RESENHA CAPOEIRA. ISSN: Vol. 2 Nº. 1 Ano Revista de Humanidades e Letras. Site/Contato

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "RESENHA CAPOEIRA. ISSN: Vol. 2 Nº. 1 Ano Revista de Humanidades e Letras. Site/Contato"

Transcrição

1 CAPOEIRA Revista de Humanidades e Letras ISSN: Vol. 2 Nº. 1 Ano 2015 Resenha de: PIKETTY, Thomas. A economia da desigualdade. Trad. de André Telles. Rio de Janeiro : Intrínseca, Por João Wanderley Geraldi RESENHA Site/Contato capoeira.revista@gmail.com Editores Marcos Carvalho Lopes marcosclopes@unilab.edu.br Pedro Acosta-Leyva leyva@unilab.edu.br

2

3 João Wanderley Geraldi RESENHA JUSTIÇA SOCIAL E DESIGUALDADE PIKETTY, Thomas. A economia da desigualdade. Trad. de André Telles. Rio de Janeiro : Intrínseca, João Wanderley Geraldi Depois do surpreendente O Capital no Século XXI, chega às livrarias a tradução de L Économie des Inégalités, livro de 1997, com posteriores edições revisadas, sendo a última edição francesa de Piketty faz um esforço enorme para traduzir para uma linguagem mais acessível as teorias econômicas, sem deixar de lastrear suas afirmações com base em dados empíricos, retirados das estatísticas de diferentes países, entre os quais faz comparações. Neste livro, de modo particular, suas questões são sobre a desigualdade de rendas e as políticas redistributivas. Tomando como ponto de partida que as rendas são de duas naturezas aquelas do capital e aquelas do trabalho, e considerando as formas de transmissão do capital (pela via da herança), desde o princípio dois sujeitos, um nascido de família de capitalistas e outro de família de operários, terão pontos de partida extremamente desiguais. Dispor de capital é também dispor de possibilidade de investimento em si próprio: um mais longo período de formação, incluindo a formação universitária, antes da entrada no mercado de trabalho, faz com que as diferenças iniciais se aprofundem cada vez mais e também mostram que os herdeiros se distribuem diferentemente na sociedade. Para além do capital investido e herdado, as rendas superiores (sejam de capital, sejam de trabalho dos salários nos topos da pirâmide) permitem investimento de longo prazo na formação; ao contrário, o filho de um trabalhador braçal terá que enfrentar o mercado de trabalho muito cedo para ajudar a compor a renda familiar e por isso mesmo será em geral também ele um trabalhador não qualificado, como foram seus pais. A justiça social, assim, demanda que haja sobre as condições de vida de ambos os grupos uma intervenção, geralmente patrocinada pelo Estado mas em menor grau também por sindicatos e movimentos sociais que através de políticas públicas acabam redistribuindo a renda nacional entre seus cidadãos. Assim, por exemplo, embora o valor nominal do salário mínimo da França e dos Estados Unidos ser quase igual, a renda do assalariado francês é maior do que aquela do assalariado norte-americano, pois as políticas de educação e saúde oferecem educação e saúde públicas em França, enquanto nos EEUU educação e saúde são considerados bens (e não direitos) e bens devem ser comprados, devem ser pagos. Capoeira Revista de Humanidades e Letras Vol.2 Nº. 1 Ano 2015 p. 83

