ÁGORA Revista Eletrônica ISSN Ano XIII Nº 25 Dezembro de 2017 Páginas ÉDIPO: O INVESTIGADOR DA VERDADE NA TRAGÉDIA ANTIGA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ÁGORA Revista Eletrônica ISSN Ano XIII Nº 25 Dezembro de 2017 Páginas ÉDIPO: O INVESTIGADOR DA VERDADE NA TRAGÉDIA ANTIGA"

Transcrição

1 ÉDIPO: O INVESTIGADOR DA VERDADE NA TRAGÉDIA ANTIGA Ricardo Cocco 1 Carmem Regina Cocco 2 Resumo A tragédia Édipo Rei, escrita por Sófocles, é considerada a mais trágica das tragédias do teatro grego. É a história do herói que luta contra as forças invisíveis do destino, das angústias e incertezas humanas. Que busca a verdade e se recusa a sucumbir aos desígnios divinos, mas que se depara com a precariedade e a finitude da condição humana. Não renuncia em compreender o curso do mundo e assume a luta, como uma ação racional deliberada, que não se trata exclusivamente da existência, mas da dignidade do ser humano. O texto apresenta alguns elementos que nos ajudam a compreender o lugar da tragédia grega na passagem da ignorância para a sabedoria, do mito ao logos, do numinoso ao racional elucidada na ação humana que se debate entre a liberdade e os condicionamentos impostos pela própria natureza humana. A tragédia Grega insere-se num contexto de transição, ou seja, de passagem de uma consciência mítica, onde os costumes e ações humanas são pré-determinadas pelos deuses impedindo, destartes, o ato livre e autônomo da subjetividade para uma perspectiva racional. Ela representa o período intermediário caracterizado pela consciência trágica. O mito não foi ainda totalmente superado e ainda não se firmou a consciência filosófica. A tragédia retoma os mitos antigos com uma nova forma de vê-los, sob uma nova luz. É um mito antigo visto com os olhos dos indivíduos que se conhecem livres e capazes de argumentação. Sófocles ( a. C.) destaca-se como um dos principais autores trágicos deste processo fundante da racionalidade ao lado de Ésquilo e Eurípedes. Dentre seus principais textos está o sempre novo e intrigante Édipo Rei 3. Nele, Sófocles narra o esforço do Herói 1 Universidade Federal de Santa Maria e PPGEdu Universidade de Passo Fundo. ricardo.cocco@ufsm.br. 2 Prefeitura Municipal de Frederico Westphalen-RS. carmemreginafw@gmail.com. 3 O mito Édipo Rei narra a história do rei Laio, esposo de Jocasta, que após uma consulta aos oráculos, lhe é revelado que seu filho o matará e se casará com a rainha. Para evitar o parricídio e o incesto, Laio ordena ao seu servo que abandone a criança no alto da montanha com os pés amarrados. Porém, o servo do rei fica comovido e decide entregar a criança a Polípio, rei de Corinto, para que ele e sua esposa Mérope cuidem dela. E assim é feito, Polípio leva o menino para sua casa e lhe dá o nome de Édipo. Passam-se os anos e Édipo, em uma curiosa 97

2 trágico em sua luta contra o seu destino. Aquele se torna herói da tragédia pela recusa de sucumbir aos desígnios divinos e tenta transcender o que lhe é dado com um ato de liberdade. É a dicotomia sofocliana entre a vontade humana e as disposições do destino (LESKI, 1996, p. 164). Édipo, aquele que sabe (decifrador de enigmas), lúcido devido à sua vontade de investigação, procura, a partir de novos métodos e procedimentos ver o mundo, superando as práticas míticas, investigar as origens dos males que pairam sobre Tebas (V 30 4 ). Deve-se esclarecer que em Édipo Rei perpassa incessantemente a relação conflituosa entre as duas formas de conhecer presentes na época e que evidencia-se claramente na narrativa. A primeira o caráter numinoso, o qual recorre a recursos do saber divino para esclarecer os fatos e ocupa-se de práticas míticas e interpelações dos deuses, disponíveis através de oráculos, profetas e/ou diretamente em contato com os deuses. Um mundo de referências e significações religiosas, sacralidades, preces, um âmbito transcendental do saber e divina do conhecimento. A segunda fonte de saber, a saber, é o caráter empírico, caracterizado pela investigação e interpretação dos sinais e provas. Caminho mais trabalhoso, mas que acaba por ser a única alternativa à Édipo após romper com o numinoso. Este caráter hermenêutico empírico faz do herói trágico o protagonista sobre todas as ações. Se, no final, aparentemente vence o irracional, Édipo não foi um ser passivo. É o logos nascente. O que faz Aristóteles proclamar na Poética Édipo Tirano como paradigma da passagem da ignorância para o conhecimento (MARSHALL, 2000, p. 170). Saber que... inaugura, referencia, sustenta e encerra o drama trágico, mas a ele acrescenta-se um saber de natureza prática, empírica; (...) uma força que nega à divindade o papel de determinadora, legando ao homem a possibilidade de chegar ao conhecimento (MARSHALL, 200, p.172). A investigação da verdade acerca dos fatos responsáveis pelos males que assolam Tebas é, indubitavelmente, o fio condutor da narrativa de Édipo Rei. Édipo, então, posto como o herói da tragédia, assume seu papel de investigador instaurando uma espécie de inquérito consulta aos oráculos, descobre que ele matará seu pai e se casará com sua mãe. Sem saber que Polípio e Mérope não são seus pais biológicos, Édipo decide sair de Corinto, pensando que assim, evitaria a consumação das profecias oraculares. Na fuga de Corinto, Édipo é atacado pela tropa do rei Laio e, em legítima defesa, acaba matando o rei. Édipo chega à Tebas, vence a esfinge, se torna tirano e casa-se com Jocasta, ou seja, desconhecendo a sua história, Édipo vai ao encontro do seu trágico destino: mata o próprio pai e casa-se com a mãe. Depois disso, uma violenta peste atingiu a cidade e Édipo foi consultar o oráculo, que respondeu quea peste não teria fim enquanto o assassino de Laio não fosse castigado. Ao longo das investigações, a verdade foi esclarecida e Édipo cegou-se e Jocasta enforcou-se. 4 Os versos (V) aqui citados foram retirados de: SOFOCLES. Edipo Rei. Trad. Gama Kury, RJ: Joge Zaar editor,

3 judicial composto por processo jurídico e histórico, com traços marcantes da própria processualística ateniense. Essas maneiras empíricas que possibilitam a identificação da verdade têm como objetivo central a descoberta do assassino do Rei Laio e que, posteriormente, no desenrolar da tragédia, incorre noutro elemento que consiste na descoberta da própria identidade de Édipo, sua biografia. Ou seja, quem de fato ele é. Assim, se concatenam as duas formas de saber incomensuráveis uma à outra. Aquela além e aquém do conhecimento, a via numinosa e a via discursiva/racional que se plasma em conceitos, que pode ser captada no tempo físico através de indícios que o discurso racional encadeia e que se orienta sob as categorias da razão. A tragédia de Édipo é a tragédia do desenvolvimento do conhecimento empírico. Por mais que a razão fracasse e possa nos levar ao erro, é a única ferramenta que o homem possui no intuito de buscar a verdade. O protagonista da tragédia de Sófocles é o homem que enfrenta seu destino, o herói da tragédia. a verdadeira tragédia se origina da tensão entre as incontroláveis forças obscuras a que o homem está abandonado, e a vontade deste para lhe se opor, lutando. Essa luta é em geral sem esperança, afundando, mesmo, o herói cada vez mais nas malhas do sofrimento, e muitas vezes até ao naufrágio total. Todavia, combater o destino até o fim é o imperativo da existência humana que não se rende. O mundo dos que se resignam, dos que se esquivam à escolha decidida, constitui o fundo diante do qual se ergue o herói trágico, que se opõe sua vontade inquebrantável à prepotência do todo, e, inclusive da morte, conserva integra a dignidade da grandeza humana (LESKI, 1996, p. 165). A atividade principal do personagem protagonista é investigar e descobrir a verdade. Verdade esta que se dá a conhecer ao espectador desde o início quando Édipo arranca do velho adivinho Tirésias, que quer calar, a revelação de que é ele próprio o autor do crime de assassinato (v. 350) e que vive agora incestuosamente. Édipo, portanto sempre sabe, mas há indicadores de que ele não tem certeza absoluta então começa a levantar suspeitas e hipóteses que fazem parte do processo investigativo. Édipo pretende reunir o maior número de evidências possíveis que o conduzam a uma história completa, inteligível e coerente, que explique com clareza o que e como se passou os fatos. O verbo zeteín (investigar) aparece seis vezes na tragédia (v. 110, 266, 362, 450, 658 e 1112). Édipo aceita as determinações de Apolo (v. 97) e se compromete por ele (como cidadão, rei e implicado no processo), e pela pólis com a apuração da verdade. No discurso de abertura, Édipo expõe ao público toda a questão e se apresenta como perseguidor do culpado e apurador do crime (v. 220). É o instrumento inaugural do processo. 99

