QUALIDADE DO AR INTERIOR
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- Domingos Desconhecida Alcaide
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1 DETERMINAÇÃO DO IEE nominal, E QUALIDADE DO AR INTERIOR Alfredo Costa Pereira - Fundador da empresa GET Lda Engenheiros consultores,especialistas em Engenharia de Climatização e Peritos Qualificados em todas as vertentes do SCE. O IEE nominal tem que ser determinado por simulação dinâmica multizona detalhada, com base nos padrões nominais definidos no Anexo V do RSECE, utilizando um programa acreditado pela norma ASHRAE , incluindo o programa RCCTE-STE do INETI, caso seja apropriado ao edifício em questão. A base de dados do programa Solterm, deverá ser adaptado e depois utilizado. Nos casos de edifícios que incluam mais que uma tipologia o cálculo do valor do IEE (nominal e de referência)deverá ser feito proporcionalmente em função das áreas úteis respectivas, a partir dos valores calculados por simulação ou definidos (valores de referência), de cada tipo de espaço. Por exemplo, no caso deste edifício: a) 1 Tipologia bar/restaurante (637,5 m2) b) - 1 Tipologia livraria ( 2887,5 m2) c) - 1 Tipologia cozinha (112,5 m2) O edifício terá como limite de referência um valor médio para IEE estimado do seguinte modo: IEE=(637,5 x ,5 x ,5 x 1 ) /Ap O IEE é expresso em kgep/m 2.ano e é calculado através da expressão: em que: IEE = IEEi + IEEv + Qout/Ap sendo: IEE I Indicador de eficiência energética de aquecimento (kgep/m 2.ano) IEE V Indicador de eficiência energética de arrefecimento (kgep/m 2.ano) Q out Consumo ou necessidades nominais de energia não ligadas ao aquecimento e arrefecimento (kgep/m 2.ano). Inclui consumos relacionados com iluminação e equipamentos tais como ventiladores e bombas hidráulicas. Caso seja possível estes consumos devem ser imputados directamente aos consumos de aquecimento e de arrefecimento. Senão, esse consumo deve ser repartido proporcionalmente às horas de aquecimento e de arrefecimento. A P Área útil de pavimento (m 2 ), é definido de acordo com o RCCTE e tem o mesmo valor para as expressões dos IEEs parciais (aquecimento e arrefecimento). Por sua vez: IEEi =Qaq/Ap xfci e IEEv = Qarref/Ap x Fcv sendo FC<=1 em que: Q aq consumo ou necessidades nominais de energia para aquecimento (kgep.ano). F CI Factor de correcção do consumo de energia de aquecimento, o qual é função do factor de forma (FF) do edifício.
2 A POTÊNCIA MÁIMA QUE É PERMITIDO INSTALAR: A potência térmica máxima de aquecimento ou de arrefecimento dos sistemas de climatização que é permitido instalar deve ser calculada a partir dos perfis previstos para a utilização do edifício (condições de dimensionamento de sistemas de AVAC) e não a partir de perfis nominais, não podendo exceder 40% do resultado obtido pela simulação simplificada ou detalhada. 1 Introdução de dados no STE para o cálculo da potência máxima a instalar: 2 Densidade de iluminação com base na potência instalada em cada zona (valores de projecto) e no padrão real de utilização do edifício. 3 Densidade de ocupação e equipamentos utilizando as densidades e perfis reais. 4 Outros consumos associados a bombas e ventiladores. 5 Caudal real de projecto de ar novo que poderá ser superior ao caudal mínimo de ar novo (levantamento do projecto). A QUALIDADE DO AR INTERIOR O responsável pelo Plano de Manutenção Preventiva (PMP) num edifício de serviços ou fracção autónoma, para efeitos do RSECE, é de um técnico responsável pelo funcionamento (TRF), com as qualificações e competências definidas no Art.º 21º do DL 79/2006 de 4 de Abril. Para cada edifício de serviços deve haverum técnico responsável pelo bom funcionamento dos sistemas energéticos de climatização incluindo a sua manutenção e pela qualidade do ar interior, bem como pela gestão da respectiva informação técnica (TRF). Estes técnicos responsáveis têm que ser Eng.º s ou Eng.º s Técnicos com mais de 5 anos de experiência reconhecidos pela OE ou pela ANET. Para os pequenos edifícios ou fracções autónomas, o técnico responsável pode ser o próprio técnico de manutenção. O tipo de técnicos que estão previstos no RSECE tem que estar integrados em empresas enquadradas pelo IMOPPI, e são os seguintes: 1 - Técnicos responsáveis pelo bom funcionamento dos sistemas energéticos de climatização incluindo a sua manutenção, e pela qualidade do ar interior, bem como pela gestão da respectiva informação técnica (TRF); 2 - Técnicos de instalação e manutenção de sistemas de climatização (TIM); 3 - Técnicos de QAI. Os TIM podem também ter a valência da QAI.
3 Os técnicos responsáveis pelo funcionamento das instalações (TRF) responsabilizam-se: 1 - Pelo bom funcionamento dos sistemas energéticos de climatização; 2 - Pela sua manutenção; 2 - Pela QAI; 3 - Pela gestão da respectiva informação técnica. Estes técnicos são indicados pelo proprietário, pelo locatário, ou pelo usufrutuário ao organismo responsável pelo SCE, se tal obrigação constar expressamente de contrato válido. O proprietário promove a afixação no edifício ou fracção autónoma, com carácter de permanência, da identificação do técnico responsável, em local acessível e bem visível. O acompanhamento da montagem e manutenção dos sistemas de climatização é da responsabilidade do TIM e a responsabilidade pela QAI é de um técnico de QAI ou de um TIM que combine ambas as valências. Os técnicos de instalação e manutenção de sistemas de climatização (TIM) são responsáveis por: 1 - Instalação/colocação do equipamento; 2 - Montagem de redes; 3 - Arranque e recepção da instalação; 4 - Manutenção preventiva; 5 - Diagnóstico e reparação. Os técnicos da QAI são responsáveis: 1 - Higienização de sistemas; 2 - Limpeza de condutas; 3 - Recolha de amostras; 4 - Medição de parâmetros da QAI; 5 - Higienização de torres de arrefecimento e sistemas de humidificação. O técnico de instalação e de manutenção de sistemas de climatização até uma potência nominal limite de 100 kw tem que satisfazer a uma das seguintes condições: a) Tem que estar habilitado com o curso de formação de Electromecânico de Refrigeração e de Climatização do Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP), nível II, ou outro equivalente aprovado pelo SCE e com mais de 2 anos de experiência profissional; b) Em alternativa tem que demonstrar e comprovar experiência profissional com mais de 5 anos de prática como Electromecânico de Refrigeração e de Climatização e aprovação em exame após análise do seu curriculum vitae
4 poruma comissão tripartida a estabelecer em protocolo entre o SCE e as associações profissionais e do sector de AVAC. O técnico de instalação e de manutenção de sistemas de climatização com potências nominais superiores a 100 kw tem que satisfazer a uma das seguintes condições: a) Tem que estar habilitado com o curso de formação de Electromecânico de Refrigeração e de Climatização do Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP), nível III, ou outro equivalente aprovado pelo SCE e com mais de 5 anos de prática profissional após aproveitamento em curso de especialização em qualidade do ar interior aprovado pelo SCE; b) Em alternativa tem que demonstrar e comprovar experiência profissional com mais de 7 anos de prática como Electromecânico de Refrigeração e de Climatização após aproveitamento em curso de especialização em qualidade do ar interior aprovado pelo SCE e aprovação em exame após análise do seu curriculum vitae por uma comissão tripartida a estabelecer em protocolo entre o SCE e as associações profissionais e do sector de AVAC. A PERIOCIDADE DAS AUDITORIAS ENERGÉTICAS E DA QAI: 1 Os Grandes edifícios de serviços existentes: Ficam obrigados a fazer uma Auditoria Energética e da QAI de 6 em 6 anos. 2 Para todos os edifícios de serviços novos, grandes e pequenos, abrangidos pelo RSECE: Após a atribuição da licença de utilização, ficam obrigados a fazer uma Auditoria Energética de 3 em 3 anos e uma Auditoria da QAI com a seguinte periodicidade: a) De 2 em 2 anos para edifícios ou locais como estabelecimentos de ensino ou de qualquer tipo de formação, desportivos e centros de lazer, creches, infantários ou instituições e estabelecimentos para permanência de crianças, centros de idosos, lares e equiparados, hospitais, clínicas e similares; b) De 3 em 3 anos para edifícios ou locais que alberguem actividades comerciais, de serviços, de turismo, de transportes (Aeroportos, Estações de Metro, Gares Marítimas, etc.) c) De 6 em 6 anos em todos os restantes casos. A periodicidade das auditorias deve ser contada a partir da data de licença de utilização, ou no caso de edifícios existentes, a partir 1 de Janeiro de 2009, com o início da aplicação do SCE.
