SISTEMA DE CONTROLE DE DADOS CLIMÁTICOS NA WEB NO AUXILIO À AGRICULTURA CAROLINE VISOTO 1 EDUARDO RUBIN 2 THIAGO X. V. OLIVEIRA 3 WILINGTHON PAVAN 4 JOSÉ MAURÍCIO CUNHA FERNANDES 5 CRISTIANO ROBERTO CERVI 6 JAQSON DALBOSCO 7 RESUMO Este artigo tem por objetivo mostrar o funcionamento de um sistema que auxilia a agricultura e tem como subsídio o uso da Web, mais especificamente a tecnologia J2EE. Para isso é abordada a linguagem de programação Java e uma de suas especificações, denominada JSP (JavaServer Pages), além de outras tecnologias utilizadas para Web. Este sistema irá inserir dados em uma base centralizada para futuras pesquisas, previsões e simulações. PALAVRAS-CHAVE: J2EE, Dados Climáticos, Base Dados Centralizada. SYSTEM CONTROL OF CLIMATIC DATA IN THE WEB TO ASSIST THE AGRICULTURE ABSTRACT This article has for objective show the use of a system that assists the agriculture and uses the web, more specifically the J2EE technology. For this, we boarded the Java program language and one of your specifications called JSP (Java Server Pages), beyond others technologies for web. This system will insert the data into a centered base for futures researches, forecasts and simulation. KEYWORDS: J2EE, Climatic Data, Centered Data Base 1 Bacharelando em Ciência da Computação, Universidade de Passo Fundo, CAMPUS 1 KM 171 BR 285, Bairro São José Passo Fundo RS 2 Bacharelando em Ciência da Computação, Universidade de Passo Fundo. 3 Bacharelando em Ciência da Computação, Universidade de Passo Fundo. 4 Professor do curso de Ciência da Computação, Universidade de Passo Fundo, Km 171 BR 285 São José Passo Fundo/RS, PABX (54) 311 8100, pavan@upf.br 5 PhD Fitopatologia - Washington State University 1985, Pesquisador da Embrapa Trigo - Passo Fundo, RS. Embrapa Trigo, Km 174 BR 285 Passo Fundo/RS, FAX (54) 311 3617, mauricio@cnpt.embrapa.br 6 Professor do curso de Ciência da Computação, Universidade de Passo Fundo,PABX (54) 311 8100, cervi@upf.br 7 Professor do curso de Ciência da Computação, Universidade de Passo Fundo, jaqson@upf.br
1. INTRODUÇÃO Nos últimos anos, o avanço da tecnologia vem beneficiando o setor agrícola no uso de recursos que são disponibilizados por meio de diversas ferramentas, proporcionando ao produtor resultados favoráveis na previsão do tempo, de ataque de pragas e doenças, dentre outros tantos benefícios que possam ser oferecidos com a utilização da informática, retornando ao produtor maior ganho em produtividade e qualidade. Para estas simulações e pesquisas necessita-se ter uma base de dados centralizada que proporcionará resultados mais eficientes. Está em fase de desenvolvimento uma interface Web na qual tem como característica a inserção de dados climáticos através de um formulário, contendo como meio de entrada para os mesmos caixa de texto, uma área onde estes serão informados ou para maior comodidade do produtor é oferecida a opção de anexar o arquivo com os dados prontos, facilitando assim a interação usuário/software. Após os mesmos serem coletados serão inseridos em uma base dados centralizada, concentrando-os em um único local onde serão facilmente manipulados e para uma padronização de armazenamento e reaproveitamento da mesma base para várias operações necessárias. 2. MATERIAIS E MÉTODOS A metodologia usada foi a pesquisa em diversos sites e bibliografias especializadas, em temas relacionados que seriam usados na construção do aplicativo proposto. A pesquisa nos trouxe a base necessária sobre diversos temas como: a utilização do JSP, tecnologias empregadas na programação Web, uma pesquisa mais profunda sobre a linguagem Java e a sua especificação chamada J2EE, e ainda a conceituação sobre dados climáticos e base de dados centralizada. O material utilizado durante o desenvolvimento do aplicativo foi a IDE NetBeans3.6,um servidor para aplicações Web Tomcat 5.0.28, uma biblioteca para upload de arquivo Commons File Upload e um banco de dados para Internet PostgreSQL para armazenar as informações climáticas. 2.1. J2EE A linguagem Java teve início comercialmente em 1995, tendo como característica base a portabilidade, podendo rodar em qualquer dispositivo que tivesse suporte à tecnologia Java. Segundo [1] Java é uma linguagem de programação que permite o desenvolvimento de aplicações para uma série de plataformas. Entre os ambientes de desenvolvimento da plataforma Java estão: J2ME (Java 2 Micro Edition), voltada para aparelhos de pequeno e médio porte como celulares e palmtops, e J2SE (Java 2 Standart Edition), voltada para aplicações cliente e composta pelas APIs básicas de Java.