4 Ao inaugurar o processo investigativo já há uma condenação sumária até o fim do processo penal fundada na concepção de impureza do autor e do perigo de contaminação da comunidade (v. 240). Convoca também aos atenienses mediante imunidade e recompensa (v. 227). Preliminarmente, a ação se realiza sob o âmbito do nume, convoca-se o vidente e não as testemunhas (v. 287). No entanto, a terrível revelação de Tirésias, na qual a cidade padece por causa de Édipo (v. 365) Pois ouve bem: és o assassino que procuras! ofende a Édipo que fala de conchavo e dúvida da eficácia da interpretação de Tirésias. Ela lhe parece ocultadora e dolosa e, para Édipo, nada ajuda na zétesis. Ele teme pela perda do poder e acusa Tirésias mais Creonte de conspiração (v. 377). Ele, Édipo, se manifesta como aquele que sabe, mas parece cegar a si próprio diante de tal informação vinda da interpretação feita por Tirésias dos oráculos. Há desavenças entre a razão e o conhecimento religioso que tanto Édipo questiona. Para tanto afirma: impus silêncio à Esfinge; veio a solução de minha mente e não das aves agoureiras (v.400) a fim de evidenciar que é a razão que descobre a verdade. Enquanto segue-se o interrogatório com Tirésias uma dúvida surge, que desvia a preocupação do investigador do problema principal, a saber, a própria identidade do herói trágico (v. 450). A procura inicial desanda em suas angústias. Há uma mudança de atitude de Édipo que mostra claramente um desequilíbrio por passar de uma identidade rapidamente para outra. Está agora inseguro em relação ao seu poder e à sua origem, o medo e o temor o assolam. Édipo que participara da clarividência dos deuses e vira a incapacidade do homem não admite a sua própria fragilidade. Mas a matéria do drama é fundamentalmente um processo de descoberta. Édipo privilegia a busca de indícios e informações e quer chegar a saber com base em evidências palpáveis. Aí está o drama central: o conflito entre o poder divino dos oráculos e a compreensão dos fatos (saber racional). O herói trágico procura aproximar-se da verdade através da comparação das histórias lembradas por ele e por Jocasta a fim de construir uma única versão coerente sobre o episódio (v.725ss). A disposição de Édipo é investigante. A partir desse ponto é o momento em que se encaminham as informações e perguntas que levarão à conclusões trágicas sobre a vida de Édipo (MARSHALL, 2000, p. 189). O rei de Tebas, no entanto, tem um grande zelo com as evidências e toma cuidado na condução da investigação pois quer compreender tudo até o fim, mesmo que para isso tenha que tornar evidente a sua própria impureza e crime. Jocasta, ao ser interrogada, põe dúvidas sobre a veracidade das informações do informante (v. 480), o pastor, e tenta impedir a investigação (v. 940) para provar a ineficácia do oráculo pois incorrem sobre ela e Édipo. No 100

5 entanto, mais tarde, apesar de ainda não totalmente solucionado o drama, quando ainda as verdades se apresentam deduzidas mais pelas prédicas de Apolo, Delfos e Tirésias do que pela comprovação racional, atenta contra si mesma cometendo o suicídio (v. 1200). Édipo procura averiguar cuidadosamente as origens das informações distinguindo as presenciadas das transmitidas por outros. Ele tem o domínio sobre a ação e comanda, como historiador e juiz os interrogatórios, indiciamentos, averiguações e acareações. Ao todo são aproximadamente 98 intervenções interrogativas dirigidas ao Corifeu, Tirésias, Creonte, Jocasta, ao Mensageiro e ao Pastor. Ele não tem por objetivo nem pode intuir ou prever o futuro, mas sim, conhecer e entender toda a verdade relacionada ao assassinato de Laio e sua própria identidade. É um saber hábil e consistente em suas finalidades. Com um golpe genial de reunir várias pessoas numa só, Sófocles consegue uma concentração inaudita no desenvolvimento da ação. Assim como o Mensageiro de Corinto é o mesmo homem que outrora recebeu no Citérion a criança voltada à morte e a levou a Corinto, assim também o Pastor tebano, que a entregou no monte, é precisamente aquele que acompanhava Laio em sua viagem a Delfos, que foi testemunha de sua morte e posteriormente fugiu da cidade com o conhecimento do segredo do novo rei (LESKY, 1996, p. 164). As dúvidas e hipóteses ainda seguem-se até o verso 1185 quando se desfazem para Édipo: Ai de mim! Ai de mim! As dúvidas desfazem-se! Ah! Luz do sol. Queiram os deuses que esta seja a derradeira vez que a contemplo! Hoje tornou-se claro a todos que eu não poderia nascer de quem nasci, nem viver com quem vivo e, mais ainda, assassinei quem não devia! O herói deixa de se apresentar como modelo para se tornar o problema da tragédia. O Conhece-te a ti mesmo dirige Édipo aos limites de sua essência e revela a precariedade e finitude da condição humana, mas que não renuncia em compreender o curso do mundo e assume a luta, que não se trata exclusivamente da existência, mas da dignidade do ser humano. No esforço de contrariar os deuses, Édipo padece pela sua própria eficiência em apurador da questão posta por Delfos. Foucault chega a pontuar esta tragédia como uma maneira de deslocar a enunciação da verdade de um discurso de tipo profético e prescritivo a um outro discurso, de ordem retrospectiva, não mais da ordem da profecia, mas do testemunho (MARSHALL, 2000, p. 203). O herói trágico é vítima de um destino, no entanto tem certa liberdade de ação. O herói faz do destino o seu destino, como uma ação que ele assume deliberadamente. Passa de vítima a herói trágico. Há tragédia quando a existência humana acede à consciência, ao mesmo 101

6 tempo exaltada e lúcida, tanto por seu preço insubstituível quanto por sua vaidade (VERNANT, 1991, p. 26). Referências Bibliográficas ARANHA, Maria Lucia e MARTINS, Maria Helena. Filosofando: introdução à filosofia. SP: Editora Moderna, LESKY, Albin. A tragédia grega. Trad.: J. Guinsburg, Geraldo Gerson de Souza e Alberto Guzik. SP: Editra Perspectiva, MARSHALL, Francisco. Édipo Tirano: a tragédia do saber. POA: Ed. Universidade/UFRGS, SOFOCLES. Édipo Rei. Trad. Gama Kury, RJ: Joge Zaar editor, VERNANT, Jean Pierre e NAQUET, Pierre Vidal-. Mito e tragédia na Grécia Antiga. Trad.: Bertha Gurovitz. SP: Editora Brasiliense,

Um olhar estético sobre as tragédias gregas. Prof. Arlindo F. Gonçalves Jr.

