SEGUNDA CÂMARA CRIMINAL RECURSO EM SENTIDO ESTRITO Nº 94644/ CLASSE CNJ COMARCA DE ALTO ARAGUAIA

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1 RECORRENTE: RECORRIDO: MINISTÉRIO PÚBLICO MAICON SOUZA SILVA Número do Protocolo: 94644/2008 Data de Julgamento: EMENTA RECURSO EM SENTIDO ESTRITO - LESÃO CORPORAL E AMEAÇA NO ÂMBITO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA (ART. 129, 9º, E ART. 147, AMBOS DO CP) - LEI MARIA DA PENHA - RENÚNCIA À REPRESENTAÇÃO PERANTE JUIZ SINGULAR, NOS MOLDES DO ART. 16 DA LEI N / NÃO RECEBIMENTO DA DENÚNCIA OFERTADA, ANTE A CARÊNCIA DE CONDIÇAO DE PROCEDIBILIDADE - IRRESIGNAÇÃO MINISTERIAL - PRETENDIDA ADMISSÃO DA INAUGURAL ACUSATÓRIA - ADMISSIBILIDADE - AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA - DELITO DE AMEAÇA - PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA DO ESTADO RECONHECIDA - EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE - INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS 107, 109, 115 E 117 TODOS DO CÓDIGO PENAL E ARTIGO 61 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL - RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. Com o advento da Lei /2006 o crime de lesão corporal leve que implique em violência doméstica contra a mulher (art. 129, 9º, do CP) passou a ser de ação penal pública incondicionada, tornando-se a retratação da vítima, portanto, insuficiente para justificar o arquivamento da ação. A pena máxima cominada ao crime de ameaça sendo de seis meses (06 m) e tendo o acusado, na ocasião do fato, idade inferior a vinte e um anos (21 a.),o Fl. 1 de 11

2 prazo prescricional de dois (02) anos reduz-se pela metade, incidindo-se a prescrição, no caso, porque decorrido o lapso temporal superior ao previsto para tanto. Sentença reformada. GEACOR Fl. 2 de 11

3 RECORRENTE: RECORRIDO: MINISTÉRIO PÚBLICO MAICON SOUZA SILVA RELATÓRIO EXMO. SR. DES. GÉRSON FERREIRA PAES Egrégia Câmara: O Ministério Público, inconformado com a r.sentença de proferida pelo juiz da 2ª Vara da Comarca de Alto Araguaia - MT, que deixou de receber a denúncia, ante a retratação da vitima em audiência (fls. 49), em ação penal que responde o ora recorrido pela prática dos crimes descritos nos artigos 129, 9º e 147 do Código Penal c/c a Lei /2006, ingressou com Recurso em Sentido Estrito visando reformar o julgado, dizendo que a o fato de a vitima ter se retratado da representação ofertada na Delegacia, não influência em nada no deslinde do presente feito, já que a titularidade da ação pertence ao Ministério Público, dizendo ainda que, a ação penal no caso de lesão corporal oriunda de violência domestica voltou a ser incondicionada, isso porque não é no Código Penal que se vai encontrar o dispositivo que determina a ação pública condicionada para as lesões leve em geral, e sim no art. 88 da Lei 9.099/95. Dessa forma, requereu, a reforma da r.sentença de fls. 49. Em contra razões, o recorrido, por meio do i. Defensor Público, Dr. Hugo Leonardo Bonfim Fernandes, disse que, em que pesem os respeitáveis argumentos do Ilustre Representante Ministerial, é notório que a vedação prevista no artigo 41 da Lei /2006 à aplicação da Lei 9.099/95, não abrange a condição especifica de procedibilidade consubstanciada na representação, e continua dizendo que, uma vez retratado em juízo o interesse no prosseguimento do feito, deve-se aplicar, em respeito ao fundamental Principio da Legalidade, o artigo 16 da lei que trata da violência Domestica, tendo como conseqüência, o não recebimento da inaugural acusatória. E assim, concluiu pela manutenção in totum da decisão hostilizada. Em exame de retratação, a decisão foi mantida e os autos foram Fl. 3 de 11