4 Resenha de PIKETTY, Thomas. A economia da desigualdade. Trad. André Telles. Rio de Janeiro: Intrínseca, No campo político, as duas posições que se defrontam relativamente a uma redistribuição, a uma construção de uma justiça social, são representadas pelo pensamento (neo)liberal segundo o qual o mercado regulará as relações e distribuirá os bens de modo que capitalistas e assalariados seriam por ele beneficiados; de outro lado, as posições de esquerda defendem que há necessidade de intervenção para produzir uma sociedade mais justa atenuando a miséria dos menos favorecidos. Assumindo a necessidade de ultrapassar as desigualdades (tidas por naturais pelo liberalismo), o autor analisa dos caminhos possíveis: aquele da transferência direta de renda através dos aumentos de salários e aquele da redistribuição da renda financiada através de impostos. Depois de demonstrar com dados estatísticos o tamanho do foço da desigualdade (Cap.I), segue-se uma análise aprofundada da divisão entre capital-trabalho. Com a análise de séries históricas com dados de diferentes países do sistema capitalista, o autor mostra que os preços dos produtos se compõem de três elementos: os insumos necessários à produção, o custo do trabalho, que inclui as contribuições sociais sobre rendas do trabalho, e os ganhos de capital. Como o primeiro componente é sempre fixo, o que importa é quem se apossa no preço final pago pelo valor agregado ao produto. A série histórica mostra uma distribuição com poucas variações no último século: o capital fica com 1/3 da renda e o trabalho fica com os outros 2/3. Como os capitalistas são em menor número, obviamente esta distribuição é extremamente injusta. Também neste capítulo o autor demonstra que quem paga as contribuições sociais são os trabalhadores: Quem arcou com as contribuições patronais? Certamente não os empregadores, uma vez que a participação da renda do trabalho no valor adicionado, que inclui todas as contribuições sociais pagas pelos trabalhadores, não aumento entre 1920 e 1995 (p.55). No estudo da influência redistributiva das políticas igualitárias de formação, que constituem sem dúvida o exemplo mais fundamental de uma redistribuição eficiente (p.69), o autor compara a situação dos países sul-americanos com os tigres asiáticos : os países sulamericanos, que possuíam a mesma renda média dos futuros tigres asiáticos em 1960, contavam com um estoque inicial de capital humano bastante inferior, em virtude sobretudo da existência de amplas camadas da população totalmente relegadas, e apresentavam um crescimento bem mais fraco, enquanto os tigres asiáticos, sempre mais igualitários, alcançavam o desenvolvimento dos países ocidentais. Além do efeito do nível médio de capital humano, a desigualdade inicial tem também um efeito negativo sobre o crescimento futuro, direta ou indiretamente provocado pela instabilidade social e pela política engendrada (p. 68). Capoeira Revista de Humanidades e Letras Vol.2 Nº. 1 Ano 2015 p. 84

5 João Wanderley Geraldi Na análise das redistribuições possíveis, o autor vai defender que a redistribuição fiscal é superior à direta, isto é, aquela que interfere diretamente no valor dos salários e aquela que resulta da tributação. Como se sabe nem todos os impostos pagos pelas empresas produzem os mesmos efeitos em termos de redistribuição efetiva: para que a incidência final de uma tributação recaia de fato sobre o capital, é necessário que seu montante dependa do nível de capital utilizado ou de renda transferida para o capital (p.41). Em outras palavras, como os custos tributários são repassados para o preço dos produtos, a carga tributária acaba sendo paga pelos consumidores de forma linear, sejam eles assalariados ou não. Embora o livro em muitas passagens seja de digestão difícil para não economistas, as linhas gerais do raciocínio de Piketty podem ser acompanhadas por um leitor comum. Ao fechar o livro o leitor saberá da complexidade da macroeconomia, mas também informado de que o foço da desigualdade jamais será ultrapassado se políticas de redistribuição efetiva da renda não forem assumidas. Dentre estas, o autor, como vimos acima, salienta o papel da educação pública como uma forma eficiente de distribuição mais igualitária da riqueza. Infelizmente dados do Brasil não são analisados (alguns sequer eram disponíveis). A recente divulgação pela Receita Federal de dados de 2012 e 2013 apresenta um quadro estarrecedor: brasileiros, o que corresponde a apenas 0,3% daqueles que fazem declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física, concentrou 14% da renda total declarada, um valor de R$ 298 bilhões de rendimentos, e um patrimônio no valor de R$ 1,2 trilhão (como se sabe, o patrimônio sempre é declarado com valores históricos e muitas vezes irrisórios relativamente ao verdadeiro valor no mercado). Considerando que nestes quase 300 bilhões de rendas, 200 bilhões são de lucros e dividendos (isentos da mordida do leão, que para os ricos mia e não ruge: os lucros e dividendos são taxados apenas na pessoa jurídica, a uma taxa muito inferior àquela paga pelos salários e são rendimentos isentos de imposto desde Fernando Henrique Cardoso, em lei que passou a vigorar em 1996). Neste contexto, uma redistribuição mais efetiva teria que tributar diretamente os ganhos de capital (isto é, os lucros e dividendos). Capoeira Revista de Humanidades e Letras Vol.2 Nº. 1 Ano 2015 p. 85

