Importância da atuação do enfermeiro na demarcação do estoma no pré-operatório mediato

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Transcrição:

1567 Importância da atuação do enfermeiro na demarcação do estoma no pré-operatório mediato Importance of the nurse's performance in stoma demarkation in the mediate pre-operative Importancia de la actuación del enfermero en la demaración del estoma en el preoperatorio inmediato Renata Camila Lacerda de Freitas 1, José Luiz de Resende 2, Priscila Longatti Rodrigues 1, Melícia de Oliveira Magalhães 2, Iná Clair do Carmo 2, Márcio Antônio Resende 3, Gilberto de Souza 3. RESUMO Objetivo: Destacar o papel da enfermagem para o aumento da qualidade de vida do estomizado. Metodologia: A pesquisa foi realizada através de uma revisão integrativa da literatura utilizando-se as seguintes etapas: Definição do tema, identificação do problema de pesquisa ou questão norteadora. Resultados e Discussão: através dos achados, foi possível concluir que a localização correta da estomia no abdômen, além de constituir um direito do doente, constitui ainda uma relação de causa e efeito pois: facilita o ensino e a aprendizagem, bem como a realização das atividades de autocuidado; propicia o ajustamento e a aderência da bolsa coletora, prevenindo infecção da ferida cirúrgica e vazamentos das excretas; possibilita retorno da pessoa estomizada às atividades cotidianas, facilitando sua independência física e social. Conclusão: O paciente estomizado tem sua perspectiva de vida alterada, relacionado principalmente a imagem corporal negativa. Cabe ao enfermeiro, a compreensão dessas alterações, para desenvolver um plano de cuidados adequado ao preparo do paciente ao convívio da estomia além da demarcação correta do estoma durante o pré-operatório. Palavras chaves: Colostomia, Estomia, Enfermagem. ABSTRACT Objective: To emphasize the role of nursing in increasing the quality of life of the patient. Methodology: The research was carried out through an integrative literature review using the following steps: Definition of the theme, identification of the research problem or guiding question. Results and Discussion: through the findings, it was possible to conclude that the correct location of the stomach in the abdomen, in addition to being a patient's right, also constitutes a cause and effect relationship because: facilitates teaching and learning, as well as self-care activities; propitiates the adjustment and adhesion of the collection bag, preventing infection of the surgical wound and excreta leaks; enables the return of the stomized person to daily activities, facilitating their physical and social independence. Conclusion: The stomized patient has an altered life perspective, related mainly to negative body image. It is up to the nurse to understand these changes in order to develop a plan of care appropriate to the patient's preparation during the period of the stoma, in addition to the correct demarcation of the stoma during the preoperative period. Key words: Colostomy, Estomy, Nursing 1 Acadêmica de Enfermagem do Centro Universitário Presidente Tancredo Neves (UNIPTAN). 2 Enfermeiro(a) Especialista em Enfermagem. 3 Docente Centro Universitário Presidente Tancredo Neves (UNIPTAN). DOI: 10.25248/REAS173_2018 Recebido em: 10/2017 Aceito em: 12/2017 Publicado em: 7/2018

1568 RESUMO Objetivo: Destacar el papel de la enfermería para el aumento de la calidad de vida del estomizado. Metodología: La investigación fue realizada a través de una revisión integrativa de la literatura utilizando las siguientes etapas: Definición del tema, identificación del problema de investigación o cuestión orientadora. Los resultados y discusión: a través de los hallazgos, fue posible concluir que la localización correcta de la estomia en el abdomen, además de constituir un derecho del enfermo, constituye una relación de causa y efecto pues: facilita la enseñanza y el aprendizaje, así como la realización de las actividades actividades de autocuidado; propicia el ajuste y la adherencia de la bolsa colectora, previniendo infección de la herida quirúrgica y derrames de las excretas; permite el retorno de la persona estomizada a las actividades cotidianas, facilitando su independencia física y social. Conclusión: El paciente estomizado tiene su perspectiva de vida alterada, relacionada principalmente con la imagen corporal negativa. Cabe al enfermero, la comprensión de esas alteraciones, para desarrollar