Hábitos bucais deletérios: orientações e medidas preventivas desenvolvidas pelo Projeto de Extensão Contos e Encantos.

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Transcrição:

Hábitos bucais deletérios: orientações e medidas preventivas desenvolvidas pelo Projeto de Extensão Contos e Encantos. ANA CAROLINA MARQUES (Campus sede, Departamento de Clínica e Cirurgia da Faculdade de Odontologia, Graduanda do Curso de Odontologia da UNIFAL/MG, anacarolinagsp@gmail.com, Bolsista do Projeto de Extensão Universitária Contos e Encantos ), GEOVANE EVANGELISTA MOREIRA (Campus sede, Departamento de Clínica e Cirurgia da Faculdade de Odontologia, Mestrando do Programa de Pós Graduação em Ciências Odontológicas da UNIFAL/MG, geovannicrc@hotmail.com, Bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais), DANIELA COELHO DE LIMA (Campus sede, Departamento de Clínica e Cirurgia da Faculdade de Odontologia, Professora da Disciplina de Saúde Coletiva do Curso de Odontologia danielaclunifal@gmail.com, Coordenadora do Projeto Contos e Encantos ), LEANDRO ARAÚJO FERNANDES (Campus sede, Departamento de Clínica e Cirurgia da Faculdade de Odontologia, Professor da Disciplina de Clínica Integrada do Curso de Odontologia da UNIFAL/MG, learaujofernandes@gmail.com, Vice coordenador do Projeto Contos e Encantos ), ALESSANDRO APARECIDO PEREIRA (Campus sede, Departamento de Clínica e Cirurgia da Faculdade de Odontologia, Professor da Disciplina de Saúde Coletiva do Curso de Odontologia da UNIFAL/MG, alessandro.aparecido@unifal-mg.edu.br). Eixo: "Os Valores para Teorias e Práticas Vitais" Resumo Os hábitos de sucção da chupeta, mamadeira e dedo, estão presentes na maioria das crianças na primeira infância. A prevalência e a duração desses hábitos estão diretamente relacionados a fatores emocionais e a influência da família. Através do Projeto de Extensão Contos e Encantos" este estudo teve como objetivo motivar a eliminação e/ou a não incorporação desses hábitos deletérios em crianças matriculadas em Centros Educacionais Municipais de Alfenas-MG. De acordo com os resultados o uso da chupeta e da mamadeira estiveram presente na maioria das crianças. Verificou-se ainda que os responsáveis associavam a relação dos hábitos deletérios com o desenvolvimento psicoemocional da criança e o aparecimento de deformidades dentofaciais. Foi possível observar que a sucção não-nutritiva fazia parte da primeira infância e o comportamento dos responsáveis quanto a isso não demonstrou importantes iniciativas para a mudança desses hábitos. Palavras Chave: Comportamento de sucção, Medidas Preventivas, Orientação infantil. Abstract: Pacifier, nursing bottle and finger sucking habits are present in most children in early childhood. The prevalence and duration of these habits are directly related to emotional factors and the influence of the family. Through the Extension Project "Contos e Encantos", this study aimed to motivate the elimination and/or non-inclusion of these harmful habits in enrolled children in Municipal Educational Centers of Alfenas-MG. According to the results, the pacifier and nursing bottle use were present in most children. It was also found that the guardians associated the list of harmful habits with the child's psycho-emotional development and the appearance of dento-facial deformities. It was observed that the non-nutritive sucking was part of early childhood and the behavior of the guardians in this regard showed no major initiatives for the change those habits. Keywords: Sucking behavior, Preventive Measures, Child Guidance.