Artigo apresentado no seminário Reforma Tributária - perspectivas para 2017

Artigo apresentado no seminário Reforma Tributária - perspectivas para 2017 Artigo apresentado no seminário Reforma Tributária - perspectivas para 2017 IMPOSTO SOBRE A RENDA DAS PESSOAS FÍSICAS: Oportunidades para tributar os rendimentos mais altos no Brasil Heloisa Helena Pinheiro

Leia mais

ISONOMIA ENTRE AS RENDAS, UMA QUESTÃO DE JUSTIÇA FISCAL!

ISONOMIA ENTRE AS RENDAS, UMA QUESTÃO DE JUSTIÇA FISCAL! ISONOMIA ENTRE AS RENDAS, UMA QUESTÃO DE JUSTIÇA FISCAL! Um dos princípios constitucionais basilares da tributação é o respeito à capacidade contributiva. Este princípio materializa-se na aplicação de

Leia mais

COMISSÃO MISTA DESTINADA A PROFERIR PARECER À MEDIDA PROVISÓRIA Nº 670, DE 15 DE MARÇO DE

COMISSÃO MISTA DESTINADA A PROFERIR PARECER À MEDIDA PROVISÓRIA Nº 670, DE 15 DE MARÇO DE MPV 670 00117 CÂMARA DOS DEPUTADOS COMISSÃO MISTA DESTINADA A PROFERIR PARECER À MEDIDA PROVISÓRIA Nº 670, DE 15 DE MARÇO DE 2015. MEDIDA PROVISÓRIA Nº 670, DE 2015 Altera a Lei nº 11.482, de 31 de maio

Leia mais

Alíquota efetiva média e rendimentos tributáveis

Alíquota efetiva média e rendimentos tributáveis SUMÁRIO 1. Introdução... 3 2. Alíquota efetiva média e rendimentos tributáveis... 4 3. As deduções do Imposto de Renda... 6 4. Alíquota efetiva por ocupação... 7 5. Referências bibliográficas... 9 ANEXOS...

Leia mais

Finanças Públicas. Políticas de Tributação CAP. 17; 18; 19 STIGLITZ

Finanças Públicas. Políticas de Tributação CAP. 17; 18; 19 STIGLITZ Finanças Públicas Políticas de Tributação CAP. 17; 18; 19 STIGLITZ 1. TRIBUTAÇÃO GERAL Governo obtém recursos por meio de tributos Quão justo é o sistema tributário? Quanto governo arrecada? Quais impactos

Leia mais

Macroeconomia VALOR ADICIONADO E PIB. Prof. Me. Diego Fernandes Emiliano Silva diegofernandes.weebly.

Macroeconomia VALOR ADICIONADO E PIB. Prof. Me. Diego Fernandes Emiliano Silva diegofernandes.weebly. Macroeconomia VALOR ADICIONADO E PIB 1 Leitura Leitura do capítulo 11 (p. 233-251) do livro: Introdução à Economia do Marco Antonio S. Vasconcellos, 2012 - livro online disponível no site da biblioteca.

Leia mais

ANÁLISE DA PROPOSTA DE REFORMA DA PREVIDÊNCIA EDUARDO MOREIRA

ANÁLISE DA PROPOSTA DE REFORMA DA PREVIDÊNCIA EDUARDO MOREIRA ANÁLISE DA PROPOSTA DE REFORMA DA PREVIDÊNCIA EDUARDO MOREIRA O DÉFICIT FISCAL O INIMIGO A SER COMBATIDO Fonte: https://www.tesourotransparente.gov.br/historias/entendendo-osgraficos-resultado-primario-e-estoque-da-divida-publica-federal

Leia mais

Direitos Humanos - Direitos Econômicos e Sociais -

Direitos Humanos - Direitos Econômicos e Sociais - Direitos Humanos - Direitos Econômicos e Sociais - Apresentação Histórico Desafios Dados Distribuição renda Exemplo mundo Situação Brasil Histórico Declaração americana (1776): Declaração dos Direitos,

Leia mais

ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ ESALQ/USP LES 200 Contabilidade Social 1ª Lista de Exercícios Prof.ª Sílvia Miranda. Nome:...

ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ ESALQ/USP LES 200 Contabilidade Social 1ª Lista de Exercícios Prof.ª Sílvia Miranda. Nome:... ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ ESALQ/USP LES 200 Contabilidade Social 1ª Lista de Exercícios Prof.ª Sílvia Miranda Nome:... 1) Qual o objetivo do Fluxo Circular de Renda? Descreva o esquema

Leia mais

Para que(m) serve o Estado? Noções de Política Fiscal Pedro Rossi

Para que(m) serve o Estado? Noções de Política Fiscal Pedro Rossi Para que(m) serve o Estado? Noções de Política Fiscal Pedro Rossi O que é o Estado? Conjunto de instituições destinadas a administrar, política, social e juridicamente, um território. Contrato social Acordo,

Leia mais

CONTABILIDADE GERAL. Demonstrações Contábeis. Demonstração do Valor Adicionado Parte 2. Prof. Cláudio Alves

CONTABILIDADE GERAL. Demonstrações Contábeis. Demonstração do Valor Adicionado Parte 2. Prof. Cláudio Alves CONTABILIDADE GERAL Demonstrações Contábeis Demonstração do Valor Adicionado Parte 2 Prof. Cláudio Alves Distribuição da riqueza A segunda parte da DVA deve apresentar de forma detalhada como a riqueza

Leia mais

Classe média já arca com a maior parte do Imposto de Renda

Classe média já arca com a maior parte do Imposto de Renda IG 18.4.16 As classes sociais mais abastadas costumavam responder pela maior fatia do Imposto de Renda (IR) pago no País. Afinal, por ser um tributo de natureza progressiva, faz sentido que quem ganhe

Leia mais

Os impactos da renúncia fiscal no financiamento das políticas sociais e o papel do controle social

Os impactos da renúncia fiscal no financiamento das políticas sociais e o papel do controle social Os impactos da renúncia fiscal no financiamento das políticas sociais e o papel do controle social Rodrigo Avila Economista da Auditoria Cidadã da Dívida www.auditoriacidada.org.br O Conceito de Renúncia

Leia mais

A Pirâmide dos rendimentos em França

A Pirâmide dos rendimentos em França Raul da Silva Pereira A Pirâmide dos rendimentos em França 1. Já Adam Smith notou que havia em França «maior desigualdade na distribuição da riqueza» do que na América do Norte. Quase dois séculos volvidos

Leia mais

PROCESSO DE INGRESSO NA UPE Sistema Seriado de Avaliação CADERNO DE PROVA - 2ºDIA SOCIOLOGIA DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO CANDIDATO

PROCESSO DE INGRESSO NA UPE Sistema Seriado de Avaliação CADERNO DE PROVA - 2ºDIA SOCIOLOGIA DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO CANDIDATO UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO PROCESSO DE INGRESSO NA UPE Sistema Seriado de Avaliação CADERNO DE PROVA - 2ºDIA SOCIOLOGIA DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO CANDIDATO Não deixe de preencher as informações a seguir:

Leia mais

Demonstração do Valor Adicionado (DVA) Demonstração do Valor Adicionado (DVA)

Demonstração do Valor Adicionado (DVA) Demonstração do Valor Adicionado (DVA) Demonstração do Valor Adicionado (DVA) Prof. João Domiraci Paccez 1 Balanço Social Balanço Ambiental Balanço de Recursos Humanos Demonstração do Valor Adicionado Prestação de serviços à comunidade Prof.