Um olhar estético sobre as tragédias gregas. Prof. Arlindo F. Gonçalves Jr. Um olhar estético sobre as tragédias gregas Prof. Arlindo F. Gonçalves Jr. http://www.mural-2.com O QUE APRENDEMOS COM AS TRAGÉDIAS Uma visão política ou sociológica das cidades-estados gregas Uma manifestação

Leia mais

QUESTÃO DO ENEM PIBID FILOSOFIA UNIOESTE TOLEDO EQUIPE COLÉGIO DARIO VELLOZO. BOLSISTA: José Luiz Giombelli Mariani SUPERVISOR: André Luiz Reolon

QUESTÃO DO ENEM PIBID FILOSOFIA UNIOESTE TOLEDO EQUIPE COLÉGIO DARIO VELLOZO. BOLSISTA: José Luiz Giombelli Mariani SUPERVISOR: André Luiz Reolon QUESTÃO DO ENEM PIBID FILOSOFIA UNIOESTE TOLEDO EQUIPE COLÉGIO DARIO VELLOZO BOLSISTA: José Luiz Giombelli Mariani SUPERVISOR: André Luiz Reolon 03 2010 Quando Édipo nasceu, seus pais, Laio e Jocasta,

Leia mais

O DISCURSO NA TRAGÉDIA GREGA: o saber-poder de Édipo Rei

O DISCURSO NA TRAGÉDIA GREGA: o saber-poder de Édipo Rei O DISCURSO NA TRAGÉDIA GREGA: o saber-poder de Édipo Rei Daniel S. Vandresen Instituto Federal do Paraná RESUMO: O objetivo é apresentar uma interpretação da obra Édipo Rei de Sófocles como um discurso

Leia mais

Adaptação da tragédia grega Édipo Rei, de Sófocles, por Didier Lamaison ÉDIPO REI ORIENTAÇÃO DE LEITURA

Adaptação da tragédia grega Édipo Rei, de Sófocles, por Didier Lamaison ÉDIPO REI ORIENTAÇÃO DE LEITURA Adaptação da tragédia grega Édipo Rei, de Sófocles, por Didier Lamaison Tradução de Estela dos Santos Abreu ÉDIPO REI NOME: SÉRIE: NÚMERO: ESCOLA: TRAGÉDIA ORIENTAÇÃO DE LEITURA O texto que você acabou

Leia mais

RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DO ENEM PROFESSOR DANILO BORGES 9º ANO ENSINO FUNDAMENTAL II

RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DO ENEM PROFESSOR DANILO BORGES 9º ANO ENSINO FUNDAMENTAL II RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DO ENEM PROFESSOR DANILO BORGES 9º ANO ENSINO FUNDAMENTAL II ENEM QUESTÃO 2010 Quando Édipo nasceu, seus pais, Laio e Jocasta, os reis de Tebas, foram informados de uma profecia na

Leia mais

INTRODUÇÃO VI Jornada de Estudos Antigos e Medievais Trabalhos Completos ISBN:

INTRODUÇÃO VI Jornada de Estudos Antigos e Medievais Trabalhos Completos ISBN: DIMENSÕES FILOSÓFICAS E PSICOLÓGICAS NAS OBRAS ÉDIPO REI E ÉDIPO EM COLONO SOUTO, Ana Helena Stein Carneiro (PIC-UEM) CAPORALINI, José Beluci (Orientador) INTRODUÇÃO Sófocles nasceu no ano de 496 a.c.

Leia mais

A ORIGEM DA FILOSOFIA

A ORIGEM DA FILOSOFIA A ORIGEM DA FILOSOFIA UMA VIDA SEM BUSCA NÃO É DIGNA DE SER VIVIDA. SÓCRATES. A IMPORTÂNCIA DOS GREGOS Sob o impulso dos gregos, a civilização ocidental tomou uma direção diferente da oriental. A filosofia

Leia mais

Filosofia Grega Clássica - parte I: o período socrático séculos 5-4 a.c.

Filosofia Grega Clássica - parte I: o período socrático séculos 5-4 a.c. Filosofia Grega Clássica - parte I: o período socrático séculos 5-4 a.c. Atenas no séc. 5 a.c.: - centro da vida social, política e cultural da Grécia - época da democracia, quando os cidadãos participavam

Leia mais

EDUCAÇÃO PELO TEATRO: A PROPOSTA SOFOCLIANA DE FORMAÇÃO

EDUCAÇÃO PELO TEATRO: A PROPOSTA SOFOCLIANA DE FORMAÇÃO EDUCAÇÃO PELO TEATRO: A PROPOSTA SOFOCLIANA DE FORMAÇÃO FERNANDES GOMES, Renan Willian 1 (UEM) PEREIRA MELO, José Joaquim 2 (DFE/PPE/UEM) INTRODUÇÃO Nos séculos VI e V a.c., a Grécia passou por profundas

Leia mais

Introdução O QUE É FILOSOFIA?

Introdução O QUE É FILOSOFIA? O QUE É FILOSOFIA? A filosofia não é uma ciência, nem mesmo um conhecimento; não é um saber a mais: é uma reflexão sobre os saberes disponíveis. É por isso que não se pode aprender filosofia, dizia kant:

Leia mais

Verve 17 Final com mudanças na heliografica.indd 148

Verve 17 Final com mudanças na heliografica.indd 148 Verve 17 Final com mudanças na heliografica.indd 148 verve Nota sobre a 2ª aula do curso Do governo dos vivos nota sobre a 2ª aula do curso do governo dos vivos de michel foucault edelcio ottaviani Esta

Leia mais

RESOLUÇÕES DE QUESTÕES PROFESSOR DANILO BORGES FILOSOFIA 9º ANO ENSINO FUNDAMENTAL II

RESOLUÇÕES DE QUESTÕES PROFESSOR DANILO BORGES FILOSOFIA 9º ANO ENSINO FUNDAMENTAL II RESOLUÇÕES DE QUESTÕES PROFESSOR DANILO BORGES FILOSOFIA 9º ANO ENSINO FUNDAMENTAL II (UEL) Tales foi o iniciador da filosofia da physis, pois foi o primeiro a afirmar a existência de um princípio originário

Leia mais

Mariane Moser Bach 2. Ensaio escrito na disciplina Literatura Comparada do curso de Letras-Português e Inglês da UNIJUÍ. 2

Mariane Moser Bach 2. Ensaio escrito na disciplina Literatura Comparada do curso de Letras-Português e Inglês da UNIJUÍ. 2 NO TEAR DAS MOIRAS: SOBRE O DESTINO EM "ÉDIPO REI" E "O CASTELO DOS DESTINOS CRUZADOS" 1 THE WEAVERS OF FATE: ABOUT DESTINY IN "OEDIPUS THE KING" AND "CASTLE OF CROSSED DESTINIES" Mariane Moser Bach 2

Leia mais

ARTE GREGA Por arte da Grécia Antiga compreende-se as manifestações das artes visuais, artes cênicas, literatura, música, teatro e arquitetura, desde

ARTE GREGA Por arte da Grécia Antiga compreende-se as manifestações das artes visuais, artes cênicas, literatura, música, teatro e arquitetura, desde ARTE GREGA Por arte da Grécia Antiga compreende-se as manifestações das artes visuais, artes cênicas, literatura, música, teatro e arquitetura, desde o início do período geométrico, quando, emergindo da

Leia mais

CONCEPÇÕES ÉTICAS Mito, Tragédia e Filosofia

CONCEPÇÕES ÉTICAS Mito, Tragédia e Filosofia CONCEPÇÕES ÉTICAS Mito, Tragédia e Filosofia O que caracteriza a consciência mítica é a aceitação do destino: Os costumes dos ancestrais têm raízes no sobrenatural; As ações humanas são determinadas pelos

Leia mais

Gêneros Literários. Drama. Imita a realidade por meio de personagens em ação, e não da narração. Poética de Aristóteles

Gêneros Literários. Drama. Imita a realidade por meio de personagens em ação, e não da narração. Poética de Aristóteles Gêneros Literários Drama Imita a realidade por meio de personagens em ação, e não da narração. Poética de Aristóteles Rituais a Dionísio, Deus grego da arte, da representação e das orgias, no séc. VI a.c;

Leia mais

Michel Foucault a verdade e as formas jurídicas a descoberta grega da verdade racional através da prática jurisdicional

Michel Foucault a verdade e as formas jurídicas a descoberta grega da verdade racional através da prática jurisdicional REDES REVISTA ELETRÔNICA DIREITO E SOCIEDADE http://revistas.unilasalle.edu.br/index.php/redes Canoas, vol.4, n. 2, novembro 2016 http://dx.doi.org/10.18316/2318-8081.16.37 Michel Foucault a verdade e

Leia mais

Brasil. Abreu FUNARI, Pedro Paulo Reseña de "Édipo Rei de Sófocles" de VIEIRA, Trajano. História (São Paulo), vol. 27, núm. 1, 2008, pp.

