ACESSIBILIDADE E USABILIDADE: UM INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DE DISPOSITIVOS COMPUTACIONAIS MÓVEIS COM ÊNFASE EM NECESSIDADE ESPECIAL VISUAL



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Transcrição:

ACESSIBILIDADE E USABILIDADE: UM INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DE DISPOSITIVOS COMPUTACIONAIS MÓVEIS COM ÊNFASE EM NECESSIDADE ESPECIAL VISUAL Erick Lino Pedro 1 NIPETI 2 - Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), Campus Nova Andradina e7.ifms@gmail.com Claudio Zarate Sanavria NIPETI - Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), Campus Nova Andradina claudio.sanavria@ifms.edu.br Resumo: Este trabalho descreve uma proposta de elaboração e validação de um instrumento para avaliação da acessibilidade e da usabilidade em dispositivos computacionais móveis, considerando como usuários pessoas com necessidade especial visual total ou parcial. Neste contexto, o objetivo é propor um instrumento que identifique as principais características de acessibilidade e usabilidade presentes nos referidos dispositivos no que tange aos pressupostos descritos pelos principais autores da área e pesquisas correlatas. Assim, pretende-se contribuir para o aperfeiçoamento dos estudos da interação humano-computador, provocando reflexões acerca da inclusão digital. Palavras-chave: Usabilidade, Acessibilidade, Dispositivos Móveis. Introdução A evolução das tecnologias da informação e comunicação (TIC) é constante na chamada sociedade da informação. A cada dia, surgem novas soluções e propostas de mecanismos para o acesso e a troca de informações. Nesse processo, o desenvolvimento de equipamentos e aplicações para computadores de mesa predominou durante muito tempo. Porém, para Preece (2005), o advento das tecnologias sem fio, móveis e portáteis promoveram uma mudança de paradigma para além dos computadores tradicionais. Segundo Weiss (2002) citado por Araújo et al (2009), os dispositivos móveis 1 Bolsista do Programa Institucional de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI/CNPq). 2 Núcleo Interdisciplinar e Pesquisa, Estudo e Desenvolvimento em Tecnologia da Informação.

2 são divididos em: celulares, pagers, PDAs e communicators. Atualmente o celular absorveu as funções de todos eles. Hoje com o celular podemos ouvir músicas, ver vídeos, acessar a internet, tirar fotos, entre outras. Dentro desta classificação que Weiss realizou podemos elencar mais dois dispositivos para esta classe, dispositivos este que são tablets e smartphones. De acordo Lagoá et. al (2008), a contínua evolução dos dispositivos vem acompanhada de uma enorme distância entre estes e os usuários com necessidade especial visual, que apresentam muitas dificuldades de utilização, impedindo o acesso à informação em geral ou mesmo em situações profissionais. Pode-se afirmar que a acessibilidade visa facilitar o acesso a conteúdo independentemente do dispositivo ou das necessidades especiais do usuário. Isso não significa que algo deva ser descartado se um grupo de pessoas não tiver acesso ao conteúdo que o dispositivo traz, mas deve se prever meios alternativos de acesso para aqueles usuários. Dentro deste contexto, o presente projeto consiste em propor e convalidar um instrumento de avaliação de acessibilidade e usabilidade de sistemas desenvolvidos especificamente para dispositivos móveis, considerando nesse processo o usuário portador de necessidade especial visual. Para isso, estabeleceram-se os seguintes objetivos específicos: Elaborar um instrumento que afira o nível de acessibilidade disponível num dispositivo móvel, analisando principalmente os recursos para deficientes visuais; Garantir que o instrumento identifique as principais características de usabilidade presentes nos referidos dispositivos no que tange às heurísticas de usabilidade descritas pelos principais autores da área; Contribuir para o aperfeiçoamento dos princípios de usabilidade em sistemas especificamente desenvolvidos para dispositivos móveis, assim como propor novas reflexões acerca da acessibilidade em sistemas computacionais. Breve revisão teórica Lagoá et. al (2008) defendem que, nos últimos anos, a área da acessibilidade, mais especificamente a área que abrange a necessidade especial visual, tem recebido

3 uma atenção cada vez mais acentuada por parte das grandes empresas de telefonia móvel. Neste contexto, tais produtos podem ser categorizados de duas formas: soluções de hardware e soluções de software, sendo que estas últimas podem funcionar em dispositivos móveis comuns e substituem o suporte visual como forma de retorno de informação para o usuário. Apesar desta preocupação, ainda é pouca a divulgação de experiências que denotem o uso de tais recursos em dispositivos móveis no Brasil. Além disso, as questões de usabilidade vão muito além das tentativas de melhorias de acesso, ou seja, além do desenvolvimento de tais tecnologias, é necessária uma aferição da eficiência de tais recursos. Araújo et. al (2009) asseguram que para se avaliar um sistema usam-se métodos de engenharia de usabilidade para elaborar testes que consideram se ele é fácil de usar, de aprender, de memorizar, isentos de erros e se causam satisfação do usuário. Para Gavasso et. al (2009) as novas tecnologias dos dispositivos móveis geram uma necessidade maior no projeto de uma interface com usabilidade, pois acopla inúmeras funcionalidades em uma pequena tela. Araújo et. al (2009), Gavasso et. al (2009), Lagoá et. al (2008), Melo e Silva (2010) e Ribeiro (2006) são alguns dos trabalhos que relatam a questão da acessibilidade e/ou da usabilidade em dispositivos móveis. Em Gavasso et. al (2009) são discutidas as características de usabilidade que devem ser consideradas em dispositivos móveis. Em Melo e Silva (2010) são descritos os resultados de um estudo comparativo dos principais dispositivos móveis, em especial o celular visando avaliar a usabilidade e a acessibilidade a portadores de necessidade especial visual. Para isso, criaram um roteiro de tarefas que foram realizadas por um grupo de usuários com tais características. Araújo et. al (2009) também descrevem a aplicação do teste de usabilidade em telefones celulares, envolvendo usuários experientes.

