PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 037/2003



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1.2. Quais são as condições do financiamento para novos contratos?

Transcrição:

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 037/2003 1. Trata o presente Relatório dos resultados das 58 ações de fiscalização realizadas em decorrência do 3º sorteio do Projeto de Fiscalização a partir de Sorteios Públicos, no qual foi sorteado o Município de Tanguá - RJ. 2. As fiscalizações tiveram como objetivo analisar a aplicação dos recursos federais aplicados no Município sob a responsabilidade de órgãos federais, estaduais, municipais ou entidades legalmente habilitadas, bem como, avaliar a atuação dos Conselhos Municipais responsáveis pelo acompanhamento dos referidos Programas de Governo. 3. Os trabalhos foram realizados in loco no Município, no período de 30/06/2003 a 04/07/2003, sendo utilizados em sua execução as técnicas e procedimentos de análise documental, conferência de cálculos, confirmação externa, exame dos registros, indagação escrita ou oral, inspeção física, correlação das informações obtidas, aplicação de questionários e registros fotográficos, em observância ao que foi estabelecido nas Ordens de Serviço expedidas pelas Coordenações-Gerais das Diretorias da, responsáveis pelo acompanhamento da execução dos Programas de Governo fiscalizados. 4. Os Programas de Governo que foram objeto das ações de fiscalização, estão apresentados no quadro a seguir, por Ministério Supervisor, discriminando, a quantidade de fiscalizações realizadas e os recursos aproximados envolvidos, por Programa. 4.1 Recursos recebidos e quantidade de fiscalizações realizadas Ministério Supervisor Ministério da Assistência e Promoção Social Objeto Fiscalizado Fiscalização na execução do Programa SAC-Serviço de Ação Continuada Fiscalização na execução do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil-PETI Quantidade de Fiscalizações 04 04 Recursos Fiscalizados Serviços Postais 03 - Ministério das Radiodifusão Sonora 01 - Comunicações Serviços de Telecomunicações 05-10.637,50 27.000,00

Ministério Supervisor Ministério de Minas e Energia Ministério da Educação Ministério da Saúde Ministério do Desenvolvimento Agrário Ministério do Trabalho e Emprego Objeto Fiscalizado Quantidade de Fiscalizações Recursos Fiscalizados Fiscalização da Distribuição e 01 - Revenda de Derivados Fiscalização e Controle da Produção Mineral 01 - Fiscalização e Controle da 01 - Produção Mineral Bolsa Escola 04 178.020,00 Alimentação Escolar 04 121.426,40 Assistência Farmacêutica 03 61.434,74 Medicamentos - Tuberculose 01 - PAB Fixo 01 614.339,30 Tuberculose 02 - Hanseníase 02 - Endemias 03 380.049,16 Bolsa Alimentação 01 44.925,00 PACS / PSF 01 252.599,95 Implantação, aparelhamento e adequação de unidades de saúde do SUS 02 198.000,00 Aquisição de unidade móvel de 02 176.000,00 saúde Financiamento e Equalização de Juros para Agricultura Familiar 01 10.294,22 (PRONAF) PROGER 01 10.310,33 FGTS 01 180.001,92 Seguro-desemprego 01 15.026,00 Intermediação 01 - Comissão municipal de emprego 01 - Qualificação profissional 2001 01 - Qualificação profissional 2001 01 - Qualificação profissional 2002 01 - Ministério da - Fazenda Concessão de Crédito 01 Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Ministério dos Transporte Controle Metrológico de Instrumento de Medição e Produto Execução de Serviços de Construção em todo o Território Nacional, visando boas condições de trafégo e Segurança em Rodovias Federais 01 01 1.179.778,09 - TOTAL 58 3.459.842,61 2

5. Encaminhamentos 5.1 Os resultados da fiscalização dos diversos Programas de Governo no âmbito da Unidade Municipal de Tanguá - RJ, encontram-se consubstanciados em fascículos próprios relativos a cada Ministério, os quais constituem este Relatório de Fiscalização, que deverão ser encaminhados aos Ministérios Supervisores de cada Programa de Governo fiscalizado para conhecimento e adoção das providências cabíveis. Rio de Janeiro, 11 de julho de 2003 3

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 037 MUNICÍPIO DE TANGUÁ - RJ MINISTÉRIO DA ASSISTÊNCIA E PROMOÇÃO SOCIAL 3º sorteio do Projeto de Fiscalização a partir Sorteios Públicos

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 37 MUNICÍPIO DE TANGUÁ RJ Quanto aos Programas de Governo de responsabilidade do Ministério da Assistência e Promoção Social, foram realizadas 8 ações de fiscalização. Os resultados das ações de fiscalização estão comentados a seguir, por Programa de Governo, cabendo a esse Ministério dar conhecimento aos gestores envolvidos do que restar apurado, nos termos dos encaminhamentos propostos, bem como adotar as providências necessárias visando a integral observância às recomendações descritas. 1 - Programa/Ação: Serviços de Ação Continuada Atendimento à Criança em Creche. Objetivo do Programa/Ação: Atender à criança carente em creche. Montante Fiscalizado: R$ 10.637,50 1.1)Constatação da Fiscalização: Ausência de repasse dos recursos provenientes do Governo Federal às creches. No município de Tanguá, duas entidades executam o Programa Atendimento à Criança em Creche PAC e as metas foram totalmente realizadas, conforme último quadro de acompanhamento físico encaminhado ao Gestor Estadual. Os custos para execução dessa ação contam com valores da União no montante de R$ 2.127,50 mensais, distribuídos na forma abaixo: Valores em R$ Nome da Entidade EG/ ONG Modalidade de Atendimento Meta Prevista/ Executada Valor per Capita Valor Total Creche Municipal Tereza Campins Gonçalves EG PAC 8H 90 17,02 1.531,80 Creche São Vicente de Paulo ONG PAC 8H 35 17,02 595,70 TOTAL 125 2.127,50 Constatamos que a Prefeitura não repassou os recursos referentes aos meses de janeiro a maio de 2003 à Creche São Vicente de Paulo e também não adquiriu materiais de consumo/alimentos com esses recursos para a Creche Municipal. 2

