MERCADO E OPORTUNIDADES DA BIOMASSA FLORESTAL NO BRASIL CIBIO STCP ENGENHARIA DE PROJETOS LTDA Marcelo Wiecheteck SETEMBRO / 2018 STCP.COM.

Documentos relacionados
STCP.COM.BR CONSULTORIA ENGENHARIA GERENCIAMENTO

Painel 6 Expansão das Energias Renováveis. Amilcar Guerreiro Economia da Energia e do Meio Ambiente Diretor

Seminário Inserção de Fontes Renováveis no Brasil

AMEAÇAS E OPORTUNIDADES PARA O AGRONEGÓCIO BRASILEIRO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA DEPARTAMENTO DE QUÍMICA TEMA 4: FONTES DE ENERGIA E MEIO AMBIENTE

X EDIÇÃO DA CONFERÊNCIA PCH Mercado & Meio Ambiente

Disciplina: Eletrificação Rural. Unidade 1 Energia elétrica no âmbito do desenvolvimento sustentável: balanço energético nacional

Seminário Biomassa: Desafios e Oportunidades de Negócios

FONTES ENERGÉTICAS. Prof. Dr. Adilson Soares Site:

FÓRUM DA MATRIZ ENERGÉTICA Tendências Dificuldades Investimentos Política para Energias Alternativas: Biomassa, Solar, Eólica, Nuclear, Gás, PCH

Disciplina: Eletrificação Rural

MUDANÇA CLIMÁTICA E CRESCIMENTO VERDE

Mário Menel Presidente

Plano Nacional de Energia 2030

Incentivos para a Expansão da Oferta e Desenvolvimento da Demanda por Gás Natural

Painel 3 MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA: DESAFIOS E ALTERNATIVAS. Nivalde de Castro Coordenador do GESEL Instituto de Economia da UFRJ

Jornal Oficial da União Europeia

Amilcar Guerreiro Diretor de Estudos Econômicos e Energéticos Empresa de Pesquisa Energética - EPE

Governo do Estado de São Paulo Secretaria de Energia Energia Renovável e Geração Descentralizada de Energia Elétrica

EXPANSÃO DO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL PDE2026

Fundação Getúlio Vargas Instituto Brasileiro de Economia Centro de Estudos em Regulação e Infraestrutura

PROJEÇÕES DA DEMANDA DE ÓLEO DIESEL E DE CICLO OTTO

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. 3º Oficina IEI Brasil - Geração Distribuída Renovável, Eficiência Energética e o Consumidor Final

Ecologia, Ambiente e Engenharia Elétrica. Carlos Marcelo Pedroso

BASES CONCEITUAIS DA ENERGIA. Pedro C. R. Rossi UFABC

ENERGIAS RENOVÁVEIS. Prof. Jean Galdino IFRN São Paulo do Potengi

POLÍTICAS PÚBLICAS E PROMOÇÃO DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS

A Energia na Cidade do Futuro

Características Gerais

MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA

POLÍTICA ENERGÉTICA PLANO NACIONAL DE EXPANSÃO DE ENERGIA

SETOR DE CELULOSE E PAPEL

II Seminário da Matriz Energética O Modelo Energético Brasileiro Plano de Expansão e a Diversificação da Matriz

Planejamento nacional e Integração elétrica regional. Amilcar Guerreiro Diretor de Estudos de Energia Elétrica

A A DEMANDA de PAPEL MUNDIAL e SUSTENTABILIDADE. 2o. CONGRESSO FLORESTAL DO MATO GROSSO DO SUL 8 de Junho de 2010

Situação atual do setor sucroenergético, com ênfase na geração de energia com bioeletricidade

VIII FÓRUM CAPIXABA DE ENERGIA Planejamento Energético Brasileiro: Perspectivas e Oportunidades

Comissão Parlamentar de Inquérito ao Pagamento de Rendas Excessivas aos Produtores de Eletricidade. Mário Guedes 14 de Fevereiro de 2018