Introdução A sucção é um reflexo natural presente desde a vida intra-uterina e após o nascimento está relacionada à alimentação e nutrição da criança. Os movimentos realizados durante esse ato servem como estímulo para o crescimento normal dos maxilares, proporcionam segurança e sensações agradáveis como carinho e aconchego (CORRÊA, 2005; ELGERSMA, 2000; ROMANOWSKI, 2008). Esse hábito fisiológico é praticado em média, até os dois anos de idade, conforme a necessidade individual e o desenvolvimento social da criança (AMARAL, MUSSOLINE e SILVA, 2009). Entende-se por hábito, uma dependência adquirida pela repetição de um ato, que torna-se inconsciente e passa a ser incorporada à personalidade do indivíduo. Há duas classificações para os hábitos: normal ou deletério. No âmbito bucal o primeiro contribui para uma oclusão normal, favorecendo o crescimento facial sem, contudo, acarretar desvios. Os deletérios constituem-se fatores etiológicos alteradores evolutivo (AMARAL et al., 2009). Pelo aspecto odontológico o hábito de sucção contribui como fator etiológico em potencial na deterioração da oclusão e na alteração do padrão normal de crescimento facial (QUELUZ E AIDAR, 1999). Os hábitos orais deletérios podem ser justificados pela necessidade de suprir carências afetivas, uma vez que têm o poder de transmitir segurança e conforto (CAVASSANI et al., 2003). As principais causas de implantação são o prazer e a satisfação que proporcionam à criança (TOMÉ; FARRET; JURACH, 1996). No entanto, padrões inadequados de alimentação, tais como alta velocidade na ingestão de alimentos, tensão materna no momento da amamentação (pouca quantidade de leite em cada mamada), fatores etiológicos, tais como conflitos familiares, pressão escolar, stress da cidade, irritação decorrente de erupção dental, obstrução respiratória e má postura podem estar envolvidos no comportamento de sucção deletério (CAVASSANI et al.,2003; AGUIAR et al., 2005). A família é essencial no processo de abandono do hábito pela criança e por isso não pode contudo, utilizar-se, para esse fim, de chantagens psicológicas. Pelo contrário, deve tentar motivar a criança, por meio de atividades lúdicas, conversas, atenção, carinho e muito amor, como maneiras bem simples, mas que buscam trazer excelentes resultados (ELGERSMA, 2000; AGUIAR et al., 2005). Além disso à educação em saúde nas creches demonstra que a forma mais eficiente de desenvolvê-la é através do trabalho conjunto dos cuidadores com os profissionais de saúde. No caso da educação em saúde bucal a presença dos cirurgiões dentistas é uma estratégia muito importante para o trabalho com esse público propriamente dito (SANCHEZ et al, 2010). Assim a implantação e aplicação de medidas educativas e preventivas que informem e conscientizem pais, crianças, cuidadores e profissionais da área da saúde sobre os prejuízos causados por tais hábitos e a necessidade de evitálos, são de suma importância (GALVÃO; MENEZES; NEMR, 2006; PEREIRA; SCHARDOSIM; COSTA, 2009). Objetivos O projeto de extensão universitária Contos e Encantos teve como objetivo motivar a eliminação e/ou a não incorporação de hábitos bucais deletérios em crianças em idade pré-escolar; conscientizar e incentivar os pais quanto aos hábitos bucais deletérios e os efeitos que estes podem causar na saúde bucal da criança. Material e Métodos O Projeto Contos e Encantos iniciou suas atividades no ano de 2013 em Centros Educacionais Municipais da cidade de Alfenas no sul de Minas Gerais. Fizeram parte dessas ações alunos de Odontologia da Universidade Federal de Alfenas-MG (UNIFAL) que foram capacitados a realizar atividades específicas para o público-alvo em questão. Para os pais e/ou responsáveis foram feitas orientações sobre o presente projeto e sobre a importância deles no reforço das atividades que seriam desenvolvidas nas creches. Logo após as orientações transmitidas aos pais e/ou responsáveis realizou-se palestras educativas e entrega de panfletos informativos sobre hábitos bucais prejudiciais. Para as crianças foram direcionadas atividades educativas e preventivas utilizando-se fotos, figuras, histórias infantis, coreografias, músicas, jogos, teatro de fantoches com os temas referentes a sucção da chupeta, dedo e mamadeira. No ano de 2015, no primeiro semestre, os responsáveis pelas crianças abordadas pelo projeto foram convidados a responder um questionário semi-estruturado contendo perguntas referentes aos hábitos das crianças, tais como: amamentação, frequência, duração e intensidade do hábito; aceitação da criança em retirá-lo; comportamento dos pais frente ao hábito e conhecimento das alterações provocadas pelo mesmo. As informações coletadas através do questionário foram analisadas e tabuladas no programa estatístico Epi Info 3.2.2.