Leia mais

Desigualdade e tributação da renda do capital no Brasil. Sérgio Wulff Gobetti

Desigualdade e tributação da renda do capital no Brasil. Sérgio Wulff Gobetti Desigualdade e tributação da renda do capital no Brasil Sérgio Wulff Gobetti Introdução Tópico: tributação da renda do capital no Brasil. Qual o melhor modelo? Como conciliar objetivos às vezes contraditórios:

Leia mais

Teoria da Tributação Tributação da Renda e do Patrimônio

Teoria da Tributação Tributação da Renda e do Patrimônio Prof. Roberto Quiroga Mosquera 2016 Teoria da Tributação Tributação da Renda e do Patrimônio Aspectos econômicos da tributação do capital Tributação elevada Tributação irrisória Capital Eficiência Econômica

Leia mais

Sistema de Contabilidade Nacional: CEIs e TRUs. Daiana I. da Silva Doutoranda em Economia Aplicada

Sistema de Contabilidade Nacional: CEIs e TRUs. Daiana I. da Silva Doutoranda em Economia Aplicada Sistema de Contabilidade Nacional: CEIs e TRUs Daiana I. da Silva Doutoranda em Economia Aplicada Sistema de Contabilidade Nacional Contas Econômicas Integradas Conjunto de contas de operações e de ativos/passivos

Leia mais

PENSANDO COMO UM ECONOMISTA

PENSANDO COMO UM ECONOMISTA PENSANDO COMO UM ECONOMISTA à Economia Mankiw, N.G. Capítulo 2 Pensando como um Economista Cada campo de estudo tem sua própria linguagem... Matemáticos integrais, axiomas, espaços vetoriais etc. Psicólogos

Leia mais

A Economia da desigualdade

A Economia da desigualdade A Economia da Desigualdade PET-Economia UnB e Econsult 12 de junho de 2015 Agenda Autor Introdução do livro 1 2 Análise da desigualdade capital-salário 3 Análise da desigualdade das rendas do trabalho

Leia mais

Concentração de renda

Concentração de renda economia Concentração de renda Nos últimos seis anos houve uma surpreendente redução da concentração de renda no Brasil. Contudo, as alternativas para a continuidade dessa redução não são favoráveis por

Leia mais

A DEFASAGEM NA CORREÇÃO DA TABELA DO IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA

A DEFASAGEM NA CORREÇÃO DA TABELA DO IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA A DEFASAGEM NA CORREÇÃO DA TABELA DO IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA 1. Marco Legal Vigente Em 25 de março de 2011 o Governo Federal editou a MP 528 que foi convertida na Lei nº 12.469, de 26 de agosto

Leia mais

EAC 0111 Fundamentos de Contabilidade

EAC 0111 Fundamentos de Contabilidade EAC 0111 Fundamentos de Contabilidade Prof. Jerônimo Antunes DEFINIÇÃO Demonstração contábil que evidencia, o valor e a composição da riqueza criada (ou gerada) pela entidade, bem como a maneira como foi

Leia mais

JUSTIÇA FISCAL Estado para todos

JUSTIÇA FISCAL Estado para todos JUSTIÇA FISCAL Estado para todos Instituto Justiça Fiscal IJF Dão Real Pereira dos Santos Mitos são assim: Alguém cria, outros repetem e os demais acreditam e passam adiante. E quanto mais a narrativa

Leia mais

Necessidade de uma metodologia para os levantamentos e contabilização dos agregados CONTABILIDADE SOCIAL

Necessidade de uma metodologia para os levantamentos e contabilização dos agregados CONTABILIDADE SOCIAL CONTABILIDADE SOCIAL Macroeconomia grandes agregados econômicos preocupação com o todo e não com as partes. Necessidade de uma metodologia para os levantamentos e contabilização dos agregados CONTABILIDADE

Leia mais

CONTABILIDADE SOCIAL

CONTABILIDADE SOCIAL CONTABILIDADE SOCIAL Reflexão: "A riqueza é um meio; os seres humanos são o objetivo." -- John F. Kennedy Contabilidade Social Prof. Volney Gouveia Contabilidade Social Visão Sistêmica das Estruturas de

Leia mais

ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ ESALQ/USP LES 200 Contabilidade Social 1ª Lista de Exercícios Prof.ª Sílvia Miranda. Nome:...

ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ ESALQ/USP LES 200 Contabilidade Social 1ª Lista de Exercícios Prof.ª Sílvia Miranda. Nome:... ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ ESALQ/USP LES 200 Contabilidade Social 1ª Lista de Exercícios Prof.ª Sílvia Miranda Nome:... 1) Qual o objetivo do Fluxo Circular de Renda? Descreva o esquema

Leia mais

ISONOMIA ENTRE AS RENDAS, UMA QUESTÃO DE JUSTIÇA FISCAL!

ISONOMIA ENTRE AS RENDAS, UMA QUESTÃO DE JUSTIÇA FISCAL! ISONOMIA ENTRE AS RENDAS, UMA QUESTÃO DE JUSTIÇA FISCAL! O PROJETO ISONOMIA tem como objetivo extinguir os privilégios tributários das rendas provenientes do capital, incluindo todos os rendimentos obtidos

Leia mais

RETRATO DO SETOR DE SERVIÇOS NÃO FINANCEIROS NO BRASIL NO PERÍODO 2008 A 2012, SEGUNDO A PAS/IBGE

RETRATO DO SETOR DE SERVIÇOS NÃO FINANCEIROS NO BRASIL NO PERÍODO 2008 A 2012, SEGUNDO A PAS/IBGE RETRATO DO SETOR DE SERVIÇOS NÃO FINANCEIROS NO BRASIL NO PERÍODO 28 A 212, SEGUNDO A PAS/IBGE Ulisses Pereira Ribeiro 1 RESUMO Este trabalho teve como objetivo apresentar um breve retrato do setor de

Leia mais

REFORMA TRIBUTÁRIA Limites e Possibilidades. Charles Alcantara XXVI Convenção Nacional da ANFIP Brasília, maio/2017

REFORMA TRIBUTÁRIA Limites e Possibilidades. Charles Alcantara XXVI Convenção Nacional da ANFIP Brasília, maio/2017 REFORMA TRIBUTÁRIA Limites e Possibilidades Charles Alcantara XXVI Convenção Nacional da ANFIP Brasília, maio/2017 "A riqueza de poucos beneficia a todos nós?" (Zygmunt Bauman) Sobre o Deus divino: "Pois

Leia mais

Se quiser receber estes estudos envie uma mensagem para

Se quiser receber estes estudos envie uma mensagem para OS EFEITOS, NOS RENDIMENTOS DOS TRABALHADORES E DAS FAMILIAS, DO AUMENTO ENORME DO IRS NO GOVERNO PSD/CDS E DA REDUÇÃO INSUFICIENTE DO IRS PELO GOVERNO PS ALGUMAS CONCLUSÕES DESTE ESTUDO Neste estudo analiso,

Leia mais

Renda Básica de Cidadania no Contexto Fiscal Brasileiro (Orçamento e tributação)

Renda Básica de Cidadania no Contexto Fiscal Brasileiro (Orçamento e tributação) Renda Básica de Cidadania no Contexto Fiscal Brasileiro (Orçamento e tributação) Prof. Evilasio Salvador Universidade de Brasília (UnB) Pós-Graduação em Política Social evilasioss@unb.br Fundo Público

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2016

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2016 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2016 Estabelece a incidência do imposto sobre a renda a valores de bens e direitos adquiridos por herança ou doação de que trata o inciso XVI da Lei 7.713, de 22 de dezembro

Leia mais

Fluxos migratórios e estrutura da. população. IFMG - Campus Betim Professor Diego Alves de Oliveira Disciplina de Geografia - 3º Ano 2016

Fluxos migratórios e estrutura da. população. IFMG - Campus Betim Professor Diego Alves de Oliveira Disciplina de Geografia - 3º Ano 2016 Fluxos migratórios e estrutura da população IFMG - Campus Betim Professor Diego Alves de Oliveira Disciplina de Geografia - 3º Ano 2016 O que leva uma pessoa a migrar? Todas as migrações ocorrem livremente?

Leia mais

BRASIL 5a. ECONOMIA DO MUNDO: CHEGAREMOS LÁ?