4 Metodologia A pesquisa estabelecida para esta pesquisa prevê as seguintes etapas: Levantamento teórico e definição dos critérios de acessibilidade e usabilidade; Elaboração do instrumento; Levantamento das tecnologias; Aplicação do instrumento (avaliação por inspeção e teste com o usuário); Análise dos dados coletados; Análise e convalidação do instrumento. Até o momento foram realizadas as etapas de levantamento e sistematização de conceitos e trabalhos correlatos. Foram definidos celulares e tablets como dispositivos a serem avaliados. A próxima etapa consiste na sistematização dos pressupostos para elaboração do instrumento e posterior aplicação e validação. A aplicação do instrumento a ser elaborado se dará em conjunto com uma pesquisa que ocorre em paralelo, cujo objetivo é avaliar a acessibilidade e usabilidade de dispositivos móveis visando usuários com necessidade especial visual. Assim, tal pesquisa contribuirá para a validação do instrumento proposto. A participação de usuários voluntários que são portadores de necessidade especial visual objetiva permitir a captação de informações muito mais fiéis em termos de acessibilidade e usabilidade dos sistemas analisados. Tal participação visa um retorno aos próprios usuários, uma vez que os resultados da análise pretendida constituem-se em elementos norteadores para a melhoria da acessibilidade e da usabilidade dos dispositivos em questão. Resultados e Considerações Finais A ideia deste projeto é reunir os pressupostos apresentados por estes e demais estudiosos, organizando um instrumento de avaliação que contemple aspectos de sucesso relatados. Espera-se com presente projeto uma contribuição para o conhecimento científico sobre a usabilidade em dispositivos móveis, assim como a promoção de discussões acerca da acessibilidade em sistemas computacionais dessa natureza. Apesar da acessibilidade ser aqui abordada com ênfase em portadores de necessidade

5 especial visual, pretende-se beneficiar todos os usuários, independente de existirem ou não necessidades especiais. Entende-se a aplicabilidade desta pesquisa no sentido de contribuir para o atendimento aos princípios da Interação Humano-Computador, permitindo que os usuários móveis sejam produtivos no uso do tempo e dos recursos e estejam sempre satisfeitos em relação aos atributos do sistema. Referências ARAUJO, Elaine Cristina Juvino; SOUZA, Lucas Vieira; GUEDES, Rhavy Maia; COUTINHO, Ana Flávia Borba. Avaliação da Usabilidade de Dispositivos Móveis. Prefácio Online Revista Científica da Faculdade de Tecnologia de João Pessoa. João Pessoa: FATEC, 2009. Disponível em <www.fatecjp.com.br/revista/artigo06.pdf>. Acesso em 15 nov. 2011. GAVASSO, Gabriel; CALDERARO, Rodrigo; SPOLAVORI, Carlos Eduardo; ANDRES, Daniele. A Usabilidade em Dispositivos Móveis. Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Disponível em <guaiba.ulbra.tche.br/pesquisas/2006/artigos/sistemas/143.pdf>. Acesso em 15 nov. 2011. LAGOÁ, Paulo; NICOLAU, Paulo; GUERREIRO, Tiago; GONÇALVES, Daniel; JORGE, Joaquim. Acessibilidade Móvel: Soluções para Deficientes Visuais. 3ª Conferência Nacional em Interacção Pessoa-Máquina. Universidade de Évora, 2008. Disponível em < vimmi.inesc-id.pt/publication.php?publication_id=295>. Acesso em 15 nov. 2011. MELO, Eduardo Batista.; SILVA, Teresinha P. Diniz. Avaliação Comparativa da Usabilidade e Acessibilidade em Sistemas para Dispositivos Móveis. Anuário da Produção Discente. Anhanguera, 2010. Disponível em <sare.unianhanguera.edu.br/>. Acesso em 15 nov. 2011. PREECE, Jennifer. Design de interação: além da interação humano-computador. Porto Alegre: Bookman, 2005. RIBEIRO, Daniel Francisco. Estudo de Interface Humano-Máquina em Dispositivos Móveis. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Federal de Santa Catarina, 2006. Disponível em < http://projetos.inf.ufsc.br/arquivos_projetos/projeto_521/artigodaniel.pdf>. Acesso em 15 nov. 2011.