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Transcrição:

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE FERRAMENTAS DE APOIO AO ENSINO À DISTÂNCIA: ESTUDO DE CASO DE UMA FERRAMENTA EAD DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL Por: Everton Rennê Barros de Oliveira Orientadora Profa. Priscila Barcellos Recife, PE 2010

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE 2 FERRAMENTAS DE APOIO AO ENSINO À DISTÂNCIA: ESTUDO DE CASO DE UMA FERRAMENTA EAD Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Docência no Ensino Superior. Por: Everton Rennê Barros de Oliveira

3 AGRADECIMENTOS A todos que colaboraram de forma direta ou indireta para o desenvolvimento e conclusão deste trabalho.

4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho em especial a Ana Emília, minha companheira, minha amiga e principal incentivadora para o desenvolvimento e conclusão deste trabalho. Também dedico a todos os alunos, docentes e profissionais do Ensino à Distância.

5 RESUMO O Ensino à Distância é uma prática que vem sofrendo um processo evolutivo contínuo, sempre apoiado por novas metodologias de ensino e por novos meios de comunicação e sistemas de informação. Atualmente o principal objetivo do Ensino à Distância é romper as barreiras do espaço e tempo, levando informação de qualidade a todas as classes sociais e a todos os locais do Brasil e do mundo. Os sistemas de informação são tidos como verdadeiros impulsionadores para a prática e a difusão do Ensino à Distância, fornecendo o suporte e infra-estrutura necessários para que cursos de todos os níveis sejam ministrados através das redes de comunicação de dados, em especial a Internet. Este trabalho voltou-se a investigar as principais ferramentas (sistemas de informação) de Ensino à Distância e analisar suas funcionalidades com base nas recomendações do Ministério da Educação e a Secretária de Ensino à Distância. Palavras-chave: Ensino à distância, referenciais de qualidade, Moodle.

6 METODOLOGIA Para que o objetivo do projeto fosse alcançado, foi adotado neste trabalho o método de abordagem Hipotético-Dedutivo, segundo Lakatos e Marconi (1991), utilizando os seguintes métodos de procedimento: Método Bibliográfico: Segundo Martins (1994), trata-se de estudo para conhecer as contribuições científicas sobre um determinado assunto. Tem como objetivo recolher, selecionar, analisar e interpretar as contribuições técnicas já existentes sobre um determinado assunto. Método Comparativo: De acordo com Lakatos e Marconi (1991), este método realiza comparações com a finalidade de verificar similitudes e explicar divergências. Neste trabalho, utilizou-se a técnica indireta de pesquisa documental, constituída de fontes escritas primárias contemporâneas para obtenção dos conceitos e definições dos temas abordados (Lakatos; Marconi, 1991). Em um segundo momento, para investigação das ferramentas de Ensino à Distância levantadas, foi considerada a técnica de documentação direta, utilizando a pesquisa direta de laboratório e a técnica de observação, para comparar a ferramenta analisada com as diretrizes de qualidade para sistemas de comunicação no Ensino à Distância (Lakatos; Marconi, 1991).

7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 8 Capítulo 1 Educação à Distância...12 Capítulo 2 Sistemas de Informação como ferramentas de apoio ao Ensino à Distância...20 Capítulo 3 Ferramentas para ambientes virtuais de aprendizagem...26 Capítulo 4 Estudo de Caso (Moodle)...33 Capítulo 5 Conclusão...59 Referências Bibliográficas...61 ANEXO I...65 ÍNDICE...66