4 remetidos a esta instância para julgamento do recurso. A douta Procuradora-Geral de Justiça, em parecer da Dra. Kátia Maria Aguilera Ríspoli (fls. 73/85) disse que, da analise das razões do vertente recurso, se conclue que o inconformismo do i. representante do Parquet de primeiro grau enseja parcial acolhimento, porque Maicon Souza Silva foi denunciado como incurso nas sanções dos arts. 129, 9º, e 147, ambos do Estatuto Repressivo, pois segundo restou apurado, na data dos fatos sem qualquer motivo aparente, o ora recorrido deu inicio à uma discussão com sua companheira, Rejane Rezende Maia, oportunidade em que ameaçou-a de morte, com o intuito de impedir que ela comunicasse à autoridade policial as agressões por ele perpetradas contra a sua pessoa, e que, empós a prática dos fatos supracitados, já na manha do dia , igualmente no interior daquela morada, Maicon Souza Silva também ofendeu a integridade física da vitima, quando esta tentou colocar fim ao relacionamento que mantinham, vindo causar-lhe as lesões descritas no Exame de Corpo Delito e Mapa Topográfico anexados às fls. 25/26-TJ. Ressaltou porem que, faz-se mister consignar que, no pertinente à conduta descrita no art. 147 do Código Penal, encontra-se extinta a punibilidade do recorrido, dada a ocorrência da prescrição, a teor do que estabelece a regra inserta no art. 107, inc. IV, daquele mesmo Codex. No que diz respeito ao crime de lesão corporal, tipificado no art. 129, 9º, do Código Penal, observa-se que a vitima, igualmente, retratou-se da representação ofertada perante a autoridade policial, em audiência especialmente designada pelo r. Juiz monocrático para essa finalidade, nos termos do que dispõe o art. 16 da Lei n /2006. Ponderou que, com o advento da Lei n /2006, a qual procurou conferir maior rigor aos delitos decorrentes de violência domestica e familiar contra a mulher, a doutrina e a jurisprudência pátrias, nada obstante entendimentos contrários, vem se firmando no sentido de que a ação penal relativa aos crimes de lesão corporal praticado entre os integrantes de uma mesma vida familiar, passou a ser pública incondicionada, independendo, portanto, de representação. Assim, a conclusão é a de que afastada está, em sua integralidade, a aplicação da Lei nº 9.099/95 aos casos de violência doméstica ou familiar contra a mulher, o que restabelece, por conseqüência, a norma insculpida no art. 100 do Código Penal, que prescreve para esses casos a ação penal pública incondicionada, razão pela qual a reforma do decisum guerreado é providência que se mostra Fl. 4 de 11

5 obrigatória, porque a retratação levada a efeito pela vitima não produz qualquer efeito jurídico, porquanto incompatível com a natureza da ação penal. Por essas razões, pugnou pelo provimento parcial do recurso, a fim de que, uma vez recebida a denúncia, seja instaurada a competente ação penal em desfavor de Maicon Souza Silva, face a suposta prática de crime de lesão corporal contra sua companheira (art. 129, 9º, CP), declarando-se, por outro lado, extinta a sua punibilidade, pela ocorrência da prescrição, no pertinente ao delito de ameaça, tipificado no art. 147 do Código Penal. É o relatório. P A R E C E R (ORAL) O SR. DR. HÉLIO FREDOLINO FAUST Ratifico o parecer escrito. Fl. 5 de 11

6 TJ VOTO EXMO. SR. DES. GÉRSON FERREIRA PAES (RELATOR) Egrégia Câmara: Trata-se de Recurso em Sentido Estrito interposto pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, visando reformar a r.decisão proferida pelo Juízo de Direito da 2ª Vara Criminal da Comarca de Alto Araguaia/MT, que deixou de receber a denúncia ofertada pelo Órgão Ministerial e que declarou extinta a punibilidade de Maicon Souza Silva, ante a retratação da vítima, nos termos do art. 16 da Lei /2006. Da leitura dos autos, analisando cuidadosamente as razões contidas no recurso, chega-se à conclusão de que deve ser reformada a r.sentença proferida pelo Juízo a quo, conforme se demonstrará a seguir. Quanto ao argumento de que a vítima se manifestou pelo desinteresse no prosseguimento do feito, esse fato não autoriza o não recebimento da denúncia proposta pelo Ministério Público Estadual, sendo inclusive inaplicável o art. 16 da Lei /2006. Art. 16. Nas sanções públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público. A ação penal no caso de lesão corporal oriunda de violência doméstica voltou a ser incondicionada, isso porque a Lei /2006 determinou em seu art. 41 vedação expressa de aplicação da Lei n 9.099/95 aos crimes praticados em violência domestica e familiar contra a mulher, inexistindo qualquer ressalva, daí que não se aplica por inteiro, incluindo o art. 88, de forma que restabelece a regência do art. 100 do Código Penal, que impõe a ação pública incondicionada a hipótese como a dos autos. Nesse sentido, a jurisprudência deste Tribunal: Habeas Corpus - LESÃO CORPORAL LEVE QUALIFICADA (ART. 129, 9 DO CP) - VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER (LEI /2006) - PEDIDO DE TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL - Fl. 6 de 11

7 TJ IMPOSSIBILIDADE - PRESENÇA DE INDICIOS SUFICIENTES DA AUTORIA E COMPROVAÇÃO DA MATERIALIDADE - RENÚNCIA À REPRESENTAÇÃO - INADMISSIBILIDADE - AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA - CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO CONFIGURADO - ORDEM DENEGADA. O trancamento da ação penal por falta de justa causa constitui medida de caráter excepcional, só mostrando-se cabível na via estreita do writ quando se comprove primus ictus oculi, de modo inequívoco, a atipicidade da conduta, a incidência de causa de extinção da punibilidade ou a ausência de indícios de autoria ou de prova da materialidade do delito, circunstancias não demonstradas na hipótese em exame. Com o advento da Lei n /2006 o crime de lesão corporal leve que implique em violência domestica contra a mulher (art. 129, 9, do CP) passou ser de ação pública incondicionada, tornando-se a retratação da vítima, portanto insuficiente para justificar o arquivamento da ação. (TJMT - HC N 44813/ Cuiabá/MT Relator: Exmo. Sr. Des. Juvenal Pereira da Silva - Primeira Câmara Criminal ). HABEAS CORPUS - LESÃO CORPORAL LEVE QUALIFICADA (ART. 129, 9 DO CP) - VIOLÊNCIA FAMILIAR CONTRA A MULHER (LEI /2006) - 1. PRELIMINAR MINISTERIAL DE NÃO CONHECIMENTO DO WRIT - MINISTÉRIO PÚBLICO APONTADO COMO AUTORIDADE COATORA - DENÚNCIA RECEBIDA NO CURSO DA AÇÃO MANDAMENTAL - ERRELEVÂNCIA - FATO GERADOR DO ALEGADO CONSTRANGIMENTO QUE SE MANTÉM INALTERADO - 2. MÉRITO - RENÚNCIA À REPRESENTAÇÃO EM SEDE INQUISITORIAL - OFERECIMENTO DA DENÚNCIA SEM A AUDIÊNCIA PREVISTA NO ART. 16 DA LEI / DESIMPORTÂNCIA - AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA - INAPLICABILIDADE DO ART. 88 DA LEI 9.099/95 - INTELIGÊNCIA DO ART. 41, DA LEI /2006, QUE NÃO COLIDE COM O SEU ART ORDEM CONHECIDA E DENEGADA. 1. Irrelevante, para o conhecimento do writ, que a denúncia contra Fl. 7 de 11

8 TJ a qual versa a irresignação já tenha sido recebida, se o magistrado a quo posicionou-se na condição de autoridade coatora, prestando as informações pertinentes e se superveniente mudança do quadro processual manteve inalterado o fato gerador do constrangimento que se reputou existente. 2. É pública incondicionada a ação penal relativa ao crime de lesão corporal, ainda que leve, se qualificada pela natureza domestica da agressão contra a mulher (art. 129, 9º, do CP), quer porque o art. 41 da Lei Maria da Penha tornou inaplicável, para a espécie, o art. 88, da Lei 9.099/95, quer porque a exigência de representação, nesta prevista, só se aplica ao crime de lesão corporal simples. Irrelevante, pois, que a filha, ofendida, tenha externado, ainda que antes de ofertada a denúncia, o seu desinteresse pela ação penal, vês que não incide, no caso, o art. 16, da Lei /2006. (TJMT - HC n / Classe I-9 - Comarca de Mirassol D Oeste 1ª C. Criminal - Relª. Drª. Graciema R. de Caravellas - J.: ). O paciente fora denunciado pelo crime de lesão corporal qualificada, previsto no art. 129, 9º, do Código Penal, com pena imposta pela Lei /2006 (Lei da Violência Domestica ou Familiar Contra a Mulher), que assim dispõe. Art Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: (...) 9º Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. A ação penal por crime de lesão corporal leve cometido contra mulher no âmbito doméstico e familiar é pública incondicionada. A doutrina nesse sentido ensina: (...) Dentre todos os delitos que, no Brasil, admitem representação acham-se a lesão corporal culposa e a lesão corporal (dolosa) simples. Nessas duas hipótese a exigência de representação (que é condição específica de Fl. 8 de 11

