz, portanto, parece uma tendência natural, uma afinidade eletiva dada pelas características dos estilos. De um lado, uma tradição milenar que permite a improvisação através de inúmeros movimentos que se conectam, remetendo ao antigo e criando o novo ao mesmo tempo; de outro, o gênero ocidental que se baseia no improviso em si. Com certeza, isto foi percebido pelo músico Vagif Mustafazadeh, que é reconhecido como o criador do jazz no Azerbaijão, numa mistura deste estilo com o típico Mugham. O título também é atribuído aos músicos Niyazi e Tofig Guliyev, que, em 1930, criaram a primeira banda de jazz local. Contudo, entre os anos 1920 e 1953, o gênero foi proibido pela União Soviética, que o censurou sugerindo que o gosto pela música burguesa levaria a decadência dos jovens cidadãos. Após esta última data, os primeiros músicos começaram a se reunir na capital Baku e deram origem ao denominado jazz Mugham, que unia as tradições locais da música do Azerbaijão com o gênero norte-americano. Paixão à primeira vista, nascia assim esta combinação perfeita. Entre os anos de 1950 e 1960, os primeiros estudantes amantes do gênero reuniam-se para tocar no Instituto de 26 www.irs-az.com

1(2), PRIMAVERA 2014 Petróleo e Química de Baku, organizando pequenos encontros que recebiam as bandas locais. Os jovens tocavam conforme sua interpretação de músicas típicas com os maiores hits do momento, dentre os quais figurava a música Sun Valley Serenade, do norte-americano Glenn Miller, que tornouse um hino desta geração. Nasceram assim, muitos nomes importantes da época, como Rafiq Babayev e seu quarteto e, mais tarde, do conjunto de Vagif Mustafazadeh. Em uma agradável noite de junho de 1967, estreava a primeira edição do Baku Jazz Festival no renomado Teatro Verde, local muito amado e frequentado pela população local. À época, o gênero começava a ganhar fãs e trilhava o caminho para se tornar um estilo musical adorado pelo público. Era o período de relaxamento do regime soviético de Nikita Kruschev, e os músicos tinham a liberdade de tocar pela primeira vez em muito tempo, o que então era proibido, sem o medo de serem censurados e perseguidos. Este período de efervescência veio a calhar: a cidade de Baku passava por um crescimento e desenvolvimento e eram inauguradas suas primeiras linhas de metrô, cinemas, teatros e casas de show. Músicas dos grandes nomes do jazz www.irs-az.com 27

Artes como John Coltrane, Duke Ellington e Louis Armstrong eram tocadas em eventos sociais nestes novos espaços culturais. Deste período, entraram para a história as memoráveis performances de Devis no Cinema Nizami, da orquestra de Rauf Hajiyev no Cinema Azerbaijan, dos talentosos trompetistas I. Kalantarly, L. Lubensky, entre outros. O estilo tornou-se popular e os festivais de Baku passaram a receber muitas bandas oriundas da União Soviética e, enquanto o tempo passava e nos anos 1970 as relações com os Estados Unidos iam se atenuando, começavam a ser transmitidos também os primeiros programas de rádio norte-americanos sobre jazz. Foi um período de verdadeiro boom para o gênero no Azerbaijão. No final desta década e começo dos anos 1980, foram organizados outros festivais, como o Outono Dourado e Baku 83. O evento Baku-1987 Jazz da União também foi um grande sucesso, recebendo os mais famosos grupos de jazz da União Soviética. A Agência estatal de televisão e rádio do Azerbaijão transmitiu o programa, liderado por Rafiq Babayev, com seu quarteto Qaya. A atração da edição, contudo, foi a jovem música e compositora de apenas 17 anos, Aziza Mustafa-Zadeh, que apresentou-se e foi aclamada com furor pelo público e crítica locais. 28 www.irs-az.com

1(2), PRIMAVERA 2014 Após um longo hiato, as atividades acerca do gênero foram retomadas nos anos de 2002-2004, no festival Jazz & Blues do Cáspio. Apesar da história e do esforço dos organizadores, o evento embora apreciado, não teve o sucesso esperado. Foi apenas no Baku Jazz 2005 que o festival agradou por sua forma e conteúdo, trazendo de volta a esperança para o Azerbaijão de que sua capital voltaria a ser portadora orgulhosa do título de New Orleans do Mar Cáspio, em referência à capital norte-americana do gênero. Atualmente, os amantes do jazz no Azerbaijão e especialmente em Baku -, podem frequentar a Baku Jazz Centre. Famosos jazzistas azerbaijaneses Javan Zeynalli, Salman Gambarov, Rain Sultanov, Amina Figarova, Aziza Mustafazadeh, Isfar Sarabski entre outros são participantes e vencedores de vários festivais musicais. O cantor do Mugham Alim Qasimov, chamado Tesouro Nacional Vivo do Azerbaijão é mundialmente reconhecido como um dos melhores do mundo. A abordagem dele ao Mugham que é longe de ser conservativa, mistura-se com muito êxito com os outros estilos e principalmente com o jazz. No início da década de 90 o músico fez uma turnê no Brasil. Em 28 de março de 2013, foi exibido no Astor Film Lounge de Berlim o documentário Sari Gelin (Yellow Bride), de Klaus Bernhardt e baseado na ideia do diretor do Fórum Alemanha-Azerbaijão, Parviz Yazdani. O filme trata da fusão do jazz com a cultura folk Mugham, com entrevistas aos grandes nomes do gênero e mostrando a grande popularidade do gênero no país até os dias de hoje. O filme também destaca o papel muito importante da cidade azerbaijanesa Shusha na cultura musical do país. Mais do que uma aquisição de um estilo musical estrangeiro, no Azerbaijão o jazz apropriou-se da cultural local através de sua própria tradição milenar Mugham. Não fez deste um instrumento de colonização, mas incorporou-o às suas memórias, tomou dele o que tinha de melhor e uniu-o a sua música local. Trata-se do nascimento de algo novo, único, que apresenta as qualidades do país enquanto receptor de novas culturas, que integra-se ao mundo mostrando sua faceta singular e única. No caso da música, o público só ganhou com as iniciativas do Jazz Mugham, numa releitura da tradição cultural do país com um gênero desde sempre aberto a integrar-se e ouvir a humanidade. Além de ser um estilo, no país o jazz pode fomentar também a integração, a festa, o regozijo coletivo. Nos festivais, a população encontrou uma forma não só de celebrar sua cultura mas também o nascimento de algo novo, produzido e fomentado pela sua própria juventude. Esta que é não apenas o futuro do país, mas também um reflexo do que a tradição ostenta; neste caso, pessoas que buscam na cultura da música uma forma de integração para um país ainda mais rico em história, diversidade e entendimento entre os povos. www.irs-az.com 29