Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

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1 Acórdãos STA Processo: 0131/12 Data do Acordão: Tribunal: 2 SECÇÃO Relator: ASCENSÃO LOPES Descritores: Sumário: OPOSIÇÃO À EXECUÇÃO COLIGAÇÃO PEDIDO CAUSA DE PEDIR CONHECIMENTO OFICIOSO EXCEPÇÃO DILATÓRIA Nº Convencional: JSTA000P14221 Nº do Documento: SA Data de Entrada: Recorrente: A... E OUTRA Recorrido 1: FAZENDA PÚBLICA Votação: UNANIMIDADE Aditamento: Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo I - Não cabe no regime da coligação activa a oposição à execução fiscal em que o facto jurídico que emerge do pedido de um dos oponentes consiste no não exercício da gerência de facto e o do outro a causa de pedir é o exercício da gerência e a ausência de culpa pela insuficiência do património da executada originária para satisfazer as dívidas tributárias. II - A ilegalidade da coligação activa é excepção dilatória de conhecimento oficioso mas, o seu conhecimento deve ser precedido do convite com cominação a que se refere o art 31-A do CPC. Texto Integral Texto Integral: Acordam, em conferência, nesta Secção do Contencioso Tributário do Supremo Tribunal Administrativo 1 - RELATÓRIO A, com o número de Identificação Fiscal, e B, com o número de Identificação Fiscal, apresentaram-se coligados a oporem-se aos processos de execução fiscal n e aps. Por sentença de 27 de Janeiro de 2011, o TAF de Braga decidiu declarar ilegal a coligação dos oponentes e, consequentemente, absolver o R. da instância. Reagiram os recorrentes, interpondo o presente recurso, para o TCA Norte, que por sentença de 20 de Dezembro de 2011, decidiu que aquele tribunal era incompetente em razão da hierarquia, declarando competente o Supremo Tribunal Administrativo, para onde os autos foram remetidos, as alegações integram as seguintes conclusões: 25 No essencial e para o que importa nos presentes autos, o mérito da questão, restringe-se a decidir sobre a legalidade ou ilegalidade da coligação de Oponentes. 26 Com efeito, o Mm Juiz do tribunal a quo, concluiu que, no caso em apreço, estamos perante uma coligação ilegal de Autores/Oponentes, o que, desde logo, constitui uma excepção dilatória que implica a absolvição da Ré da instância. 27 Contudo, no modesto entendimento dos Oponentes, não assiste

2 razão ao Mm Juiz do tribunal a quo, nem de facto, nem de direito. 28 Dispõe o art 30, n 1 do Cód. proc. Civil, aplicado ao caso em apreço por força do disposto no art. 2/C do CPPT, que, será permitida a coligação de Oponentes «quando a causa de pedir seja a mesma e única--». 29 Define-se causa de pedir como sendo o facto jurídico que serve de fundamento à acção, in casu, à oposição, isto é, o facto concreto do qual emana pedido cfr. art 498, n 4 do C. P C. 30º O facto jurídico que serve de fundamento à oposição deduzida pelos Oponentes confina-se à ilegitimidade de ambos na execução fiscal impetrada pela Ré/Administração Fiscal. 31º Ora sendo a causa de pedir o facto jurídico que serve de fundamento à acção, 32º é óbvio que, o caso em apreço, permite a coligação de Oponentes, 33º dado que, a causa de pedir é a mesma ilegitimidade de ambos na execução fiscal impetrada pela Ré, 34º sendo, também, comum o pedido formulado pelos Oponentes extinção da execução. 35º Nesta conformidade nada obsta à coligação dos Oponentes na oposição deduzida à execução fiscal sub judice. 36 Acresce que, a racio legis do art. 31/1 do Cód. P. C., deve ser interpretada à luz do princípio da economia processual e utilidade dos actos processuais. 