Brasil. Abreu FUNARI, Pedro Paulo Reseña de Édipo Rei de Sófocles de VIEIRA, Trajano. História (São Paulo), vol. 27, núm. 1, 2008, pp. História (São Paulo) ISSN: 0101-9074 revistahistoria@unesp.br Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Brasil Abreu FUNARI, Pedro Paulo Reseña de "Édipo Rei de Sófocles" de VIEIRA, Trajano.

Leia mais

O caminho moral em Kant: da transição da metafísica dos costumes para a crítica da razão prática pura

O caminho moral em Kant: da transição da metafísica dos costumes para a crítica da razão prática pura O caminho moral em Kant: da transição da metafísica dos costumes para a crítica da razão prática pura Jean Carlos Demboski * A questão moral em Immanuel Kant é referência para compreender as mudanças ocorridas

Leia mais

Prof. Arlindo F. Gonçalves Jr.

Prof. Arlindo F. Gonçalves Jr. Prof. Arlindo F. Gonçalves Jr. http:www.mural-2.com Filho de ÁISON (Rei de Iolco) PELIAS primo usurpador do trono JÁSON QUÍRON Centauro preceptor Missão dos argonauas: buscar o velocino na Cólquida Filho

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESTÉTICA I 1º Semestre de 1999 Disciplina obrigatória Destinada: Alunos de Filosofia e Resolução 3045 Código: FLF0215 Pré-requisitos: FLF0103 e FLF0104 Profº Victor Knoll Carga Horária: 60 horas (D/N)

Leia mais

Da Parrhesía no Íon de Eurípides e o Cuidado de Si dos Gregos ao Governo dos Outros no Cristianismo e na Biopolítica. Por Daniel Salésio Vandresen

Da Parrhesía no Íon de Eurípides e o Cuidado de Si dos Gregos ao Governo dos Outros no Cristianismo e na Biopolítica. Por Daniel Salésio Vandresen Da Parrhesía no Íon de Eurípides e o Cuidado de Si dos Gregos ao Governo dos Outros no Cristianismo e na Biopolítica Por Daniel Salésio Vandresen 1. Íon de Eurípides 2. Cuidado de si Os gregos 3. O Governo

Leia mais

Colégio FAAT Ensino Fundamental e Médio

Colégio FAAT Ensino Fundamental e Médio Colégio FAAT Ensino Fundamental e Médio Lista de exercícios de Filosofia - 4º Bimestre Nome: Série: 9 A/B/C CONTEÚDO DO BIMESTRE: O mito de Pigmalião. O mito de Édipo Rei. O mito de Ulisses. Prof. Juliano

Leia mais

RITUAIS JURÍDICOS E PRODUÇÃO DE VERDADES: MALLET-PR,

RITUAIS JURÍDICOS E PRODUÇÃO DE VERDADES: MALLET-PR, RITUAIS JURÍDICOS E PRODUÇÃO DE VERDADES: MALLET-PR, 1913-1945 Julio Cesar Franco UNICENTRO juliocfranco27@gmail.com Hélio Sochodolak UNICENTRO sochodo@gmail.com Resumo O trabalho aqui desenvolvido faz

Leia mais

TRABALHO DE RECUPERAÇÃO BIMESTRAL DE FILOSOFIA

TRABALHO DE RECUPERAÇÃO BIMESTRAL DE FILOSOFIA ENSINO MÉDIO Valor: 2,0 pontos Nota: Data: / /2016 Professor: WAGNER GUEDES Disciplina: FILOSOFIA Nome: n o : SÉRIE: 2ª 4º bimestre TRABALHO DE RECUPERAÇÃO BIMESTRAL DE FILOSOFIA 1. O nascimento do conhecimento

Leia mais

VI Jornada de Estudos Antigos e Medievais Trabalhos Completos ISBN:

VI Jornada de Estudos Antigos e Medievais Trabalhos Completos ISBN: OS BASTIDORES DAS PEÇAS DE SÓFOCLES: A SUBSTITUIÇÃO DO HERÓI PELAS PERSONSONAGENS SECUNDÁRIAS SOUZA, Paulo Rogério de - GTSEAM /UEM PEREIRA MELO, José Joaquim - DFE/PPE/UEM Desde a sua origem arcaica,

Leia mais

TRAGÉDIA GREGA: A PRESENÇA DO DESTINO EM ÉDIPO REI

TRAGÉDIA GREGA: A PRESENÇA DO DESTINO EM ÉDIPO REI TRAGÉDIA GREGA: A PRESENÇA DO DESTINO EM ÉDIPO REI Elisson Souza de SÃO JOSÉ 1 Leandro dos SANTOS 2 INTRODUÇÃO Este trabalho foi feito com o objetivo de mostrar ao leitor a forte presença do destino na

Leia mais

FILOSOFIA RECAPITULAÇÃO

FILOSOFIA RECAPITULAÇÃO FILOSOFIA RECAPITULAÇÃO O QUE É FILOSOFIA? CONCEITOS ORIGEM DA PALAVRA philo = AMOR FRATERNAL sophia = SABEDORIA AMOR PELA SABEDORIA AMIZADE PELO SABER PRIMEIRO USO DO TERMO ACREDITA-SE QUE O FILÓSOFO

Leia mais

A TRAGÉDIA EM NIETZSCHE E LACAN: SUA ORIGEM E SUA ÉTICA Lucas Guilherme Fernandes Bruna Pinto Martins Brito UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF/PUCG

A TRAGÉDIA EM NIETZSCHE E LACAN: SUA ORIGEM E SUA ÉTICA Lucas Guilherme Fernandes Bruna Pinto Martins Brito UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF/PUCG A TRAGÉDIA EM NIETZSCHE E LACAN: SUA ORIGEM E SUA ÉTICA Lucas Guilherme Fernandes Bruna Pinto Martins Brito UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF/PUCG RESUMO A tragédia surge no universo grego situada

Leia mais

IDENTIFICAR E COMENTAR, NAS PROFECIAS DO VELHO TESTAMENTO, A FIGURA DO SENHOR JESUS COMO: ONIPOTENTE, ONIPRESENTE E ONISCIENTE.