Demonstramos abaixo a movimentação da conta corrente do Banco do Brasil S/A, em R$, no período de fevereiro a junho de 2003: Saldo bancário em 29/01/2003 10.410,01 (+) Recursos recebidos da União em 2003 10.637,50 (-) Valor transferido para ONG referente aos meses de Nov e Dez/2002 1.191,40 (-) Valor utilizado para compra de alimentos e materiais de consumo para a EG com recursos de 2002 5.034,43 (+) Rendimentos auferidos da aplicação financeira no período 494,97 Saldo bancário em 30/06/2003 15.316,65 Segue, abaixo, composição do saldo da conta corrente do Banco do Brasil S/A, em R$, em 30/06/03: Recursos referentes a 2003 não repassados à Creche São Vicente de Paulo. 2.978,50 Recursos referentes a 2003 não utilizados pela Creche Municipal. 7.659,00 Juros de aplicação financeira (2002 e 2003). 1.471,28 Saldo do processo n 537/03 referente à aquisição de alimentos e material de consumo para a Creche Municipal. 1.428,21 Valor empenhado em 2002 para compra de recarga de cilindros de gás de cozinha para a Creche Municipal, ainda não pago (processo n 475/02). 1.123,50 Valor referente a recurso de 2002 da Creche Municipal ainda não utilizado. 656,16 Saldo da Conta em 30/06/03 15.316,65 A Secretária de Promoção Social e Integração à Cidadania justificou que a Creche São Vicente de Paulo ainda não recebeu as verbas referentes ao exercício de 2003 em função da ausência de dotação orçamentária e elemento de despesa para o repasse no Orçamento do Município. A Secretária apresentou Quadro de Detalhamento de Despesa proposto contendo a destinação de R$7.150,00 a título de subvenção social (repasse de verba) e informou que a Secretaria de Fazenda retirou esta destinação do orçamento sem comunicála. O Orçamento do Município foi aprovado pela Câmara de Vereadores mediante Lei n 362/02, de 26/12/2002. Solicitamos justificativa da Secretaria de Fazenda para a retirada da mencionada destinação, entretanto não recebemos resposta a contento. Em função da ausência daquele elemento de despesa no orçamento, a Prefeitura de Tanguá encaminhou Projeto de Lei à Câmara de Vereadores criando elemento de despesa, visando repassar a verba para a Creche São Vicente de Paulo, no valor de R$5.680,00 e suplementando-o em R$1.468,40. Até o término de nossos trabalhos em campo, o Projeto de Lei não havia sido votado. Em entrevista ao Sr. Evandro Marcos Carvalho Manhães, Presidente da Câmara dos Vereadores, fomos informados que o projeto de lei ainda não foi votado devido ao não atendimento da Lei Municipal n 261/01 de 02/07/01 pela qual o Poder Executivo de Tanguá fica obrigado a apresentar em anexo a qualquer Projeto de Lei de suplementação de verbas, projeto específico para utilização desta verba. O Projeto de Lei que não contiver o anexo referido anteriormente não será posto em apreciação nem em votação pela Câmara de Vereadores. 3

Em relação à Creche Municipal, a Secretária justificou que devido à existência de saldo referente aos recursos de 2002, ainda não houve a necessidade de utilizar o recurso de 2003. O ingresso dos recursos da União ocorreram nas seguintes datas: Mês de Referência Data Valor R$ Janeiro 17/03/03 2.127,50 Fevereiro 24/03/03 2.127,50 Março 29/04/03 2.127,50 Abril 27/06/03 2.127,50 Maio 27/06/03 2.127,50 Soma 10.637,50 Ainda com base na análise dos extratos bancários, constatamos que no mês de fevereiro de 2003 não houve aplicação financeira dos recursos. O Sr. Sydney de Azevedo Couto, Diretor da Tesouraria, justificou que a conta não foi incluída no Ofício, encaminhado mensalmente ao Banco do Brasil, para aplicação do saldo das contas da Prefeitura de Tanguá. De acordo com o citado Senhor, o procedimento de aplicação das contas no início de cada mês e resgate ao final de cada mês está sendo empregado em função de orientação verbal do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Três últimos quadros de acompanhamento físico encaminhados ao Gestor Estadual; extrato bancário da conta corrente nº 5614-6, agência 3801-6 do Banco do Brasil S/A e da aplicação financeira; entrevistas e justificativas apresentadas pela Secretária Municipal de Promoção Social e Integração à Cidadania, Secretário de Fazenda, Tesoureiro e Presidente da Câmara de Vereadores; processos n 475/02 e 537/03. Recomendamos ao gestor federal que atue junto à Prefeitura Municipal de Tanguá no sentido de a mesma repassar, o mais breve possível, os recursos acrescidos do rendimento da aplicação financeira para Creche São Vicente de Paulo. Recomendamos também que o gestor federal oriente a Prefeitura Municipal de Tanguá quanto à correta elaboração de seu orçamento em relação a este recurso federal visando evitar a ausência do repasse em próximos exercícios. Recomendamos ainda que seja efetuada uma avaliação quanto à necessidade dos recursos recebidos pela creche municipal haja vista que, em junho de 2003, ainda estão sendo utilizados recursos de 2002. 4

1.2)Constatação da Fiscalização: Ausência de relatórios de supervisão quando da visita da Responsável pelo Programa SAC nas Entidades. A Srª Rosane Araújo dos Santos, Diretora de Integração à Cidadania e responsável pelo programa SAC no município, informou que realiza visita mensalmente às Entidades integrantes da rede SAC, entretanto não elabora relatórios de suas visitas. Entrevista com a Srª Rosane Araújo dos Santos, Diretora de Integração à Cidadania e responsável pelo programa SAC no município. Recomendamos que o gestor federal oriente a Prefeitura Municipal de Tanguá no sentido de que sejam elaborados relatórios de supervisão quando da visita às Entidades. 1.3)Constatação da Fiscalização: Adequação das instalações e do atendimento da Creche Municipal Tereza Campins Gonçalves. A Diretora da Entidade, Srª Maria Rosa Covre da Silva Caputo, informou, em entrevista, que a creche está atendendo a 90 crianças, o que coincide com a meta prevista/executada detalhada no Quadro de Acompanhamento Físico, e que não há cobrança de taxa pelo atendimento. A Diretora também informou que recebe com freqüência a visita da Secretaria Municipal de Promoção Social e Integração à Cidadania. Contudo, nunca recebeu visita do Conselho Municipal de Assistência Social. Quanto aos repasses dos recursos, a Diretora informou que os recebe na forma de alimentos e materiais de consumo, sendo os mesmos entregues diretamente na Entidade. Constatamos in loco que há adequação quanto à área externa, conservação e limpeza das instalações, iluminação e ventilação, localização das instalações, higiene das crianças, alimentação, encaminhamento ao serviço de saúde, atividades desenvolvidas, equipamentos disponíveis e recursos humanos. Em relação ao espaço interno, apesar de suficiente para atender à meta, a Diretora expôs sua intenção em ampliar a creche uma vez que entende necessária a construção de mais uma sala de aula a fim de separar as crianças de 2 a 4 anos, atualmente juntas na mesma sala, em duas turmas (uma de 2-3 anos e outra de 3-4 anos) tendo em vista que o ideal é que o trabalho pedagógico desenvolvido seja diferenciado de acordo com a faixa etária. 5

Entrevista com a Srª Maria Rosa Covre da Silva Caputo, Diretora da creche e visita às instalações da Creche Municipal Tereza Campins Gonçalves. A seguir, anexamos as fotos da Creche Municipal Tereza Campins Gonçalves: Crianças atendidas Área Externa 1.4)Constatação da Fiscalização: Ausência de recebimento dos recursos e do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social. O Presidente da Entidade, Sr. Carlos Antonio Silva Faria, informou, em entrevista, que os recursos são depositados em conta-corrente, entretanto não recebeu os recursos referentes aos meses de janeiro a maio de 2003. A ausência dos repasses está ocasionando o atraso no pagamento a fornecedores/credores. Além disso, constatamos que a Entidade não possui o Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social. O Presidente também informou que a creche está atendendo a 35 crianças, o que coincide com a meta prevista/executada detalhada no Quadro de Acompanhamento Físico, e que não há cobrança de taxa pelo atendimento. Quanto à visita da Secretaria Municipal de Promoção Social e Integração à Cidadania, o Presidente afirmou que a recebe com freqüência. Contudo, nunca recebeu visita do Conselho Municipal de Assistência Social. Constatamos in loco que o espaço interno é suficiente para atender à meta e que há adequação quanto à conservação e limpeza das instalações, iluminação e ventilação, localização das instalações, higiene das crianças, alimentação, encaminhamento ao serviço de saúde, atividades desenvolvidas e recursos humanos. 6

Observamos, ainda, que a área externa da Entidade não é adequada, uma vez que a mesma se constitui em uma varanda coberta, bem como os equipamentos disponíveis são insuficientes, tendo em vista não existir parque para as atividades de lazer das crianças. O Presidente expôs sua intenção em ampliar a creche com a construção de um parque para as crianças no terreno ao lado já que o mesmo foi doado à Entidade. Entrevista com o Sr. Carlos Antônio Silva Faria, Presidente da creche e visita às instalações da Creche São Vicente de Paulo. A seguir, anexamos as fotografias da Creche São Vicente de Paulo. Crianças atendidas Área Externa Recomendamos que o gestor federal atue junto à Secretaria Municipal de Promoção Social e Integração à Cidadania no sentido de a mesma orientar à Entidade a fim de obter o Certificado Beneficente de Assistência Social. 1.5)Constatação da Fiscalização: Atuação Inadequada do Conselho Municipal de Assistência Social - CMAS. O CMAS foi criado mediante Lei nº 039/97, de 26 de setembro de 1997. O CMAS, cujos membros foram nomeados pelo Decreto nº 804-2001 de 19 de setembro de 2001, é composto por 10 membros titulares e seus respectivos suplentes, de acordo com a paridade que se segue: a) 5 representantes do Governo Municipal; b) 5 membros da sociedade, sendo dois membros da Associação de Moradores, e um membro de cada uma das seguintes entidades: Associação Missionária do Coração de Maria, Creche São Vicente de Paulo e Os Vicentinos. 7

Foram disponibilizadas as atas de reunião do exercício de 2002 (8) e 2003 (1). Para o exercício de 2002 foram agendadas outras 4 reuniões que não se realizaram por falta de quórum tanto por parte do Governo Municipal quanto por parte da Sociedade Civil. Para o exercício de 2003, foram agendadas outras duas reuniões que não se realizaram: uma por falta de quórum e a outra porque membros do Conselho estavam realizando curso de capacitação. Ressaltamos que a quantidade de reuniões do Conselho, durante o exercício de 2003, não está em conformidade com a Lei nº 039/97 e com seu regimento interno que estatui que o CMAS se reunirá uma vez por mês. Em entrevista à Srª Jesiane Marins Cardoso de Melo, Secretária de Promoção Social e Integração à Cidadania e Presidente do Conselho, fomos informados que não foram realizadas visitas/supervisões nas Entidades da Rede SAC no exercício de 2002 e 2003. Entrevista com a Srª Jesiane Marins Cardoso de Melo, Secretária de Promoção Social e Integração à Cidadania e Presidente do Conselho e leitura das Atas de Reunião do CMAS. Recomendamos que o gestor federal oriente o Conselho Municipal de Assistência Social quanto à realização de visitas e fiscalizações nas Entidades da Rede SAC e conseqüente elaboração de relatórios. 2 - Programa/Ação: Atendimento à Criança e ao Adolescente em Jornada Escolar Ampliada (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil PETI) Objetivo do Programa/Ação: Visa apoiar e fomentar iniciativas governamentais e não governamentais junto às famílias de baixa renda, pela ampliação do universo de conhecimento de crianças e adolescentes de 07 a 15 anos incompletos, que se encontram em situação de extremo risco social, integrando família, escola e comunidade e desenvolvendo atividades culturais, esportivas e de lazer, preferencialmente por um período de 04 horas diárias complementares à escola, tudo em consonância aos princípios estabelecidos no Estatuto da Criança e do Adolescente. Montante Fiscalizado: R$ 102.600,00 (19 x R$ 5.400,00 Nov/2001 a Mai/2002) 2.1)Constatação da Fiscalização: Aglutinação dos Pólos, devido à ausência de pagamento aos monitores No município de Tanguá, o PETI funcionou de novembro de 2001 a setembro de 2002 em dois Pólos: Centro e Duques. A partir de fevereiro de 2003, a jornada ampliada passou a funcionar, atendendo o mesmo número de crianças, segundo o relatório de freqüência mensal e o quadro de acompanhamento físico, apenas no Pólo Duques. Conforme informações da Coordenadora do Programa, Sra. Valéria de Souza e da Secretária de Promoção Social e Integração à Cidadania, Sra. Jesiane Marins Cardoso de 8

Melo, isto ocorreu devido ao atraso no repasse da verba estadual, fato este que ocasionou atraso no pagamento dos monitores, e a solução para operar a jornada com o número de monitores reduzido, foi aglutinar o atendimento em um único Pólo. Vale ressaltar que os Pólos não funcionaram de outubro de 2002 a janeiro de 2003, e que esta informação foi colhida junto às famílias, quando das entrevistas, e só então, após indagação, foi confirmado pela Coordenadora do PETI, que anteriormente tinha omitido tal informação. Entrevistamos ainda o ex-monitor, Sr. Elisson de Souza, diretor da Comunidade Kolping de Tanguá, ONG onde funcionava o Pólo Centro, que nos informou quanto à paralisação dos Pólos, bem como quanto ao atraso no pagamento dos monitores. Também vale ressaltar que foram efetuados os pagamentos das Bolsas, às famílias, referente aos meses outubro, novembro e dezembro/2002, período em que os Pólos não estavam em funcionamento. Relatórios de freqüência mensal, quadros de acompanhamento físico, entrevistas às famílias, entrevista à Coordenadora do Programa, Sra. Valéria de Souza e à Secretária de Promoção Social e Integração à Cidadania, Sra. Jesiane Marins Cardoso de Melo, bem como entrevista ao ex-monitor, Sr. Elisson de Souza, diretor da Comunidade Kolping de Tanguá, ONG onde funcionava o Pólo Centro. Que doravante seja utilizado os 30% dos recursos recebidos da União, destinados à Jornada Ampliada, para o pagamento dos monitores, conforme estabelecido nas normas do programa. Considerando que a Prefeitura efetuou o pagamento de R$ 9.000,00 às famílias, referente à Bolsa Criança-Cidadã dos meses outubro, novembro e dezembro de 2002, sem que os Pólos estivessem em funcionamento, recomendamos que seja ressarcido à Conta do PETI para que seja efetuado o pagamento em atraso dos monitores, sendo a diferença aplicada na Jornada. 2.2)Constatação da Fiscalização: Atraso e Ausência de pagamento da Bolsa Criança-Cidadã Os recursos da União para o município de Tanguá, destinados ao PETI, são na importância de R$ 5.400,00/mês, distribuídos da seguinte forma: Ação Nº de Crianças Valor Unitário (R$) Valor Total (R$) Bolsa Criança-Cidadã 120 25,00 3.000,00 Jornada Ampliada 120 20,00 2.400,00 Total 5.400,00 Em análise aos extratos bancários do programa, conta/corrente e aplicação financeira, verificamos que não foram pagas as bolsas às famílias, referentes aos meses janeiro a maio/2003, embora os créditos tenham ocorrido no período compreendido entre as datas 9

18/03 e 23/06/2003. Tendo em vista a ausência dos pagamentos das bolsas e o saldo elevado do extrato bancário, retroagimos a análise ao início do programa (novembro/2001), conforme demonstrado a seguir: Discriminação Valor (R$) Recursos recebidos da União em 2001 (5 x R$ 5.400,00) 27.000,00 (+) Depósito como contrapartida do convênio 147/01 PETI/SASC 270,00 (-) Pagamentos de bolsas 3.000,00 (-) Gastos com a jornada ampliada (material de consumo) 1.654,20 (=) Saldo do extrato bancário em 31/12/2001 22.615,80 (+) Recursos recebidos da União em 2002 (8 x R$ 5.400,00) 43.200,00 (-) Pagamentos de bolsas [(7 x R$ 3.000,00) + (3 x R$ 2.975,00)] 29.925,00 (-) Gastos com a jornada ampliada (material de consumo) 20.213,10 (+) Rendimentos auferidos da aplicação financeira em 2002 891,58 (+) Devolução efetuada p/bco.brasil ref. às bolsas não pagas às famílias 475,00 (=) Saldo do extrato bancário em 31/12/2002 17.044,28 (+) Recursos recebidos da União em 2003 (6 x R$ 5.400,00) 32.400,00 (-) Pagamentos de bolsas ref.meses out a dez/2002 (3 x R$ 3.000,00) 9.000,00 (-) Gastos com a jornada ampliada (material de consumo) 3.660,00 (+) Rendimentos auferidos da aplicação financeira em 2003 1.116,13 (+) Devolução efetuada p/bco.brasil ref. às bolsas não pagas às famílias 100,00 (=) Saldo do extrato bancário em 30/06/2003 38.000,41 O saldo da conta bancária em 30/06/2003 tem a seguinte composição: Bolsas Criança-Cidadã não pagas às famílias (jan a mai/03) R$ 15.000,00 Saldo da Jornada Ampliada ainda não gasto R$ 20.072,70 Rendimento auferido da aplicação financeira em 2001 e 2002 R$ 2.007,71 Devolução efetuada p/bco.brasil ref. às bolsas não pagas às famílias R$ 845,00 Pagamento a menor do que a meta das bolsas meses jan a mar/02 R$ 75,00 Total R$ 38.000,41 A seguir demonstramos o atraso nos pagamentos das bolsas às famílias: Mês de Competência Data do Ingresso na Pagamento às Valor (R$) C/C do PETI Famílias Nov/2001 17/09/2001 18/12/2001 3.000,00 Dez/2001 08/10/2001 08/02/2002 3.000,00 Jan/2002 26/11/2001 23/04/2002 2.975,00 Fev/2002 20/12/2001 23/04/2002 2.975,00 Mar/2002 20/12/2001 23/04/2002 2.975,00 Abr/2002 08/03/2002 02/07/2002 3.000,00 Mai/2002 08/03/2002 02/07/2002 3.000,00 Jun/2002 12/04/2002 11/09/2002 3.000,00 Jul/2002 12/09/2002 13/11/2002 3.000,00 10

Ago/2002 16/09/2002 13/11/2002 3.000,00 Set/2002 18/10/2002 27/12/2002 3.000,00 Out/2002 16/12/2002 11/02/2003 3.000,00 Nov/2002 16/12/2002 08/05/2003 3.000,00 Dez/2002 24/01/2003 08/05/2003 3.000,00 Jan/2003 18/03/2003 - - Fev/2003 27/03/2003 - - Mar/2003 Xx/04/2003 - - Abr/2003 02/06/2003 - - Mai/2003 23/06/2003 - - A justificativa apresentada pela Secretária de Promoção Social foi de que a ausência dos pagamentos das bolsas dos meses janeiro a maio de 2003 foi devido à ausência de dotação orçamentária e que o atraso dos pagamentos ocorre em função da burocracia orçamentária e a demora de alguns pais para procurar o órgão municipal para receber o benefício, e que as bolsas referentes ao mês de janeiro/2003 serão pagas no mês de julho/2003. A Secretária de Promoção Social esclareceu que o problema será amenizado, uma vez que os responsáveis já estão no Cadastramento Único do Governo Federal, e que juntamente com a Caixa Econômica Federal está buscando solucionar um problema de emissão de arquivo e brevemente todos os responsáveis estarão recebendo com o cartão cidadão. A Secretária ainda informou que foi previsto no orçamento de 2003 o valor de apenas R$ 10.000,00 (o montante anual é de R$ 36.000,00) para o pagamento das bolsas, tendo em vista a expectativa do recebimento do cartão cidadão, o que não ocorreu devido a um erro no arquivo enviado. Além disso, a Secretaria da Fazenda e Planejamento modificou o orçamento sem conhecimento da Secretaria de Promoção Social, passando o valor das bolsas para R$ 9.000,00, aprovado pela Lei Municipal 362/02, de 26/12/02. Fomos informados, em entrevista à Secretária de Promoção Social, de que os meses de novembro e dezembro/2002 foram pagos com dotação orçamentária de 2003. Solicitamos justificativa, o que não ocorreu até o término dos nossos trabalhos de campo. O Secretário Municipal de Fazenda e Planejamento, Sr. João Rogério Peregrino Martins, informou que foi encaminhado ao Poder Legislativo, projeto de lei para suplementação da dotação no valor de R$ 33.000,00 (11 x R$ 3.000,00). Não acatamos as justificativas da Secretária de Promoção Social, tendo em vista que poderiam ter sido pagos os meses de janeiro a março/2003 com os R$ 9.000,00 aprovados no orçamento, e que conforme artigo 7º da Lei supracitada fica o poder executivo autorizado, nos termos do art. 7º da Lei 4.320/64, a abrir créditos suplementares no decorrer do exercício de 2003, mediante transposição, remanejamento ou transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, com finalidade de atender insuficiências nas dotações orçamentárias, até o limite de 3% (três por cento) do total da despesa fixada nesta lei, ou seja, todos os recursos recebidos da União já poderiam ter sido pagos às famílias participantes do programa. Portanto, não é justificável a ausência do pagamento das bolsas referentes aos meses de janeiro a maio/2003, caracterizando falta de controle e comprometimento com o social, por parte da 11