un plan de cuidados adecuado a la preparación del paciente a la convivencia de la estomia además de la demarcación correcta del estoma durante el preoperatorio. Palabras claves: Colostomía, Estomia, Enfermería. INTROCUÇÃO O termo ostomia é de origem grega e tem como significado boca ou abertura e é usado para nomear a exteriorização de qualquer víscera oca no corpo. Dependendo do segmento corporal de onde provém o estoma, este recebe diferentes denominações. Quando essa exteriorização ocorre em algum segmento do intestino para eliminação de fezes ou secreções, a denominamos de colostomia (abertura no cólon) ou ileostomia (abertura no íleo) (BRUM et al.2010). As estomias podem ainda ser temporárias ou definitivas, de acordo com as patologias a serem tratadas ou os objetivos a serem alcançados. As temporárias se estabelecem em um determinado período de tempo, podendo ser de meses ou anos. As definitivas são aquelas em que o paciente terá o estoma permanentemente, enquanto viver (NASCIMENTO et al. 2011; MEIRELLES & FERRAZ 2011; SILVA& POPOV 2009). Essa nova condição de vida implica uso contínuo da bolsa coletora, fazendo com que esse paciente necessite de atendimento sistematizado e multiprofissional. (ARDIGO & AMANTE 2013) As causas que levam à realização de uma ostomia são variadas. Entre as mais frequentes estão os traumatismos, as doenças congênitas, as doenças inflamatórias, os tumores e o câncer do intestino (CAETANO et al 2014). Compreende-se que o indivíduo estomizado, não tem apenas a perda de um segmento do seu corpo, e sim altera a sua conformação estética e deixa de ter capacidade ou competência para controlar seus processos fisiológicos básicos dentro da evolução física e social da espécie. Dessa maneira as alterações de autoimagem são determinantes para a qualidade de vida do sujeito estomizado e para seu processo de reabilitação (BRUM et al.2010). O pré-operatório mediato é o período que vai da marcação da cirurgia até 24 horas antes do procedimento. As 24 horas que antecedem a cirurgia compreendem o período do pré-operatório imediato. Neste período o paciente é anestesiado ou pré anestesiado, e passa por todos os cuidados necessários para que a cirurgia possa ocorrer sem intercorrências. O intra-operatório é o momento em que o paciente é transferido para o bloco cirúrgico até a sua admissão na sala de recuperação pós-anestésica. A partir da sala de recuperação pós-anestésica até o momento da alta, o paciente passa pelo período pós-operatório, que pode ainda ser dividido em três fases: o pós-operatório imediato, mediato e tardio. O pós-operatório imediato é aquele que se inicia ao final da cirurgia, até 24 horas após. O pós-operatório mediato é aquele que compreende entre o término das primeiras 24 horas, até 7 dias após a cirurgia. Após esse período temos o pós-operatório tardio (CHRISTÓFARO & CARVALHO, 2009, FIGUEIREDO et al 2009).

1569 Embora todas as fases sejam importantes, merece destaque, a fase pré-operatória, não só por ser o foco do presente artigo, mas principalmente por ser o período em que o paciente se encontra mais vulnerável, tantos nos aspectos fisiológicos quanto psicológicos. Nesta fase, o enfermeiro tem papel crucial no enfrentamento do procedimento, uma vez que tem a oportunidade de conhecer o paciente, levantar problemas e necessidades, fornecer informações, entre outros. (FIGUEIREDO et al 2009). Esse tipo de assistência oferece os subsídios para o planejamento das ações de intervenção, de forma individualizada e com mais qualidade. É o período onde a enfermagem, além de diminuir a angústia e capacitar o indivíduo a atravessar o difícil momento da cirurgia em condições toleráveis de ansiedade, facilitará a assistência nas demais fases do processo cirúrgico (COSTA, SILVA & LIMA 2010). É de grande importância que a visita do pré-operatório para cirurgia de estomia seja realizada pelo enfermeiro estomaterapeuta. Essa visita gera benefícios tanto para o cliente que irá se submeter à cirurgia quanto para a família. Nela, investigam-se os níveis de conhecimento do paciente e família acerca do diagnóstico e tratamento (SILVA et al 2014). Um ponto de destaque na visita pré-operatória é a demarcação do estoma que irá prevenir futuras complicações. Assim sendo, o planejamento pré-operatório do local do estoma é fundamental para o sucesso da reabilitação. A demarcação deve ser realizada até 24 horas antes da cirurgia, atendendo as necessidades e particularidades de cada paciente evitando