BRASIL 5a. ECONOMIA DO MUNDO: CHEGAREMOS LÁ? 1 Secretaria de Acompanhamento Econômico - SEAE BRASIL 5a. ECONOMIA DO MUNDO: CHEGAREMOS LÁ? Antonio Henrique P. Silveira Secretário de Acompanhamento Econômico 6 de fevereiro de 2010 1 Sumário A Estratégia

Leia mais

Os (as) Deputados (as), Carlos César. Ivan Gonçalves. João Torres. Diogo Leão. Hugo Carvalho. Idália Serrão. Pedro Delgado Alves.

Os (as) Deputados (as), Carlos César. Ivan Gonçalves. João Torres. Diogo Leão. Hugo Carvalho. Idália Serrão. Pedro Delgado Alves. Projeto de Resolução n.º 1824/XIII Recomenda ao Governo o estabelecimento de um limite proporcional para a disparidade salarial no interior de cada organização No seu programa, o XXI Governo Constitucional

Leia mais

Um convite para o debate

Um convite para o debate Um convite para o debate O Movimento Reforma Tributária Solidária, Menos Desigualdade, Mais Brasil dirige-se a toda classe trabalhadora; aos sindicatos, associações, movimentos sociais, entidades de representação

Leia mais

A Nova Previdência combate Privilégios

A Nova Previdência combate Privilégios A Nova Previdência combate Privilégios 1. Introdução O atual sistema previdenciário brasileiro é uma fonte de redistribuição de renda dos mais pobres para os mais ricos. A Nova Previdência pretende transformar

Leia mais

FINANCIAMENTO ORÇAMENTÁRIO DE PROGRAMAS PARA A PESSOA IDOSA

FINANCIAMENTO ORÇAMENTÁRIO DE PROGRAMAS PARA A PESSOA IDOSA 1 FINANCIAMENTO ORÇAMENTÁRIO DE PROGRAMAS PARA A PESSOA IDOSA Evilásio Salvador No Orçamento da União de 2005 existem dois programas que contém ações (atividade, projeto ou operação especial) destinadas

Leia mais

A Contabilidade Nacional oferece uma síntese da realidade econômica de um país em um determinado momento no tempo.

A Contabilidade Nacional oferece uma síntese da realidade econômica de um país em um determinado momento no tempo. O NOVO SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS A Contabilidade Nacional oferece uma síntese da realidade econômica de um país em um determinado momento no tempo. As Contas Nacionais oferecem as referências básicas

Leia mais

Repartição dos rendimentos

Repartição dos rendimentos Repartição dos rendimentos Repartição primária do rendimento rendimentos primários Rendimentos primários e rendimentos secundários Os rendimentos do trabalho (salários) e do capital (juros, lucros e rendas)

Leia mais

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA PARA BOLSA GRATUIDADE E PROUNI:

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA PARA BOLSA GRATUIDADE E PROUNI: DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA PARA BOLSA GRATUIDADE E PROUNI: Os documentos abaixo são referentes ao estudante e seus familiares, devem ser xerocopiados e entregues juntamente com a ficha preenchida: 1) Comprovante

Leia mais

Janeiro-Dezembro/2014

Janeiro-Dezembro/2014 IRRF - Décimo terceiro salário 2014 - Roteiro Aqui serão analisados os aspectos gerais relacionados à retenção do Imposto de Renda incidente no pagamento do décimo terceiro salário. Introdução Os rendimentos

Leia mais

Módulo 9 Prof.: Egbert

Módulo 9 Prof.: Egbert Módulo 9 Prof.: Egbert 1 Conteúdo: Demonstração do Valor Adicionado (DVA) CPC 09 2 1. Finalidade da DVA Tem por finalidade evidenciar a riqueza criada pela entidade e sua distribuição, durante determinado

Leia mais

ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ ESALQ/USP LES

ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ ESALQ/USP LES ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ ESALQ/USP LES 200 Contabilidade Social Gabarito da 3ª Lista de Exercícios Prof.ª Sílvia Miranda Setembro/2016 Nome:... 1) Tendo em vista o quadro abaixo,

Leia mais

Práticas Contábeis e Neutralidade Tributária

Práticas Contábeis e Neutralidade Tributária III CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO TRIBUTÁRIO ATUAL IBDT/AJUFE/FDUSP-DEF Práticas Contábeis e Neutralidade Tributária Essência econômica ou Forma Jurídica Subjetivismo responsável x Objetividade jurídica