Secretaria de Promoção Social e Integração à Cidadania, tendo em vista que as famílias estão carentes dos recursos, enquanto que os mesmos permanecem aplicados na conta bancária do governo municipal, não sendo cumprido o real objetivo do programa. Com relação ao saldo da Jornada Ampliada, fomos informados pela Coordenadora do PETI que não houve compra de gêneros alimentícios e material pedagógico de janeiro a junho/2003, por haver saldo dos referidos produtos, e que se encontra em tramitação o processo de 977/03, no valor estimado de R$ 25.500,00. Extratos bancários da conta/corrente nº 58.063-5, agência 3801-6, do Banco do Brasil S/A, e da aplicação financeira; entrevistas e justificativas apresentadas pela Secretária Municipal de Promoção Social e Integração à Cidadania, Secretário de Fazenda e Presidente da Câmara de Vereadores. Considerando a ausência de pagamento das bolsas de janeiro a maio/2003, o atraso constante nos pagamentos das bolsas, pagamentos de bolsas referente aos meses de novembro e dezembro/2002 com o orçamento de 2003, paralisação da jornada ampliada nos meses de outubro/2002 a janeiro/2003 (4 meses) sem a suspensão dos pagamentos das bolsas e tampouco devolução dos recursos à União, recomendamos que o gestor federal envide providências no sentido da autoridade superior do município apurar e regularizar os fatos constantes no presente relatório, e se necessário, instaurar Tomada de Contas Especial, sob pena de incorrer na co-responsabilidade aludida no art. 84 do Decreto-Lei nº 200/67. Recomendamos ainda, que os valores referentes ao rendimento da aplicação financeira, as devoluções efetuadas pelo Banco do Brasil referente às bolsas não pagas às famílias, bem como ao pagamento a menor do que a meta das bolsas meses jan a mar/02 (total de R$ 2.927,71 em 30/06/2003) sejam estornados ao Fundo Nacional de Assistência Social. FNAS. 2.3)Constatação da Fiscalização: Ausência de aplicação financeira dos recursos recebidos da União Em análise aos extratos bancários, verificamos que no período de 29/01/2003 a 24/03/2003 os recursos não foram aplicados, e que as aplicações são feitas mensalmente no início do mês e os resgates são efetuados no final do mesmo mês. O Sr. Sidney de Azevedo Couto, tesoureiro da Prefeitura Municipal de Tanguá, justificou que a conta do PETI não foi incluída no Ofício, encaminhado mensalmente ao Banco do Brasil, para aplicação do saldo das contas da Prefeitura, e que o procedimento de aplicação das contas no início de cada mês e resgate ao final de cada mês está sendo empregado em função de orientação verbal do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. 12

Extratos bancários da conta/corrente nº 58.063-5, agência 3801-6, do Banco do Brasil S/A, e da aplicação financeira e justificativa/entrevista do Sr. Sidney de Azevedo Couto, tesoureiro da Prefeitura Municipal de Tanguá. Que os recursos permaneçam aplicados enquanto não estiverem sendo utilizados no Programa. 2.4)Constatação da Fiscalização: Ausência de controle das freqüências da escola e da jornada ampliada Não foram disponibilizadas as freqüências das escolas das crianças inscritas no programa, evidenciando a ausência de controle do gestor municipal. Conforme informações da Coordenadora do PETI, a freqüência é enviada pelas escolas trimestralmente, e no exercício de 2003 apenas duas (2) escolas tinham enviado a freqüência, são nove (9) escolas no total. Na freqüência da jornada ampliada do mês de maio/2003, verificamos que quatro (4) alunos faltaram os vinte dias úteis do mês e que oito (8) alunos tiveram de cinco a quinze faltas, representando mais de 75% de falta, ou seja, não tiveram a freqüência mensal exigida pelo MEC. A Coordenadora do PETI informou que ao ser fechada a freqüência mensal, os casos considerados baixa freqüência são encaminhados pela coordenação do programa à assistente social, que visita as famílias e busca soluções. Aqueles casos que não apresentam resultados positivos são excluídos. E, no caso de exclusão de uma criança, a vaga é imediatamente ocupada, pois há muitas pessoas esperando para se inscreverem no programa. Entrevista com a Coordenadora do Programa. Considerando que a jornada ampliada é a ação educativa complementar à escola, e que o pagamento da bolsa criança-cidadã só poderá ser efetuado às famílias, se as crianças inseridas no programa tiverem a freqüência mensal mínima exigida pela MEC na escola e na jornada, recomendamos que a freqüência da escola e da jornada seja conferida mensalmente, antes do pagamento das bolsas. 2.5)Constatação da Fiscalização: Ausência documentação comprovante de treinamento para os monitores Conforme informações da Coordenadora do PETI, houve treinamento em novembro e dezembro de 2002 por meio do Governo Federal apenas para os coordenadores, para que fosse repassado para os monitores. Do total de sete (7) monitores atuais apenas dois (2) não receberam o treinamento, representando 28,57% do total. 13