Resultados e Discussão Até o presente momento o projeto abordou 500 crianças matriculadas em Centros Municipais de Educação Infantil (CEMEI) da cidade de Alfenas-MG. Antes das abordagens serem feitas, os acadêmicos de Odontologia participaram de reuniões de capacitações onde foram realizadas trocas de experiências e divulgação do conhecimento prático necessário sobre a odontologia para crianças em idade pré-escolar. Essas ações foram norteadas pelos coordenadores e pela aluna bolsista responsável pelo projeto além de aprimorarem seu conhecimento por meio de análise crítica de artigos científicos referentes a influência do ambiente familiar; da condição socioeconômica e nível de escolaridade dos pais na inserção e na manutenção de hábito de sucção não nutritiva (Figura 1). chupeta leva bichinhos (microorganismos) para 'dentro da boca, deixando-a com cheiro ruim, suja e contaminada. Ao todo foram 5 histórias intituladas: Julieta Chupeta (menina que tinha dificuldade de falar por causa do uso da chupeta); Pedro Chupa Dedo (garotinho que chupava dedo e abandonou o hábito após seu amigo contar a ele, que o dedo tem medo de ficar no escuro da boca); Mariana Mamadeira (tomava mamadeira para dormir, por isso seus dentes ficaram pretos ); Dentonaldo (chupava dedo e chupeta, e por isso seus dentes eram para frente ) e a história do João que aprendeu como deveria guardar a sua escova de dentes e de toda sua família. Figura 2. Acadêmica contando a história Julieta Chupeta. Figura 1. Discussão de artigos científicos em grupo. Quanto ao desenvolvimento das ações elas focaram na conscientização dos prejuízos causados pela sucção da chupeta, do dedo e da mamadeira. Sendo assim, utilizou-se de figuras, fotos e espelho, motivando as crianças quanto à remoção desses hábitos prejudiciais. O espelho foi utilizado para a criança visualizar, exclusivamente com o auxílio dos acadêmicos da Faculdade de Odontologia, as condições bucais atuais. As fotos serviram de demonstração para as crianças sobre como é uma oclusão em seu estado normal e a diferença de como ela ficará se manter os hábitos. Com a mão da criança, foi realizada uma pequena pressão em seu peito, na tentativa de reproduzir a força que a chupeta, o dedo e a mamadeira causam aos dentes durante o hábito de sucção. Foram contadas histórias infantis para que as crianças entendessem as consequências da sucção não nutritiva (Figura 2). As histórias mesclavam a realidade e a fantasia e, assim, encantavam as crianças, fazendo com que elas entendessem, de forma lúdica, a importância do abandono dos hábitos. Elas foram, ainda, informadas de que a Após a sensibilização e entendimento das crianças foram selecionadas atividades diárias para fixar a atenção e ajudá-las a se lembrar, constantemente, dos prejuízos causados pelo hábito. Com a utilização de cartolinas (Figura 3), figuras e canetinhas (Figura 4) os acadêmico confeccionavam vários lembretes para evitar as práticas prejudiciais das crianças. Figura 3. Confecção de máscara em formato de dente.

Após o encerramento das histórias, as crianças participaram de uma atividade educativa, onde as mesmas foram dentistas e reproduziram o conhecimento que foi abordado pelas historinhas. Para isso utilizou-se nas crianças gorro, máscara e luvas a fim de que elas fossem estimuladas a reproduzir as práticas referentes a saúde bucal (Figura 7). Figura 4. Motivação da criança a abandonar a sucção de dedo. Ao longo das abordagens foram utilizadas coreografias e músicas, cuja letra explicava, simplificadamente, quais as alterações e consequências dos hábitos de sucção, além de lembrá-las sobre quais os passos para remover o hábito. Também foram distribuídos para as crianças um calendário próprio, em que os dias foram divididos em dois períodos (dia e noite). Diariamente, ela deveria marcar com desenhos, por exemplo, carinha triste ou alegre, referentes aos períodos em que conseguia ficar sem praticar o hábito (Figura 5). Figura 7. Caracterização das crianças. Em encontros posteriores os acadêmicos orientaram e supervisionaram as crianças quanto as práticas de higiene bucal (Figura 8). Ao final de todas as atividades, foi realizado um teatro de fantoches, que abordou os assuntos trabalhados nas atividades anteriores, ressaltando a importância e a necessidade da remoção dos hábitos orais deletérios (Figura 9) e recebiam um simbólico certificado serem participativas (Figura 10). Figura 5. Calendário entregue as crianças. Os encontros realizados foram reforçados por brincadeiras e jogos da memória com figuras de alterações dentárias e figuras de arcadas corretas e dentes bonitos (Figura 6). Figura 8. Escovação supervisionada. Figura 6. Jogo da memória. Figura 9. Apresentação do teatro de fantoches.