8 INTRODUÇÃO Com a necessidade cada vez crescente pela qualificação profissional e formação superior no país, se iniciou uma busca para oferecer maiores condições de acesso a instituições de ensino. Também foram pesquisadas novas formas de comunicação entre os alunos e professores, na tentativa de facilitar a interação e o processo de ensino-aprendizado. Através do avanço dos sistemas de informação e novas tecnologias de comunicação foi possível passar a elaborar estratégias para aproveitar o advento dos recursos computacionais em prol da educação. Assim, criou-se a possibilidade de disponibilizar cursos de formação através de diversos meios de comunicação existentes, dentre eles a televisão, correspondência, rádio e Internet. Desta forma surgiu o conceito de Educação à Distância, que possibilita o acesso a instituições de ensino a indivíduos que estejam separados pelo tempo ou distância, estabelecendo uma nova era no processo de ensino-aprendizagem. Com a expansão e popularização de diversas tecnologias, tornando estes recursos acessíveis e de baixo custo de aquisição e utilização por todos, foi possível direcionar o foco para a Internet, uma tecnologia com objetivo de permitir comunicação distribuída entre todos os continentes. A combinação da Internet e do Ensino à Distância (EaD) teve como conseqüência a criação de diversas ferramentas com propostas de suportar o ambiente necessário para cursos ministrados a distância. Devido a característica desta modalidade de ensino e a Internet, associado ao fato de ferramentas computacionais para atuar como infraestrutura no processo, inúmeros centros de formação e instituição de ensino

9 passarão a adotar esta tecnologia como impulsionadora para romper limites físicos e geográficos. Porém existem inúmeras ferramentas e formas de utilização, as quais devem ser estudadas com antecedência, para que o projeto de aquisição e construção de um ambiente virtual de ensino seja criado com sucesso, e que atenda aos requisitos estabelecidos pelos órgãos responsáveis em regulamentar a prática do Ensino à Distância no Brasil. Com aumento da utilização do recurso de EaD as instituições de ensino se deparam com a dificuldade na escolha de uma ferramenta computacional de ambiente virtual que suporte e apóie o processo de formação e capacitação através da Internet ou de redes públicas. Com o intuito de esclarecer alguns aspectos que devem ser levados em consideração quando se decide encarar o desafio de escolher uma ferramenta para suportar o processo de Ensino à Distância, este trabalho ressalta que é necessário um estudo que sinalize o alinhamento estratégico da ferramenta com as recomendações do Ministério da Educação. Segundo a Secretaria de Educação à Distância vinculada ao Ministério da Educação, esta modalidade de ensino está sendo fortemente incentivada por este Ministério, através de financiamento de pesquisas e desenvolvimento de ferramentas, objetivando seu fortalecimento. Os programas de incentivo são destinados a duas linhas de atuação: a primeira, focando as dissertações de mestrado e doutorado, que buscam aperfeiçoar e aprofundar a utilização de ferramentas de Ensino à Distância. A segunda, destina-se a produção de material didático com objetivo de incentivar o uso das tecnologias já disponíveis. Diante deste cenário, a escolha de uma ferramenta de apoio adequada ao Ensino à Distância, demonstra-se ser um fator decisivo e estratégico na

10 viabilização de um curso ministrado nessa modalidade. Desta forma, fica claro o papel e a importância de estudos que validem a conformidade destas ferramentas. Este trabalho teve como objetivo geral investigar, analisar e apontar características relevantes de uma ferramenta de Ensino à Distância, distribuída livremente na internet, no que se refere à utilização e alinhamento com as recomendações da Secretária de Educação à Distância como ambiente virtual de ensino e aprendizado. Também foi objeto buscar desenvolver os seguintes pontos: Apontar as principais vantagens e desvantagens na utilização de ferramentas código-livre; Identificar indicadores no que diz respeito à qualidade da ferramenta enquanto software; Analisar a importância da elaboração de um estudo de viabilidade tecnológica de implantação e manutenção; Identificar ferramentas que são utilizadas com sucesso como ambiente virtual de Ensino à Distância. O presente trabalho como uma exigência para conclusão de pós-graduação, encontra-se distribuído da seguinte forma: O primeiro capítulo traz a revisão bibliográfica sobre o tópico Ensino à Distância, bem como a contribuição das mídias para o avanço e expansão do Ensino à Distância. O segundo capítulo faz abordagem sobre os sistemas de informações como ferramenta para apoio do Ensino à Distância, demonstrando a perspectiva que possibilitou a criação de ambientes virtuais através de ferramentas computacionais. O terceiro capítulo apresenta as ferramentas computacionais selecionadas e o critério de escolha utilizada. Também apresenta as principais características e recursos de cada ferramenta.