9 TJ procedibilidade) vem contemplada no art. 88 da Lei 9.099/95 (lei dos juizados especiais). Esse dispositivo não foi revogado, sim, apenas derrogado (ele não se aplicará mais em relação à mulher de que trata a Lei /06 - em ambiência doméstica, familiar ou intima). Note-se que o referido art. 88 só fala em lesão culposa ou dolosa simples. Logo, nunca ninguém questionou que a lesão corporal dolosa grave ou gravíssima (CP, art. 129, 1º e 2º) sempre integrou o grupo da ação penal pública incondicionada. Considerando-se o dispositivo no art. 41 da nova Lei, que determinou que aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei 9.099/95, já não se pode falar em representação quando a lesão corporal culposa ou dolosa simples atinge a mulher que se encontra na situação da Lei /06 (ou seja: numa ambiência doméstica, familiar ou íntima). Nesses crimes, portanto, cometidos pelo marido contra a mulher, pelo filho contra a mãe, pelo empregador contra a empregada doméstica etc., não se pode mais falar em representação, isto é, a ação penal transformou-se em pública incondicionada (o que conduz à instauração de inquérito policial, denúncia, devido processo contraditório, provas, sentença, duplo grau de jurisdição etc.). Esse ponto, desfavorável ao acusado, não pode retroagir (isto é: não alcança os crimes ocorridos antes do dia ). Não existe nenhuma incompatibilidade, de outro lado, entre o art. 41 e o art. 16. O primeiro excluiu a representação nos delitos de lesão corporal culposo e lesão simples. No segundo existe expressa referência à representação da mulher. (GOMES, Luis Flávio; BIANCHINI, Alice. Lei da Violência contra a mulher: renúncia e representação da vitima. Jus Navigandi, Teresina, ano 10, nº 1178, 22/09/2006, Disponível em: < Dessarte, os argumentos de que a vítima manifestou desinteresse no prosseguimento do feito não possue relevância, posto que, conforme dito acima, as ações Fl. 9 de 11

10 TJ criminais por crime de lesão corporal leve cometidos contra a mulher em ambiente familiar não dependem mais do interesse da vitima para que se dê continuidade ao processo. Por outro lado, no tocante a imputação do delito de ameaça (art. 147 CP), por força do que dispõe o art. 107, inciso IV, do citado Código a punibilidade do recorrido encontra-se extinta, pois, essa conduta (ameaça) ocorreu em 01 de outubro de 2007 e até o momento a denúncia não foi recebida, sem qualquer circunstância capaz de interromper o prazo prescricional (art. 117 CP), cuja contagem remonta àquela data (1º ). Pois bem, a pena máxima cominada ao crime de ameaça é de seis (06) meses de detenção (art. 147 CP), com lapso prescricional de dois (02) anos (art. 109, VI CP) e, considerando que o recorrido praticou o delito quando ainda possuía idade inferior a vinte e um anos (21ª), uma vez que nascido em , se impõe a aplicação do disposto no art. 115 do referido Código, o que resulta na redução daquele prazo pela metade, restando o prazo de 01 (um) ano para o exercício da pretensão punitiva do Estado e, tendo a conduta delituosa ocorrido em , evidente que até esta data ( ) já transcorreu mais de um (01) ano, incidindo a prescrição da pretensão punitiva estatal a ser declarada por esta Corte, conforme permite o art. 61 do Código de Processo Penal. Com efeito, tratando-se de matéria de ordem jurídica, consoante os permissivos legais acima indicados, declara-se a extinção da punibilidade do recorrido em relação ao delito do art. 147 do Código Penal (ameaça) por ter sido atingido pela prescrição da pretensão punitiva do Estado. Diante dessas considerações, em consonância com o parecer da Douta Procuradoria Geral de Justiça, dou provimento parcial ao presente recurso, reformando-se a r. sentença proferida pelo Juízo a quo, no sentido de que seja recebida a denúncia, para instauração da competente ação penal em desfavor de Maicon Souza Silva, e, de oficio julga-se extinta sua punibilidade pela ocorrência da prescrição, no que pertine ao delito de ameaça, tipificado no art. 147 do Estatuto Repressivo, por já ter decorrido prazo superior ao lapso extintivo. É como voto. Fl. 10 de 11

11 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos os autos em epígrafe, a SEGUNDA CÂMARA CRIMINAL do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso, sob a Presidência do DES. MANOEL ORNELLAS DE ALMEIDA, por meio da Câmara Julgadora, composta pelo DES. GÉRSON FERREIRA PAES (Relator), DES. MANOEL ORNELLAS DE ALMEIDA (1º Vogal) e DES. PAULO DA CUNHA (2º Vogal), proferiu a seguinte decisão: POR UNANIMIDADE, DERAM PROVIMENTO PARCIAL AO RECURSO, NOS TERMOS DO VOTO DO RELATOR. Cuiabá, 18 de fevereiro de DESEMBARGADOR MANOEL ORNELLAS DE ALMEIDA - PRESIDENTE DA DESEMBARGADOR GÉRSON FERREIRA PAES - RELATOR PROCURADOR DE JUSTIÇA GEACOR Fl. 11 de 11