1º ENCONTRO CATARINENSE DE CONTADORES E CONTROLADORES PÚBLICOS
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- Octavio Paiva Caldeira
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1 1º ENCONTRO CATARINENSE DE CONTADORES E CONTROLADORES PÚBLICOS CRC/SC 29 e 30 de Novembro de 2010 Prof. Francisco Ribeiro UFPE GE Setor Público CFC ABORDAGEM PARA O ENSINO DAS IPSAS E NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE APLICADAS AO SETOR PÚBLICO: Regras ou Princípios?
2 Um cenário: Os escândalos financeiros nos EUA em 2002 Escândalos financeiros e corporativos ocorridos nos EUA em 2002, onde firmas de auditoria e contadores foram seriamente comprometidos com as fraudes contábeis da ENRON; O então presidente George W. Bush, buscando responder sobre a origem das fraudes, afirmou que seria necessário tirar a contabilidade das sombras (AMERNIC e CRAIG, 2004); Como decorrência desse debate nos EUA, foi proposto um grande projeto para reforma da educação contábil, constituído de três grandes vertentes: a) Explorar o caráter retórico, político e ideológico da natureza da contabilidade; b) Verificar a pobreza do discurso nos currículos de contabilidade; e c) Enfatizar o mérito de uma melhor compreensão da história da contabilidade, a partir de um grande programa de leituras sobre a vida e o trabalho, em torno dos antepassados intelectuais da contabilidade; A questão não seria de padrões contábeis melhores ou de técnicas de auditoria mais eficazes, mas de formar contadores profundamente mais críticos.
3 ALGUMAS REFLEXÕES INSPIRADAS NOS: I SBTCont Simpósio Brasileiro de Teoria da Contabilidade Curitiba PR 14 a 17 de Outubro de th World Congress of Accounting Educators and Researchers November 4-6, 2010: SINGAPORE
4 Ênfase em Procedimentos vs. Ênfase em Conceitos e Princípios O que é a Contabilidade? Para que serve a Contabilidade? Como atua a Contabilidade?
5 CONCEITOS PRINCÍPIOS REGRAS CONCEITOS PRINCÍPIOS REGRAS
6 Algumas trilhas da Teoria Crítica: Legado da Escola de Frankfurt Max Horkheimer Teoria Tradicional e Teoria Crítica (artigo/manifesto de 1937); Crítica à visão positivista introduzida por Descartes; Jürgen Habermas Racionalidade e Comunicação (Teoria do Agir Comunicativo, 1996); Estabelecimento de um sistema de eticidade no processo de comunicação; Axel Honneth Luta por Reconhecimento, Para além da luta econômica, as pessoas desejam reconhecimento para se afirmarem como seres humanos.
7 UM CONCEITO DE CONTABILIDADE A Contabilidade é uma Ciência Social cujo objeto de estudo é a mediação (arbitramento) do conflito distributivo, mediante o reconhecimento, mensuração e evidenciação dos fenômenos que afetam o patrimônio das entidades, sob a perspectiva de uma atuação ética, pautada no interesse público e na dignidade do ser humano IUDICIBUS, RIBEIRO FILHO, LOPES, PEDERNEIRAS (Após reflexões e debates no I Simpósio Brasileiro de Teoria da Contabilidade Curitiba PR, 14-17/10/2010)
8 Fontes dos Organismos Reguladores Framework (IASB) to develop accounting policies in the absence of specific standard melhorar a coerência entre as normas e oferecer referências para as decisões; Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) - Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade Estrutura para a Preparação e a Apresentação das Demonstrações Contábeis (Framework for the Preparation and Presentation of Financial Statements) (IASB); RESOLUÇÃO CFC Nº /08 (Aprova a NBC T 1 Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação da Demonstrações Contábeis); RESOLUÇÃO CFC Nº /10 (Atualiza e consolida dispositivos da Resolução CFC n.º 750/93, que dispõe sobre os Princípios Fundamentais de Contabilidade.) Princípios de Contabilidade (PC).