ITAIPU: MODELO PARA APROVEITAMENTOS HIDRELÉTRICOS DE GRANDE PORTE

Balanço Energético Nacional 2016

Balanço Energético Nacional 2017

PLANEJAMENTO ENERGÉTICO NACIONAL: PERSPECTIVAS DE DEMANDA E OFERTA DE ETANOL, GASOLINA, BIODIESEL E DIESEL

Biocombustíveis em um Contexto Global. José Sérgio Gabrielli de Azevedo Presidente São Paulo 02 de junho de 2009

4º CURSO SOBRE O SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO PARA A MAGISTRATURA

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA

REGULAMENTO DE EXECUÇÃO (UE) 2016/699 DA COMISSÃO

Prof. Edmar de Almeida Instituto de Economia - UFRJ

ANEXOS. ANEXO III: Avaliação global da adicionalidade ANEXO IV: Calendário de apresentação e adoção dos acordos de parceria e dos programas

BIOELETRICIDADE: SITUAÇÃO ATUAL E PERSPECTIVAS. Zilmar José de Souza

2 Sistema Elétrico Brasileiro

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENGENHEIROS ELETRICISTAS RJ. Plano Nacional de Energia 2030

Ricardo Gorini. Diretor do Estudos Econômico-Energéticos e Ambientais da Empresa de Pesquisa Energética (EPE)

IV SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SISTEMAS ELÉTRICOS SBSE 2012

MERCADO DE ALIMENTOS E BEBIDAS UNIÃO EUROPEIA E CHINA

ENERGIAS ALTERNATIVAS

Aula 02 Fontes de energia primária, cadeia energética e hidrelétrica, eólica, nuclear e biomassa

Ministério de Minas e Energia Ministro Bento Albuquerque

POLÍTICA ENERGÉTICA. Mauricio T. Tolmasquim Presidente

Relatório mensal sobre combustíveis

Relatório mensal sobre combustíveis

Panorama da Produção de Biomassa Florestal Combustível

PORTUGAL UMA NOVA CENTRALIDADE LOGÍSTICA. Dia Regional Norte do Engenheiro 2012

Relatório mensal sobre combustíveis

O 18 o Balanço Energético do Estado de Minas Gerais - BEEMG - Ano Base 2002, foi elaborado pela Companhia Energética de Minas Gerais - CEMIG, através

Laboratório de Eficiência Energética Universidade Federal de Juiz de Fora

A8-0321/78. Texto da Comissão

Relatório mensal sobre combustíveis

Além das grandes hidrelétricas - Políticas para fontes renováveis de energia elétrica. 6ª Reunião do FMASE WWF -UFABC UNICAMP IEI-LA

A Energia da Madeira no Contexto Energético Brasileiro

UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES

I Principais destaques... 3 Consumo... 3 Preço... 3 Margem bruta II Enquadramento Internacional... 4

ANEXO B. DADOS MUNDIAIS DE ENERGIA

I Principais Destaques Consumo Preço Margem bruta II Enquadramento Internacional III Introduções ao Consumo...

Mudança de Paradigma do Sistema Elétrico Brasileiro e Papel das Energias Complementares

A BIOELETRICIDADE E O PLANEJAMENTO ENERGÉTICO

Relatório mensal sobre combustíveis

Balanço Energético Nacional 2018

FONTES DE ENERGIA PROFESSOR : DANIEL DE PAULA

RCD Eficiência na Cadeia de Valor

I Principais destaques... 3 Consumo... 3 Preço... 3 Margem bruta II Enquadramento Internacional... 4

Impostos com relevância ambiental em 2012 representaram 9,4% do total das receitas de impostos e contribuições sociais

Impostos com relevância ambiental em 2011 representaram 9,8% do total das receitas de impostos e contribuições sociais

Relatório mensal sobre combustíveis

A Política Comercial Comum (PCC)

Cifras da Catalunha Generalitat de Catalunya Governo de Catalunha

O Caminho da Sustentabilidade

Disciplina: Recursos Energéticos e Meio Ambiente. 2- Introdução. Professor: Sandro Donnini Mancini. Fevereiro, 2016

Impostos com relevância ambiental em 2016 representaram 7,5% do total das receitas de impostos e contribuições sociais

Expectativas Relacionadas às Políticas Governamentais e Incentivos Fiscais para as Térmicas à Biomassa

Nota Metodológica SEEG Monitor Elétrico

I Principais Destaques Consumo... 4 Preço... 4 Margem bruta II Enquadramento Internacional III Introduções ao Consumo...