Não foi disponibilizado nenhum documento que pudesse comprovar o treinamento, bem como a participação dos monitores. Entrevista com a coordenadora do PETI e relação dos monitores. Que sejam realizados treinamentos periódicos para os atuais monitores. 2.6)Constatação da Fiscalização: Baixo índice de famílias inseridas no programa participando de curso/treinamento oferecido pelo município Conforme Declaração da Assistente Social, Sra. Rosane Araújo dos Santos, apenas oito (8) famílias do total de setenta e seis (76), representando um índice de 9,21%, participou de oficinas do projeto geração de renda por meio do Programa de Atendimento Integral à Família PAIF. Não foi apresentado nenhum documento que possa comprovar a participação das famílias que integram o programa. Declaração da Assistente Social, Sra. Rosane Araújo dos Santos. Considerando que um dos objetivos do programa é proporcionar às famílias condições de buscar alternativas de aumento de renda familiar para que não mais necessitem da bolsa para o sustento de seus membros, recomendamos maior empenho da Secretária de Promoção Social e da Coordenadora do Programa, no sentido de inserir as famílias nos cursos/treinamentos oferecidos pelo município. 2.7)Constatação da Fiscalização: Frágil controle do gestor em relação aos pagamentos das bolsas às famílias Atualmente o controle é feito da seguinte forma: A Secretaria de Promoção Social emite um recibo, onde constam todos os nomes dos responsáveis, o valor e um campo para assinatura. Esse recibo/relação é emitido em duas vias, uma via vai para o banco e a outra fica na Prefeitura. Os responsáveis assinam o recibo na Prefeitura, sem receberem o dinheiro e vão ao banco, onde assinam a mesma relação e recebem o dinheiro, porém não ficam com nenhum comprovante de recebimento. O banco envia o recibo/relação para a Prefeitura, onde não consta sequer um carimbo do Banco do Brasil S/A, comprovando os pagamentos aos responsáveis. Constam apenas as assinaturas, ou seja, um documento igual ao que a Prefeitura já tem. Recibos de pagamentos e entrevista com a coordenadora do PETI. 14

Recomendamos que os responsáveis fiquem com um comprovante de recebimento dos recursos e que seja solicitado ao Banco do Brasil uma comprovação do pagamento aos responsáveis. 2.8)Constatação da Fiscalização: Ausência de criação da Comissão Municipal de Erradicação do trabalho Infantil - CMETI Constatamos que no município de Tanguá, até o término do nosso trabalho de campo, não havia sido criada a Comissão Municipal de Erradicação do Trabalho Infantil - CMETI, que é uma exigência para a implantação do programa, devendo ser constituída por membros do governo e da sociedade. Tem caráter consultivo e deliberativo e objetiva contribuir para a implantação e implementação o programa, uma vez que as suas atribuições consistem, dentre outras, na sensibilização e mobilização dos setores do governo e sociedade contribuição para o diagnóstico social do município; participação na elaboração do plano municipal de ações integradas; apresentação de sugestões de procedimentos complementares as normas e diretrizes estaduais para implantação e execução do PETI; acompanhamento do cadastramento das famílias nas áreas urbanas e/ou rural; acompanhamento e monitoramento das ações desenvolvidas (inclusive pagamento das bolsas), bem como a consolidação dos relatórios e avaliações das ações implantadas, encaminhando-os ao gestor municipal de assistência social, aos conselhos municipais de Assistência Social e dos Direitos da Criança e do Adolescente e a Secretaria Estadual de Assistência Social. Em decorrência da não criação da CMETI, não há também supervisão/fiscalização e nem procedimento utilizado quando constatada irregularidades/desvios na execução do PETI no referido município. Entrevista com a Secretária de Promoção Social e com a Coordenadora do PETI. Providenciar com urgência, junto á Prefeitura Municipal de Tanguá, a criação da Comissão Municipal de Erradicação do Trabalho Infantil - CMETI, que é condição chave para implementação e implantação do PETI, considerando que o referido programa está em funcionamento no município desde o exercício de 2001. 15

2.9)Constatação da Fiscalização: Divergência apresentada na meta quando da visita ao Pólo Duques Na visita ao Pólo Duques, em 01/07/2003, jornadas manhã e tarde, constatamos divergência entre a contagem das crianças freqüentando a Jornada Ampliada, freqüência do mês de maio/03 e a meta prevista/realizada constante no quadro de acompanhamento físico encaminhado ao gestor estadual, conforme demonstramos a seguir: Jornada Meta Contagem das Diferença prevista/realizada crianças Manhã 56 42 14 Tarde 64 37 27 Total 120 79 41 A Coordenadora do PETI não soube explicar a baixa freqüência na data de nossa visita. A referida Coordenadora informou que a carga horária é de três (3) horas por jornada, ou seja, de 8 às 11 horas e de 13 às 16 horas, e que é fornecido almoço às crianças duas ou três vezes por semana, sendo que na jornada da manhã é fornecido o café da manhã e na jornada tarde o lanche. No dia da nossa visita ao Pólo não houve almoço, apenas um lanche aos alunos da manhã e também aos alunos da tarde. A Coordenadora justificou a falta do almoço devido à falta de cozinheira, mas, no dia do encerramento dos nossos trabalhos, nos foi informado que já haviam contratado uma cozinheira, e que o almoço seria servido todos os dias do funcionamento da jornada (2ª a 6ª feira). Estavam presentes, quando da nossa visita, uma monitora, Sra. Dalila Cardoso Oliveira, que está no programa há aproximadamente um mês e que não recebeu nenhum treinamento, e também a psicóloga, Sra. Zilda Rosiane C. de Carvalho. Visita ao Pólo Duques, freqüência da jornada do mês de maio, quadro de acompanhamento físico encaminhado ao gestor estadual e entrevista com a monitora Dalila Cardoso Oliveira. A seguir anexamos as fotos das crianças/adolescentes do Pólo Duques: Jornada manhã Pólo Duques Jornada manhã Pólo Duques 16

Providenciar registro e controle mais eficaz nos relatórios de freqüência da jornada ampliada, supervisionando o Pólo, e a elaboração dos Relatórios de Acompanhamento Físico, baseado nos dados realmente da meta prevista, executada e saldo de metas dos alunos que freqüentam ou não o PETI. 2.10)Constatação da Fiscalização: Adolescentes com 15 anos completos inscritos no Programa Entrevistamos dezenove (19) famílias, tendo em vista que a meta do programa, no município, é de 120. Constatamos, por meio das entrevistas, que três adolescentes com 15 anos completos freqüentam o programa (16% do total entrevistado), sendo que uma delas não compareceu um único dia do mês de maio/2003, outra compareceu apenas 07 dias e teve 13 faltas e a outra teve freqüência integral. Segundo a Coordenadora do Programa, apenas uma delas será excluída do programa, a que faltou o mês inteiro. 100% dos entrevistados afirmaram que o recebimento da bolsa não é mensal e não sabem especificar a periodicidade. 26%, 5 famílias, dizem ter participado ou estar participando de treinamento/curso oferecido pelo município, no Programa de Atendimento Integral à Família PAIF. Entrevistas às famílias. Que o gestor federal atue junto ao município de Tanguá, no sentido de implantar o programa Agente Jovem, a fim de serem inscritos os adolescentes com 15 anos completos, pois segundo as normas do PETI, o atendimento é para crianças e adolescente de 07 a 15 anos incompletos. 17

