Ásia O desenvolvimento sustentável no continente asiático é visto como consequência de vários fatores que se apresentam na região como o grande número populacional e a sua enorme concentração urbano, a presença de muitas ilhas e terrenos com altas montanhas o que dificultam a expansão da população fazendo com que esse grande número populacional fique cercado dentro de uma região inapropriada para a sua quantidade ocasionando, assim, vários problemas ambientais. Alguns países na região lideram essa luta pela sustentabilidade como é o caso da China, das Coreias, Japão, Índia e Tuvalu, pois são elas as grandes potências algumas regionais e outras mundiais ou são também, como é o caso de Tuvalu, um dos mais afetados pelas mudanças que estão acontecendo. Bandeiras da China, Japão, Índia, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Tuvalu respectivamente. Os países líderes na questão ambiental na região. Tuvalu é um conjunto de nove atóis na Polinésia e a sua preocupação com o meio ambiente veio com a análise do processo já iniciado de sua submersão pelas águas oceânicas graças, principalmente, ao derretimento das calotas polares e dilatação das águas do mar e o, segundo cientistas, risco de submersão total é muito grande em aproximadamente cinco décadas, visto que a maior parte das ilhas não possui uma altura maior do que sete metros. Outro problema que as ilhas encontram é o solo muito degradado pela erosão graças a sua falta de nutrientes vindo de sua formação vulcânica e a falta de cuidado para com o mesmo. As constantes inundações que afetam o país tornam a agricultura cada vez mais difícil e essa população sofre com constantes quedas em sua produção e em sua economia consequentemente. Os habitantes desse país veem o nível do mar subir seis milímetros a cada ano e tem como uma das soluções para isso é a proposta de refugiados climáticos, onde se encontraria programas para se abrigar e oferecer trabalho a essa população em algum país da região visto que já existe uma onde de êxodo para países como Nova Zelândia, Austrália e China transformando o país em uma Atlântida real. Uma das principais forças desse movimento sustentável na Coréia do Sul foi o projeto de parceria entre os setores públicos e os privados em uma Aliança Local para a Sustentabilidade da Coréia (LSAK em inglês Local Sustainability Alliance of Korea).
Essa onda de aliança entre os dois setores já vem acontecendo em grande escala em toda Ásia eliminando, assim, aquela dependência que vemos, por exemplo, com que a África tem com a Europa, Estados Unidos e os BRICS dos países em desenvolvimento e desenvolvidos auxiliarem na realização de projetos sustentáveis em países subdesenvolvidos. Eles, desde a Eco-92 já veem com um pensamento de reverter o seus quadros de problemas ambientais, nesse país, por exemplo, eles se apresentam como consequência do grande número de concentração da população nos centros urbanos como a poluição do ar e água e a presença de chuva ácida o que é um fato constante no território asiático e não só na Coreia do Sul. De acordo com um estudo feito e divulgado pelo Instituto de Pesquisas Americano PewResearch Center, os sul coreanos são os mais preocupados com o meio ambiente e a poluição, segundo os pesquisadores, 77% da população entrevistada, apresentou o tema da poluição e dos problemas ambientais como as maiores ameaças da atualidade. Isso tudo mostra o discernimento da população sobre o tema e a elevação do mesmo como um ponto chave para a política daquele país logo após ser classificada na posição de número 136 de 140 países em um Índice de Sustentabilidade Ambiental em 2002 e ter o 120ª lugar entre 122 países em uma medição da poluição do ar. Em 1997, no ano de assinatura do Protocolo de Kyoto, a Coréia do Sul se encontrava na nona posição dos países mais poluidores do mundo emitindo 116.701 milhões de toneladas de carbono e neste ranking entre os dez primeiros países, cinco são asiáticos. A seguir, segue o Mapa 1 feito pelo World Health Organization onde mostra o volume de mortes em todo mundo advindos de problemas subsequentes da poluição do ar. É notório que a região apresenta um índice que vai do médio ao extremamente alto. Ao oeste podemos ver um grupo de países que se encontram de 100 a 150 mortes por milhão ao ano e outra área, a única no mundo inteiro, que esse índice sobe de 200 a 230 por milhão. Mapa 1
Ao se falar em questão ambiental, é necessário se falar de Kyoto em 1997 e a participação do Japão nas Conferências Ambientais que precederam a Rio+20. O país sempre se mostrou um braço do Umbrella Group formado por Austrália, Canadá, Japão, Noruega e Nova Zelândia países estes que normalmente se aliam automaticamente aos Estados Unidos nas Conferências. Porém, no Rio de Janeiro em 1992 essa relação de amizade entre Estados Unidos e Japão foi ameaçada quando os japoneses passaram a declarar que assinariam a Convenção sobre biodiversidade, pressionando os americanos a mudar sua análise a partir de que passou a ser ameaçado a ficar isolado tendo em vista que não queriam assinar o acordo uma vez que, segundo eles, não garantiria o direito à propriedade de espécies vivas, ou de produtos dela derivados, e a patente a ser modificada geneticamente. O que era pensado pelos japoneses era o tamanho da contribuição econômica que os países desenvolvidos teriam que desembolsar para se trabalhar na defesa do meio ambiente, uma vez que se os EUA não aderissem a Convenção, eles teriam que desembolsar a maior parte visto que era a segunda maior economia do mundo. A política asiática nos anos 70 e 80, assim como na América Latina e na África, dificultavam a aplicabilidade das políticas ambientais e a sua economia também. Fazendo a oposição do desenvolvimento zero proposto pelos países desenvolvidos, esses países queriam começar ou aperfeiçoar seu setor industrial para que não houvesse uma dependência extrema, economicamente, dos países desenvolvidos e para que seu comércio internacional não trabalhasse apenas em déficit. Politicamente, a ditadura militar entravava esse desenvolvimento do pensamento ambiental que surgiu a partir da Conferência de Estocolmo e só foi retirada dos planos em média por volta de 1987 com a publicação do Relatório Brundtland. Na Rio+10, em Johanesburgo, o Japão já toma mais um posicionamento favorável com a visão de eliminação da pobreza para só assim se poder promover um desenvolvimento sustentável, essa preocupação se estende até os dias atuais na Rio+20. Eliminando assim o entrelace de Estocolmo sobre subdesenvolvimento se garantindo um padrão mínimo aceitável para que se exista vida. A existência de um desenvolvimento em uma população facilita a transição entre as suas classes, mas não é certo que isso aconteça, nos casos dos países, a distribuição igualitária de renda colabora com sua evolução. Fato este que foi vivido pelo Japão, mas alguns países estão fadados a continuarem pobres, porém isso não entra em questão para a discussão aqui. A China representa um dos principais e mais importantes países desse continente e manteve um histórico, com o que é hoje os BRICS, de primeiro um fortalecimento dos países em desenvolvimento para que depois esses possam discutir em igual importância no cenário internacional com os já desenvolvidos. Esse posicionamento começou a ser criado em Estocolmo em 1972 com a ideia de se solucionar os problemas sociais e econômicos destes países em desenvolvimento, primeiramente, para que só depois que se legitimassem seus lugares no poder, se pudesse buscar essas questões. Um diferencial deste país com, por exemplo, o Brasil, é que o continente asiático sofria ainda com o choque da descolonização e a China assim como a União Soviética estavam dispostas a ampararem os países que seguissem seu posicionamento, os tornando não só um representante da área, mas também uma fonte ideológica e suporte multifacetário para os seus seguidores.