11 O quarto capítulo traz um Estudo de Caso sobre o uso de uma ferramenta EaD, explorando as capacidades do Moodle e analisando sua conformidade com os Referenciais de Qualidade para sistemas de comunicação da Secretária de Ensino à Distância. Finalmente, no quinto capítulo, é descrita a conclusão do estudo, enfocando os resultados obtidos a partir da investigação e análise realizada. Também são expostas as limitações e dificuldades encontradas para sua realização, deixando como contribuição algumas sugestões para trabalhos futuros.

12 Capítulo 1 Educação à Distância Com o uso crescente da Tecnologia da Informação (TI) e suas ferramentas como poderosa aliada na execução de tarefas rotineiras, as pessoas foram imersas forçadamente a um contexto trazido pela globalização e a Era da Informação. Segundo Ramos (2007), estas tecnologias permitem uma transformação no processo de obtenção e disponibilização das informações, alterando e interligando a rotina diária de indivíduos que podem estar separados pelo tempo e espaço. Diante aos avanços tecnológicos e os diferentes meios de comunicação, percebeu-se que a utilização de ferramentas de TI na área de ensino poderia agregar valor e aumentar a oferta de vagas no mercado nacional para os cursos técnicos e de formação superior, principalmente para pessoas com dificuldades de acesso ou locomoção aos grandes centros urbanos e acadêmicos. Com a união destes conceitos, criou-se o termo Ensino à Distância (EAD), que atualmente encontra-se em evidência, em função de estratégias sócio-políticas para difusão e expansão da capacidade de formação técnica e superior do país. Pode-se encontrar facilmente diversas definições para o significado de Ensino à Distância, contudo Rodrigues (1998) destaca as seguintes definições e os principais elementos identificados ao longo dos estudos sobre essa temática: O Ensino à Distância é o tipo de método de instrução em que as condutas docentes acontecem à parte das discentes, de tal maneira que a comunicação entre o professor e o aluno se possa realizar mediante

13 textos impressos, por meios eletrônicos, mecânicos ou por outras técnicas. Educação/Ensino à Distância é um método racional de partilhar conhecimento, habilidades e atitudes, através da aplicação da divisão do trabalho e de princípios organizacionais, tanto quanto pelo uso extensivo de meios de comunicação, especialmente para o propósito de reproduzir materiais técnicos de alta qualidade, os quais tornam possível instruir um grande número de estudantes ao mesmo tempo, enquanto esses materiais durarem. É uma forma industrializada de ensinar e aprender. O termo "Educação à Distância" esconde-se sob várias formas de estudo, nos vários níveis que não estão sob a contínua e imediata supervisão de tutores presentes com seus alunos nas salas de leitura ou no mesmo local. A Educação à Distância se beneficia do planejamento, direção e instrução da organização do ensino. Diante das diferentes visões e perspectivas sobre essa modalidade de ensino, Rodrigues (1998) aponta alguns elementos essências para identificar e caracterizar de forma objetiva a prática. Separação entre estudante e professor; Influência de uma organização educacional, especialmente no planejamento e preparação dos materiais de aprendizado; Uso de meios técnicos - mídia; Providências para comunicação em duas vias; Possibilidade de seminários (presenciais) ocasionais. Participação na forma mais industrial de Educação. Rodrigues (1998) ainda aponta uma análise das características sobre Educação à Distância em termos percentuais de incidência de cada uma, conforme apresentado na Tabela 1.

14 Tabela 1: Características conceituais da Educação à Distância Características Conceituais da Educação à Distância Descrição Incidência em % Separação professor-aluno 95% Meios técnicos 80% Organização (apoio-tutoria) 62% Aprendizagem Independente 62% Comunicação bidirecional 35% Enfoque tecnológico 38% Comunicação massiva 30% Procedimentos industriais 15% Fonte: Rodrigues (1998). A partir destes elementos pode-se perceber que a prática de transmitir informações não precisa estar ligada a uma estrutura física e a um horário prédefinido. Através desta visão foi possível abrir portas para a elaboração de cursos e treinamentos às pessoas distribuídas geograficamente, permitindo assim, o acesso à informação e conteúdo específicos, antes privado aos indivíduos situados nos grandes centros urbanos e acadêmicos. A prática do Ensino à Distância logo foi percebida como um mecanismo educador e, assim, transformado em instrumento social. O Governo Federal logo transformou em lei a prática de Ensino à Distância no Brasil, através do decreto Nº 2.494 de 10 de fevereiro de 1998, em que no artigo 1º, descreve Educação à Distância como: Educação a distância é uma forma de ensino que possibilita a autoaprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação,