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 037 MUNICÍPIO DE TANGUÁ - RJ MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES 3º sorteio do Projeto de Fiscalização a partir Sorteios Públicos

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 037 MUNICÍPIO DE TANGUÁ RJ Quanto aos Programas de Governo de responsabilidade do Ministério das Comunicações, foram realizadas 09 ações de fiscalização. Os resultados das ações de fiscalização estão comentados a seguir, por Programa de Governo, cabendo a esse Ministério dar conhecimento aos gestores envolvidos do que restar apurado, nos termos dos encaminhamentos propostos, bem como adotar as providências necessárias visando a integral observância às recomendações descritas. 1 - Programa/Ação: Serviços Postais Objetivo do Programa/Ação: Prestação de serviços postais. Montante Fiscalizado: Não-aplicável 1.1) Constatação da Fiscalização: Prestação regular de serviços postais e de serviços sociais A agência central dos Correios em Tanguá presta serviços postais e sociais regularmente. Cabe citar que a distribuição domiciliar de Tanguá foi transferida para o Centro de Distribuição Domiciliar CDD de Itaboraí devido a melhor infra-estrutura disponível nesse último local. Já a agência comunitária da Posse dos Coutinhos opera precariamente em horário regular, das 8:30h às 13:00h, respeitando o horário mínimo de atendimento ao público de 4 horas diárias. A precariedade do funcionamento da agência é conseqüência da ausência de fornecimento de água potável para a mesma; fato que, segundo seu único funcionário, perdura há pelo menos 1 ano e 4 meses. Constatamos que a ausência de fornecimento de água é o motivo do reduzido horário de atendimento ao público, restando à agência operar durante o horário mínimo obrigatório. Livro de prestação de contas da agência comunitária da Posse dos Coutinhos. Recomendamos que a representação central dos Correios solicite com veemência às autoridades competentes que seja providenciada a instalação hidráulica, para que a agência comunitária da Posse dos Coutinhos possa funcionar em horário comercial normal. 1

2 - Programa/Ação: Controle dos Contratos de Outorga dos Serviços de Telecomunicações Objetivo do Programa/Ação: Instalação de telefones para assinantes. Montante Fiscalizado: Não-aplicável 2.1)Constatação da Fiscalização: Inexistência de metas de universalização de serviços de telefonia para o município. Constatamos por meio da análise de correspondência endereçada ao Prefeito do Município de Tanguá, que a TELEMAR informou a antecipação para 30/12/2001 das metas de universalização dos serviços de telefonia fixa para as localidades com mais de 300 habitantes no referido município. Entretanto, verificamos que o documento não indica com precisão as metas a serem cumpridas no município de Tanguá, mas sim de forma genérica as metas a serem alcançadas na área de atuação da empresa, o que dificulta o controle social. Correspondência s/nº, datada de 29/10/2001, endereçada ao Prefeito do Município de Tanguá e Ofício SEGOV/223/2003, de 01/07/2003 e Solicitação de Fiscalização nº 03, de 27/06/2003. Recomendamos à Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL, gestão, no sentido de que sejam levantadas junto a TELEMAR as metas previstas para cumprimento do Plano Geral de Metas de Universalização.. Objetivo do Programa/Ação: Instalação de telefones públicos (orelhões). 2.2) Constatação da Fiscalização: Atendimento insatisfatório na prestação dos serviços prestados pela TELEMAR, relativamente aos telefones de uso público (orelhões). Na avaliação do funcionamento dos telefones públicos feito por meio de seleção de orelhões, segundo critérios geográficos, constatamos que : 2

Sim Não Fizeram chamada nacional 58,82% 41,18% Fizeram chamada de longa distância 25,49% 74,51% Há facilidade para aquisição de cartão telefônico 82,35% 17,65% A distância entre os telefones públicos está dentro dos 300 metros previsto 72,55% 27,45% Há gratuidade nas ligações para os serviços emergenciais 80,39% * * Em 19,60% dos telefones testados não foi possível realizar ligações para os serviços emergenciais (190 ou 192) devido a existência de 8 telefones danificados e/ou em função das ligações não terem sido atendidas. 51 telefones públicos testados. Recomendamos à Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL, a adoção de medidas cabívesi, no sentido de que seja determinado a concessionária TELEMAR a implementação de melhorias nos serviços prestados. Objetivo do Programa/Ação: Cumprimento de obrigações contratuais e regulamentares do Plano Geral de Metas de Universalização 2.3) Constatação da Fiscalização: Inexistência de solicitação de instalação de telefones fixos ou públicos em instituições de saúde e estabelecimentos de ensino. A Prefeitura Municipal de Tanguá, por meio do Ofício SEGOV/223/2003, de 01/07/2003, informou que não existe telefone fixo nas Escolas Municipais Prof. Zulquerina Rios e Padre Thomas Pieters, sendo as mesmas atendidas por telefones públicos. Quanto às Instituições de Saúde foi informado que o Centro de Saúde Demerval Garcia de Freitas é atendido com 1 telefone fixo e 3 públicos e os Postos de Saúde Nilo Vesceslau da Silva e Genícia Ribeiro dos Santos são atendidos, cada um, com 1 (um) telefone público. Ofício SEGOV/223/2003, de 01/07/2003 e visita às Escolas Municipais Prof. Zulquerina Rios e Padre Thomas Pieters. Recomendamos à ANATEL, articular com a Concessionária, visando informar a Prefeitura Municipal de Tanguá sobre as metas de universalização a serem cumpridas no Município. 3

2.4) Constatação da Fiscalização: Inexistência de Posto de Atendimento Pessoal aos usuários do serviço de telefônico fixo comutado. A concessionária TELEMAR até a presente data não disponibilizou Posto de Atendimento Pessoal para os usuários do serviço de telefônico fixo comutado, sendo o atendimento prestado por meio do 0800310800, 103 e 104. Ofício SEGOV/223/2003, de 01/07/2003 e visita às Escolas Municipais Prof. Zulquerina Rios e Padre Thomas Pieters. Recomendamos à Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL, orientar a concessionária TELEMAR quanto à implantação, no município de Tanguá, de Posto de Atendimento Pessoal para os usuários do serviço de telefônico fixo comutado. 3 - Programa/Ação: Outorga dos Serviços de Radiofusão Sonora e de Sons e Imagens-Nacional Objetivo do Programa/Ação: Radiofusão Comunitária. 4