Opções de utilização da biomassa florestal

ABINEE TEC Matriz Energética. Plano Decenal: Tendências, Dificuldades e Investimentos Políticas para Fontes de Energia

Relatório mensal sobre combustíveis

BASES DE DADOS EM ENERGIA

Recursos Energéticos e Meio Ambiente (REMA) Engenharia Ambiental 1º semestre/2017

O Setor Elétrico do Brasil

O 20 o Balanço Energético do Estado de Minas Gerais - BEEMG - Ano Base 2004, foi elaborado pela Companhia Energética de Minas Gerais - CEMIG, através

Bases Conceituais da Energia Q1/2017. Professor: Sergio Brochsztain. (sites.google.com/site/sergiodisciplinasufabc)

Transcrição:

MERCADO E OPORTUNIDADES DA BIOMASSA FLORESTAL NO BRASIL CIBIO 2018 STCP ENGENHARIA DE PROJETOS LTDA Marcelo Wiecheteck SETEMBRO / 2018 STCP Engenharia de Projetos Ltda. Produto 8: Relatório Final 05CVR0418R00 (30/08/2018)

STCP Engenharia de Projetos Ltda. CIBIO 2018 (28/08/2018)

CONTEÚDO CONTEXTUALIZAÇÃO e CADEIA DA BIOMASSA FLORESTAL MATRIZ ENERGÉTICA NACIONAL MERCADO DE LENHA E CARVÃO MERCADO DE PELLETS DE MADEIRA PRODUÇÃO E COMERCIO MUNDIAL DE PELLETS E A INSERÇÃO DO BRASIL CONSIDERAÇÕES FINAIS STCP Engenharia de Projetos Ltda. Produto 8: Relatório Final 05CVR0418R00 (30/08/2018)

CADEIA DA BIOMASSA FLORESTAL MATRIZ ENERGÉTICA NACIONAL

*Itaipu Binacional: Brasil-Paraguai STCP.COM.BR CONTEXTUALIZAÇÃO BIOMASSA (FLORESTAL)... fonte de energia relevante na matriz energética global Desenvolvimento dos países > consumo energético e uso de diversas fontes de energia MODELO TECNOLÓGICO: no mundo moderno, apoiou-se no consumo de energia de combustíveis não renováveis (carvão mineral, gás natural e petróleo) Crises (70s/80s): início de políticas de uso racional e integral de recursos energéticos, visando reduzir a dependência de fontes não renováveis de energia. Mais recentemente, acordos multilaterais. O BRASIL tem desenvolvido tecnologia adequada para o uso de biomassa como fonte energia BIOMASSA FLORESTAL: energia limpa, renovável, e geradora (fixadora) de empregos BIOCOMBUSTÍVEIS: solução para gerar eletricidade em comunidades isoladas Outros MERCADO de biocombustíveis e sua inserção na MATRIZ ENERGÉTICA STCP Engenharia de Projetos Ltda. CIBIO 2018 (28/08/2018)

CADEIA DA BIOMASSA FLORESTAL MERCADO BIOMASSA FLORESTAL ¹ Biomassa Florestal Primária (BFP): Produtos da floresta para fins energéticos Tora para energia / Lenha Galhos, tocos, resíduos florestais Outros ² Biomassa Florestal Secundária (BFS): Resíduos de processamento industrial Costaneira Serragem / Maravalha Refilos Licor negro, Recortes / aparas, Outros Fonte: Elaborado por STCP (2018).

MATRIZ ENERGÉTICA: OFERTA INTERNA DE ENERGIA EM 2016 (TOTAL 288,3 Mtep) RENOVÁVEIS 125,3 Mtep (43,5%) Biomassa de Cana 17,5% Hidráulica 12,6% Lenha e Carvão Vegetal 8,0% Outras Renováveis ¹ 5,4% ¹ Inclui Eólica, Solar Líxívia (Licor Nero) e Outras. NÃO RENOVÁVEIS 163,0 Mtep (56,5%) Petróleo e Derivados Gás Natural 36,5% 12,3% Carvão Mineral 5,5% Outras Não Renováveis ² 2,2% ² Inclui Urânio e Outras. Fonte: BEN (2017), Adaptado por STCP.

MATRIZ ENERGÉTICA BRASIL PRODUÇÃO DE ENERGIA PRIMÁRIA POR FONTE RENOVÁVEL (2016) Hidráulica 27% ¹ Eólica e Solar 2% 122 milhões tep Biomassa 71% Biomassa é a principal fonte renovável (produtos da cana + lenha/carvão... >85%) Eólica e Solar alto potencial de expansão Biogás 0,2% Outras biomassas 1% Biodiesel 3% Lixívia 10% Lenha e Carvão- Vegetal 27% Fonte: MME Ministério das Minas e Energia (Balanço Energético Nacional 2017) Adaptado por STCP (2017) STCP Engenharia de Projetos Ltda. CIBIO 2018 (28/08/2018) Gás industrial de carvão vegetal 0,1% BIOMASSA 86 milhões tep Prod. de Cana (Etanol/ Bagasso) 59%

MATRIZ ENERGÉTICA BRASIL CONSUMO DE ENERGIA POR FONTE (2016) Outras Fontes ³ 15,8% Óleo Combustível 1,2% Querosene 1,3% GLP 3,2% Lixívia 2,4% Etanol 5,6% Lenha 6,3% Óleo Diesel 18,1% Gás Natural 7,4% Eletricidade 17,5% Bagaço de Cana 11,7% Gasolina ² 9,5% Consumo energético nacional distribuído entre diferentes fontes... incluindo biomassa florestal: LENHA E CARVÃO VEGETAL 245 milhões tep ¹ Inclui Biodiesel; ² Inclui apenas Gasolina A (Automotiva); ³ Inclui gás de refinaria, coque de carvão vegetal, carvão mineral, etc Fonte: MME Ministério das Minas e Energia (Balanço Energético Nacional 2016) Adaptado por STCP (2017) STCP Engenharia de Projetos Ltda. CIBIO 2018 (28/08/2018)

1% 3% 2% 5% 6% 6% 8% 9% 13% 12% 12% 16% 15% 18% 37% 37% STCP.COM.BR 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% 3. MATRIZ ENERGÉTICA NACIONAL OFERTA DE ENERGIA (2007 2016) % OFERTA TOTAL DE ENERGIA Variação em Mtep 2007/2016 2007 2016 Fonte: BEN (2007) e BEN (2017), Adaptado por STCP (2018). OFERTA (Mtep) 2007 2016 % (2016/07) RENOVÁVEIS (TOTAL) 109,6 125,3 14,3% - Biomassa de Cana 37,8 50,3 33,1% - Hidráulica 35,5 36,3 2,3% - LENHA E CARVÃO VEGETAL 28,6 23,1-19,2% - Outras Renováveis ¹ 7,7 15,6 102,6% NÃO RENOVÁVEIS (TOTAL) 129,1 163,0 26,3% Petróleo e Derivados 89,2 105,4 18,2% Gás Natural 22,2 35,6 60,4% Carvão Mineral 14,4 15,9 10,4% Outros Não Renováveis ² 3,3 6,1 84,8% TOTAL 238,7 288,3 20,8% Biomassa de Cana Hidráulica Lenha e Carvão Vegetal Outras Renováveis ¹ Petróleo e Derivados Gás Natural Carvão Mineral Outras Não Renováveis ² Mtep -10-5 0 5 10 15 20 ¹ Inclui: Eólica, Solar, Líxívia (Licor Negro) e Outras. ² Inclui: Urânio e Outras.