IDENTIFICAR E COMENTAR, NAS PROFECIAS DO VELHO TESTAMENTO, A FIGURA DO SENHOR JESUS COMO: ONIPOTENTE, ONIPRESENTE E ONISCIENTE. OS ATRIBUTOS DE DEUS TEXTO FUNDAMENTAL: VELHO TESTAMENTO ATIVIDADE: IDENTIFICAR E COMENTAR, NAS PROFECIAS DO VELHO TESTAMENTO, A FIGURA DO SENHOR JESUS COMO: ONIPOTENTE, ONIPRESENTE E ONISCIENTE. SIGNIFICADO

Leia mais

PERÍODOS DA FILOSOFIA ANTIGA

PERÍODOS DA FILOSOFIA ANTIGA Capítulo 12 PERÍODOS DA FILOSOFIA ANTIGA PRÉ-SOCRÁTICO OU COSMOLÓGICO (SÉC. VI V a.c.) SOCRÁTICO OU ANTROPOLÓGICO OU CLÁSSICO (SÉC. V IV a.c.): SÓCRATES E PLATÃO SISTEMÁTICO (SÉC IV III a.c.): ARISTÓTELES

Leia mais

Nuno Manuel Morgadinho dos Santos Coelho DIREITO, FILOSOFIA E A HUMANIDADE COMO TAREFA

Nuno Manuel Morgadinho dos Santos Coelho DIREITO, FILOSOFIA E A HUMANIDADE COMO TAREFA Nuno Manuel Morgadinho dos Santos Coelho DIREITO, FILOSOFIA E A HUMANIDADE COMO TAREFA São Paulo 2009 Nuno Manuel Morgadinho dos Santos Coelho DIREITO, FILOSOFIA E A HUMANIDADE COMO TAREFA Tese de Livre

Leia mais

Frei Luís de Sousa. As personagens mais importantes

Frei Luís de Sousa. As personagens mais importantes Frei Luís de Sousa As personagens mais importantes «Esta é uma verdadeira tragédia [ ]» Almeida Garrett, Memória ao Conservatório Real D. MADALENA DE VILHENA Personagem que vive numa grande angústia e

Leia mais

INSTRUÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DA PROVA LEIA COM MUITA ATENÇÃO

INSTRUÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DA PROVA LEIA COM MUITA ATENÇÃO 6º História Rafael Av. Trimestral 04/11/14 INSTRUÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DA PROVA LEIA COM MUITA ATENÇÃO 1. Verifique, no cabeçalho desta prova, se seu nome, número e turma estão corretos. 2. Esta prova

Leia mais

Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais Aplicada do Araguaia. Temas, Disciplinas e Campos Filosóficos

Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais Aplicada do Araguaia. Temas, Disciplinas e Campos Filosóficos Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais Aplicada do Araguaia Temas, Disciplinas e Campos Filosóficos Temas, Disciplinas e Campos Filosóficos Ontologia ou Metafísica Epistemologia Lógica Teoria do Conhecimento

Leia mais

ÉSQUILO, SÓFOCLES E EURÍPIDES: UM CAMINHAR DO GÊNERO TRÁGICO

ÉSQUILO, SÓFOCLES E EURÍPIDES: UM CAMINHAR DO GÊNERO TRÁGICO ÉSQUILO, SÓFOCLES E EURÍPIDES: UM CAMINHAR DO GÊNERO TRÁGICO Renan Figueiredo Menezes (Bolsista PET Filosofia) Glória Maria Ferreira Ribeiro (Orientadora - Tutora do Grupo PET Filosofia) Agência financiadora:

Leia mais

Teatro Grego. Teatro de Dioniso Atenas 2011 Foto: Virginia M. Riccobene

Teatro Grego. Teatro de Dioniso Atenas 2011 Foto: Virginia M. Riccobene Teatro Grego Teatro de Dioniso Atenas 2011 Foto: Virginia M. Riccobene Os Festivais Caráter Religioso e Civil - Grandes Dionisias (Dionisíacas Urbanas); o Dionisias Rurais. Duração dos Festivais Os festivais

Leia mais

DESAFIA-TE #FAZERMARAVILHAS #NOPRESÉPIO 2ª FEIRA 12 DE DEZEMBRO ESTRELA A QUE GUIA

DESAFIA-TE #FAZERMARAVILHAS #NOPRESÉPIO 2ª FEIRA 12 DE DEZEMBRO ESTRELA A QUE GUIA 2ª FEIRA 12 DE DEZEMBRO ESTRELA A QUE GUIA DESAFIA-TE #FAZERMARAVILHAS #NOPRESÉPIO Bom dia! Estamos quase a chegar ao último dia de aulas e já ouvimos falar de tantas pessoas que nos ajudam a preparar

Leia mais

HERMENÊUTICA E INTERPRETAÇÃO

HERMENÊUTICA E INTERPRETAÇÃO HERMENÊUTICA E INTERPRETAÇÃO Hermenêutica e Interpretação não são sinônimos: HERMENÊUTICA: teoria geral da interpretação (métodos, estratégias, instrumentos) INTERPRETAÇÃO: aplicação da teoria geral para

Leia mais

UNIDADE 1 - Do Mito à Filosofia

UNIDADE 1 - Do Mito à Filosofia FILOSOFIA UNIDADE 1 - Do Mito à Filosofia A curiosidade humana levou o homem a buscar explicações para os fenômenos do cotidiano. Numa época em que não havia nenhuma fundamentação científica capaz de

Leia mais

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos A RECEPÇÃO DO MITO DE ÉDIPO POR PIERRE CORNEILLE Maria Izabel Cavalcante da Silva Albarracin (UC) mizabel@usp.br On t a parlé du Sphinx, dont l énigme funeste Ouvrit plus de tombeaux que n en ouvre la

Leia mais

HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGA I

HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGA I HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGA I INTRODUÇÃO O conhecimento filosófico surgiu aos poucos, em substituição aos mitos e às crenças religiosas, na tentativa de conhecer e compreender o mundo e os seres que nele

Leia mais

Clóvis de Barros Filho

Clóvis de Barros Filho Clóvis de Barros Filho Sugestão Formação: Doutor em Ciências da Comunicação pela USP (2002) Site: http://www.espacoetica.com.br/ Vídeos Produção acadêmica ÉTICA - Princípio Conjunto de conhecimentos (filosofia)

Leia mais

Condições gerais para Surgimento da Filosofia na Grécia Antiga

Condições gerais para Surgimento da Filosofia na Grécia Antiga Colégio Santa Úrsula Ciências Humanas e suas tecnologias Filosofia Ensino Fundamental - 9º Ano Condições gerais para Surgimento da Filosofia na Grécia Antiga Prof. Albiran Santos Gregos: primeiros filósofos

Leia mais

RELIGIÃO E LITERATURA EM IFIGÊNIA. Compreendendo as entrelinhas do mito

RELIGIÃO E LITERATURA EM IFIGÊNIA. Compreendendo as entrelinhas do mito RELIGIÃO E LITERATURA EM IFIGÊNIA Compreendendo as entrelinhas do mito IFIGÊNIA EM ÁULIS Autor: Eurípedes Nascido em Salamina, provavelmente em 484 a.c. Teve educação primorosa: filosofia, música, poesia...

Leia mais

OS LIVROS PROFÉTICOS A MISSÃO DOS PROFETAS: SUA VOCAÇÃO E CONFIRMAÇÃO

OS LIVROS PROFÉTICOS A MISSÃO DOS PROFETAS: SUA VOCAÇÃO E CONFIRMAÇÃO OS LIVROS PROFÉTICOS A MISSÃO DOS PROFETAS: SUA VOCAÇÃO E CONFIRMAÇÃO Falsos Profetas Esta dependência de Iahweh, da parte dos profetas, é vista ainda mais claramente quando confrontada com os falsos profetas

Leia mais

1-INTRODUÇÃO. Aula 2 Mito e filosofia:

1-INTRODUÇÃO. Aula 2 Mito e filosofia: Prof. Gilmar Dantas 1-INTRODUÇÃO Aula 2 Mito e filosofia: Nesta aula, vamos ver outras características da filosofia e ver também os mitos. Houve uma passagem dos mitos para a filosofia na Grécia Antiga.

Leia mais

Prof. Dr. Antonio Jaschke Machado. Questão ( 1 ). Ao observar a Itália de longe, da Alemanha, na forma de uma saudade, Goethe funda:

Prof. Dr. Antonio Jaschke Machado. Questão ( 1 ). Ao observar a Itália de longe, da Alemanha, na forma de uma saudade, Goethe funda: Prof. Dr. Antonio Jaschke Machado Questão ( 1 ). Ao observar a Itália de longe, da Alemanha, na forma de uma saudade, Goethe funda: (a) Uma pintura da paisagem. (b) Uma análise da paisagem (c) Uma narrativa

Leia mais

MAC DOWELL FILOSOFIA OS PRÉ- SOCRÁTICOS PAZ NA ESCOLA

MAC DOWELL FILOSOFIA OS PRÉ- SOCRÁTICOS PAZ NA ESCOLA MAC DOWELL FILOSOFIA OS PRÉ- SOCRÁTICOS PAZ NA ESCOLA DATA: 18/02/2019 1. O surgimento da Filosofia. 2. Mitologia Grega. 3. Mito e Filosofia. 2 3 MAC DOWELL FILOSOFIA OS PRÉ- SOCRÁTICOS PAZ NA ESCOLA DATA:

Leia mais

FILOSOFIA e LITERATURA um tema e duas perspetivas. Fernanda Henriques Capela do Rato 2018

FILOSOFIA e LITERATURA um tema e duas perspetivas. Fernanda Henriques Capela do Rato 2018 FILOSOFIA e LITERATURA um tema e duas perspetivas Fernanda Henriques Capela do Rato 2018 O TEMA A relação entre Filosofia e Literatura é uma velha história com traços de conflitualidade e de ambiguidade.