problemas no pós-operatório como as dermatites periestomais, herniações, dificuldade na adesão e fixação de dispositivos de coleta (SILVA et al 2014). As inúmeras complicações estomais e paraestomais surgem da precária localização do estoma. Escolher o local na sala de cirurgia antes da intervenção, e sem uma avaliação prévia não resulta em boas escolhas de localização do estoma (MEIRELLES & FERRAZ 2011). Apontam-se seis fatores básicos a serem avaliados na escolha do local do estoma: a região do abdome e tipo de cirurgia proposta, localização do músculo reto-abdominal, superfície de aderência do abdome, visibilidade do local, distância adequada de áreas críticas e presença de próteses ou aparelhos ortopédicos. A demarcação do estoma intestinal deve ser feita no músculo reto abdominal (MEIRELLES & FERRAZ 2011). A localização adequada do estoma constitui-se provavelmente no fator mais importante para o paciente, assegurando o uso do dispositivo com segurança e o retorno mais precoce a vida normal. A reabilitação é um dos principais objetivos da Terapia Enterostomal, assim o local do estoma deve ser selecionado cuidadosamente no pré-operatório, levando em consideração as atividades do paciente, limitações físicas e sua constituição anatômica (MEIRELLES & FERRAZ 2011). Diante do que foi apresentado este estudo tem como objetivo destacar o papel da enfermagem para o aumento da qualidade de vida do estomizado. METODOLOGIA Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, a qual permite gerar uma fonte de conhecimento atual sobre determinado problema, sistematizando o conhecimento científico a partir da síntese e análise do conhecimento atual já produzido sobre o tema (BOTELHO, CUNHA & MACEDO 2011). Para a construção deste estudo utilizou-se as seguintes etapas: Definição do tema, identificação do problema de pesquisa ou questão norteadora, estabelecimento do objetivo, busca pelos descritores, estratégia de busca pra seleção da amostragem, seleção das bases de dados, definição das informações a serem obtidas a partir dos estudos selecionados, categorização destes por meio de um instrumento adaptado para extração das informações dos estudos, seguido da análise crítica dos estudos, discussão e interpretação dos resultados e síntese do conhecimento (MENDES, SILVEIRA & GALVÃO 2007). Para a coleta de dados foram utilizados os seguintes descritores em saúde: estomia, colostomia, enfermagem.

1570 RESULTADOS E DISCUSSÃO Estomia: definição e história Estoma ou estomia é um termo derivado do grego stoma, que significa boca, abertura. Do ponto de vista cirúrgico, refere-se a uma condição orgânica, resultante de uma intervenção cirúrgica com o objetivo de reestabelecer a comunicação entre uma víscera ou órgão oco com o meio externo, compensando seu funcionamento afetado por alguma patologia, ou qualquer situação que venha a interferir na fisiologia desses órgãos (BRASIL, 2015). Alterações do funcionamento do aparelho urinário ou intestinal podem resultar na criação de uma estomia devido à necessidade de desviar o trânsito normal das eliminações fisiológicas. Entre as mais frequentes para a realização de estomias estão os traumatismos, as doenças congênitas, as doenças inflamatórias, os tumores e o câncer do intestino (CAETANO et al 2013). A história da estomia remota aos tempos bíblicos na qual Praxógoras de Kos (em 350 ac) teria realizado uma estomia através de um trauma abdominal. (...) e Aod, estendendo sua mão esquerda tirou a adaga e lha cravou no ventre (de Eglon, rei de Moab) com tanta força que os copos entraram com a folha pela ferida (...) e logo os excrementos do ventre surgiram pela ferida. Porém, os relatos de estomia tornam-se mais frequentes a partir do século XIX (CASCAIS, MARTINI & ALMEIDA 2007). O início da década de 1950 foi designado como a era moderna das estomias alcançado nesta época novos conhecimentos, em especial através dos trabalhos de Patey e Butler. A partir de meados do século XX até aos dias de hoje, ocorreu uma grande evolução nas técnicas cirúrgicas utilizadas na realização de ostomias e nos equipamentos e dispositivos disponíveis (SILVA et al 2009). Os estomas podem ser classificados conforme a temporalidade e o segmento do corpo que é exteriorizado (BRASIL 2015). Os estomas intestinais, que são o foco deste artigo, podem encontrar-se no segmento do intestino grosso (sendo denominada como colostomia) ou delgado, sendo realizada na porção do íleo denominada ileostomia (BRASIL 