Leia mais

Lucros da Galp subiram 266 milhões Impostos sobre combustíveis aumentam 360 milhões de euros

Lucros da Galp subiram 266 milhões Impostos sobre combustíveis aumentam 360 milhões de euros Lucros da Galp subiram 266 milhões Impostos sobre combustíveis aumentam 360 milhões de euros Por Eugénio Rosa* Em Portugal, verifica-se atualmente uma situação que não deixa de ser insólita. Os Órgãos

Leia mais

LEI Nº 9.249, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1995

LEI Nº 9.249, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1995 LEI Nº 9.249, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1995 Altera a Legislação do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas, bem como da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, e dá outras providências. Art. 13. Para efeito

Leia mais

QUESTÃO 2: A base de tributação no Brasil é considerada injusta por alguns economistas, por quê? Quais são as discrepâncias?

QUESTÃO 2: A base de tributação no Brasil é considerada injusta por alguns economistas, por quê? Quais são as discrepâncias? AV1 Estudo Dirigido da Disciplina CURSO: Gestão Pública DISCIPLINA: Planejamento e Gestão Pública ALUNO(A): MATRÍCULA: Affonso Henriques Duarte 53030 NÚCLEO REGIONAL: RJ DATA: 01/08/2013 QUESTÃO 1: A que

Leia mais

Contas Nacionais e Finanças Públicas. Economia para jornalistas 16/3/2017 FGV/EPGE Estêvão Kopschitz Xavier Bastos

Contas Nacionais e Finanças Públicas. Economia para jornalistas 16/3/2017 FGV/EPGE Estêvão Kopschitz Xavier Bastos Contas Nacionais e Finanças Públicas Economia para jornalistas 16/3/2017 FGV/EPGE Estêvão Kopschitz Xavier Bastos Contas Nacionais O resultado mais conhecido das contas nacionais é o Produto Interno Bruto,

Leia mais

RESENHA ELEMENTOS DA OBRA DE THOMAS PIKETTY PARA PENSAR A DESIGUALDADE NO SÉCULO XXI

RESENHA ELEMENTOS DA OBRA DE THOMAS PIKETTY PARA PENSAR A DESIGUALDADE NO SÉCULO XXI Revista Geografar www.ser.ufpr.br/geografar Curitiba, v.12, n.2, p. 285-290, jul. a dez./2017 ISSN: 1981-089X RESENHA ELEMENTOS DA OBRA DE THOMAS PIKETTY PARA PENSAR A DESIGUALDADE NO ELEMENTS OF THOMAS

Leia mais

Fundamentos econômicos da sociedade

Fundamentos econômicos da sociedade Fundamentos econômicos da sociedade Professora: Cristiane Vilela Disciplina: Sociologia Bibliografia: Introdução à Sociologia. Pérsio Santos de Oliveira. Introdução à Sociologia. João Guizzo. Na sociedade

Leia mais

Panorama da Seguridade Social Brasileira. Bogotá, agosto.2018

Panorama da Seguridade Social Brasileira. Bogotá, agosto.2018 Panorama da Seguridade Social Brasileira Bogotá, agosto.2018 Seguridade Social Convenção OIT 102 (1952) Assistência à saúde Auxílio-doença Auxílio-desemprego Aposentadoria por velhice Auxílio aos acidentados

Leia mais

CPC 09 DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO

CPC 09 DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO CPC 09 DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO A DVA tem como objetivo informar a riqueza gerada pela entidade e a forma com tal riqueza foi distribuída para seus participantes. Componente importante do Balanço

Leia mais

A Fisiocracia A Economia Francesa Quesnay Quesnay e os fisiocratas As classes sociais O quadro econômico Laissez faire, laissez passer Contribuições

A Fisiocracia A Economia Francesa Quesnay Quesnay e os fisiocratas As classes sociais O quadro econômico Laissez faire, laissez passer Contribuições Aula 2: Fisiocracia A Fisiocracia A Economia Francesa Quesnay Quesnay e os fisiocratas As classes sociais O quadro econômico Laissez faire, laissez passer Contribuições do pensamento fisiocrático Equívocos

Leia mais

Palestra. