Município de Júlio de Castilhos



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Transcrição:

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE JÚLIO DE CASTILHOS RS URGENTE Pedido de Liminar Espécie: Ação Ordinária com Pedido de Liminar Autor: Réu: INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL IPERGS MUNICÍPIO DE JÚLIO DE CASTILHOS, Pessoa Jurídica de Direito Público Interno, inscrito no CGC/MF sob o nº 88.227.756/0001-19, com sede administrativa na Av. Pinheiro Machado, nº 649, na cidade de Júlio de Castilhos - RS, representado por sua Prefeita Municipal, Senhora Vera Maria Schornes Dalcin, brasileira, casada, agente política, inscrita no CPF sob o nº 272.753.290-34, CI nº 6005250318, residente e domiciliada na Rua Miguel Waihrich Filho nº 183, em Júlio de Castilhos - RS, através de seu Procurador, signatário, conforme Procuração em anexo (Doc. 01), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, para propor a presente AÇÃO ORDINÁRIA com Pedido de Liminar de Antecipação de Tutela Contra o INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL IPE, com sede para citação e notificação na Avenida Borges de Medeiros, nº 1945, Centro, CEP 90.110-900, Porto Alegre RS, conforme passa a expor e ao final requerer:

I - DOS FATOS Estado do Rio Grande do Sul O município autor, como a maioria dos municípios do Estado do Rio Grande do Sul, mantém com o Instituto réu um Termo de Contrato de Prestação de Serviços IPE-SAÚDE (Doc. 02 e 03), cujo objeto é: a execução dos serviços de atendimento médico-hospitalar, diagnóstico e tratamento, bem como programas e ações específicos, na proporção dos recursos do FAS/RS, destinados a promoção da saúde e a prevenção de doenças, a serem prestados pelo CONTRATADO aos servidores ativos e inativos, agentes políticos e seus dependentes e pensionistas que optarem pelo plano, mediante contrapartida financeira de valores baseados em cálculo atuarial, observado especialmente o disposto no artigo 11 da Resolução IPERGS nº 329/04, com a redação dada pela Resolução nº 347/08, fixados e reajustados periodicamente, através de Portaria do Órgão Gestor. Sendo que as obrigações são: disponibilizar os serviços previstos no Plano IPE- SAÚDE, através de sua rede conveniada e/ou credenciada, segundo os critérios contidos nas normas e regulamentos, conforme previsto Cláusula Segunda do Termo antes mencionado. A situação transcorria dentro da normalidade quando em março de 2014 o município recebeu uma correspondência Ofício nº 02/2014 Convênio/IPE SAÚDE (Doc. 04), o qual trazia em anexo uma Minuta de um novo Termo de Contrato de Prestação de Serviços (Doc. 05 a 07) com a alteração da alíquota de contribuição de 15% (quinze por cento) para 18% (dezoito por cento), para ser devolvido devidamente assinado até 30.04.2014 e com vigência da nova alíquota em 01.06.2014 e que a não devolução acarretaria a suspensão dos serviços e posterior rescisão do contrato. Em seguida a Federação dos Municípios do Rio Grande do Sul FAMURS deu início a negociações com o réu para rever as alíquotas de forma calculada contabilmente onde pudessem os municípios interagir e conferir tais cálculos, trabalho conduzido por uma Comissão integrada por 09 (nove) Prefeitos Municipais e foi constituída para o fim especifico de conduzir as negociações.