37º Ora, tal princípio, tem como escopo o rendimento máximo do processo, com o mínimo de custo, procurando que cada processo resolva o maior número possível de litígios, devendo comportar apenas os actos e formalidades indispensáveis. Assim sendo, e atentas as alegações e conclusões constantes do presente recurso, devem os EXMS SRS. DRS. JUIZES DESEMBARGA DORES, revogar a decisão recorrida e, em consonância; a) Declarar legal a coligação de Oponentes na oposição sub judice. b) Convidar o tribunal a quo conhecer o pedido formulado pela Oponente. Fazendo-se, assim, a acostumada justiça. Não houve contra-alegações

3 O EMMP pronunciou-se emitindo o seguinte parecer: 1. Está em causa a possibilidade de 2 responsáveis subsidiários poderem deduzir uma única oposição contra acto de reversão que tinha sido deduzido com base no disposto no art. 23. e 24. n 1 al. b) da L,G.T., conjugados com os arts. 153.º n. 2 al. a) e 159 do C.P.P.T.. 2. Os mesmos efectuaram tal, invocando ilegitimidade, que constitui fundamento previsto no art n. 1 al. b) do C.P.P.T., e pugnando pela aplicação de uma mesma norma o art. 24. n. 1 al. a) da L.G.T.-, embora invocando motivos diferentes: - o não exercício da gerência de facto (oponente B ); - a inexistência de culpa da insuficiência do património societário (oponente A..). 3. Na falta de norma que regule a situação, tem-se recorrido ao disposto no art. 30.º n. 1 do C.P.C., tido por aplicável por força do art. 2. al. e) C.P.P.T., vindo a decidir-se ser de excluir a dita possibilidade 1. (Assim, especificamente no acórdão da secção de Contencioso Tributário de proferido no processo n. 0232/06, que levou ainda em conta o previsto no art. 12. do C.P.T.A.) 4.Tratando-se de uma responsabilidade que para além de subsidiária é solidária, mas entre si, segundo resulta quanto à relação material controvertida do disposto na parte final do corpo do dito art. 24., quer quanto à al. a), quer quanto à ai. b). Ou seja, não há solidariedade relativamente ao devedor originário, razão pela qual não é de aplicar a norma contida no art. 29. do C.P.C., da qual resultaria como possível a dita oposição única. 5. Assim sendo de entender, e sendo diferente a causa de pedir, mais não se alcança que os pedidos efectuados se resolvam numa relação de subsidiariedade que em face da aplicação da mesma regra de direito pudesse conduzir ainda à sua admissibilidade, de acordo com o disposto no art. 30. n. 2 do C.P.C.. 6. Assim, se decidiu, sem mais, pela existência de excepção dilatória e pela extinção da instância arts al. f) e 288. n. 1 al. e) do C.P.C. No entanto, a ser assim, haveria que aplicar antes o ora previsto no n. 3 deste último dispositivo, de que parecer que resultar que seria antes ainda de determinar que se procedesse à aplicação de convite para o recorrente suprir o dito vício, em conformidade com o previsto no art n. 2 do C.P.C., disposição, aliás, que quanto ao exequente parece resultar ainda do previsto no art n. 2 do C.P.C. e que em obediência ao princípio da igualdade de armas parece ainda ser de reconhecer. Aliás, o previsto no art. 12. do C.P.TA. tinha sido invocado oportunamente em parecer já anteriormente emitido pelo Ministério Público como sendo de aplicar. O exm. conselheiro Jorge Lopes de Sousa defende no C.P.P.T. anotado comentado Volume IV, 2011 p. 544, solução semelhante à que resulta do n. 4 do dito art. 12. embora apenas quanto a impugnação judicial.