Leia mais

n.16, 2018 Programa de Pós-Graduação em Letras Universidade Federal do Maranhão O PERCURSO DO HERÓI TRÁGICO EM ÉDIPO REI

n.16, 2018 Programa de Pós-Graduação em Letras Universidade Federal do Maranhão O PERCURSO DO HERÓI TRÁGICO EM ÉDIPO REI O PERCURSO DO HERÓI TRÁGICO EM ÉDIPO REI THE TRAJECTORY OF THE TRAGIC HERO IN OEDIPUS THE KING Thais Gimenes * Resumo: O herói é responsável por um erro cometido que, consequentemente, afeta a relação

Leia mais

OS CONFLITOS NO PROCESSO DE TRANSIÇÃO DO GÉNOS PARA A PÓLIS: O VELHO E O NOVO NA TRILOGIA TEBANA DE SÓFOCLES

OS CONFLITOS NO PROCESSO DE TRANSIÇÃO DO GÉNOS PARA A PÓLIS: O VELHO E O NOVO NA TRILOGIA TEBANA DE SÓFOCLES OS CONFLITOS NO PROCESSO DE TRANSIÇÃO DO GÉNOS PARA A PÓLIS: O VELHO E O NOVO NA TRILOGIA TEBANA DE SÓFOCLES Paulo Rogério SOUZA (PG - UEM) José Joaquim PEREIRA MELO (UEM) ISBN: 978-85-99680-05-6 REFERÊNCIA:

Leia mais

Revista Pandora Brasil Número 57, Agosto de 2013 ISSN Alisson Flores Caires VIDA ENQUANTO VONTADE DE POTÊNCIA

Revista Pandora Brasil Número 57, Agosto de 2013 ISSN Alisson Flores Caires VIDA ENQUANTO VONTADE DE POTÊNCIA VIDA ENQUANTO VONTADE DE POTÊNCIA RESUMO: O presente artigo pretende investigar a concepção Nietzscheana de Vida e natureza, buscando esclarecer a relação que há entre essas duas forças contrárias e únicas.

Leia mais

Grécia Antiga. A civilização grega tem grande importância na formação cultural e política do Ocidente.

Grécia Antiga. A civilização grega tem grande importância na formação cultural e política do Ocidente. Grécia Antiga A civilização grega tem grande importância na formação cultural e política do Ocidente. Os gregos foram os primeiros a falar em DEMOCRACIA, o governo do povo. LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA Concentrou-se

Leia mais

1 Introdução. 1 Foucault, M. O sujeito e o poder. In: Dreyfus, e Rabinow, P. Michel Foucault. Uma trajetória

1 Introdução. 1 Foucault, M. O sujeito e o poder. In: Dreyfus, e Rabinow, P. Michel Foucault. Uma trajetória 1 Introdução Pretende-se, neste estudo, demonstrar a coerência interna do percurso filosófico de Michel Foucault, quando considerado desde o ponto de vista utilizado pelo filósofo, ao definir toda a sua

Leia mais

10/10/2016. Sobre a Peça

10/10/2016. Sobre a Peça Antígona perante a morte de Polinice Sobre a Peça Esta obra é uma das três que compõem a Trilogia Tebana, da qual também fazem parte Édipo Rei e Édipo em Colono. Essas peças foram unidas posteriormente

Leia mais

PHYSIS E NOMOS: O HERÓI TRÁGICO E SUA NATUREZA HUMANA

PHYSIS E NOMOS: O HERÓI TRÁGICO E SUA NATUREZA HUMANA PHYSIS E NOMOS: O HERÓI TRÁGICO E SUA NATUREZA HUMANA SOUZA, Paulo Rogério de (GPTSPE/GTSEAM/FAINSEP) CONSIDERAÇÕES INICIAIS Aquilo que os modernos poderiam chamar de virtudes ideais de um homem, ou seu

Leia mais

primeiros filósofos da humanidade.

primeiros filósofos da humanidade. Gregos primeiros filósofos da humanidade. Como os gregos definiam Filosofia? Uma forma de conhecimento capaz de explicar as diversas mudanças e maravilhas que ocorriam na natureza (1). Como nasceu a Filosofia?

Leia mais

Guião de Visionamento do vídeo: Sisyphus - the real struggle

Guião de Visionamento do vídeo: Sisyphus - the real struggle Documento 1 Guião de Visionamento do vídeo: Sisyphus - the real struggle Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=lrj-rsxvvua Duração: 3 minutos e 59 segundos Questões: 1. Partindo do Mito de Sísifo, esclarece

Leia mais

clássicos zahar A Bela e a Fera* Alice Sherlock Holmes (9 vols.) As aventuras de Robin Hood O conde de Monte Cristo Os três mosqueteiros

clássicos zahar A Bela e a Fera* Alice Sherlock Holmes (9 vols.) As aventuras de Robin Hood O conde de Monte Cristo Os três mosqueteiros Édipo rei clássicos zahar em edição bolso de luxo A Bela e a Fera* Madame de Beaumont, Madame de Villeneuve Alice Lewis Carroll Sherlock Holmes (9 vols.) Arthur Conan Doyle As aventuras de Robin Hood O

Leia mais

TEORIA GERAL DA PROVA II

TEORIA GERAL DA PROVA II TEORIA GERAL DA PROVA II MEIOS DE PROVA E SUA ADMISSIBILIDADE - MEIO DE PROVA: é tudo quanto possa servir, direta ou indiretamente, à comprovação da verdade que se procura no processo. - CPP prevê: exame

Leia mais

Nossa análise de Apocalipse será baseada na seguinte estrutura do livro:

Nossa análise de Apocalipse será baseada na seguinte estrutura do livro: Lição 1 para 05 de janeiro de 2019 O livro de Apocalipse é um compêndio de visões que João recebeu enquanto estava preso na ilha de Patmos, no Mar Egeu, ao largo da costa da Turquia moderna. A estrutura

Leia mais

ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO DE FILOSOFIA

ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO DE FILOSOFIA ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO DE FILOSOFIA Nome: Nº 9º Ano Data: / / 2017 Professor: Alessandro 1º Bimestre Nota: (Valor 1,0) A - Introdução Neste bimestre, sua média foi inferior a 6,0 e você não assimilou os

Leia mais

Mensagem do dia Insistir

Mensagem do dia Insistir Mensagem do dia Insistir Mensagem do Meu Anjo Insistir Por Paulo Roberto Gaefke Para os grandes conflitos da alma, uma tomada de decisão. Para a ausência de soluções, uma nova experiência. Para a desilusão

Leia mais

Introdução a Filosofia

Introdução a Filosofia Introdução a Filosofia Baseado no texto de Ludwig Feuerbach, A essência do homem em geral, elaborem e respondam questões relacionadas a este tema. 1- Quem foi Feuerbach? PERGUNTAS 2- Qual é a diferença

Leia mais

OS VELHOS NA ANTÍGONA DE JÚLIO DANTAS: UM CORO PLURAL E SINGULAR. Marisa Giannecchini Gonçalves de SOUZA*

OS VELHOS NA ANTÍGONA DE JÚLIO DANTAS: UM CORO PLURAL E SINGULAR. Marisa Giannecchini Gonçalves de SOUZA* OS VELHOS NA ANTÍGONA DE JÚLIO DANTAS: UM CORO PLURAL E SINGULAR Marisa Giannecchini Gonçalves de SOUZA* Júlio Dantas, escritor português do século XX, teve seu texto Antígona representado pela primeira

