Tema: Verdade em pauta na era das "fake news" Temas de redação / Atualidades
Texto I Desinformação, boatos e mentiras existem há tempos. Mas o que Silverman e outros descobriram foi uma combinação perfeita entre algoritmos das redes sociais, sistemas de publicidade, pessoas dispostas a inventar conteúdo para ganhar dinheiro fácil e uma eleição polêmica no país mais poderoso do mundo. (https://g1.globo.com/mundo/noticia/como-o-termo-fake-news-virou-arma-nos-dois-lados-da-batalha-politica-mundial.ghtml)
http://alias.estadao.com.br/noticias/geral,cada-vez-mais-disseminado-fake-news-transformou-o-farisaismo-em-religiao,70002238299 Temas de redação / Atualidades Texto II Recente pesquisa da empresa de mídia de notícias BuzzFeed confirmou que as mentiras difundidas no Facebook geram maior engajamento dos usuários daquela rede social do que as informações dignas de crédito. O que fazer se as pessoas tendem a acreditar mais em qualquer informação que corrobore os seus pré-conceitos e alimentem os seus ressentimentos? As histórias falsas soam como novidades nas páginas das mídias sociais, despertam mais emoção, surpresa e indignação do que as verdadeiras, daí a hegemonia das primeiras, que atingem, em média, 1.500 pessoas com seis vezes mais rapidez. Cientistas sociais, da esquerda, da direita e de cima do muro, ligaram o alarme: Precisamos redesenhar nosso ecossistema de informação para o século 21.
Você deve redigir um texto dissertativo-argumentativo, com no mínimo 20 e no máximo 30 linhas, em língua culta, respondendo a seguinte pergunta: A educação virtual é uma arma importante para detectar informações falsas no noticiário, segundo especialistas. Essa alfabetização deve contar com esforços de vários setores da sociedade. Como podemos instruir a comunidade para o combate a Fake news?
Segundo a Universidade de Oxford, mais da metade do tráfego da internet é feito por bots, programas que simulam ações humanas repetidas vezes e de maneira padrão. São capazes de fazer um tema se transformar em tendência, atacar uma figura pública, espalhar um boato e, inclusive, ser importante arma política.
Macron revelou as linhas gerais seu projeto de combate as notícias falsas : durante a campanha eleitoral, exigir mais transparência sobre o patrocínio de sites, dar à Justiça o poder de tirar conteúdo do ar de modo veloz e conferir à agência governamental que regula as comunicações o poder de combater o uso de canais de TV por países estrangeiros. Durante a campanha eleitoral do ano passado, Macron foi vítima de boatos falsos, disseminados pela internet, sobre sua homossexualidade e sobre uma conta secreta no Caribe.
Nada disso teve efeito eleitoral ao contrário do que aconteceu nos Estados Unidos, onde a invasão russa dos computadores do Comitê Nacional Democrata (DNC) e a atividade de robôs nas redes sociais contribuíram para eleger Donald Trump em 2016. Depois de eleito, Macron acusou o site russo Sputnik e a rede televisiva RT de disseminar falsidades sobre mim e minha campanha, em discurso ao lado do presidente russo, Vladimir Putin.
E, ao contrário do que se pensa, essa corrente de notícias falsas não é consumida apenas por apoiadores de políticos radicais ou por pessoas com baixa escolaridade. Em abril de 2017, o BBC Trending noticiou que havia uma onda de notícias falsas sobre Trump.
Ele define o que é uma notícia falsa, a chamada fake news. Diz que é um texto não ficcional que, de forma intencional e deliberada, considerada a forma e características de sua veiculação, tenha o potencial de ludibriar o receptor quanto à veracidade do fato.
O órgão tem como função auxiliar o Congresso, mas não tem poder para apresentar projetos. É formado por representantes de empresas de comunicação, de categorias profissionais da área e da sociedade civil; não há parlamentares
O leitor tem de participar de maneira crítica no processo de consumo de notícias. Ele tem o direito de receber informação veraz. Ele tem de exigir uma informação verdadeira porque é responsabilidade de todos lutar contra a tolerância atual à mentira. Os cidadãos têm de se mostrar críticos diante daqueles que produzem notícias falsas.
O próximo passo parece ser a era das deep fake news. Será cada vez mais difícil separar a realidade da manipulação digital e há quem diga que estamos vivendo os últimos dias da própria ideia de realidade, como fazem Claire Wardle e Hossein Derakhshan em recente relatório do Conselho da Europa.
Primeiro saíram os fatos reais: ele foi encontrado no jardim de uma casa que tinha invadido, em Santo Amaro, todo ferrado, alucinando. Depois algum editor esperto colocou que ele tinha sido achado em uma cracolândia. Com a palavra cracolândia, a notícia bombou de vez.
O juiz Sergio Moro é filiado ao PSDB. Gilberto Gil chamou Moro de juizinho fajuto. Hillary Clinton participa de seitas satanistas. Presidente do Banco Mundial critica Governo Temer. O que há em comum entre essas quatro notícias? Todas são mentirosas.
Espero vocês na próxima aula! Bons estudos! Dúvidas: rodolfogracioli@uol.com.br