9 ESTRUTURA DOS PADRÕES ORIENTADOS POR PRINCÍPIOS Guia mínimo para aplicação dos Princípios Princípios de Reconhecimento Princípios de Mensuração CONCEITOS Princípios de Desreconhecimento Princípios de Disclosure (Evidenciação)
10 Introdução às Normas Internacionais de Contabilidade para o Setor Público A adoção das IPSASs pelos governos melhorará a qualidade e comparabilidade das informações financeiras divulgadas por entidades do setor público ao redor do mundo. O IPSASB reconhece o direito dos governos e normatizadores em âmbito nacional de estabelecer normas e diretrizes contábeis para fins de elaboração de demonstrações contábeis nas suas jurisdições. O IPSASB estimula a adoção das IPSASs e a convergência das normas nacionais às IPSASs. As demonstrações contábeis só podem ser consideradas como estando em conformidade com as IPSASs se estiverem em conformidade com todas as exigências de cada IPSAS aplicável.
11 PRINCIPAIS CONCEITOS DAS IPSAS Regime de competência é o regime contábil segundo o qual transações e outros eventos são reconhecidos quando ocorrem (não necessariamente quando o caixa ou seus equivalentes são recebidos ou pagos). Portanto, as transações e eventos são registrados contabilmente e reconhecidos nas demonstrações contábeis referentes aos respectivos períodos. Os elementos reconhecidos sob o regime de competência são ativos, passivos, patrimônio líquido / ativos líquidos, receitas e despesas. Ativos são recursos controlados por uma entidade conseqüência de eventos passados e dos quais são esperados benefícios econômicos futuros ou potencial que fluam para a entidade.
12 PRINCIPAIS CONCEITOS DAS IPSAS Despesas são reduções nos benefícios econômicos ou potencial de serviços durante o período a que se referem as demonstrações contábeis na forma de saídas ou consumo de ativos ou incorrência de passivos que resultam em diminuições no ativo líquido / patrimônio líquido, diferentes daquelas relacionadas a distribuições aos proprietários. Passivo são as obrigações presentes da entidade, derivadas de eventos já ocorridos, cujo pagamento se espera que resulte em saída de recursos da entidade, os quais são capazes de gerar benefícios econômicos ou potencial de serviços. Receita é a entrada bruta de benefícios econômicos ou potencial de serviços durante o período coberto pelas demonstrações contábeis quando essas entradas resultam em um aumento do patrimônio líquido / ativos líquidos, diferentes de aumentos relacionados a contribuições de proprietários.
13 PRINCIPAIS CONCEITOS DAS IPSAS Benefícios Econômicos Futuros ou Potencial de Serviços Os ativos fornecem meios para que as entidades atinjam seus objetivos. Os ativos que são usados para entregar mercadorias e serviços de acordo com os objetivos da entidade, mas que não geram diretamente fluxos de caixa líquidos positivos são geralmente descritos como aqueles que possuem potencial de serviços. Ativos que são usados para gerar fluxos de caixa líquidos positivos são geralmente descritos como aqueles que contêm benefícios econômicos futuros. Para abranger todos os propósitos nos quais os ativos podem se encaixar, esta Norma usa o termo benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços para descrever as características essenciais dos ativos.
14 PRINCIPAIS CONCEITOS DAS IPSAS Contribuições (ou integralizações) de proprietários benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços que a entidade recebeu de partes externas a ela, diferentes daqueles que resultam em passivo para a entidade, que estabelecem uma remuneração financeira em seu ativo líquido/ patrimônio líquido, que: (a) dão direito tanto a distribuições de benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços pela entidade durante sua vida, quando assim decidido pelos proprietários ou seus representantes; quanto a distribuições de quaisquer ativos excedentes sobre passivos em caso da entidade cessar suas atividades; e/ou (b) podem ser vendidas, trocadas, transferidas ou resgatadas.
15 PRINCIPAIS CONCEITOS DAS IPSAS Ativos líquidos / patrimônio líquido correspondem à participação residual nos ativos da entidade após deduzir todo o seu passivo. Notas explicativas contêm informação adicional em relação àquela apresentada nas seguintes demonstrações contábeis: Demonstração da Posição Financeira (Balanço Patrimonial), Demonstrações de Desempenho Financeiro (Demonstração do Resultado do Exercício), Demonstração das Mutações do Ativo Líquido/Patrimônio Líquido e Demonstração dos Fluxos de Caixa. As notas explicativas oferecem descrições narrativas ou decomposição (detalhamento) de itens evidenciados nessas demonstrações e informação acerca de itens que não se qualificam para serem reconhecidos nas demonstrações contábeis.