J2EE é um conjunto de tecnologias que fornecem APIs e um ambiente para desenvolvimento e execução de aplicações coorporativas. Segundo [2] É um padrão dinâmico para a produção de aplicativos corporativos seguros,escaláveis e altamente disponíveis.o padrão define quais serviços devem ser fornecidos que suportam J2EE.. A tecnologia J2EE é baseada em modelo de componentes que são parte de um software que vão ser executados em, por exemplo, um container Web. Segundo [3] Estes componentes, unidades de software em nível de aplicação com suporte a um contêiner, são configuráveis durante o desenvolvimento e incorporam um modelo de programação de acordo com o "contrato de componente" com seu contêiner.isto é, um contêiner, oferece serviços de gerenciamento de ciclo de vida, segurança, distribuição e runtime para seus componentes. Hoje muitas empresas utilizam este recurso para ampliar o seu nível de comércio, facilitando a comunicação com seus consumidores ou para utilizar recursos para coleta de dados para a realização de pesquisas relevantes a determinado problema, usando para isso servidores J2EE e tem como objetivo a simplificação de desenvolvimento de aplicativos, abrangendo as tecnologias JSP (JavaServer Pages), EJB (Enterprise JavaBeans),Servlets, JDBC ( Java Database Connectivity ), etc. Na figura 1 são ilustrados os componentes e containers J2EE. Figura1 2.2. JSP JSP (JavaServer Pages) a tecnologia voltada para a construção de aplicativos Web de forma dinâmica, possibilitando acesso a banco de dados, permitindo a elaboração de
interfaces onde possam ser coletadas informações através de formulários ou até mesmo arquivos. A tecnologia JSP tem como importante característica a separação da programação visual da programação lógica. Possibilitando duas pessoas trabalhar ao mesmo tempo em um projeto. O desenvolvedor fica responsável pela parte da programação (parte lógica do projeto), onde vão ser feitos uso de bibliotecas para a construção de programas inserindo o código Java dentro de tags JSP possibilitando dessa forma a declaração de variáveis, chamada a funções e acesso a um bando de dados para recuperação das informações pertinentes. O designer fica com a responsabilidade de desenvolver a parte visual, construindo as páginas em HTML.Com isso a aplicação poderá ser alterada com maior facilidade, podendo assim ter as suas informações reutilizadas. Segundo [4] Quando uma página JSP é requisitada pelo cliente através de um Browser, esta página é executada pelo servidor, e a partir daí será gerada uma página HTML que será enviada de volta ao Browser do cliente. A figura2 ilustra esse funcionamento: Figura2 Segundo [4] Quando o cliente faz a solicitação de um arquivo JSP, é enviado um object request para a JSP engine. A JSP engine envia a solicitação de qualquer componente (podendo ser um JavaBeans component, servlet ou enterprise Bean) especificado no arquivo. O componente controla a requisição possibilitando a recuperação de arquivos em banco de dados ou outro dado armazenado, em seguida, passa o objeto response de volta para a JSP engine. A JSP engine e o WEB server enviam a página JSP revisada de volta para o cliente, onde o usuário pode visualizar os resultados através do WEB browser. O protocolo de comunicação usado entre o cliente e o servidor pode ser HTTP ou outro protocolo.