4 7. A ser de entender conforme se defende, parece que melhor será admitir a apresentação de novas oposições, em prazo que seja estabelecido de acordo com a regra prevista no art n. 2 do C.P.C, sendo assim de revogar o decidido. 2 - FUNDAMENTAÇÃO É do seguinte teor a decisão recorrida: Oponentes: A, Número de Identificação Fiscal, e B, Número de Identificação Fiscal. Exequente: Direcção de Finanças de Braga. Nos presentes autos, os oponentes apresentam-se coligados a oporemse aos processos de execução fiscal n e aps. A coligação de oponentes à execução fiscal, deverá entender-se permitida nos termos previstos no Código de Processo Civil (artigo 30. e s.), que é de aplicação subsidiária ao processo tributário, nos termos do artigo 2. /c) do Código de Procedimento e Processo Tributário (cfr. Jorge Lopes de Sousa, Código de Procedimento e Processo Tributário - Anotado e Comentado, Áreas Editora, Volume li, 2007, p. 407 e s.). Nos termos do artigo 30. /1 do Código de Processo Civil, será permitida então a coligação de oponentes quando a causa de pedir seja a mesma e única ou quando os pedidos estejam entre si numa relação de prejudicialidade ou de dependência.. Esta segunda hipótese não está, manifestamente, em causa nos presentes autos. Resta, por isso, aferir se, se verifica a restante hipótese, ou seja, se a causa de pedir é a mesma e única, relativamente a ambos os oponentes. Nos termos do artigo 498 /4 do Código de Processo Civil, a causa de pedir é o facto jurídico de que deriva o direito real; nas acções constitutivas e de anulação é o facto concreto ou a nulidade específica que se invoca para obter o efeito pretendido.. Ora, os factos concretos em que se fundam as pretensões das oponentes são parcialmente distintos, conforme decorre da leitura da petição inicial, alegando a oponente o facto de não ter sido exercida por si a gerência efectiva da devedora originária, o oponente a sua falta de culpa na insuficiência patrimonial verificada. Como se escreveu no Ac. do STA de , proferido no processo 0358/08, disponível em relativamente a uma situação em tudo idêntica à presente: I - É permitida a coligação de autores quando seja a mesma e única a causa de pedir; quando os pedidos estejam entre si numa relação de prejudicialidade ou de dependência; ou quando a procedência dos pedidos principais dependa essencialmente da apreciação dos mesmos factos ou da interpretação e aplicação das mesmas regras de direito - nos termos do artigo 30. do Código de Processo Civil. II - A coligação de autores, quando entre os pedidos não exista a conexão exigida no artigo 30., constitui excepção dilatória, nos termos do artigo 494º, alínea f), do Código de Processo Civil III - As excepções dilatórias são de conhecimento oficioso do Tribunal, de acordo com o artigo 495 do Código de Processo Civil. IV - Por força da alínea e) do n.- 1 do artigo 288. do Código de Processo Civil, o juiz deve abster-se de conhecer do pedido e absolver o réu da instância quando julgue procedente alguma excepção dilatória. V- Como assim, só pode proceder-se ao conhecimento dos fundamentos de oposição à execução fiscal (como a prescrição da obrigação, por exemplo) verificados que estejam os respectivos pressupostos

5 processuais, entre os quais a legal coligação de autores. Deste modo, estamos perante uma coligação ilegal de autores, excepção dilatória de conhecimento oficioso que implica a absolvição do réu da instância (artigo 494., alínea f), do Código de Processo Civil). Notificados sobre a questão a fls. 40, os autores nada disseram ou requereram. Desta forma, por força da alínea e) do n. 1 do artigo 288. do Código de Processo Civil, o Tribunal deve abster-se de conhecer do pedido e absolver o réu da instância. Decisão: Por todo o acima exposto, decide-se declarar ilegal a coligação dos oponentes e, consequentemente, absolver o R. da instância. DECIDINDO NESTE STA A única questão a decidir é a de saber se, no caso concreto, é admissível a coligação de oponentes. O TAF de Braga entendeu que, não estando prevista no CPPT a coligação de oponentes, se devia recorrer ao art 30º do CPC, mas considerou também que os requisitos deste