MERCADO DE LENHA E CARVÃO VEGETAL (BRASIL)

MERCADO: DISTRIBUIÇÃO DA PRODUÇÃO DE LENHA E CARVÃO DISTRIBUIÇÃO DA PRODUÇÃO DE LENHA DISTRIBUIÇÃO DA PRODUÇÃO DE CARVÃO VEGETAL ¹ Fonte: IBGE (2016), Adaptado por STCP (2018). ¹ Equivalente em m³ de madeira utilizada na produção de carvão. Fonte: IBGE (2016), Adaptado por STCP (2018).

Milhões (m³) STCP.COM.BR MERCADO: PRODUÇÃO DE BIOMASSA FLORESTAL (LENHA+CARVÃO) (2016)¹ Silvicultura X Extração Vegetal 40 37 36 Produção Total LENHA + CARVÃO: ~110 MM m³ 35 Silvicultura: 30 25 20 23 Produção equivalente em tora 81 MM m³, concentrada no Sudeste (43,6%) e Sul (43,0%) Valor da Produção = R$ 4,7 bilhões Extração Vegetal: 15 10 5 8 5 Produção equivalente em tora 28 MM m³, concentrado no Nordeste (62,0%) e Norte (18,6%) Valor da Produção = R$1,0 bilhões 0 Sul Sudeste Nordeste Centro-Oeste Norte Silvicultura Extração Vegetal ¹ Lenha + Equivalente em m³ de madeira utilizada na produção de carvão. Fonte: IBGE (2016), Adaptado por STCP (2018).

Milhões (m³) STCP.COM.BR MERCADO: PRODUÇÃO DE LENHA (2016) Silvicultura X Extração Vegetal 40 36 35 30 25 20 17 15 13 10 7 5 5 0 Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul Produção Total de LENHA: 78 milhões m³ Silvicultura: Produção de 53 milhões de m³, sendo os maiores produtores o Sul (64,2%) e o Sudeste (23,8%). Concentração: PR (25,9%), (RS 23,8%) e (SC 14,5%). Além do Sul destaque de SP (11,6%) e MG (11,0%); Valor da Produção = R$ 2,2 bilhões em 2016. Extração Vegetal: Produção de 25 MM m³ de lenha, principalmente no Nordeste (61,6%); Concentração: na BA (20,1%), CE (12,5%) e MA (8,4%); Valor da Produção = R$ 626 MM (2016) Silvicultura Extração Vegetal ¹ Lenha + Equivalente em m³ de madeira utilizada na produção de carvão. Fonte: IBGE (2016), Adaptado por STCP (2018).

Mil (t) STCP.COM.BR MERCADO: PRODUÇÃO DE CARVÃO (2016) Silvicultura X Extração Vegetal 4.500 4.114.631 4.000 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.080.248 1.000 500 138.334 108.204 60.378 0 Sudeste Nordeste Centro-Oeste Sul Norte Produção Total de CARVÃO VEGETAL: 5.501 mil t Silvicultura: Produção de 4.957 mil t, maiores produtores: Sudeste (82,1%) e Nordeste (14,6%) Concentração: MG (79,8%) relacionado a produção de aço, contando ainda com MA (11,6%) e BA (3,0%) Valor da Produção = R$ 2,5 bilhões Extração Vegetal: Produção de 544 mil t, concentrado no Nordeste (65,2%), Centro-Oeste (13,9%) e Norte (11,1%); Concentrado no MA (30,0%), BA (18,0%) e PI (13,0%); Valor da Produção = R$ 394 milhões Silvicultura Extração Vegetal Fonte: IBGE (2016), Adaptado por STCP (2018).

Milhões m³ Milhões m³ STCP.COM.BR PRODUÇÃO DE LENHA E CARVÃO Produção Nacional de Lenha de Silvicultura e Extração Vegetal 60 50 39 40 30 57 55 56 55 53 52 48 44 42 42 41 41 38 38 34 31 29 27 25 Uso de Lenha¹ Para Produção de Carvão de Silvicultura e Extração Vegetal 40 35 30 35 31 30 28 28 25 21 22 23 20 19 19 20 10 15 10 5 14 12 9 8 8 6 6 6 4 3 0 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 0 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Silvicultura Extração Vegetal Silvicultura Extração Vegetal Fonte: IBGE (2016), Adaptado por STCP (2018). ¹ Lenha + Equivalente em m³ de madeira utilizada na produção de carvão. Fonte: IBGE (2016), Adaptado por STCP (2018).