Figura 10. Entrega do certificado à criança. Quanto a análise dos resultados, obteve-se 70 questionários preenchidos pelos pais no primeiro semestre de 2015 e detectou-se que 38,6% das crianças tinham idade entre 2 e 3 anos e os pais possuíam ensino médio completo (38,6%) (Figura 11). Figura 11. Nível de escolaridade dos responsáveis. Verificou-se que os responsáveis pelas crianças acreditam que existe uma relação dos hábitos deletérios com o desenvolvimento psicoemocional da criança (65,7%), amamentação (54,3%) e o aparecimento de deformidades dentofaciais (72,5%). Os hábitos orais deletérios podem ser justificados pela necessidade de suprir carências afetivas, uma vez que têm o poder de transmitir segurança e conforto (CAVASSANI et al., 2003). Com relação ao estado nutricional proporcionado pela amamentação, ele pode ser completamente alcançado, embora quando a necessidade de sucção persiste, a criança na ânsia de satisfação começa a sugar dedos, chupetas ou objetos (GOUCH, 1991; LINO,1994). As deformidades dentofaciais que podem surgir em decorrência do hábito são: mordida aberta anterior com contorno circular; alteração do posicionamento dental como incisivos centrais superiores vestibularizados, com diastema e retroinclinação dos incisivos inferiores; mordida cruzada posterior; aumento da sobremordida; arcada superior reduzida; interposição da língua e alteração nos músculos perorais e fonoarticulatoriais prejudicando a deglutição e a fonação (CUNHA et al., 2005). O uso da chupeta esteve presente em 55,7% das crianças, mamadeira (64,3%), sucção de dedo em 1,4% e 15,7% não possuíam nenhum destes hábitos. Segundo Corrêa et al., 1998, vários fatores levam ao desestímulo à amamentação, como a falta de informação e preparo das mães durante o período pré-natal, influência cultural no sentido de divulgação do uso da mamadeira e falta de estímulo pela família. Além disso, atualmente, a mulher dedica-se simultaneamente as atividades profissionais e domésticas dispondo, portanto, de muito pouco tempo para estar com a criança. Dessa forma, o aleitamento artificial (na mamadeira), passa a ser eleito afim de evitar conflitos com as responsabilidades e compromissos profissionais. Quanto a frequência dos hábitos 31,4% relataram ser o dia inteiro; 12,9% somente para dormir ou durante a noite (8,6%). Para os responsáveis é considerado normal o uso de mamadeira, chupeta ou até mesmo a sucção de dedo até 3 anos, sendo as principais alegações o fato de ser um processo normal que faz parte da infância (38,6%) e do estado emocional da criança (34,3%). Segundo Canongia et al., 1996 e Corrêa et al., 1998 o ato de sugar fisiologicamente está presente em todas as crianças normorreativas até os 4 meses de idade sendo considerado um reflexo comum durante algum tempo, porém, tendendo a desaparecer em determinada época da vida infantil ou até mesmo pode não surgir. Em alguns casos o hábito de sucção pode persistir e surgir na criança como atividade voluntária, ou seja, de uma forma patológica. No entanto, conforme a criança vai se desenvolvendo, as estruturas neuromusculares vão se adaptando aos movimentos do comer e beber e assim o hábito de sucção tende a desaparecer até os 2 anos. Quando questionados se haviam sido orientados a respeito dos malefícios da sucção nãonutritiva 71,4% dos responsáveis foram positivos e apontaram diversos mecanismos, conforme ilustra a tabela 1.

Quem informou? Médico 33 47,1% Dentista 19 27,1% Palestra 10 14,3% Televisão 8 11,4% Pais 6 8,6% Jornais e revistas 6 8,6% Enfermeiro 2 2,9% Não respondeu 2 2,9% Tabela 1. Fontes das informações. citado por Tartaglia et al., 2001 foi o aconselhamento e conscientização da criança sobre os efeitos (81,3%) seguido de ameaças, repreensões ou brigas (26,4%), troca por presentes (20,7%), tendo sido possível a escolha de mais de um item. Quanto às respostas das próprias crianças, a vontade de abandonar o hábito estava presente na grande maioria (95,5%), porém 61,9% relataram não conseguir parar. E por fim para melhor orientar os pais ou responsáveis quanto aos prejuízos ocasionados pelos hábitos bucais deletérios realizou-se a distribuição de panfletos educativos (Figura 12, no Anexo 1) para divulgar informações adequadas sobre o presente assunto. Dessa forma após a remoção do hábito faz-se indispensável à participação da família para que haja a reabilitação da criança e para se manter as mudanças positivas de comportamento. Assim o pediatra tem um papel importante na identificação dos hábitos deletérios, uma vez que o acompanhamento médico é mais frequente que as consultas odontológicas. A identificação precoce é de fundamental importância no encaminhamento desses pacientes para um tratamento odontológico que diagnostique e remova esses hábitos, antes que más oclusões de difícil resolução se instalem (PEREIRA e WECKX, 2006). Para 44,3% dos responsáveis abordados nesse estudo, o método mais eficaz de remoção de um desses hábitos é conversar sobre as consequências que os mesmos podem causar. Quanto aos métodos de remoção dos hábitos de sucção, relatos mais clássicos observados na literatura odontológica se referiram ao uso de aparelho intrabucal fixo com grade palatina em casos de sucção digital (MARTINS et al., 2010). Segundo Aguiar et.al., 2005, uma outra forma seria a conscientização da criança pelo profissional sobre como o hábito se instala, quais as suas consequências e sequelas, tendo como auxílio as fotografias, modelos e dispositivos do próprio paciente, além da orientação aos pais. O projeto Contos e Encantos utilizou desses recursos para realizar abordagens semelhantes. Figura 12. Panfleto informativo. O hábito é sempre prazeroso e sua substituição por momentos em família facilita seu Conclusões abandono, assim como é fundamental que se utilize em casa a mesma linguagem dos profissionais, ou Podemos concluir que houve a transmissão do conteúdo temático as crianças associado a seja, se desenvolva atividades lúdicas no lar, como colaboração de pais e professores, e que o método despertar a imaginação da criança por meio de utilizado para isso foi bastante eficaz, pois bonecos desenhados nos dedos, confecção de uma conseguiu incorporar um comportamento satisfatório caminha de papel para a chupeta dormir e e benéfico em relação a saúde bucal na infância. histórias infantis (AGUIAR et al., 2005). Em relação aos pais e/ou responsáveis conclui-se Serra-Negra et al., 1999 demonstraram que que os mesmos receberam informações sobre os apenas 17,3% das mães buscaram orientação de hábitos bucais deletérios e acreditam que outros profissionais de saúde, como o pediatra e o fatores podem estar relacionados com a sucção cirurgião-dentista, quanto à remoção de hábitos de não-nutritiva. No entanto, a maioria deles relatou sucção de chupeta dos seus filhos. As pesquisas que o uso de mamadeira e chupeta ainda está sobre os métodos utilizados pelos pais para a sendo feito por seus filhos. Isso sugere que a informação recebida por eles ainda não está sendo remoção dos hábitos de sucção de seus filhos suficiente para promover mudanças significativas no demonstraram que é frequente a desistência do comportamento da criança. Já os acadêmicos hábito pela insistência da família. O método mais participantes do projeto, tiveram um aprendizado

diferenciado devido às ações e o local em que o mesmo foi desenvolvido e a extensão possibilitou a democratização do saber acadêmico contribuindo com a sociedade. Agradecimentos Agradecimento a Pró-Reitoria de Extensão Universitária da UNIFAL-MG pelo apoio logístico e financeiro, aos Centros Educacionais da cidade de Alfenas-MG pela acolhida e aos responsáveis das crianças por aceitarem em participar desse projeto. AGUIAR, K. F. et al. Remoção de hábitos de sucção não-nutritiva: integração da odontopediatria, psicologia e família. Revista Arquivos em Odontologia, v. 41, n. 4, p. 273-368, 2005. AMARAL, C.O.R. et al. Estudo dos métodos de remoção dos hábitos nocivos a oclusão dentária na odontopediatria. Colloquium Vitae, v. 1, n. 2, p. 123-129, 2009. CANONGIA, M.B. - Hábitos viciosos. Jornal Brasileiro Ortodotontia e Ortopedia Maxilar, v.1, n.2, p:35-40, 1996. CAVASSANI, V. G. S. et al. Hábitos orais de sucção: estudo piloto em população de baixa renda. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, v. 69, n. 1, p. 106-110, 2003. CORRÊA, M. S. N. Hábitos Orais. In: CORRÊA, M. S. N. Odontopediatria na Primeira Infância. São Paulo: Santos, 1998, p. 561-576. CORRÊA, M. S. N. P.; DISSENHA, R. M. S.; WEFFORT, S. Y. K.; O Técnico em Saúde Bucal na remoção de hábitos de sucção. Revista Gestão & Saúde, v. 4, n. 2, p. 15-21, 2012. CUNHA, S. R. T. et al. Hábitos bucais In: CORRÊA, M. S. N. P. Odontopediatria na primeira infância. 2. ed. São Paulo: Santos; 2005. p. 683-692. ELGERSMA, J.C. Sucção digital: uma abordagem fonoaudiológica. 2000. 44f. CEFAC- Centro de Especialização em Fonoaudiologia Clínica Motricidade Oral, Londrina, 2000. GALVÃO, A. C. U. R.; MENEZES, S. F. L.; NEMR, K. Correlação de hábitos orais deletérios entre crianças de 4 a 6 anos de escola pública e escola particular da cidade de Manaus AM. Revista CEFAC, v. 8, n. 3, p. 328-336, jul./set 2006. GOUCH, S. A., Infantile sexuality revisited: the agony and extasy of the mother infant couple. The Journal of the American Academy of Psychoanalysis, v. 19, n. 2, p.254-270, 1991. LINO, A. P. Introdução ao problema da deglutição atípica. In: INTERLANDI, S. Ortodontia: bases para a iniciação. 3 ed. São Paulo: Artes Médicas, p. 275-293, 1994. MARTINS, B. S. et al. Métodos usados para remoção dos hábitos de sucção de dedo e/ou chupeta em crianças do município de Mutum-MG. Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde, v. 12, n. 4, p. 19-25, 2010. PEREIRA, S. R. A.; WECKX, L. L. M. Revisão dos hábitos orais deletérios e sua influência nas más oclusões dentárias. Pediatria Moderna, v.42, n.6, p.306-309, 2006. PEREIRA, V. P.; SCHARDOSIM, L. R.; COSTA, C. T. Remoção do hábito de sucção de chupeta em pré-escolares: apresentação e avaliação de uma estratégia motivacional. Revista da Faculdade de Odontologia de Porto Alegre, v. 50, n. 3, p. 27-31, 2009. ROMANOWSKI, C. M. T. Hábitos deletérios de sucção não nutritiva infantil. Trabalho de Conclusão de Curso, Curitiba, 2008. In: PIVA, R. et al. O TSB na remoção de hábitos de sucção. Revista Gestão & Saúde, v. 4, n. 2, p.15-21, 2012. SANCHEZ, C. M. et al. Perfil do conhecimento dos cuidadores de uma creche pública sobre os hábitos de higiene bucal, Várzea Grande/MT. UNIVAG, p.1-9, 2010. Disponível em: <http://www.univag.com.br/storage/post/10/01.pdf>. Acesso em: 26 jul. 2015. SERRA-NEGRA J. M. C. et al. O uso de chupeta por crianças:relato de mães. Jornal Brasileiro de Odontopediatria e Odontologia do Bebê, v. 2, n. 7, p. 211-217, 1999. TARTAGLIA S. M. A. et al. Hábitos orais deletérios: avaliação do conhecimento e comportamento das crianças e suas famílias. Jornal Brasileiro de Odontopediatria e Odontologia do Bebê, v. 4, n. 19, p. 203-209, 2001. TOMÉ, M. C.; FARRET, M. M. B.; JURACH, E. M. - Hábitos orais e maloclusão. In:MARCHESAN, I. Q.; ZORZI, J. L.; GOMES, I. C. D. Tópicos em fonoaudiologia. São Paulo, Lovise, p.96-109, 1996.

Anexo 1