artigo não estavam preenchidos. Os recorrentes no essencial defendem que a causa de pedir é a mesma e como tal é possível a coligação. Desde já se pode adiantar que os recorrentes não têm razão quanto afirmam a identidade de causa de pedir. Os recorrentes confundem causa de pedir com o efeito jurídico a que conduziria a que conduziria a procedência do pedido de cada um assente nas causas que indicam para tal pretensão. Ou seja: a causa de pedir do oponente A será o facto jurídico (entendido este em sentido amplo como o(s) acontecimento(s), previsto(s) em norma de direito, em razão dos quais nascem, se modificam, subsistem e se extinguem as relações jurídicas) de o mesmo apesar de ter exercido a gerência da empresa, no período relevante, não ter tido culpa de, o património da devedora originária se ter tornado insuficiente para satisfazer as dívidas tributárias em causa. A causa pedir da oponente B será o facto jurídico de, não ter exercido de facto a gerência da empresa no período relevante. Não obstante os semelhantes efeitos jurídicos, decorrentes do eventual acolhimento e consideração de ambas as causas de pedir supra enunciadas (que podem levar à declaração de falta de responsabilidade de ambos os revertidos ora oponentes coligados com a consequente extinção da execução em relação às suas pessoas), em que está em causa a apreciação da legitimidade substantiva de ambos os oponentes, ainda assim, na sua génese, temos causas de pedir diferentes. Relativamente aos restantes requisitos previstos no art 30º do CPC, designadamente os referidos na parte final do seu número 2, cumpre apreciar se os mesmos se verificam. Entendemos que não. Desde logo, os pedidos dos dois oponentes coligados não estão entre si numa relação de dependência pois que

6 deles se pode conhecer autonomamente e podendo a final ser julgado improcedente o pedido de um dos oponentes e procedente o do outro. E por outro lado, não podemos afirmar que a procedência do pedido principal dependa essencialmente da apreciação dos mesmos factos (já vimos que os factos materiais são distintos) ou da interpretação e aplicação das mesmas regras de direito. As regras de direito são diferentes pois a natureza do pedido - ser julgada procedente a excepção da ilegitimidade dos oponentes - assenta em factos diferentes e não conexos entre si. (assim se decidiu nos acórdãos deste STA de 18/10/2006 e de 19/11/2008 tirados, respectivamente, nos recurso 0232/06 e 0385/08, ambos disponíveis no site da dgsi). Aqui chegados fica clarividente a impossibilidade de coligação no caso concreto e a sem razão dos recorrentes. Porém, nos termos do art 31 -A do CPC, se a coligação não puder ocorrer de acordo com o art 30º, deve o juiz notificar os autores para, no prazo fixado, indicarem por acordo qual o pedido que pretendem ver apreciado no processo, sob cominação de, não o fazendo, o réu ser absolvido da instância quanto a todos eles. Neste sentido, Jorge Lopes de Sousa in Código de Procedimento e Processo Tributário anotado e comentado, 6ª ed. 2011, III volume. pag Embora não haja norma legal que preveja a coligação de oponentes, não haverá obstáculo a que ela ocorra, se, se verificarem os requisitos em que a coligação é admitida pelo CPC, que é de aplicação subsidiária, nos termos do art. 2, alínea c), do CPPT. 2 (Tratando-se de preenchimento de uma lacuna num processo de execução fiscal, parece ser aplicável preferencialmente o regime do CPC e não o do CPTA, pois este último diploma está vocacionado pare o contencioso administrativo. No entanto, a aplicação dos requisitos da coligação previstos no art 12. do CPTA coincide essencialmente, nos seus resultados, com a aplicação dos previstos no art 30 do CPC. O STA, no acórdão de , processo n. 232/06, apreciou a possibilidade de coligação de oponentes à face, cumulativamente, dos referidos arts. 12. do CPTA 30 do CPC, mas, no acórdão de , processo n 1093/04, entendeu que essa possibilidade devia ser apreciada à face do CPC, não sendo aplicável o regime do art. 38 da LPTA (previsto para o recurso contencioso.) 