5 O PLANO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA ALGUMAS ROTINAS 1 GRUPO COMPRESSOR FRIGORÍFIC0 PRODUTOR DE ÁGUA REFRIGERADA GRUPO COMPRESSOR FRIGORÍFICO PRODUTOR DE ÁGUA REFRIGERADA (CHILLER) Medidas a serem tomadas se necessárias Periodicidade em meses Inspecção higiénica contaminação, deterioração e corrosão de todos os órgãos em geral e em, verificação dos isolamentos térmicos e dos apoios anti-vibráticos. Analisar visualmente o funcionamento do chiller, tentando detectar ruídos ou vibrações não habituais. Limpar, corrigir e/ou substituir Detectar anomalias e corrigir Verificar a existência de depósitos ou manchas de água para detectar fugas grosseiras. Corrigir Realizar um teste de fugas de água Corrigir e/ou substituir se às baterias. necessário A nível do óleo no cárter : Verificar o nível do óleo e realizar o teste de acidez; limpeza dos filtros de óleo Verificar as resistências eléctricas do carter ; Verificar a bomba de óleo. Detectar anomalias e corrigir Verificar o estado das transmissões Corrigir ou substituir se necessário Verificar os ajustes dos termostatos e dos pressostatos de alta e de baixa pressão, e as suas leituras. Verificar a carga de fluido frigorigéneo e medir a humidade nele contida. Substituir e/ou corrigir Verificar o funcionamento de todas as válvulas, (retenção, electroválvulas, expansão e de inversão de ciclo). Corrigir e /ou substituir Verificar o funcionamento dos sistemas de protecção comando e controlo Corrigir e/ou substituir Inspeccionar o Quadro Eléctrico do Chiller, no tocante ao seu estado de limpeza e corrosão, aperto de bornes e isolamentos eléctricos, e testar o funcionamento dos relés de protecção contra sobrecargas. Verificar os parâmetros do microprocessador, leitura e correcção de anomalias Corrigir e/ou substituir Verificar a calibração dos instrumentos de medida Corrigir e/ou substituir Fazer o registo de dados necessários para a determinação da eficiência do Chiller. Medir
6 2 UNIDADES TERMINAIS DO TIPO VENTILOCONVECTOR E UNIDADE DE TRATAMENTO DE AR NOVO Operações Permutadores de Calor contaminação, deterioração e corrosão Medidas a serem tomadas se necessárias Inspeccionar limpar e corrigir contaminação, deterioração e corrosão, bem como o funcionamento de baterias de arrefecimento, tabuleiros de condensados e separadores de gotas Inspeccionar e corrigir Verificar o estado e funcionamento do sifão Inspeccionar e corrigir Limpar a bateria de arrefecimento, tabuleiro de condensados e separador de gotas Inspeccionar limpar e corrigir Periodicidade em meses Inspecção higiénica Verificar as condições higiénicas Inspeccionar e corrigir Filtros de ar contaminação, odores e deterioração (fugas) Mudar o filtro de ar defeituosos, se não foi mudado nos últimos 6 meses Verificação da pressão diferencial Mudar o filtro Mudança de filtros em caso de filtros não regenerativos, ou limpeza se o filtro o admite Inspeccionar e corrigir Primeiro nível de filtragem Inspeccionar e corrigir Segundo nível de filtragem Inspeccionar e corrigir Verificação das condições de higiene Inspeccionar e corrigir Baterias de tratamento de ar Verificação do estado geral de conservação e limpeza. Verificação de fugas de ar e by-pass às baterias. Limpeza interior do módulo que contém as baterias. Inspeccionar e corrigir
7 conservação, limpeza e funcionamento de purgadores, válvulas automáticas e filtros. Inspeccionar e corrigir conservação e de limpeza dos tabuleiros de condensados e funcionamento dos sifões. Inspeccionar e corrigir Verificar o funcionamento, a cablagem e os encravamentos das baterias eléctricas Inspeccionar e corrigir Dispositivos Terminais contaminação dos equipamentos terminais equipados com entrada de ar exterior contaminação dos equipamentos terminais com recirculação de ar contaminação das baterias nas unidades sem filtros Limpar os componentes através dos quais o ar secundário circula (sem filtros de ar) Substituir os filtros, limpar o equipamento Substituir os filtros, limpar o equipamento Limpar (limpeza a vácuo) Limpar (limpeza a vácuo) Substituição dos filtros de ar Substituir Separadores de gotas contaminação, deterioração e corrosão Limpar e corrigir Verificação da existência de depósitos e incrustações nas superfícies Verificar as condições de higiene Limpar onde houver incrustação visível
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