Leia mais

Colégio Recanto Projeto Filosofia 2015 I) MITO/ SURGIMENTO DA FILOSOFIA. [ENEM ª aplic.] [ENEM 2014]

Colégio Recanto Projeto Filosofia 2015 I) MITO/ SURGIMENTO DA FILOSOFIA. [ENEM ª aplic.] [ENEM 2014] Colégio Recanto Projeto Filosofia 2015 I) MITO/ SURGIMENTO DA FILOSOFIA [ENEM 2010 2ª aplic.] Quando Édipo nasceu, seus pais, Laio e Jocasta, os reis de Tebas, foram informados de uma profecia na qual

Leia mais

2.º ANO Apoio ao Estudo. Domínios Indicadores Valor

2.º ANO Apoio ao Estudo. Domínios Indicadores Valor Critérios de Avaliação Departamento do 1º Ciclo Ano letivo 2018/19 2.º ANO Apoio ao Estudo 1. Atitudes e Valores 15% Domínios Indicadores Valor Autonomia Responsabilidade Participação Sociabilidade Espírito

Leia mais

FACULDADE ASSIS GURGACZ

FACULDADE ASSIS GURGACZ FACULDADE ASSIS GURGACZ Disciplina: Metodologia da Pesquisa Científica Professor: Fábio Lúcio Zanella fabioluciozanella@hotmail.com fabio@fag.edu.br O que é Metodologia? Método palavra de origem grega:

Leia mais

Filósofos Clássicos: Sócrates e o conceito de justiça

Filósofos Clássicos: Sócrates e o conceito de justiça Filósofos Clássicos: Sócrates e o conceito de justiça Sócrates Com o desenvolvimento das cidades (polis) gregas, a vida em sociedade passa a ser uma questão importante. Sócrates vive em Atenas, que é uma

Leia mais

Corpo: a fronteira com o mundo VOLUME 1 - CAPÍTULO 2

Corpo: a fronteira com o mundo VOLUME 1 - CAPÍTULO 2 Corpo: a fronteira com o mundo VOLUME 1 - CAPÍTULO 2 1 1. O Corpo para os Antigos 1.1. Os mistérios do Orfismo A religião Órfica, também chamada de Orfismo. Uma das concepções mais clássicas do corpo humano,

Leia mais

(Disponível em: <http://www.filosofiahoje.com/2012/05/filosofia-em-quadrinhos-tales-de-mileto.html>. Acesso em: 7 out )

(Disponível em: <http://www.filosofiahoje.com/2012/05/filosofia-em-quadrinhos-tales-de-mileto.html>. Acesso em: 7 out ) FILOSOFI 1 Leia os quadrinhos e os textos a seguir. (Disponível em: . cesso em: 7 out. 2013.) O ponto de partida dos pensadores

Leia mais

O TERRÍVEL DOM DO SABER: O CONFLITO ENTRE O REI E O ADIVINHO NO ÉDIPO REI DE SÓFOCLES

O TERRÍVEL DOM DO SABER: O CONFLITO ENTRE O REI E O ADIVINHO NO ÉDIPO REI DE SÓFOCLES LETRAS CLÁSSICAS, n. 6, p. 79-98, 2002. O TERRÍVEL DOM DO SABER: O CONFLITO ENTRE O REI E O ADIVINHO NO ÉDIPO REI DE SÓFOCLES LÚCIA ROCHA FERREIRA* Instituto de Ciências Humanas e Letras Universidade Federal

Leia mais

ANO LETIVO DEPARTAMENTO FILOSOFIA 2012 DADOS SOBRE A DISCIPLINA. 6 FIL 075 Antropologia Filosófica

ANO LETIVO DEPARTAMENTO FILOSOFIA 2012 DADOS SOBRE A DISCIPLINA. 6 FIL 075 Antropologia Filosófica PROGRAMA DE DISCIPLINA CENTRO CCH ANO LETIVO DEPARTAMENTO FILOSOFIA 2012 DADOS SOBRE A DISCIPLINA CÓDIGO NOME 6 FIL 075 Antropologia Filosófica CURSO SÉRIE Filosofia 1ª. CARGA HORÁRIA ANUAL SEM/OFERTA

Leia mais

A palavra MITO procede do grego mythos, que é uma palavra ligada ao verbo mythevo, que significa crio uma história imaginária, que se refere a uma

A palavra MITO procede do grego mythos, que é uma palavra ligada ao verbo mythevo, que significa crio uma história imaginária, que se refere a uma Prof. Cícero Robson A palavra MITO procede do grego mythos, que é uma palavra ligada ao verbo mythevo, que significa crio uma história imaginária, que se refere a uma crença, a uma tradição ou a um acontecimento.

Leia mais

Um Édipo velho: Édipo em Colono 1

Um Édipo velho: Édipo em Colono 1 Um Édipo velho: Édipo em Colono 1 Henrique Cairus * "Agora que não sou mais nada, é que sou verdadeiramente um homem". Sófocles, Édipo em Colono Quando fui convidado para falar nesta jornada, minha amiga

Leia mais

Revista Filosofia Capital ISSN Vol. 1, Edição 3, Ano AS CONDUTAS DE MÁ-FÉ. Moura Tolledo

Revista Filosofia Capital ISSN Vol. 1, Edição 3, Ano AS CONDUTAS DE MÁ-FÉ. Moura Tolledo 39 AS CONDUTAS DE MÁ-FÉ Moura Tolledo mouratolledo@bol.com.br Brasília-DF 2006 40 AS CONDUTAS DE MÁ-FÉ Moura Tolledo 1 mouratolledo@bol.com.br Resumo A Má-Fé foi escolhida como tema, por se tratar de um

Leia mais

MORAL E ÉTICA. Consciência Moral: noção de bem e mal/certo e errado/justo e injusto.

MORAL E ÉTICA. Consciência Moral: noção de bem e mal/certo e errado/justo e injusto. MORAL E ÉTICA O homem é um ser dotado de senso moral. Consciência Moral: noção de bem e mal/certo e errado/justo e injusto. Senso moral se manifesta em sentimentos, atitudes, juízos de valor Moral vem

Leia mais

AVALIAÇÃO DISCURSIVA DE FILOSOFIA

AVALIAÇÃO DISCURSIVA DE FILOSOFIA CENTRO EDUCACIONAL CHARLES DARWIN AVALIAÇÃO DISCURSIVA DE FILOSOFIA Primeira Avaliação 1ª Série EM Primeiro Período - 2017 Assinale com um X se estiver fazendo Progressão Parcial: Aluno(a): Série e Turma:

Leia mais

DO DEUS PAI E DO FILHO DE DEUS E DO ESPIRITO SANTO

DO DEUS PAI E DO FILHO DE DEUS E DO ESPIRITO SANTO DO DEUS PAI E DO FILHO DE DEUS E DO ESPIRITO SANTO Desde os mais remotos tempos da existência humana, sempre houve no coração dos homens, o desejo de saber qual seria o nome do Deus Todo poderoso. Desde

Leia mais

Roberto Machado NIETZSCHE E A VERDADE. 3ª edição Edição revista

Roberto Machado NIETZSCHE E A VERDADE. 3ª edição Edição revista Roberto Machado NIETZSCHE E A VERDADE 3ª edição Edição revista São Paulo / Rio de Janeiro 2017 Sumário Introdução 7 Esclarecimento 19 I Arte e ciência 1 A arte trágica e a apologia da aparência 23 2 Metafísica

Leia mais

O Édipo. de Knox FILOMENA Y. HIRATA. Publica-se pela Editora Perspectiva, com um atraso de quase cinqüenta anos, a

O Édipo. de Knox FILOMENA Y. HIRATA. Publica-se pela Editora Perspectiva, com um atraso de quase cinqüenta anos, a O Édipo é FILOMENA Y. HIRATA Publica-se pela Editora Perspectiva, com um atraso de quase cinqüenta anos, a de Knox tradução de Oedipus at Thebes de Bernard M. W. Knox, um dos estudos ainda hoje mais importantes