3 (Admitindo a cumulação de oponentes, podem ver-se os acórdãos do STA de , processo n 385/08, e de , processo n 996/10.) Assim, aplicando o regime do art. 30º do CPC, adaptado ao processo de oposição à execução fiscal, será admissível a coligação de oponentes quando a causa de pedir (factos jurídicos de que emerge o pedido de extinção ou suspensão da execução fiscal) seja a mesma e única e quando, sendo embora diferente a causa de pedir a procedência dos pedidos principais dependa essencialmente da apreciação dos mesmos factos 4(Sobre a identidade fáctica, pode ver-se a anotação 6 ao art. 71 ) ou da interpretação e aplicação das mesmas regras de direito ou de cláusulas de contratos perfeitamente análogas. 5(Uma situação frequente será de mais que um responsável subsidiário, na sequência de reversão contra todos, deduzir oposição com os mesmos fundamentos.) Ocorrendo coligação sem que entre os pedidos exista a conexão

7 exigida pelo art. 30., o juiz notificará os oponentes para, no prazo fixado, indicarem, por acordo, qual o pedido que pretende ver apreciado no processo, sob cominação de, não o fazendo, o exequente ser absolvido da instância quanto a todos eles. (art. 31 -A, n s 1 e 2, do CPC). Feita a indicação do pedido a ser apreciado no processo, o juiz absolve a Fazenda Pública da instância relativamente aos outros pedidos (n. 3 do mesmo artigo). Neste caso, se as novas oposições forem propostas dentro de 30 dias, a contar do transito em julgado do despacho que ordenou a separação, os efeitos da dedução de oposição retrotraem-se à data em que estes factos se produziram no primeiro processo (art. 31º, n 5, do CPC, aplicável analogicamente). 1(Adoptando este entendimento, pode ver-se o acórdão do STA de , processo n 385/08. Neste acórdão entendeu-se que a possibilidade de suprimento da ilegalidade da coligação, nos casos de pluralidade de autores, apenas pode ocorrer quando há pelo menos um pedido relativamente ao qual pode manter-se a coligação.(sublinhado nosso) Não parece, porém, que tal interpretação se imponha, pois a letra do n 2 do art A do CPC é compatível com a possibilidade de todos os autores acordarem no prosseguimento do processo apenas quanto ao pedido formulado por um deles, terminando, assim, a coligação. Por outro lado, as razões de economia processual que estão subjacentes à possibilidade de suprimento apontam, decerto, no sentido de, nos casos em que não seja possível manter a coligação, ela termine, aproveitandose o processo na medida do possível, em vez de o inutilizar por completo. Por outro lado, a possibilidade de os autores concordarem com o prosseguimento do processo relativamente ao pedido de um deles não é irrealista, pois a coligação normalmente assenta numa relação de alguma cordialidade judiciária entre os autores. De resto, o autor ou autores que vir o processo extinto quanto ao seu pedido, poderá ver o processo prosseguir quanto ao seu pedido ao abrigo do art. 289, do CPC, pelo que, se agir com celeridade, não sofrerá um atraso considerável na apreciação da sua pretensão). Quando não for possível o suprimento da coligação ilegal de oponentes, a Fazenda Pública deve ser absolvida da instância, nos termos dos arts. 288, n 1, alínea e), e 494, alínea f), do CPC. Entendemos do mesmo modo. O tribunal a quo não fez esta notificação, pois a notificação efectuada a fls.39 e 40 dos autos, onde se determinou: Notifique os AA para em 10 dias se pronunciarem, querendo, sobre a ilegalidade da sua coligação e requererem o que tiverem por conveniente a esse respeito não está de acordo com os requisitos atrás referidos. Assim sendo e não obstante o não provimento do recurso quanto à admissão de coligação deve o mesmo obter provimento quanto à revogação da decisão recorrida para ser efectuada a notificação a que se refere o art 31-A do CPC. 4-DECISÃO: Pelo exposto acordam os Juízes de 1ª Instância em conceder parcial provimento ao recurso, revogando a decisão recorrida e determinando a baixa dos autos à 1ª instância para prosseguirem os seus trâmites

8 nos termos dos art s 30, 31 -A e 265 n 2 do CPC. Custas a cargo dos recorrentes pelo decaimento parcial que se fixam em 2 UCS. Lisboa, 30 de Maio de Ascensão Lopes (relator) - Pedro Delgado - Valente Torrão.