As atividades do empreendimento foram classificadas como não passíveis de licenciamento ou de AAF, conforme FOBI de fls. 13.



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Transcrição:

PARECER JURÍDICO ASJUR/SUPRAM ASF Processo n.º 13020004185-12 Requerente: Erlon Elias Silva Empreendimento: Fazenda Neriana/ Córrego das Pedras Município/Distrito: Itaguara/MG Núcleo Operacional: Oliveira/MG Trata-se de um requerimento para intervenção em APP com supressão de vegetação nativa em 2,0458 ha, no local denominado Fazenda Neriana/ Córrego das Pedras em Itaguara/MG, para fins de construção de uma represa junto a divisa de três propriedades limítrofes. Assim, ressalta-se que foram analisados conjuntamente os autos n. 13020004185-12, n. 13020004186-12 e 13020001616-13, cada um referente a um imóvel, vez que os requerentes detinham interesse comum na construção da barragem, mesmo que com objetivos pessoais distintos. Um dos requerentes o senhor Marco Antonio de Paulo pretende obter outro acesso a sua propriedade, por meio da travessia sobre o brejo e o Ribeirão Cornélio, vez que atualmente, segundo informado, utilizada propriedades de terceiros para tanto. Os demais requerentes Irla Paula Silva e Erlon Elias Silva pretendem promover a instalação de um empreendimento de piscicultura com utilização de tanques-rede. As atividades do empreendimento foram classificadas como não passíveis de licenciamento ou de AAF, conforme FOBI de fls. 13. Sendo assim, compete a esta COPA o julgamento da regularização da supressão, nos termos da Resolução n. 1905/2013: Art. 16 - Compete à Comissão Paritária - Copa do Copam, autorizar as seguintes intervenções ambientais, quando não integradas a processo de licenciamento ambiental: 1

II - Intervenção em APP com supressão de vegetação nativa. O processo foi instruído com toda documentação necessária. A área de reserva legal encontra-se devidamente averbada sob o registro de imóveis, conforme parecer técnico. Segundo Parecer Técnico o imóvel está localizado no bioma Mata Atlântica, conforme delimitação do IBGE. Vieram-me os autos para parecer jurídico. pedido, aduzindo que: O parecer técnico trouxe como conclusão o indeferimento do (...) o nível da água ficará na altura de 2,80 metros, entretanto o projeto apresentado não descreve a partir de qual mecanismo este nível será mantido e nem como se dará o escoamento para jusante da represa. O projeto técnico também não entrou em detalhes em relação à fase de construção do barramento. Não abordou questões importantes como a fase de enchimento do reservatório e nem as medidas que seriam aplicadas durante esta fase, a fim de evitar que o ribeirão seque a jusante da barragem. (...) Pelas imagens do satélite, observou-se que no canal principal deste curso d agua já existem três represas a montante, uma delas localizada quase a jusante da nascente. O projeto técnico não apresentou nenhuma descrição a respeito do Ribeirão Cornélio, nenhuma estudo acerca de sua capacidade em suportar mais uma represa no que tange ao volume de água e o aporte de sedimentos e nenhum levantamento de espécies foi realizado, de modo que sua fauna e flora são desconhecidas. 2

(...) o projeto também não aborda os principais impactos que poderiam ser gerados a partir da construção da barragem e da piscicultura. Por fim, a técnica conclui pela inviabilidade técnica do empreendimento, tendo em vista a inconsistência e a omissão dos estudos apresentados. Propôs ainda que para atingir os objetivos pretendidos, pode o Sr. Marco Antônio construir uma ponte, um mata-burro ou fazer uma passagem com manilhas, suprindo assim sua necessidade de passagem. Já os demais requerentes, o Sr. Erlon e a Irla, para a implantação de uma piscicultura, bastaria a capação de água e a construção de taques fora de área de preservação permanente. Estadual n. 20.922/13 Vejamos o que aduz a legislação sobre a intervenção em APP, Lei Art. 12. A intervenção em APP poderá ser autorizada pelo órgão ambiental competente em casos de utilidade pública, interesse social ou atividades eventuais ou de baixo impacto ambiental, desde que devidamente caracterizados e motivados em procedimento administrativo próprio. A própria Lei define: Art. 3º Para os fins desta Lei, consideram-se: I - de utilidade pública: a) as atividades de segurança nacional e proteção sanitária; b) as obras de infraestrutura destinadas às concessões e aos serviços públicos de transporte, sistema viário, saneamento, gestão de resíduos, energia, telecomunicações, radiodifusão, as instalações necessárias à realização de competições esportivas estaduais, nacionais ou internacionais, bem como mineração, exceto, neste último caso, a extração de areia, argila, saibro e cascalho; c) as atividades e as obras de defesa civil; d) as seguintes atividades, que comprovadamente proporcionem melhorias na proteção das funções ambientais em APPs: 3

1) desassoreamento de cursos d água e de barramentos com vistas à minimização de eventos críticos hidrológicos adversos; 2) implantação de aceiros, na forma do inciso I do art. 65; 3) outras atividades, na forma do regulamento desta Lei; e) outras atividades similares devidamente caracterizadas e motivadas em procedimento administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e locacional ao empreendimento proposto, definidas em ato do Chefe do Poder Executivo Federal ou Estadual; II - de interesse social: a) as atividades imprescindíveis à proteção da integridade da vegetação nativa, tais como prevenção, combate e controle do fogo, controle da erosão, erradicação de invasoras e proteção de plantios com espécies nativas; b) a exploração agroflorestal sustentável praticada na pequena propriedade ou posse rural familiar ou por povos e comunidades tradicionais, desde que não descaracterize a cobertura vegetal existente e não prejudique a função ambiental da área; c) a implantação de infraestrutura pública destinada a esportes, lazer e atividades educacionais e culturais ao ar livre em áreas rurais consolidadas e em ocupações antrópicas consolidadas em área urbana, observadas as condições estabelecidas nesta Lei; d) a regularização fundiária de assentamentos humanos ocupados predominantemente por população de baixa renda em áreas urbanas de ocupação antrópica consolidada, observadas as condições estabelecidas na Lei Federal nº 11.977, de 7 de julho de 2009; e) a implantação de instalações necessárias à captação e condução de água e de efluentes tratados para projetos cujos recursos hídricos sejam partes integrantes e essenciais da atividade; f) as atividades de pesquisa e extração de areia, argila, saibro e cascalho, outorgadas pela autoridade competente; 4

g) a implantação da infraestrutura necessária à acumulação e à condução de água para a atividade de irrigação e à regularização de vazão para fins de perenização de curso d água; h) outras atividades similares devidamente caracterizadas e motivadas em procedimento administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e locacional à atividade proposta, definidas em ato do Chefe do Poder Executivo Federal ou Estadual; III - atividade eventual ou de baixo impacto ambiental: a) a abertura de pequenas vias de acesso de pessoas e animais, suas pontes e pontilhões; b) a implantação de instalações necessárias à captação e condução de água e efluentes tratados, desde que comprovada a regularização do uso dos recursos hídricos ou da intervenção nos recursos hídricos; c) a implantação de trilhas para o desenvolvimento do ecoturismo; d) a construção de rampa de lançamento de barcos e pequeno ancoradouro; e) a construção de moradia de agricultores familiares, remanescentes de comunidades quilombolas e outras populações extrativistas e tradicionais em áreas rurais; f) a construção e manutenção de cercas, aceiros e bacias de acumulação de águas pluviais; g) a pesquisa científica relativa a recursos ambientais, respeitados outros requisitos previstos na legislação aplicável; h) a coleta de produtos não madeireiros, como sementes, castanhas, serapilheira e frutos, desde que de espécies não ameaçadas e imunes ao corte, para fins de subsistência, produção de mudas e recuperação de áreas degradadas, respeitada a legislação específica de acesso a recursos genéticos, bem como os tratados internacionais de proteção da biodiversidade de que o Brasil é signatário; i) o plantio de espécies nativas produtoras de frutos, sementes, castanhas e outros produtos vegetais, desde que não implique 5

supressão da vegetação existente nem prejudique a função ambiental da área; j) a exploração agroflorestal e o manejo sustentável, comunitário e familiar, incluindo a extração de produtos florestais não madeireiros, desde que não descaracterizem a cobertura vegetal nativa existente nem prejudiquem a função ambiental da área; k) a abertura de picada para fins de reconhecimento e levantamentos técnicos e científicos; l) a realização de atividade de desassoreamento e manutenção em barramentos, desde que comprovada a regularização do uso dos recursos hídricos ou da intervenção nos recursos hídricos; m) outra ação ou atividade similar reconhecida como eventual e de baixo impacto ambiental em ato do Conselho Nacional do Meio Ambiente ou do Conselho Estadual de Política Ambiental Copam. expostas. Os fins pretendidos não se enquadram nas hipóteses legais acima Lei n. 20.922/13: Importante mencionar para o caso em tela o que aduz o artigo 15 da Art. 15. Nos imóveis rurais com até quinze módulos fiscais inscritos no Cadastro Ambiental Rural - CAR -, a que se refere o art. 29 da Lei Federal nº 12.651, de 25 de maio de 2012, são admitidas, nas áreas de que tratam os incisos I a III do caput do art. 9º desta Lei, a prática da aquicultura em tanque escavado ou tanquerede e a existência de infraestrutura física diretamente a ela associada, desde que: I - sejam adotadas práticas sustentáveis de manejo de solo e recursos hídricos, garantindo sua qualidade e quantidade, na forma definida pelos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente e de Recursos Hídricos; 6

II - sejam observados os respectivos planos de bacia ou planos de gestão de recursos hídricos; III - seja realizado licenciamento ou concedida autorização pelo órgão ambiental competente, quando couber; IV - não sejam geradas novas supressões de vegetação nativa; V - sejam observadas as disposições da Lei nº 14.181, de 17 de janeiro de 2002. Ressalta-se que segundo dados da FAEMG 1 o módulo fiscal de Itaguara/MG corresponde a 30 ha, destarte a propriedade em comento se enquadra nas hipóteses do aludido artigo. Entretanto, tem-se que a lei não contempla as hipóteses de novas supressões, como é requerido no caso em tela, logo o pedido não tem amparo legal. Diante da análise técnica e em obediência às normas legais, considerando os elementos de fato e de direito constantes no processo, a intervenção em área de preservação permanente em análise não é passível de autorização. Assim, opinamos pelo indeferimento do pedido. Ainda que indeferido o pedido, é imprescindível o pagamento dos emolumentos, conforme determinação legal. É o parecer, smj. Divinópolis, 10 de fevereiro de 2014. Marcela Anchieta Veiga Gontijo Garcia Analista Ambiental SUPRAM/ASF MASP 1..316.073-4 OAB/MG. 140.692 1 https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=3&cad=rja&ved=0cdc QFjAC&url=http%3A%2F%2Fwww.faemg.org.br%2FContent.aspx%3FCode%3D293%26fileDo wnload%3dtrue%26portal%3d2%26parentcode%3d284%2520target%3d&ei=t_nnupq2a82 PkAeNpIH4Cw&usg=AFQjCNFyqSRgkSHKZXxJd7Wk-5-qjIJvHw&bvm=bv.60157871,d.eW0 7