2015; OLIVEIRA 2016). O intestino grosso possui aproximadamente 1,5m e é dividido anatomicamente em três partes: ceco, cólon e reto. O cólon por sua vez divide-se ainda em três outras partes: ascendente (localizada no quadrante inferior direito do abdome); transverso (localizado na parte transversa do colón) e descendente ou sigmoide (localizado no quadrante inferior esquerdo do abdome). A colostomia pode ser realizada em qualquer um desses segmentos, e sua localização irá influenciar inclusive na natureza da eliminação fecal e consistência das fezes. Os fatores que levam as pessoas se submeterem aos procedimentos cirúrgicos que resultam em uma colostomia são câncer de colón e reto, retocolite ulcerativa, Doença de Crown, Doença de Chagas, obstruções no trato gastrintestinal, perfurações causadas por armas de fogo, e objetos perfurocortantes (SILVA & POPOV 2009). O íleo é parte terminal do intestino delgado, localizada entre o jejuno e a primeira porção do intestino grosso, a ileostomia é confeccionada com fixação da alça intestinal no abdome, geralmente à direita e é realizada quando existe uma extensa lesão, para reduzir a atividade no cólon ressecção de intestino grosso ocasionados por neoplasias malignas (SILVA & POPOV 2009). Conforme seu tempo de permanência o estoma será classificado como temporário ou definitivo. O temporário é confeccionado por um determinado período de tempo, podendo ser de meses ou anos, possibilitando posteriormente o restabelecimento do trânsito intestinal ou urinário. O definitivo não permite o restabelecimento do trânsito intestinal ou urinário, permanecendo por toda a vida do indivíduo. O estoma é definitivo em situações de ressecções anorretais completas, incontinência fecal intratável ou anomalias congênitas em que o trânsito normal não pode ser reconstruído. (NASCIMENTO et al. 2011; MEIRELLES & FERRAZ 2011; SILVA & POPOV, 2009; OLIVEIRA 2014). Juntamente com a evolução das técnicas, surgiu-se a percepção de que o indivíduo estomizado deve ser visto de maneira diferenciada, individualizada e voltada para a sua condição (SILVA& POPOV 2009).

1571 [...] A atenção ao estomizado ganhou nova dimensão após a publicação do Decreto Lei no 3.298 de 20 de dezembro de 1999, que passou a considerar a pessoa estomizada como deficiente físico, e com a instituição da Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência, por meio da portaria MS/GM no 1.060de 5 de junho de 2002. Essa política teve como objetivos gerais proteger e reabilitar a pessoa com deficiência em sua capacidade funcional e em seu desempenho humano, a fim de contribuir para a sua inclusão em todas as esferas da vida social e prevenir agravos que determinam o aparecimento de deficiência (MORAES et al 2014). O indivíduo estomizado passou a ser associado ao Programa de Saúde da Pessoa com Deficiência e a ser assistido pelo Programa de Órteses e Próteses para a distribuição de dispositivos e bolsas coletoras, fornecidos mensalmente nas unidades de Estratégia de Saúde da Família (MORAES et al 2014). O papel da enfermagem no pré-operatório O indivíduo que irá conviver com um estoma, seja de forma temporária ou permanente necessita de cuidados de enfermagem que incluem cuidados físicos, orientações e treinamento tanto para o paciente quanto para a família, além do suporte psicoemocional e social. Cuidados esses que se iniciam na consulta de enfermagem pelo estomaterapeuta desde a fase do pré-operatório mediato e tem como principal finalidade proporcionar uma melhor adaptabilidade no pós-operatório (OLIVEIRA 2014, SCHWARTZ 2012). É de grande importância que a visita do pré-operatório para cirurgia de ostomia seja realizada pelo enfermeiro estomaterapeuta. Essa visita gera benefícios tanto para o cliente que irá se submeter à cirurgia quanto para a família. Nela, investigam-se os níveis de conhecimento do paciente e família acerca do diagnóstico e tratamento. (SILVA et al 2014). A estomaterapia como especialidade da enfermagem nasceu oficialmente em 1961, na Cleveland Clinic Foundation, nos EUA e podia ser exercida por outros profissionais de saúde ou mesmo por leigos até a década de 70. A estomaterapia passou a ser uma aspecialidade exclusica do enfermeiro a partir de 1980 com a criação da World Council of Enterostomal Therapist (WCET-fundado em 1978), um órgão oficial da estomaterapia mundial e tem como finalidade principal à promoção dos especialistas e a normalização da especialidade em todo mundo (SCHWARTZ 2012). A estomaterapia