Leia mais

Da dramaturgia ao cinema: Édipo Rei

Da dramaturgia ao cinema: Édipo Rei Helena Bonito Couto Pereira Maria Luiza Guarnieri Atik Universidade Presbiteriana Mackenzie - UPM Resumo: A impossibilidade do ressurgimento da tragédia clássica grega na sociedade contemporânea não impede

Leia mais

ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL MÓDULO 2

ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL MÓDULO 2 ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL MÓDULO 2 Índice 1. Ética Geral...3 1.1 Conceito de ética... 3 1.2 O conceito de ética e sua relação com a moral... 4 2 1. ÉTICA GERAL 1.1 CONCEITO DE ÉTICA Etimologicamente,

Leia mais

O nascimento da filosofia pode ser entendido como o surgimento de uma nova ordem

O nascimento da filosofia pode ser entendido como o surgimento de uma nova ordem MITO E RAZÃO O nascimento da filosofia pode ser entendido como o surgimento de uma nova ordem do pensamento, complementar ao mito, que era a forma de pensar dos gregos. Uma visão de mundo que se formou

Leia mais

Vídeo: O Pequeno Príncipe

Vídeo: O Pequeno Príncipe Sinopse Uma garota acaba de se mudar com a mãe, uma controladora obsessiva que deseja definir antecipadamente todos os passos da filha para que ela seja aprovada em uma escola conceituada. Entretanto,

Leia mais

AULA DE FILOSOFIA. Prof. Alexandre Cardoso

AULA DE FILOSOFIA. Prof. Alexandre Cardoso AULA DE FILOSOFIA Prof. Alexandre Cardoso A criação da filosofia está ligada ao pensamento racional. Discutir, pensar e refletir para descobrir respostas relacionadas à vida. Os filósofos gregos deixaram

Leia mais

Questões sobre Mito e Filosofia e sobre as características do pensamento filosófico.

Questões sobre Mito e Filosofia e sobre as características do pensamento filosófico. TRIU 2015 - Aula de Filosofia - 16-03-2015 Questões sobre Mito e Filosofia e sobre as características do pensamento filosófico. (1) UEL-2007 Há, porém, algo de fundamentalmente novo na maneira como os

Leia mais

LITERATURA: GÊNEROS E MODOS DE LEITURA - EM PROSA E VERSOS; - GÊNEROS LITERÁRIOS; -ELEMENTOS DA NARRATIVA. 1º ano OPVEST Mauricio Neves

LITERATURA: GÊNEROS E MODOS DE LEITURA - EM PROSA E VERSOS; - GÊNEROS LITERÁRIOS; -ELEMENTOS DA NARRATIVA. 1º ano OPVEST Mauricio Neves LITERATURA: GÊNEROS E MODOS DE LEITURA - EM PROSA E VERSOS; - GÊNEROS LITERÁRIOS; -ELEMENTOS DA NARRATIVA. 1º ano OPVEST Mauricio Neves EM VERSO E EM PROSA Prosa e Poesia: qual a diferença? A diferença

Leia mais

Aula Véspera UFU Colégio Cenecista Dr. José Ferreira Professor Uilson Fernandes Uberaba 16 Abril de 2015

Aula Véspera UFU Colégio Cenecista Dr. José Ferreira Professor Uilson Fernandes Uberaba 16 Abril de 2015 Aula Véspera UFU 2015 Colégio Cenecista Dr. José Ferreira Professor Uilson Fernandes Uberaba 16 Abril de 2015 NORTE DA AVALIAÇÃO O papel da Filosofia é estimular o espírito crítico, portanto, ela não pode

Leia mais

Colégio Santa Dorotéia

Colégio Santa Dorotéia Colégio Santa Dorotéia Área de Ciências Humanas Disciplina: Filosofia Série: 1ª - Ensino Médio Professor: Leandro Cesar Bernardes Pereira Filosofia Atividades para Estudos Autônomos Data: 23 / 5 / 2016

Leia mais

Acreditavam em vários deuses (Politeístas); Seus deuses viviam no Olimpo (sinônimo de Céu); Os deuses podiam tanto ser bons com os humanos como

Acreditavam em vários deuses (Politeístas); Seus deuses viviam no Olimpo (sinônimo de Céu); Os deuses podiam tanto ser bons com os humanos como Acreditavam em vários deuses (Politeístas); Seus deuses viviam no Olimpo (sinônimo de Céu); Os deuses podiam tanto ser bons com os humanos como prejudica-los; Quando queriam agradar um deus ou uma deusa

Leia mais

138

138 http://www.cchla.ufrn.br/saberes 138 HEIDEGGER, M. A preleção (1929): que é Metafísica? In:. Conferências e escritos filosóficos. Trad. Ernildo Stein. São Paulo: Abril Cultural, 1983. p. 35-44 (Os Pensadores).

Leia mais

Gêneros Literários OBRAS LITERÁRIAS: QUANTO À FORMA = VERSO & PROSA QUANTO AO CONTEÚDO = GÊNEROS LITERÁRIOS

Gêneros Literários OBRAS LITERÁRIAS: QUANTO À FORMA = VERSO & PROSA QUANTO AO CONTEÚDO = GÊNEROS LITERÁRIOS GÊNEROS LITERÁRIOS Gêneros Literários OBRAS LITERÁRIAS: QUANTO À FORMA = VERSO & PROSA QUANTO AO CONTEÚDO = GÊNEROS LITERÁRIOS Gêneros Literários GÊNERO ÉPICO (NARRATIVO) = Quando é contada uma história.

Leia mais

Conflitos do velho e do novo, na obra de Sófocles: uma proposta educativa para formação de um homem responsável sável por seus atos

Conflitos do velho e do novo, na obra de Sófocles: uma proposta educativa para formação de um homem responsável sável por seus atos Conflitos do velho e do novo, na obra de Sófocles: uma proposta educativa para formação de um homem responsável sável por seus atos Paulo Rogério de Souza 1* e José Joaquim Pereira Melo 2 1 Grupo de Estudos

Leia mais

Interações: Cultura e Comunidade ISSN: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

Interações: Cultura e Comunidade ISSN: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Interações: Cultura e Comunidade ISSN: 1809-8479 interacoes.pucminas@gmail.com Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Brasil Fernandes Tomé, Márcia Eliane O SENTIDO DA HERMENÊUTICA TALMÚDICA

Leia mais

Tentativas de Suicídio: abordagens na Atenção Primária. Prof. Dr. Maurício Eugênio Maliska

Tentativas de Suicídio: abordagens na Atenção Primária. Prof. Dr. Maurício Eugênio Maliska Tentativas de Suicídio: abordagens na Atenção Primária Prof. Dr. Maurício Eugênio Maliska Aspectos Históricos e Culturais O suicídio já foi motivo de admiração, tolerância, discriminação e condenação ao

Leia mais

Transmissão da ideologia dominante como forma de inserção na cultura científica

Transmissão da ideologia dominante como forma de inserção na cultura científica Transmissão da ideologia dominante como forma de inserção na cultura científica Rafaella Martins* 1 Primeiras Considerações No seu livro Marxismo e filosofia da linguagem (MFL) Mikhail Bakhtin trata sobre

Leia mais

O NASCIMENTO DO INQUÉRITO NA TRAGÉDIA DE ÉDIPO-REI : UMA LEITURA FOUCAULTIANA

O NASCIMENTO DO INQUÉRITO NA TRAGÉDIA DE ÉDIPO-REI : UMA LEITURA FOUCAULTIANA doi: 10.1590/0100-512X2016n13410fi O NASCIMENTO DO INQUÉRITO NA TRAGÉDIA DE ÉDIPO-REI : UMA LEITURA FOUCAULTIANA Fabiano Incerti* fabiano.incerti@yahoo.com RESUMO Michel Foucault considera a tragédia de

Leia mais