15 utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação. (Brasil, 1998). Com a necessidade de se estabelecer inovações nessa modalidade de ensino, em 19 de dezembro de 2005, foi revogado o decreto Nº 2.494 datado em 10 de fevereiro de 1998 e substituído pelo Decreto Nº 5.622. Foi estabelecida uma nova perspectiva para a prática legal de Ensino à Distância e suas obrigatoriedades no texto do artigo 1º e 2º com seus respectivos incisos (Brasil, 2005). Art. 1o Para os fins deste Decreto, caracteriza-se a Educação à Distância como modalidade educacional na qual a mediação didáticopedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos. 1o A Educação à Distância organiza-se segundo metodologia, gestão e avaliação peculiares, para as quais deverá estar prevista a obrigatoriedade de momentos presenciais para: I - avaliações de estudantes; II - estágios obrigatórios, quando previstos na legislação pertinente; III - defesa de trabalhos de conclusão de curso, quando previstos na legislação pertinente; e IV - atividades relacionadas a laboratórios de ensino, quando for o caso. Art. 2o A Educação à Distância poderá ser ofertada nos seguintes níveis e modalidades educacionais:

16 I - educação básica, nos termos do art. 30 deste Decreto; II - educação de jovens e adultos, nos termos do art. 37 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996; III - educação especial, respeitadas as especificidades legais pertinentes; IV- educação profissional, abrangendo os seguintes cursos e programas: a) técnicos, de nível médio; e b) tecnológicos, de nível superior; programas: V - educação superior, abrangendo os seguintes cursos e a) seqüenciais; b) de graduação; c) de especialização; d) de mestrado; e e) de doutorado. Decreto Nº 5.622 de 19 de dezembro de 2005 A partir do Decreto o Ensino à Distância passou a ser considerado como prática legal nas instituições de ensino para os cursos na educação profissional e superior, abrangendo inclusive os programas de especialização, mestrado e doutorado. Atualmente, existem no Brasil 208 (duzentos e oito) instituições de ensino credenciadas junto ao Ministério da Educação (MEC) e a Secretária de Educação à Distância (SEED). Estes cursos abrangem aperfeiçoamento, atualização, capacitação, ensino fundamental, ensino médio, especialização, extensão, graduação, graduação tecnológica, livre, pós-graduação (MBA), pós-

17 graduação lato sensu, pós-graduação strictu sensu (Mestrado), profissionalizante, qualificação, seqüencial, técnico, técnico (credenciado pelo CEE) e tecnólogo (SEED; SIEAD; ABED; EMEC, 2010). Segundo Belinski (2007), no ano de 2006 existiam 225 instituições credenciadas para ministrar cursos a distância. A redução na quantidade de instituições credenciadas reflete um engajamento do Governo Federal através do Ministério da Educação em supervisionar se os critérios e requisitos de qualidade estão sendo atendidos. Em nota emitida em 2009, o MEC informou que desativou aproximadamente 1.337 pólos de Ensino à Distância em todo país em função de constantes fiscalizações apontarem irregularidades em pontos de atendimento presencial aos alunos (MEC, 2010). Ainda, segundo MEC (2010), em contrapartida oito instituições representam um aglomerado de aproximadamente 50% dos alunos matriculados em cursos de graduação a distância. Todos possuindo como infra-estrutura milhares de pólos distribuídos por todo Brasil. Outro esforço notável do Governo Federal foi a criação do sistema de Universidade Aberta do Brasil (UAB), como estratégia para levar cursos de formação superior a municípios brasileiros ainda não contemplados com curso superior ou não existam vagas suficientes para atender a todos. A UAB tem como prioridade a formação de professores para a Educação Básica, e através da articulação com as universidades públicas está criando pólos de ensino em todo Brasil (UAB, 2008), como pode ser observado no Mapa 1.

