Prof. Dr. Vander Ferreira de Andrade
Crise do Sistema Penitenciário versus Direito Penal Mínimo
As penas restritivas de direitos são: Prestação pecuniária Perda de bens e valores Limitação de fim de semana. Prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas Interdição temporária de direitos Limitação de fim de semana.
aplicada PPL não superior a 4 anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo o réu não for reincidente em crime doloso a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente.
Na condenação igual ou inferior a 1 ano, a substituição pode ser feita por multa ou por 1 PRD; se superior a 1 ano, a PPL pode ser substituída por 1 PRD e multa ou por 2 PRD. Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde que em face de condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime.
Pagamento em dinheiro à vítima, a seus dependentes ou a entidade pública ou privada com destinação social, de importância fixada pelo juiz, não inferior a 1 salário mínimo nem superior a 360 salários mínimos. O valor pago será deduzido do montante de eventual condenação em ação de reparação civil, se coincidentes os beneficiários.
Se houver aceitação do beneficiário, a prestação pecuniária pode consistir em prestação de outra natureza.
A perda de bens e valores pertencentes aos condenados dar-se-á em favor do Fundo Penitenciário Nacional, e seu valor terá como teto o que for maior o montante do prejuízo causado ou do provento obtido pelo agente ou por terceiro, em consequência da prática do crime.
Não se deve confundir perda de bens e valores como pena e o confisco. Este constitui efeito da condenação e atinge os instrumentos e o produto do crime. Na pena alternativa, os bens e valores são de natureza e origem lícitas.
Aplicável às condenações superiores a 6 meses de privação da liberdade. Atribuição de tarefas gratuitas ao condenado.
Entidades assistenciais, hospitais, escolas, orfanatos e outros estabelecimentos congêneres, em programas comunitários ou estatais. Atribuição de tarefas conforme a aptidão do condenado (uma hora de tarefa por dia de condenação, de modo a não prejudicar a jornada normal de trabalho)
Proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como de mandato eletivo
Proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que dependam de habilitação especial, de licença ou autorização do poder público.
Suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir veículo
Proibição de frequentar determinados lugares
Proibição de inscrever-se em concurso, avaliação ou exame públicos
A limitação de FDS consiste na obrigação de permanecer, aos sábados e domingos, por 5 horas diárias, em casa de albergado ou outro estabelecimento adequado. Durante a permanência podem ser ministrados cursos e palestras ou atribuídas atividades educativas
A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa.
Mínimo: 10 dias multa Máximo: 360 dias multa Valor do dia-multa: Mínimo: 1/30 do salário mínimo Máximo: 5 X o salário mínimo
A multa deve ser paga dentro de 10 (dez) dias depois de transitada em julgado a sentença. A requerimento do condenado, o juiz pode permitir que o pgto. se realize em parcelas mensais.
Pode efetuar-se mediante desconto no vencimento ou salário do condenado quando: a) aplicada isoladamente; b) aplicada cumulativamente com pena restritiva de direitos; c) concedida a suspensão condicional da pena.
O desconto não deve incidir sobre os recursos indispensáveis ao sustento do condenado e de sua família.
Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será considerada dívida de valor - (dívida ativa da Fazenda Pública).
É suspensa a execução da pena de multa, se sobrevém ao condenado doença mental.