MERCADO DE PELLETS (BRASIL E MUNDO)

Mil (t) Mil (t) STCP.COM.BR MERCADO DE PELLETS NO BRASIL 500 450 400 350 300 250 200 150 100 50 0 57,0 62,0 PRODUÇÃO Brasileira de Pellets 49,0 75,0 135,4 470,0 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2017 (estimativa) Aumento da produção nacional entre 2012 2017; embora ainda incipiente (~1,5% da produção mundial ~29-30 MM t - 2017); Aumento de expressivo nas exportações entre 2012 2017; (menos de 0,5-0,6% das exportações globais 2017). Fonte: FAOSTAT (2017), Pellets de Madeira, ComexStat/MDIC. Adaptado por STCP (2018). 500 450 400 350 300 250 200 150 100 50 0 EXPORTAÇÃO Brasileira de Pellets 0,006 0,2 6,7 24,4 35,8 108,4 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Principais destinos: Itália e Reino Unido, seguidos por Dinamarca e França. E o BRASIL... irá participar do mercado global?... Irá ampliar seu consumo interno? 2017: ComexStat: 108,4 mil toneladas (US$ 17,3 milhões).

MERCADO INTERNACIONAL DE PELLETS DE MADEIRA Produção/Exportação: Os EUA (21,8%) são o maior produtor e exportador (27,7%); Canadá (8,5% e 11,6%, respectivamente. Importações: União Europeia maiores compradores Reino Unido (40,2%) e Dinamarca (12,0%) para geração de energia a larga escala. A Itália é grande importador (10,5%) para uso de aquecimento. Produção Exportação Importação EUA Canadá Alemanha Suécia Letônia França Vietnã Rússia Áustria Estônia Brasil ¹ Outros 2.700 2.250 1.741 1.513 1.350 1.350 1.343 1.225 1.100 135 6.900 10.108 0 5.000 10.000 15.000 (peso em 1.000 t) EUA Canadá Letônia Rússia Vietnã Estônia Áustria Portugal Alema Rep. Brasil ² Outros 36 675 488 451 316 944 1.624 1.439 1.354 2.172 4.063 5.204 0 2.000 4.000 6.000 (peso em 1.000 t) Reino Unido Dinamarca Itália Coréia do Sul Bélgica Áustria Alemanha Japão Suécia França Brasil ³ Outros 6.886 2.053 1.793 1.717 1.091 403 391 347 269 264 1 1.825 0 2.000 4.000 6.000 8.000 (peso em 1.000 t) TOTAL 2017: 31,2 MM t TOTAL 2017: 18,7 MM t TOTAL 2017: 17,0 MM t ¹ Brasil 34º Maior Produtor / ² Brasil 34º Maior Exportador / ² Brasil 54º Maior Importador / Fonte: FAOSTAT (2017), Adaptado por STCP (2018).

MERCADO INTERNACIONAL DE PELLETS DE MADEIRA Países com Consumo e/ou Exportação Relevantes O Consumo mundial em 2017 atingiu ~29 MM t. Os 10 principais consumidores¹ respondem por ~24 MM t (80% do consumo mundial). O Reino Unido consome 7,1 MM t, seguido pela Coreia (2,7 MM t) e a Alemanha (2,2 MM t). ¹ Reino Unido, Coreia, Alemanha, Itália, Dinamarca, EUA, Suécia, França, Bélgica, Áustria e Polônia Fonte: IEA Bioenergy (2017) / FAOSTAT (2018)