é uma especialidade (pós-graduação latu sensu) da prática do enfermeiro - instituída no Brasil em 1990 - voltada para a assistência às pessoas com estomias, fístulas, tubos, cateteres e drenos, feridas agudas e crônicas e incontinências anal e urinária, nos seus aspectos preventivos, terapêuticos e de reabilitação em busca da melhoria da qualidade de vida (BRASIL, 2009). Dentre as competências clínicas do estomaterapeuta no pré operatório está a realização da demarcação do local onde será implantado o futuro estoma, sendo a escolha da demarcação deste local a parte mais importante do pré-operatório (BRASIL, 2009). As inúmeras complicações estomais e paraestomais surgem da precária localização do estoma. Escolher o local na sala de cirurgia antes da intervenção, e sem uma avaliação prévia não resulta em boas escolhas de localização do estoma. Assim sendo, o planejamento pré-operatório do local do estoma é fundamental para o sucesso da reabilitação. A demarcação deve ser realizada até 24 horas antes da cirurgia, atendendo as necessidades e particularidades de cada paciente evitando problemas no pósoperatório como as dermatites periestomais, herniações, dificuldade na adesão e fixação de dispositivos entre outros. (SILVA et al 2014), (MEIRELLES & FERRAZ 2011). Apontam-se seis fatores básicos a serem avaliados na escolha do local do estoma: a região do abdome e tipo de cirurgia proposta, localização do músculo reto-abdominal, superfície de aderência do abdome, visibilidade do local, distância adequada de áreas críticas e presença de próteses ou aparelhos ortopédicos. A demarcação do estoma intestinal deve ser feita no músculo reto abdominal (MEIRELLES & FERRAZ, 2011). O músculo reto abdominal é um marco importante para a localização da área a ser demarcada, podendo ser identificado pela inspeção e palpação. É necessária a divisão topográfica do abdome à realização do

1572 exame físico a fim de facilitar a descrição e a localização dos órgãos e pontos de referência relativos à dor ou a pressão de massas. É importante que na demarcação se delimitem as bordas externas do músculo reta-abdominal, a fim de garantir que o estoma seja exteriorizado através deste músculo, reduzindo o potencial de risco para a ocorrência de prolapso e hérnia periestomal (BRASIL 2015) (MEIRELLES & FERRAZ 2011). O procedimento para demarcação deve seguir uma sequência de ações: Primeiramente o paciente deve ser orientado quanto ao procedimento e finalidade do mesmo; a área abdominal deve ser avaliada e a demarcação deve ser simulada previamente com o paciente em posições variadas (deitado, em pé, realizando movimentos de maior extensão; o abdômen deve ser dividido em quadrantes, delimitando a linha da cintura e o músculo reto abdominal; deve-se delimitar uma distância mínima de 4 a 5 centímetros em relação aos pontos críticos (cicatriz umbilical e crista ilíaca, proeminências ósseas ou cicatrizes); é importante que o estoma fique sobre a pele previamente saudável. Após escolhida a posição da estomia no abdômen, é realizada a marcação em forma de disco com 3cm de diâmetro usando caneta ou azul de metileno que não apagará durante a antissepsia (OLIVEIRA 2016) (MEIRELLES & FERRAZ 2011). A localização adequada do estoma constitui-se provavelmente no fator mais importante para o paciente, assegurando o uso do dispositivo com segurança e o retorno mais precoce ávida normal. A reabilitação é um dos principais objetivos da Terapia Enterostomal, assim o local do estoma deve ser selecionado cuidadosamente no pré-operatório, levando em consideração as atividades do paciente, limitações Consequências de uma demarcação incorreta O papel principal da enfermagem em relação aos cuidados ao paciente estomizado é promover recursos que irão possibilitar não só a reabilitação como também a reinserção desse indivíduo ao contexto social. O principal fator que possibilita essa reintegração é a localização correta do estoma que pode prevenir complicações (BRUM 2010) (MENDONÇA et al 2007) (LIMA 2017). Está comprovado que o estoma bem localizado na parede abdominal facilita as atividades de autocuidado referentes à remoção e à colocação da bolsa, à higiene do estoma e pele periestoma, bem como a manutenção do sistema coletor, contribuindo para prevenir complicações, possibilitar a reintegração social precoce, constituindo, ainda, um direito do paciente (MENDONÇA et al 2007). São várias as complicações que podem ocorrer diante da confecção de estoma, mesmo