Saúde universal Acesso e cobertura para todos
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1 Saúde universal Acesso e cobertura para todos
2 Saúde universal: Acesso e cobertura para todos Os países das Américas se comprometeram a alcançar o acesso universal à saúde e a cobertura universal de saúde. Imagine o que a realização dessa ambição comum significaria para cerca de 1 bilhão de pessoas da Região: A saúde seria considerada um direito fundamental. Todos seriam cobertos por um sistema de saúde bem financiado, bem organizado, que ofereceria serviços de saúde de qualidade. Não haveria nenhuma barreira a esses serviços. Todos ricos e pobres, idosos e jovens, moradores de áreas urbanas e rurais, homens e mulheres teriam acesso quando deles precisassem. Os serviços de saúde seriam integrais, cobrindo não só o tratamento mas também a prevenção, a reabilitação e os cuidados paliativos. Todos estariam protegidos das dificuldades financeiras. Ninguém precisando de cuidados se tornaria falido, perderia seu lar, ou decidiria abrir mão do atendimento por não poder pagar. Os sistemas de saúde seriam flexíveis, inovadores e resilientes diante das mudanças das necessidades e das emergências de saúde.
3 Efeito propagador Como resultado, a população mais saudável traria benefícios para as economias da Região. Os trabalhadores seriam mais produtivos. As crianças perderiam menos dias letivos. A pobreza e a desigualdade diminuiriam. As sociedades seriam mais harmoniosas. O crescimento seria mais robusto e sustentável. Os governos teriam mais aprovação da população, pois a saúde universal é popular. É preciso trabalhar A saúde universal é uma meta ambiciosa. Demanda dinheiro, medicamentos a preços acessíveis, grande quantidade de médicos e enfermeiros bem treinados, redes integradas de atenção e decisões ponderadas sobre quais serviços priorizar. Demanda principalmente visão, planejamento, vontade política, compromisso da comunidade e comprometimento com os princípios da viabilidade de preços, do acesso, da qualidade, da equidade e da solidariedade. O elemento financeiro é crucial. O compromisso com a saúde universal é pouco realista se não há um compromisso com o investimento sustentável. Em 2011, os países das Américas gastaram uma média de 3,8% de seus recursos na saúde. A Organização Pan-Americana da Saúde recomenda um mínimo de 6%. Os países ricos que se aproximam eficazmente da saúde universal gastam cerca de 8%. É imperativo que os países alcancem seus objetivos e suas metas universais na saúde, pois: É inerentemente bom e correto reduzir as iniquidades que perpetuam o sofrimento e inibem a realização plena do potencial humano. As pessoas mais vulneráveis e marginalizadas na Região necessitam desesperadamente que suas necessidades em saúde sejam atendidas. A saúde universal é imprescindível na abordagem dos complexos desafios de saúde do século XXI, incluindo a epidemia de doenças não transmissíveis infarto, acidente vascular cerebral, diabetes, câncer e doenças pulmonares crônicas que são responsáveis pela maioria das mortes na Região. Os países declararam unanimemente que a saúde universal é uma prioridade e, para alcançá-la pediram ajuda à Organização Pan-Americana da Saúde. A constituição da Organização Mundial da Saúde afirma o direito de toda pessoa ao gozo do mais alto padrão atingível de saúde.
4 Boas práticas A saúde universal não é prescritiva; não existe uma solução única para todos. Os países devem adaptá-la a seus contextos nacionais. Contudo, há consenso na Região de que a saúde universal deve incluir: A conquista não ocorre da noite para o dia. É preciso ter paciência e envidar esforços combinados para construir um sistema de saúde robusto e resiliente que seja acessível para todos. Nenhum país alcançou uma situação perfeita de saúde universal. É uma jornada, e muitos desafios permanecem. É preciso começar de algum lugar, observou a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde Carissa F. Etienne. O importante é começar. Não se engane achando que a saúde universal será construída de uma só vez. É preciso estabelecer a visão de aonde se quer chegar e, então, dar a largada! Seja flexível e pragmático e não tenha medo pedir ajuda. Investimento nos modelos baseados em atenção primária e a prestação integrada de serviços eficientes, centrados na pessoa, progressivamente expansíveis. Eliminação dos pagamentos no local de prestação do serviço. Garantia do uso racional de medicamentos e tecnologias em saúde. Busca de maneiras sustentáveis de aumentar o financiamento da saúde. Proteção financeira dos indivíduos, especialmente daqueles que têm menos condições de arcar com os custos. Empoderamento das pessoas e das comunidades, fornecendo-lhes informações em saúde, educando-as a respeito de seus direitos e de suas responsabilidades, e incentivando-as a participar da formulação de políticas de saúde. Muitos países já estão na direção certa para alcançar a saúde universal.