POLÍTICA ENERGÉTICA DA UNIÂO EUROPÉIA (UE) Até 2020, 20%+ da energia consumida deverá ser de fontes renováveis: solar, hidroelétrica, eólica ou biomassa. Política do Conselho Europeu (mar/07) dentro do Pacote Climático e Energético UE 2020 Os países preparam e implementam seus planos de ação para atender esta demanda Relatório recente da Comissão indica que a maioria dos países segue o caminho da meta, mas ainda são necessários esforços em alguns deles para atingir seus objetivos: 11 países acima da meta; 9 países abaixo de 75% da meta; Meta 2030 = 30% da energia consumida na EU proveniente de fontes renováveis. # % Energia Renovável 2016 Objetivo 2020 Países EU 17 20 1 Suécia 53,8 49 2 Letônia 37,2 40 3 Finlândia 38.7 38 4 Áustria 33,5 34 5 Portugal 28,5 31 6 Dinamarca 32,2 30 7 Estônia 28,8 25 8 Eslovénia 21,3 25 9 Roménia 25 24 10 Lituânia 25,6 23 11 França 16 23 12 Croácia 28.3 20 13 Espanha 17,3 20 14 Grécia 15,2 18 Países que já atingiram a meta # % Energia Renovável 2016 Objetivo 2020 Países UE 17 20 15 Alemanha 14,8 18 16 Itália 17,4 17 17 Bulgária 18,8 16 18 Irlanda 9,5 16 19 Polónia 11,3 15 20 Reino Unido 9,3 15 21 Eslováquia 12 14 22 Países Baixos 6 14 23 Rep. Checa 14,9 13 24 Hungria 14,2 13 25 Chipre 9,3 13 26 Bélgica 8,7 13 27 Luxemburgo 5,4 11 28 Malta 6 10 Fonte: The European Comission (2016), Adaptado por STCP (2018).

PERSPECTIVA DE MERCADO INTERNACIONAL Projeção do CONSUMO de Pellets INDUSTRIAIS (2010-25) Mercado global de Pellets aumentou significativamente na última década; Maior demanda pelo Reino Unido e Países Baixos, afim de atingir a meta dos 20% até 2020; Média de crescimento (2010 a 2025) foi de 2,7 milhões t/ano Estabilidade na EU após 2020; Expansão de +24 MM t/ano até 2025, sobretudo no Japão e Coreia do Sul. Canada: aumento potencial de consumo (descarbonização/alberta) EUA: Clear Power Plan (2014) poderia promover maior consumo de pellets industrial / novas propostas do governo Trump deve reduzir esta perspectiva. Fonte: Argus Directi, adaptado por FutureMetrics

PERSPECTIVA DE MERCADO INTERNACIONAL Projeção do CONSUMO de Pellets de AQUECIMENTO (2010-24) Demanda por Pellets (2015-18): A baixa rigorosidade do inverno europeu; Redução no preço do barril de petróleo, ficando acima do breakeven (US$ 60 ~ 65). Média de crescimento de 0,9 MM t/ano Fonte: EIA, adaptado por FutureMetrics (STCP, 2018)

TENDÊNCIAS RECENTES E PERSPECTIVA DE PREÇO PELLETS DE MADEIRA Preço Spot de Pellets Industrial de Madeira (USD CIF ARA - Rotterdam) Média de Preço 2009-2015 US$ 168,81 Preço spot médio (Nov/17 Ago/18) (CIF ARA) US$/t Preço previsto atingido em Ago/18 Média de Preço 2009 fev/2017 US$ 162,87 Preço spot médio (Ago/17 Jan/18) Maio/09 Nov/20 Fonte: Argus Directi, adaptado por FutureMetrics (2017/18), Argus (2018) Fonte: Argus (2018)

POLÍTICA S RELACIONADAS COM BIOMASSA FLORESTAL NO BRASIL POLÍTICAS + RELEVANTES AO USO DE BIOMASSA FLORESTAL: POLÍTICA ENERGÉTICA NACIONAL: Lei Federal 9.478/1997 Entre seus objetivos: utilizar fontes alternativas de energia PROGRAMA DE INCENTIVO À FONTES ALTERNATIVAS DE ENERGIA ELÉTRICA (PROINFA): Lei Fe. 10.438/ 2002 Objetivo: aumentar a participação da energia elétrica produzida por Produtores Independentes Autônomos, concebidos com base em fontes eólica, pequenas centrais hidrelétricas e biomassa, no Sistema Elétrico Interligado Nacional Plano Nacional de Energia 2030/ PLANO DECENAL DE EXPANSÃO DE ENERGIA 2026 (PDE 2026) Planejamento integrado dos recursos energéticos Previsão da expansão da produção da silvicultura/ oferta de biocombustíveis POLÍTICA AGRÍCOLA PARA FLORESTAS PLANTADAS: Decreto Federal nº 8.375/2014 Objetivos: aumentar a produção e a produtividade das florestas plantadas, pressão sobre as florestas nativas, renda e qualidade de vida rural e > integração entre produtores-indústrias (madeira MP) Mesmos instrumentos da Política Agrícola (Lei Federal nº 8.171/1991), entre os quais está o crédito rural Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantadas: Em discussão