Em junho/2014 o autor recebeu correspondência (Doc. 09) concedendo-lhe um prazo de 60 (sessenta) dias, para manifestação, cabendo recurso, onde poderia apresentar razões técnicas de fato e de direito que justificassem a manutenção do contrato nos índices e percentuais atualmente em vigor. Posteriormente, o município autor recebeu um documento expedido pelo réu (Ofício Circular GP nº 01/2014 Doc. 10), em setembro/2014, no qual dava conta de que o prazo inicialmente concedido na primeira correspondência, que era de 60 (sessenta) dias para manifestação do autor sobre o aumento de alíquota proposto, estava suspenso, enquanto se desenrolavam as aludidas negociações encabeçadas pela FAMURS como representante dos municípios. A referida suspensão de prazo, feita pelo réu, não foi cancelada: ou seja, está em vigor até a presente data; contudo, inadvertidamente, em 29.12.2014 o município autor recebeu uma nova correspondência (Doc. 11) na qual informa que: Sendo assim, informamos o INDEFERIMENTO de sua solicitação, alertando que a partir de 01/01/2015 a alíquota de contribuição será aquela já informada em Ofício enviado a este ente municipal anteriormente, uma vez que demonstrado o desequilíbrio financeiro, o que comprova efetivamente a necessidade de readequação do percentual de contribuição. Finalmente, fica V. Sa. NOTIFICADO que não havendo adequação ao índice percentual determinado pelo regramento geral até 01.05.2015, o contrato de prestação de serviço à saúde com este ente municipal será rescindido. Ocorre que, fomos informados que já houve notificação aos conveniados do IPE- SAÚDE: hospitais, profissionais médicos, Clínicas, etc., de que a partir do dia 01.01.2015, portanto, dentro de 03 (três) dias, estará suspenso o contrato de prestação de serviços, passando a estar os servidores sem poder utilizar o Plano de Saúde, inclusive aqueles que tinham consultas, exames ou procedimentos cirúrgicos pré-agendados. Conforme narrado na Carta de Orientações sobre o IPE-SAÚDE oriundo da FAMURS (Doc. 12), recebida no município em 30.12.2014, conforme comprovante de recebimento, as

negociações encerram-se sem êxito e o aconselhamento ou sugestão do órgão que representa os municípios do Estado é de que se busque a tutela jurisdicional parta manter os serviços. Não obstante, a FAMURS informa que está reunindo-se com os novos Secretários de Estado que assumirão em 01.01.2015 tentando uma resolução para o problema. Mantivemos contato com o réu onde fomos informados (pelo servidor Ronaldo) que não haveria como conceder nem sequer um prazo de 30 (trinta) dias para adequação da alíquota na forma proposta, e que, se não houver a adequação já referida (aumento de 15% para 18%), em 01.05.2014 o contrato estará rescindido; porem encontrar-se-á suspenso desde 01.01.2015. Nesse contexto, não restou alternativa ao município a não ser buscar a tutela jurisdicional para que sejam mantidos os serviços contratados, de assistência à saúde do servidor, até que se tenha tempo hábil para proceder a adequação da alíquota. Daí a urgência da medida judicial de antecipação de tutela que ora se busca a qual, posteriormente pretende-se seja declarado por sentença de mérito o direito do autor em obter prazo razoável para solucionar a questão, sem suspensão dos serviços, pois se trata de saúde pública, portanto, interesse público. Note-se que o próprio ofício do IPE dá a possibilidade de adequação até 01.05.2015; porém, está suspendendo os serviços em 01.01.2015, tudo conforme já transcrito na presente petição e verificado no texto do documento anexo. DO DIREITO No contexto fático acima mencionado o autor tem necessidade da medida judicial que ora busca com a finalidade de que seja determinada a manutenção dos efeitos do contrato celebrado com o réu, e lhe seja concedido prazo tempo razoável para que possa proceder à alteração de alíquota, ao que o município não se opõe, apenas, precisa de tempo para resolver, pois depende de lei autorizativa e alteração orçamentária que também é através de lei. E ainda temos o agravante de que a Câmara de Vereadores está em recesso até 15.02.2015 (Doc. 13)

Importa destacar que a forma pela qual o réu suspende os serviços do Plano de Saúde é arbitrária e abusiva, onde impõe a rescisão futura; porém, implanta a suspensão imediata dos serviços, sem que exista qualquer documento ou legislação dando tal possibilidade ao réu. A Resolução n 329/04, alterada pela Resolução 347/08 expedidas pelo réu (Doc. 14), no art. 15, inciso III, prevê de forma expressa a impossibilidade da suspensão do contrato antes de 12 meses da constatação do desequilíbrio e informação ao autor. Conforme verificado o município foi cientificado da situação em março de 2014 (Doc. 04). FUMMUS BONI JURIS Nesse contexto, a fumaça do bom direito está evidenciada na necessidade de que não haja prejuízo aos servidores e que o município não deu causa a suspensão do contrato, muito menos a sua futura rescisão, tudo conforme já explanado e comprovado com os documentos em anexo. Com a presente ação busca-se proteger o interesse público e o bem comum dos servidores públicos municipais e seus dependentes os quais aderiram ao Plano de Saúde, estão pagando pelo mesmo e agora, sem ter dado causa para tanto; estão sendo privados do atendimento; o qual se trata de direito fundamental garantido constitucionalmente, que é o direito à saúde. O município autor, como já dito, não se nega a realizar as adequações necessárias conforme apontado pelo réu, onde após dialogar com os servidores e alterar a legislação própria, mudaria a alíquota para o percentual indicado pelo réu; porém, o que não pode haver é a suspensão dos serviços contratados no Plano de Saúde, tampouco a sua futura rescisão. PERICULUM IN MORA Como já mencionado anteriormente, a manutenção dos efeitos do contrato de prestação de serviços do IPE-SAÚDE é questão vital para os servidores que tem neste Plano de Saúde um de seus maiores patrimônios, pois, através dele tem a garantia de assistência à