Mapa 1: Mapa com distribuição dos pólos de ensino da UAB. 18 Fonte: Ministério da Educação. Em declaração dada ao conselho de Educação da Câmara através de entrevista coletiva em maio de 2009, o Secretário de Educação à Distância, Prof. Carlos Eduardo Bielschowsky, informou que houve um crescimento de 451,2 vezes no número de alunos matriculados em cursos a distância. O número de alunos matriculados em 2000 era de 1.682, passando ao patamar de 760.599, em 2008. 1.1 Contribuição das multimídias para avanço do EAD O crescimento da modalidade de Ensino à Distância só foi possível devido ao avanço tecnológico nas áreas de telecomunicação e informática, aliado ao surgimento de meios de comunicação e diferentes mídias. Com esta

19 evolução passou a ser cada vez mais simples a disponibilização de conteúdos e informações para indivíduos de todas as classes e níveis sociais. A Internet pode ser apontada como o maior advento dentre os meios e mídias do final do século passado. Através da revolução proporcionada pela propagação da Internet, atualmente é possível ter acesso a diferentes tipos de material bibliográfico, notícia, comunidade, porta de informações, etc. Belinski (1998) coloca que os avanços obtidos nas Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) permitiram uma nova forma de educação na sociedade globalizada Educação à Distância consolidada pelo acesso a textos, imagens, áudio e vídeo, através do uso da Internet.

20 Capítulo 2 Sistemas de Informação como ferramentas de apoio ao Ensino à Distância A disponibilização online e em tempo real de informações só é possível graças ao suporte e a infra-estrutura fornecidas pelos sistemas de informação. Presentes em todas as áreas de negócio, educação, pesquisa e entretenimento, os sistemas podem ser considerados como impulsionadores no desenvolvimento de novas formas de comunicação, hábitos, cultura, tipos de conteúdos e acesso a grupo de pessoas. Segundo Albertin (2008), o avanço tecnológico tem sido grande e sua velocidade aumenta na proporção que os recursos obtidos através das novas tecnologias são utilizados. Esses avanços permitiram a disponibilização das informações de modo instantâneo, passando por um tratamento dinâmico na forma que o conteúdo (a essência da informação) seja preservado e utilizado em tempo útil. Albertin (2008) coloca que o tratamento das informações através de sistemas faz parte do negócio de qualquer empresa e está inserido como um componente crítico no planejamento estratégico para utilização de um serviço ou criação de um novo produto. Com esta visão é possível situar um sistema de informação como um componente essencial na vida moderna. A utilização cada vez maior de recursos tecnológicos como celular, internet, casas inteligentes, videoconferência, telemedicina, fóruns e multimídias só é possível porque existe um sistema de informação gerenciando grandes volumes de dados. Pode-se colocar que um sistema de informação é um agente transformador, responsável para receber dados e processá-los com base em uma lógica pré-definida, conforme sua concepção e finalidade. Como resultado,

21 serão obtidas novas informações, ou novos dados para serem utilizados como insumo de entrada para um novo processo de transformação da informação. Os sistemas de informação foram introduzidos naturalmente como facilitadores e inovadores no processo de ensino-aprendizagem. Passando a serem vistos como mecanismos de suporte vital para o fornecimento de informação e conteúdo através de diversas mídias e meios de comunicação, inclusive a Internet. Sendo assim, Mehlecke e Tarouco (2003) expõem que o desenvolvimento de novas tecnologias de informação e comunicação tem sido no decorrer dos anos, um agente relevante de aprendizagem que conduz à expansão das oportunidades de combinação de recursos tecnológicos e humanos. A Educação à Distância, portanto, decorre da necessidade de novas propostas de estudo, onde o aluno não tem uma delimitação geográfica e nem uma sala de aula presencial para buscar sua qualificação. Vavassori e Gauthier (2000) relatam que são muitos os aspectos envolvidos no planejamento de Educação à Distância, como por exemplo, aspectos administrativos, pedagógicos e tecnológicos. Dentre os aspectos tecnológicos, destaca-se a flexibilidade proporcionada pela Internet, podendo criar e apoiar um ambiente de aprendizagem baseado na Web. Através da Internet é possível encontrar diversos sistemas desenvolvidos especificamente para apoiar o processo de ensinoaprendizagem a distância. Estes sistemas podem ser considerados como ferramentas de apoio no Ensino à Distância em função de proporcionar a infraestrutura e o ambiente necessários para a transmissão e o desenvolvimento do conhecimento. Estes podem ser encontrados, em sua maioria, como sendo distribuídos livremente ou comercializados através da internet.