que as técnicas cirúrgicas sejam desempenhadas com excelência, nenhum método garante que essas complicações não aconteçam (LIMA 2017). Entretanto, há situações nominadas como situações que poderiam ser evitadas, quando planejadas no período pré-operatório, destacando-se a demarcação correta do estoma. Sendo este o foco do presente artigo, serão tratadas as principais complicações decorrentes da demarcação incorreta do estoma sendo elas: isquemia e necrose do estoma, retração, prolapso, hérnia paraestomal, dermatite, má adaptação da base da bolsa coletora à pele além das complicações relacionadas à dimensão psicossocial. Essas complicações se devem principalmente a alteração na imagem corporal o que leva a impactos na vida sexual a qualidade de vida e a adaptação do paciente e de seus familiares (LIMA 2017) (OLIVEIRA 2014). A isquemia é uma complicação precoce sendo mais comum nos cinco primeiros dias de pós-operatório. Tem como significado deficiência ou ausência de suprimento sanguíneo e consequentemente de oxigênio em determinado tecido ou órgão. Dessa maneira, tanto a isquemia quanto a necrose, decorrem de deficiência de irrigação sanguínea da alça estomizada e após detectada deve ser abordada cirurgicamente imediatamente pois comprometem a vida do paciente (CRUZ et al 2008) (OLIVEIRA 2014) (ROCHA 2011). A retração ocorre quando há diminuição da protusão que deve ocorrer normalmente no estoma, fazendo com que este fique localizado abaixo da superfície da pele. É mais comum em pacientes portadores de ileostomia pode desencadear outras complicações como: dermatite periestoma decorrente da má adaptação da bolsa coletora na superfície abdominal (OLVEIRA 2014).

1573 Embora não seja uma complicação comum o prolapso pode ocorrer quando uma porção da alça intestinal se exterioriza através do estoma. Entre as causas mais comuns estão: exagerada abertura da parede abdominal, alça de sigmoide muito alongada e redundante, aumento da pressão intra-abdominal no pós-operatório, fixação inadequada do intestino na parede abdominal e obesidade. Essa condição é frequentemente associada com hérnia paracolostômica (CRUZ et al 2008) (OLIVEIRA 2014). Hérnia paraestomal corresponde a uma área de abaulamento da pele periestomal indicando uma compressão de uma ou mais alças intestinais sob os músculos abdominais. Podem estar relacionadas tanto à técnica cirúrgica como a fatores de risco: obesidade, má nutrição, cirurgias abdominais prévias e existência de tosse crônica. Como consequência de uma hérnia, a bolsa coletora pode não aderir corretamente a anatomia do estoma. Com isso, a bolsa pode se desprender levando a dermatites e constrangimentos (OLIVEIRA 2014). O estar estomizado exige um processo de adaptação de um novo contexto. As consequências de uma demarcação incorreta tornam o estomizado mais dependente e debilitado, dificultando a sua adaptação e o autocuidado tão importantes para a qualidade de vida. (PAULA, PAULA E CESARETTI 2014) (NASCIMENTO et al 2011). CONSIDERAÇÕES FINAIS O paciente estomizado tem sua perspectiva de vida alterada, relacionado principalmente a imagem corporal negativa, não só pelo uso da bolsa coletora, mas em muitos casos pelas consequências da demarcação incorreta ou não demarcação do estoma. Cabe ao enfermeiro, a compreensão dessas alterações, para desenvolver um plano de cuidados adequado ao preparo do paciente ao convívio da estomia além da demarcação correta do estoma durante o pré-operatório. Diante do exposto, é possível concluir que a localização correta da estomia no abdômen, além de constituir um direito do doente, constitui ainda uma relação de causa e efeito pois: facilita o ensino e a aprendizagem, bem como a realização das atividades de autocuidado; propicia o ajustamento e a aderência da bolsa coletora, prevenindo infecção da ferida cirúrgica e vazamentos das excretas; possibilita retorno da pessoa estomizada às atividades cotidianas, facilitando sua independência física e social. REFERÊNCIAS 1. ARDIGO FS, AMANTE LZ. Conhecimento dos profissionais acerca do cuidado enfermagem à pessoa com estomia intestinal família. Revista Contexto Enfermagem, Florianópolis, 2013 Out-Dez; 22(4): 1064-71. 2. BOTELHO LLR, CUNHA CCA, MACEDO M. O método da revisão integrativa nos estudos organizacionais. Revista Eletrônica Gestão e Sociedade. Belo Horizonte, volume 5- número 11- agosto 2011. P 21-136. 3. BRASIL. Linha de Cuidados da Pessoa Estomizada. 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