Esta conferência se torna histórica por ser o primeiro evento mundial em grande escala que conta com a presença da República Popular da China como membro das Nações Unidas. Esse impasse entre os países em desenvolvimento e os desenvolvidos deu luz à luta entre o desenvolvimento a todo custo, defendido pelos ainda não desenvolvidos, e o desenvolvimento zero, emplacado pelo outro grupo. Vinte anos depois, no Rio de Janeiro, a delegação chinesa volta com um outro pensamento. Agora que já alcançou o seu parcial desenvolvimento e status dentro do cenário internacional, se viram para promoção de estudos desenvolvidos que promovam a ideia de desenvolvimento sustentável e na luta para um projeto de financiamento para a área de mais fácil acesso e que possibilite não só o crescimento dos dois blocos já falados, mas também daqueles países subdesenvolvidos. Com o início da abertura econômica chinesa, e outros exemplos em todo o mundo, se começava a crer em uma abertura e em um crescimento econômico internacional como consequências das novas oportunidades de investimentos. O que facilitou o início da adaptabilidade a uma economia voltada para o verde foi o pequeno, mas cada vez mais presente incentivo do governo para se acomodar a sociedade a esse novo padrão de desenvolvimento. Os carros foram trocados por um grande número de frota de bicicletas, as indústrias diminuíram um pouco a emissão de gases que promovem o efeito estufa (mas mesmo assim o país ainda apresenta um dos maiores índices de emissão do mundo), e se começou um intenso projeto de revitalização de seus rios e de áreas verdes também. Na África do Sul em 2002, os países em desenvolvimento, aglutinando a China, se observa um apoio incondicional ao Protocolo de Quioto de 1997 e o colocando como referencial para a agenda desta Conferência. Foi apresentado também o que se pode ser chamado de responsabilidades em comum para um desenvolvimento sustentável, onde um país em desenvolvimento se apoiaria nos países desenvolvidos para a realização de seus projetos e os subdesenvolvidos nestes dois para o mesmo objetivo. Isto demonstra uma união e uma visão de um único objetivo não colocando os interesses de sua nação como prioritários e sim os objetivos em comum. Para a Rio+20, agora, a China admite que muita coisa não foi feita nestes 40 anos de debate e preocupação ambiental e se mostra cada vez mais preocupada com a diferença econômica existente entre os países e as consequências que isso pode acarretar no futuro e seria nessa Conferência a oportunidade para as nações promoverem uma cooperação global real sobre o assunto. Porém, os países em desenvolvimento estão encontrando cada vez mais obstáculos para essa sustentabilidade, seja por meio da dificuldade de se conseguir um financiamento para o desenvolvimento de projetos, de falta de acesso a tecnologias suficientes ou outros fatores atuais como a crise econômica, a crise dos alimentos e de energia ou as mudanças climáticas que afetam o mundo e atrapalham a concretização de um desenvolvimento em uma forma sustentável. A ideia chinesa é que a partir da Rio+20 se reconstrua o ideal de uma cooperação internacional em um desenvolvimento econômico integrado adjunto com um progresso na área social e de proteção ambiental. Seria necessária a identificação dos
problemas que até hoje os países encontram para que se fortaleça o pensamento de sustentabilidade em todo mundo. Essa análise se mostraria mais eficiente e presente nos países em desenvolvimento visto que eles serão os grandes divulgadores e provedores do aperfeiçoamento de novas técnicas renováveis graças a grande quantidade de oportunidades que estes países oferecem e ainda tem a ser aproveitadas. Com relação aos objetivos da Índia para com a Rio+20, ela segue mais ou menos o mesmo raciocínio chinês de que o desenvolvimento ambiental só será alcançado se houver um desenvolvimento de todos os setores e isso ocorrerá como consequência um do outro. Apoia-se no princípio da equidade e de responsabilidade comum, porém diferenciadas afirmadas no Princípio do Rio e na Agenda 21 em 92 no Rio de Janeiro. Assim, cada país reconhece as responsabilidades que tem, mas entende que cada um tem um papel diferente dentro do sistema internacional e que, com isso, desempenharão papeis diferentes. Porém cada Estado, em sua visão, possui o direito de explorar seus recursos naturais visto que dentro dos seus respectivos territórios são soberanos. Estes devem ser realizados de acordo com suas normas ambientais e de desenvolvimento. Visando o multilateralismo, há a necessidade de que os países desenvolvidos diminuam o seu padrão de consumo e liberar espaço ecológico para os países em desenvolvimento para alcançar um crescimento sustentável e equitativo. Os desenvolvidos não devem impor barreiras tarifárias e não tarifárias as exportações dos países em desenvolvimento ou condicionalidades de ajuda ou qualquer outra forma de protecionismo verde. Fonte: Tuvaluislands.com; Istoé independente; Local Sustainability Alliance of Korea; BBC Brasil; Photius.com; World Health Organization; Climatenetwork.org; Folha de São Paulo; Radar Rio+20, Os resultados da Rio+10; ; Estocolmo, Rio, Johanesburgo o Brasil e as três conferências ambientais das Nações Unidas; Site Rio+20