2.3. DADOS CLIMÁTICOS São informações climáticas na qual irão alimentar um banco de dados inserido em uma base de dados centralizada. Os dados que serão informados na interface podem ser dados horários que serão coletados em uma determinada hora, ou dados diários, que são dados coletados depois de feita uma média diária. De acordo com a escolha pode se definir dados horários ou diários. Os dados horários são definidos como: data, nível de tanque, temperatura, velocidade do vento 1, direção do vento 1, umidade do solo, precipitação, velocidade do vento 2, direção do vento 2, pressão atmosférica, umidade relativa do ar, radiação solar, hora, umidade do solo correspondente e molhamento folhar. E os dados diários são definidos como: Hora de molhamento folhar, umidade relativa máxima, precipitação total, umidade relativa média, temperatura máxima, umidade relativa mínima, temperatura média, velocidade do vento, temperatura mínima. Esses dados assim definidos vão ser inseridos através da interface Web em tabelas que vão estar em uma base centralizada de dados. 2.4. BASE DE DADOS CENTRALIZADA A idéia de base centralizada de dados tem como propósito centralizar todo o armazenamento, atualizações, pesquisas e outras alterações necessárias em um único local tendo em vista vantagens como: agilidade na busca por informações; padronização na inserção dos dados; maior facilidade na hora de se fazer um backup necessário das informações; o acesso às informações torna-se centralizado, permitindo mais de um usuário da base acessá-la. Ter os dados concentrados em um só local de armazenamento, tem se tornado necessário para o caso estudado, pois, como estes dados poderão ser utilizados para futuras pesquisas e simulações, seria condizente estarem concentrados em um só local. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO De acordo com os estudos realizados está em fase de desenvolvimento uma interface amigável onde o produtor irá informar ao sistema os dados climáticos relevantes que vão ser inseridos na base de dados. Para o funcionamento correto do sistema, os dados do clima deverão ser informados na interface da seguinte forma: Quanto a digitação na interface, primeiramente terá que ser feita a escolha de uma
estação climática onde o produtor está cadastrado e logo após informar os dados climáticos, horários ou diários, em seguida será informado em caixas de texto um número (exemplo 1,2, 10), no máximo dois dígitos, informando em qual coluna os dados serão organizados(exemplo coluna 1 data, coluna 2 velocidade do vento). Logo após, digitar em uma área de texto os dados do clima, um ao lado do outro com um espaço em branco no mínimo. Quanto a inserção de um arquivo pronto na interface, deverá ser especificado um arquivo do tipo texto com informações de clima, horários ou diários, anexando o mesmo, escolhendo a opção dados horários ou diários na interface informa-se as colunas nas caixas de texto para o arquivo. Posteriormente, realizadas uma etapa dentre as duas, os dados serão reportados a um arquivo JSP com a função de separar e enviar para uma base centralizada, ou seja, a um banco de dados construído para o armazenamento de dados climáticos onde futuras operações serão realizadas. 4. CONCLUSÕES Através dos estudos realizados, concluiu-se que utilizando as tecnologias disponíveis hoje no mercado pode-se aumentar a produtividade prevendo possíveis danos causados seja pelo clima, ou seja, por pragas. Inserir os dados em uma base centralizada e padronizada facilitará um acesso mais rápido a estes para possíveis simulações, fazendo com que estas sejam mais eficazes e tragam maiores retornos ao produtor. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS [1]J2SE, J2EE e J2ME: uma breve explicação. [S.n.t.]. Disponível em: <http://www.infowester.com/versoesjava.php>. Acessado em: abril. 2005 [2] BOND, Martin et al. Aprenda J2EE em 21 dias. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2003 [3] OLIVEIRA, Eric C. M. Conhecendo a plataforma J2EE - um breve overview. Disponível em: <http://www.linhadecodigo.com.br/artigos.asp?id_ac=333>. Acessado em: maio. 2005 [4] TELEMACO, Ulisses. O que é JSP. Disponível em: <http://www.j2eebrasil.com.br/jsp/tutoriais/tutorial.jsp?idtutorial=001_001> Acessado em: maio. 2005