saúde párea si e seus dependentes, pagando religiosamente por isso, através de desconto em seus contra-cheques, sendo que parte da alíquota de contribuição é do segurado e parte é patronal, estando sendo pagas sem em dia. O perigo da demora é de inegável comprovação, posto que, não poderá o servidor segurado e seus dependentes ficarem descobertos do atendimento à saúde, esperando desfecho de alteração de alíquota, pois trata-se de preserva o direito a vida e a saúde. Urge, portanto, que se determine a manutenção dos efeitos do contrato e de seus atendimentos, por um prazo razoável, que poderá ser o prazo apontado pelo próprio réu, ou seja: até 01.05.2015, data na qual o município já terá feita a alteração na alíquota de contribuição de 15% para 18% e se poderá seguir normalmente com a prestação de serviço contratada que é de interesse recíproco, dos servidores e do município. DA LIMINAR No contexto que se expõem e fundamenta na presente ação está evidenciada e provada a urgência da antecipação dos efeitos da tutela, em sede de Liminar, para evitar prejuízos aos servidores públicos municipais, optantes pelo plano de saúde ora em questão e seus dependentes. Trata-se de preservar o direito à vida e à saúde. Presentes os requisitos autorizadores da antecipação dos efeitos da tutela: periculum in mora e fummus boni iuris, nos exatos termos do art. 273, inciso I, do Código de Processo Civil, e diante do fundado receio de dano iminente irreparável, ocasionado pelo não atendimento dos segurados do IPE, servidores do município, a concessão da liminar ora pleiteada é medida que se impõem.

DO PEDIDO Estado do Rio Grande do Sul Ante o exposto, requer-se: a) - Seja deferida a antecipação dos efeitos da tutela, inaudita altera pars, para determinar ao Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul IPERGS que mantenha os efeitos do contrato de prestação de serviços celebrado com o autor, pelo período mínimo de até 01.05.2015, tempo necessário para o ajuste na alíquota proposta, conforme os termos da própria correspondência enviada pelo réu (cópia em anexo); b) Que, concedida a Liminar seja determinado ainda ao réu que cientifique aos conveniados da decisão judicial e mantenham todos os atendimentos próprios do plano de Saúde aos segurados da Prefeitura Municipal, do município de Júlio de Castilhos; c) A citação do Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul IPERGS na pessoa de seu representante legal, para contestar, querendo, a presente ação, sob pena de revelia e confissão; d) A procedência da presente ação para determinar que o réu mantenha os efeitos do contrato de prestação de serviços celebrado com o autor, até 01.05.2015, tempo necessário para o ajuste na alíquota proposta, conforme os termos da própria correspondência enviada pelo réu (cópia em anexo); e) - Que seja permitida a produção de todas as provas admitidas em direito, seja condenado o réu ao ônus da sucumbência, arcando com custas, despesas processuais e honorários advocatícios; f) Que seja estipulada multa diária de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais), a ser paga pelo réu em favor do autor, em caso de descumprimento da Medida Liminar. Atribui-se à causa o valor de alçada no montante de R$ 1.394,00 (mil trezentos e noventa e quatro reais), para efeitos fiscais e cumprimento do Diploma Processual Civil. Nestes termos, pede e espera deferimento.

Júlio de Castilhos RS, 30 de dezembro de 2014. Pp. Adílio Oliveira Ribeiro OAB/RS 35.509