INSTITUTO DE PESQUISA MAURÍCIO DE NASSAU ÍNDICE DE CONFIANÇA DO CONSUMIDOR RECIFENSE (ICC-RECIFE) EDIÇÃO NOV/2014 Recife, Novembro de 2014.
INTRODUÇÃO O Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau IPMN divulga o Relatório de Confiança do Consumidor para o mês de novembro de 2014, informações que fazem parte da Pesquisa Mensal de Expectativa de Consumo (PMEC-IPMN). Um dos componentes de tal relatório é o Índice e Confiança do Consumidor do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (ICC-IPMN), que consiste em um indicador da percepção do consumidor recifense sobre suas finanças pessoais e economia (local/nacional). Tal indicador é apurado desde o mês de novembro de 2010. O produto final deste trabalho fornece subsídios para uma compreensão mais precisa das tendências e preferências dos consumidores e demanda de mercado do mês corrente, informações úteis para: consumidores, gestores, empresários, setor público, setor financeiro, etc.
ESPECIFICAÇÕES DA PESQUISA ÁREA DE ABRANGÊNCIA: Cidade de Recife. DATA DA COLETA: As entrevistas foram realizadas no dia 03 e 04 de Novembro de 2014. UNIVERSO: Pessoas com 16 anos ou mais de idade residentes na área de abrangência. AMOSTRA: A amostra foi selecionada a partir de um plano de amostragem estratificada de conglomerados em dois estágios. No primeiro estágio foram sorteados os setores censitários e em seguida é selecionado um número fixo de pessoas segundo cotas amostrais das variáveis sexo e faixa etária. NÚMERO DE ENTREVISTAS: O tamanho da amostra foi de 625 entrevistas. CONFIABILIDADE: O número de entrevistas foi estabelecido com base em uma amostragem aleatória simples com um nível estimado de 95% de confiança e uma margem de erro estimada de 4,0 pontos percentuais. FONTE: A amostra foi definida com base nas fontes oficiais de dados: Censo IBGE e TRE.
100,0 Confiança no momento atual e futuro PONTOS 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 51,2 64,3 67,3 76,6 57,7 83,8 70,4 85,9 63,0 77,5 75,0 85,8 ICEA (Atual) IEC (Expectiva) 20,0 10,0 0,0 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 A observação do índice em um intervalo maior de tempo mostra uma trajetória descendente, pesquisa após pesquisa percebe-se em 2014 uma redução da média anual do indicador. Tal tendência de queda pode ser entendida como a conjunção de diferentes fatores, tais como: modesto desempenho da economia brasileira, indícios de desaquecimento da economia local, desgaste da temática econômica no período eleitoral, além da iminência da conclusão de grandes obras no estado que tendem a ocasionar demissões em alguns segmentos do mercado de trabalho, dentre outros fatores.
120,0 100,0 100,6 Média anual do ICC-RECIFE 94,4 95,8 85,5 80,0 77,2 PONTOS 60,0 40,0 20,0 0,0 2010 2011 2012 2013 2014 * Os dados de 2014 se referem ao período entre janeiro e novembro. A confiança do consumidor em baixa não afeta apenas o setor comercial, mas também toda a economia, pois o consumo das famílias é o principal componente do PIB no Brasil. Ou seja, um baixo ICC pode comprometer o desempenho da economia nos próximos meses. Ao observar a confiança de forma semestral, percebe-se que o primeiro semestre de 2014 apresenta o ICC médio mais baixo da série pesquisada, o segundo semestre (representado pelos meses de julho a novembro) também está abaixo da média do segundo semestre da série analisada. Situação que pode se consolidar, pois a confiança média no primeiro semestre é historicamente superior à observada no segundo semestre, segundo a série do ICC que data do ano de 2010. Assim, caso este padrão se confirme, o ano de 2014 poderá ficar marcado como pior ano para o ICC na série estudada.
Semestre ICC Médio 2011-1 97,5 2011-2 91,3 2012-1 95,1 2012-2 96,5 2013-1 96,0 2013-2 75,0 2014-1 79,6 2014-2* 74,3 * Os dados de 2014-2 se referem ao período de julho a novembro. As indefinições e incertezas presentes no ambiente econômico e consequentemente nas finanças pessoais nos últimos anos têm trazido grande volatilidade para o índice de confiança do consumidor de Recife, pois ao longo dos últimos meses grandes variações mensais nas percepções e expectativas têm ocorrido, fato aponta que o consumidor está incerto em relação ao futuro de suas finanças e economia. 30,00 Variação mensal do ICEA e do IEC 20,00 10,00 ICEA (Atual) 0,00-10,00 IEC (Expectiva) -20,00-30,00
Ao observar as categorias analisadas pela pesquisa percebe-se que existe um maior percentual de indivíduos confiantes na categoria economia de Pernambuco, seguida pela categoria finanças pessoais e o menor percentual de indivíduos confiantes esta relacionado com a variável economia do Brasil. Otimismo por categoria Brasil 28,9% 38,8% Pernambuco 30,0% 45,1% out/14 nov/14 Finanças pessoais 40,7% 44,7% 0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% Os resultados por categoria apontam que a percepção sobre a economia de Pernambuco foi a variável que mais contribuiu para a elevação da confiança do consumidor elevação de 15,1%. A confiança com a economia brasileira cresceu 9,9% e em relação às finanças pessoais o crescimento foi de 4%. De maneira geral os resultados do ICC de novembro são positivos, pois apresentam a recuperação da retração apresentada em outubro, mas a elevada volatilidade do ICC nos últimos anos dificulta qualquer previsão do comportamento do mesmo para os próximos meses. No entanto, ao se observar a tendência agregada do indicador percebe-se a uma nítida tendência de queda ao longo dos últimos quatro anos. Um dos reflexos da baixa confiança do consumidor é a venda do comércio, o Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau, também infere mensalmente o índice Nível de Demanda do Varejo, que representa a demanda espontânea dos entrevistados para cinco segmentos de bens duráveis e dois segmentos s de bens não duráveis. Neste mês
Do total de entrevistados 9% se mostraram dispostos a adquirir eletrodomésticos em Novembro. Em relação aos eletrônicos, 9,1% dos entrevistados se disseram dispostos a adquirir.
Nos móveis a demanda potencial é de 9,1%. Nos produtos de informática a demanda potencial é de 6,4%.
Em relação aos veículos, 3% dos entrevistados disseram estar dispostos a adquirir um veículo no mês de Novembro. No que tange aos bens não duráveis, 23,9% se disseram dispostos a adquirir roupas este mês e 22% calçados.
JANGUIÊ DINIZ PRESIDENTE DO CONSELHO CIENTÍFICO janguie@sereducacional.com JÂNYO DINIZ DIRETOR-PRESIDENTE DO IPMN janyo@sereducacional.com SÉRGIO MURILO JÚNIOR COORDENADOR EXECUTIVO sergio.murilojr@mauriciodenassau.edu.br ADRIANO OLIVEIRA CIENTISTA POLÍTICO/COOPERAÇÃO CIENTÍFICA adrianopolitica@uol.com.br MAURÍCIO COSTA ROMÃO ECONOMISTA /COOPERAÇÃO CIENTÍFICA mauricio-romao@uol.com.br DJALMA S. GUIMARÃES ECONOMISTA dsgjunior@gmail.com CARLOS GADELHA JÚNIOR ESTATÍSTICO carlos.gadelha@mauricionassau.com.br SIMARA COSTA ESTATÍSTICA simara.costa@mauriciodenassau.edu.br ISYS ALBUQUERQUE ESTATÍSTICA isyspryscilla@gmail.com