5 Progresso constante, nova esperança Consenso regional Em 2013, os países adotaram por unanimidade um novo plano estratégico de seis anos que abarca a concretização progressiva da cobertura universal como um enfoque central [...] para consolidar os avanços na saúde materno-infantil e no controle de doenças transmissíveis, para reduzir a carga de doenças (não transmissíveis) e para diminuir as brechas no acesso aos serviços de saúde e no seu uso. Um ano depois, adotaram por unanimidade uma estratégia para a obtenção do acesso universal à saúde e da cobertura universal de saúde nas Américas, sendo a Organização Pan-Americana da Saúde o principal facilitador e promotor. Eles também afirmaram seus compromissos por meio de instrumentos, como: A resolução da Assembleia Mundial da Saúde sobre saúde na Agenda de Desenvolvimento Pós-2015 (2014). A Declaração do Panamá sobre saúde materno-infantil (2013). A resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre saúde mundial e política externa (2012). A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (2012). A Declaração Política do Rio sobre Determinantes Sociais da Saúde (2011). Os países das Américas já fizeram muito para melhorar a saúde de suas populações. Reduziram, por exemplo, a mortalidade infantil e materna, a mortalidade relacionada ao HIV e a carga da tuberculose e da malária. Eles estão também prestes a eliminar algumas doenças infecciosas negligenciadas. No entanto, ainda há muito mais a fazer. Muitas mulheres continuam morrendo no parto ou pouco depois dele. A tuberculose e o HIV continuam ceifando muitas vidas. A epidemia de doenças não transmissíveis, causadas pelo estilo de vida, continua a se alastrar. E a Região ainda é altamente vulnerável às catástrofes naturais e às doenças emergentes. A saúde universal é a resposta, pois fornece a plataforma sobre a qual se constrói sistemas de saúde robustos para responder eficientemente e efetivamente às necessidades da população e para lidar com as doenças prioritárias. A Organização Pan-Americana da Saúde está colaborando da seguinte maneira: Defendendo a causa Comunicando Formando parcerias estratégicas Construindo a base de evidências para práticas e políticas específicas Ajudando os países a se capacitar e a elaborar e cumprir seus planos e suas metas nacionais Facilitando o diálogo e o intercâmbio de informações Monitorando e avaliando
6 Junte-se a nós Nós podemos fazer. Ajude os países das Américas e a Organização Pan-Americana da Saúde a cumprir sua visão. Apoie o esforço para salvar e melhorar vidas e para criar um futuro melhor para todos. Eu considero a cobertura universal de saúde como o conceito mais poderoso que a saúde pública tem a oferecer. Ele é inclusivo. Esse conceito une serviços e os entrega de forma compreensiva e integrada, baseada na atenção primária à saúde. Margaret Chan, diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) Conhecendo a história da região das Américas, sabemos que nossos sonhos costumam virar realidade. Fomos a primeira das seis regiões da OMS a eliminar a varíola, a primeira a eliminar a pólio e a primeira a eliminar o sarampo. Nós nos comprometemos não apenas a alcançar, mas a ser a primeira das seis regiões da OMS a obter a saúde universal. Carissa F. Etienne, diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) Facebook.com/pahowho Twitter.com/pahowho Youtube.com/pahopin Flickr.com/pahowho Tel Fax Twenty-third Street, N.W., Washington, D.C
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