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 037 MUNICÍPIO DE TANGUÁ - RJ MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA 3º sorteio do Projeto de Fiscalização a partir Sorteios Públicos

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 037 MUNICÍPIO DE TANGUÁ RJ Quanto aos Programas de Governo de responsabilidade do Ministério de Minas e Energia, foram realizadas 03 ações de fiscalização. Os resultados das ações de fiscalização estão comentados a seguir, por Programa de Governo, cabendo a esse Ministério dar conhecimento aos gestores envolvidos do que restar apurado, nos termos dos encaminhamentos propostos, bem como adotar as providências necessárias visando a integral observância às recomendações descritas. 1 - Programa/Ação: Fiscalização da Distribuição e Revenda de Derivados de Petróleo e Álcool Combustível. Objetivo do Programa/Ação: Verificar a atuação da Agência Nacional de Petróleo por meio de fiscalizações efetivas. 1.1)Constatação da Fiscalização: 100% dos estabelecimentos visitados foram fiscalizados pela Agência Nacional de Petróleo ANP Em visita in loco, em que foram entrevistados os Gerentes/Donos dos postos de combustível e conforme Ofício nº 9884/2003/CEF, de 30/06/2003, da ANP, constatamos que a referida Agência realizou fiscalização em 100% dos postos selecionados, no período de 2000 a 2002. Quanto à periodicidade das fiscalizações realizadas pela referida agência verificamos que : Estabelecimento Fiscalizado em : Beltec Tanguá Implementos Agrícolas Ltda 2002 Posto Retiro dos Bandeirantes Ltda 1999 e 2000 Posto de Gasolina Pedra Bonita Ltda 1999, 2000 e 2002 Garoupa Derivados de Petróleo Ltda 2002 Posto N. S. da Abadia de Tanguá Ltda 2001 e 2002 Dessa forma, concluímos que 80% dos postos visitados não foram fiscalizados no exercício de 2001 e, até a presente data, nenhum dos referidos postos foi fiscalizado no exercício de 2003. Com relação aos certificados de posto revendedor, constatamos que 80% dos postos não estavam com o Certificado dentro do prazo de validade, tendo esta Equipe de Fiscalização orientado para que seus donos/gerentes obtivessem trimestralmente o referido certificado por meio da Internet. Visita aos postos de combustível : Beltec Tanguá Implementos Agrícolas Ltda, Posto Retiro dos Bandeirantes Ltda, Posto de Gasolina Pedra Bonita Ltda, Garoupa Derivados de Petróleo Ltda e Posto 1

N. S. da Abadia de Tanguá Ltda e Relatórios de Fiscalização encaminhados pela ANP, por meio do Ofício nº 9884/2003/CEF, de 30/06/2003. Sugerir à Agência Nacional de Petróleo ANP que normatize a periodicidade a ser observada nas Ações de Fiscalização e emita orientação aos postos de combustível no sentido que os mesmos mantenham os Certificados de Posto Revendedor atualizados e arquivados no local de funcionamento do posto, de forma a apresentá-lo quando solicitado pela fiscalização. 2 - Programa/Ação: Fiscalização e Controle da Produção Mineral Objetivo do Programa/Ação: Observar o cumprimento da legislação minerária pelos entes envolvidos no processo de mineração nacional, inclusive quanto à produção mineral. 2.1) Constatação da Fiscalização: Falha formal na atualização do Cadastro Mineiro e ausência de fiscalização pelo DNPM. Constatamos por meio de consulta ao Cadastro Mineiro do Departamento Nacional de Produção Mineral DNPM que as empresas EMITANG Empresa de Mineração Tanguá Ltda e Mineração Sartor Ltda, localizadas no município de Tanguá, constam como pertencentes ao município de Itaboraí, não tendo sido atualizado o referido cadastro após a emancipação do município de Tanguá. Quanto às fiscalizações realizadas pelo DNPM constatamos, com base em entrevistas com os proprietários/gerentes e visita in loco às áreas de exploração ou pesquisa, que : PESQUISA MINERAL Nome do Minerador Foi fiscalizada pelo DNPM Flávio Augusto Tardin Monnerat Não João Carreiro Não José de Ribamar Silva Passos Sim, em 2001 e 2002 José César Caldas Não (em fase de requisição de pesquisa). Nome do Minerador R. S. Nunes Extração de Minerais - Chácara Bandeirante II - Ampliação EXTRAÇÃO MINERAL Foi fiscalizada pelo DNPM Sim, em 2001. Sim, em 2002. EMITANG Empresa de Mineração Tanguá Ltda Não, foi solicitado apenas o envio de documentação em 2002. Mineração Sartor Ltda Não, foi solicitado apenas o envio de documentação em 2001. Cabe destacar que a mineradora R. S. Nunes Extração de Minerais - Chácara Bandeirante II, embora licenciada pelo DNPM para a exploração de areia/argila, ainda não possui licença para operação por parte da Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente FEEMA. Entretanto, durante a visita 2

realizada à área objeto de exploração observamos indícios de atividades de exploração, conforme foto abaixo. : Indícios de Atividades de Exploração Chácara Bandeirante II Cadastro Mineiro do Departamento Nacional de Produção Mineral DNPM e visita in loco às áreas de exploração ou pesquisa mineral. : a) Que o Departamento Nacional de Produção Mineral DNPM providencie a atualização do Cadastro Mineiro com relação ao município de atuação/localização das empresas EMITANG Empresa de Mineração Tanguá Ltda e Mineração Sartor Ltda; b) Sugerir ao DNPM que normatize a periodicidade a ser observada nas ações de fiscalização, bem como nas ações de apoio técnico aos mineradores em fase de pesquisa; c) Informar à Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente FEEMA que embora a mesma ainda não tenha expedido licença para operação, foram constatados indícios de exploração pela empresa R. S. Nunes Extração de Minerais, na Chácara Bandeirante II, devendo esse órgão tomar as medidas cabíveis. d) Tendo em vista os montantes informados pela mineradora Mineração Sartor Ltda, recolhidos a título de Compensação Financeira pela Exploração Mineral CFEM, nos exercícios de 2001 e 2002, respectivamente de R$ 132,32 e R$ 134,38, valores esses considerados muito baixos pela Equipe de Fiscalização, para uma empresa daquele porte, recomendamos que seja determinado ao DNPM uma fiscalização mais detalhada a fim de verificar a base de cálculo utilizada na obtenção desses valores, uma vez que o gerente da referida mineradora informou que durante um certo período a empresa utilizou-se de uma base de cálculo menor, com amparo em uma medida liminar impetrada pelo Sindicato representante das mineradoras, a qual posteriormente foi cassada. 3