POLÍTICA S RELACIONADAS COM BIOMASSA FLORESTAL NO BRASIL Políticas + Relevantes ao Uso de Biomassa Florestal: OUTROS: Regulações / Políticas da ANEEL: preços/tarifas diferenciadas Portaria MME n 65/ (Fev/2018): estabeleceu novos Valores Anuais de Referência Específicos (VRES) para a energia elétrica oriunda de empreendimentos de Geração Distribuída Biogás = R$ 390/MWh Biomassa dedicada = R$ 537/MWh Biomassa residual = R$ 349/MWh Gás natural = R$ 451/MWh Eólica = R$ 296/MWh PCH e CGH = R$ 360/MWh Resíduo sólido urbano = R$ 561/MWh Solar fotovoltaica = R$ 446/MWh

*Itaipu Binacional: Brasil-Paraguai STCP.COM.BR CONSIDERAÇÕES FINAIS MERCADO DE BIOMASSA FLORESTAL Tendência de adoção de políticas sustentáveis, redução do consumo de combustíveis fósseis, substituição energética (biomassa, solar, eólica, etc.) e necessidade de manter custos competitivos das fontes de energia A BIOMASSA FLORESTAL conseguirá se manter competitiva? STCP Engenharia de Projetos Ltda. CIBIO 2018 (28/08/2018)

*Itaipu Binacional: Brasil-Paraguai STCP.COM.BR CONSIDERAÇÕES FINAIS MERCADO DE BIOMASSA FLORESTAL DESAFIOS POLÍTICAS PÚBLICAS de incentivo ao uso de biomassa florestal INSTRUMENTOS para mitigar riscos de investimentos Financiamento (acesso / informação) Carga tributária Mercados TECNOLOGIAS eficientes de conversão madeira - energia LOGÍSTICA (inbound e outbound) Distâncias e Acessos Proximidade de portos COMPETITIVIDADE DE CUSTOS Matéria prima (tora) X outros consumos concorrentes (cadeia produtiva) Produto (energia) X outras fontes de energia EXPORTAÇÃO (pellets): custo competitivo da biomassa, produção, logística, preço STCP Engenharia de Projetos Ltda. CIBIO 2018 (28/08/2018)

*Itaipu Binacional: Brasil-Paraguai STCP.COM.BR CONSIDERAÇÕES FINAIS MERCADO DE BIOMASSA FLORESTAL OPORTUNIDADES POTENCIAL DE PRODUÇÃO FLORESTAL Disponibilidade Terras (recuperação de áreas) Florestas plantadas BRASIL - apenas 1% do território (70-80% produção madeira) IMA elevado (potencial florestal) Tecnologia dominada [know-how] MERCADOS DIFERENCIADOS Brasil: Agronegócio, Geração de Energia, Siderurgia a CV Exportação: Pellets EXPANSÃO do MERCADO global de pellets Europa e Ásia Mercado e preços do pellets devem permanecer atrativos STCP Engenharia de Projetos Ltda. CIBIO 2018 (28/08/2018)

MARCELO WIECHETECK mwiecheteck@stcp.com.br TELEFONES +55 (41) 3252-5861 / FAX +55 (41) 3252-5871 ENDEREÇO RUA EUZÉBIO DA MOTTA, 450 - JUVEVÊ (80530-260) CURITIBA PR - BRASIL NAS REDES ISO 9001-14001 STCP Engenharia de Projetos Ltda. CIBIO 2018 (28/08/2018)