2.1 Referenciais de Qualidade para Sistemas de Comunicação 22 O Ministério da Educação e a Secretária de Educação à Distância lançaram, em 2003, um manual contendo referenciais de qualidade, critérios a serem seguidos e implementados pelas instituições de ensino que oferecem cursos de nível superior em modalidade de Ensino à Distância. Este documento foi reeditado, e relançado em 2007 com base nas alterações da legislação vigente, e na série de procedimentos de avaliações as instituições de ensino com programas de Ensino à Distância disponíveis no país. Demonstrando, assim, o esforço do MEC na busca pelos requisitos de qualidades necessários para o funcionamento adequado de um curso a distância (MEC, 2007). Conforme o próprio documento coloca, o manual não possui valor legal, ou seja, não tem força de lei. Contudo, é responsável por definir os fundamentos dos princípios, diretrizes e critérios dos referenciais de qualidade. As orientações contidas neste documento devem ter função indutora, não só em termos da própria concepção teórico-metodológica da Educação à Distância, mas também da organização de sistemas de EaD (MEC, 2007). Os Referenciais de Qualidade estabelecidos pelo Ministério da Educação é que irão nortear este trabalho durante a análise e investigação das ferramentas de suporte para Ensino à Distância. Por se tratar de um universo amplo e complexo o estabelecimento de critérios e diretrizes para um curso de ensino superior à distância, este trabalho irá restringir-se a avaliar os aspectos das ferramentas que estejam alinhados e estabelecidos através do tópico Sistemas de Comunicação contido no documento.

2.2 Critérios para Sistemas de Comunicação 23 O tópico sobre sistemas de comunicação foi abordado de forma abrangente e contempla os aspectos fundamentais para o provimento de infraestrutura básica para o processo de ensino-aprendizagem. Também é reafirmado que a Educação à Distância é uma realização ocasionada pelo desenvolvimento, popularização e democratização de novas tecnologias (MEC, 2007). A Educação à Distância é concebida considerando que o principio do processo de aprendizagem seja mantido. Precisando estar apoiada por uma metodologia de ensino que permita interação entre os alunos e professores, possibilitando o desenvolvimento compartilhado do conhecimento através de sistemas de comunicação. Sistemas de comunicação podem ser considerados como telefone, fax, correio eletrônico, videoconferência, fórum de debate pela Internet, ambientes virtuais de aprendizagem, etc. Todo meio que possibilite a interação entre professor-aluno, integrando-os e permitindo a troca e compartilhamento de conhecimento. Segundo MEC (2007), o princípio da interação e da interatividade é fundamental para o processo de comunicação e devem ser garantidos no uso de qualquer meio tecnológico a ser disponibilizado. A preocupação com a interatividade do meio escolhido deve-se ao fato de que todo curso superior a distância deve ser capaz de oferecer a possibilidade que o aluno tenha fácil acesso ao conteúdo e material didático do curso e um canal direto para orientação da aprendizagem, garantindo a articulação entre alunos, professores, coordenadores e responsáveis pelo ambiente. Outra fonte de preocupação do documento de Referencias de Qualidades do MEC é com o isolamento dos alunos de cursos a distância. É