16 Alcance das IPSAS O termo setor público se refere a governos nacionais, governos regionais (por exemplo estadual, provincial, territorial), governos locais (por exemplo municipal) e entidades públicas relacionadas (por exemplo agências, conselhos, comissões e empresas); Demonstrações contábeis para fins gerais são demonstrações contábeis elaboradas para usuários que não têm prerrogativa de exigir informações contábeis para atender às suas necessidades específicas de informação.
17 Conceitos que fundamentam as IPSAS (International Public Sector Accounting Standard) Características Qualitativas Fundamentais -Relevância; -Valor preditivo, valor de feedback; materialidade (específico para a entidade); -Representação fiel; -Integridade; -Neutralidade; Reforço às Características Qualitativas Fundamentais -Comparabilidade; -Verificabilidade; -Oportunidade; -Compreensibilidade.
18 Elementos das Demonstrações Contábeis Visão Atual Ativos - Recurso controlado pela entidade - Resultado de eventos passados - Fluxo esperado de benefícios econômicos Passivos - Obrigação presente - Decorrentes de eventos passados - Saída esperada de benefícios econômicos Proposta Ativos - Recurso econômico presente - Para o qual a entidade tem uma direito de acesso que outros não têm Passivos - Uma Obrigação econômica presente - Para o qual a entidade é uma devedora
19 Framework Atual PATRIMÔNIO LÍQUIDO = ATIVOS PASSIVOS RECEITAS E DESPESAS = ALTERAÇÕES NOS ATIVOS E PASSIVOS Sugestões para o Ensino: - Ativo é a pedra angular conceitual - Definição de receitas e despesas com referência a Ativos e Passivos = Abordagem robusta para medir o desempenho
20 IPSAS 16 PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTOS Mensuração A propriedade para investimento deve ser inicialmente mensurada pelo seu custo (os custos de transação devem ser incluídos na mensuração inicial). Onde uma propriedade para investimento é adquirida por meio de uma transação sem contraprestação, seu custo deve ser mensurado como seu valor justo na data da aquisição.
21 PRINCIPAIS CONCEITOS (IPSAS 16) Valor contábil é o valor pelo qual um ativo está reconhecido na demonstração da posição financeira (balanço patrimonial). Custo é o montante de caixa ou equivalentes de caixa pago ou o valor justo de outra contraprestação dada para adquirir um ativo no momento da sua aquisição ou construção. Transações com contraprestação é aquela segundo a qual a entidade recebe ativos ou serviços ou tem passivos extintos e dá diretamente valor aproximadamente igual (prioritariamente sob a forma de dinheiro, bens, serviços ou uso de ativos) a outra entidade na troca. Valor justo é o valor pelo qual um ativo poderia ser negociado, ou um passivo liquidado em uma transação em que não há favorecidos e em que as partes estejam informadas e dispostas a transacionar. Propriedade para investimento é a propriedade (terreno ou edifício ou parte de edifício ou ambos) mantida (pelo proprietário ou pelo arrendatário em arrendamento financeiro) para auferir aluguel ou para valorização do capital ou para ambas.
22 IPSAS 17 ATIVO IMOBILIZADO Mensuração A Norma requer que a entidade mensure um item de seu ativo imobilizado adquirido em troca de ativo ou ativos não monetários, ou em uma combinação de ativos monetários e não monetários, ao valor justo a menos que: a transação de troca não possua substância comercial; os valores justos tanto do ativo dado quanto do ativo recebido não possam ser mensurados confiavelmente.
23 PRINCIPAIS CONCEITOS (IPSAS 17) Depreciação A Norma requer que a entidade determine a carga de depreciação separadamente para cada parte significativa do ativo imobilizado.
24 Dos Conceitos para os Princípios e as Regras Sugestões didáticas - Construir a partir de conceitos, para formatar princípios - Explicar - Enfatizar necessidade de julgamento na aplicação dos princípios - Como as orientações de aplicação no caso concreto dá efeito aos princípios - Como criar outras regras e exceções Outras Vantagens dos princípios - Como as interpretações podem criar mais regras - Testar a compreensão, por exemplo,com estudos de caso.
25 FILIPENSES 4.23 A graça do Senhor Jesus Cristo seja com o vosso espírito.
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