24 colocado que a interação entre os alunos deve ser privilegiada, garantida e fomentada, pois esta atua como facilitador da interdisciplinidade e motivador da aprendizagem. Esta prática além de pertencer aos Referenciais de Qualidade, faz parte das exigências legais estabelecidas pelo Decreto de Lei 5.622, estabelecendo que todo curso superior de Ensino à Distância deve possuir momentos de encontros presenciais. Ao que concerne sobre as características dos sistemas de informação que apóiam o processo de ensino-aprendizagem à distância, o documento de Referenciais de Qualidade, do Ministério da Educação, não fez menção direta sobre o uso ou suas funcionalidades. Contudo, fica bastante claro que o tópico de Sistemas de Comunicação do documento, descreve quais são as diretrizes que deverão ser respeitadas pelas instituições que oferecem cursos de nível superior a distância, como apontado na Tabela 2. 1 2 3 4 5 Tabela 2: Diretrizes para sistemas de comunicação descrever como se dará a interação entre estudantes, tutores e professores ao longo do curso, em especial, o modelo de tutoria quantificar o número de professores/hora disponíveis para os atendimentos requeridos pelos estudantes e quantificar a relação tutor/estudantes; informar a previsão dos momentos presenciais, em particular os horários de tutoria presencial e de tutoria a distância, planejados para o curso e qual a estratégia a ser usada; informar aos estudantes, desde o início do curso, nomes, horários, formas e números para contato com professores, tutores e pessoal de apoio; informar locais e datas de provas e datas limite para as diferentes atividades (matrícula, recuperação e outras);

6 7 8 9 10 11 12 25 descrever o sistema de orientação e acompanhamento do estudante, garantindo que os estudantes tenham sua evolução e dificuldades regularmente monitoradas, que recebam respostas rápidas a suas dúvidas, e incentivos e orientação quanto ao progresso nos estudos; assegurar flexibilidade no atendimento ao estudante, oferecendo horários ampliados para o atendimento tutorial; dispor de pólos de apoio descentralizados de atendimento ao estudante, com infra-estrutura compatível, para as atividades presenciais; valer-se de modalidades comunicacionais síncronas e assíncronas como videoconferências, chats na Internet, fax, telefones, rádio para promover a interação em tempo real entre docentes, tutores e estudantes; facilitar a interação entre estudantes, por meio de atividades coletivas, presenciais ou via ambientes de aprendizagem adequadamente desenhados e implementados para o curso, que incentivem a comunicação entre colegas; Planejar a formação, a supervisão e a avaliação dos tutores e outros profissionais que atuam nos pólos de apoio descentralizados, de modo a assegurar padrão de qualidade no atendimento aos estudantes; abrir espaço para uma representação de estudantes, em órgãos colegiados de decisão, de modo a receber feedback e aperfeiçoar os processos. Fonte: Referências de Qualidade do MEC Como o objetivo será buscar e investigar uma ferramenta de suporte (sistema de informação) para ambientes virtuais de aprendizagem, que possibilitem através de suas funcionalidades a execução, disponibilização e interação das diretrizes estabelecidas para sistemas de comunicação no documento de Referências de Qualidade do MEC.

26 Capítulo 3 Ferramentas para ambientes virtuais de aprendizagem Escolher uma ferramenta computacional para ser analisada e investigada na primeira etapa desta pesquisa. Nela, foram estabelecidos os mecanismos de busca das ferramentas e os critérios para sua seleção. Uma vez que a proposta do projeto foi estabelecer critérios para escolha de uma ferramenta que estivesse alinhada com as necessidades e diretrizes de um curso a distância. Assim, os critérios foram os seguintes: Utilizada com sucesso por universidades e centros de formação; Com documentação e interface em português brasileiro; Possuir interface de teste do ambiente (se aplicável); Fácil instalação e configuração (se aplicável); Distribuída livremente na internet (se aplicável). O critério de escolha primordial foi que a ferramenta já fosse utilizada com sucesso em cursos a distância em universidades e centros de formação. Também deveria possuir interface e documentação em língua portuguesa para possível consulta e avaliação das diretrizes cabíveis estabelecidas na Tabela 2. Por fim, deveria ser de fácil implementação (instalação e configuração), pois caso surgisse à necessidade de implantação da ferramenta para estender a investigação de suas funcionalidades, pudesse ser feito sem o envolvimento de mão-de-obra especializada. A ferramenta também deveria possuir uma modalidade de licença de uso que permitisse a livre utilização. Característica esta alinhada com os interesses do Governo Federal e a realidade socioeconômica do Brasil.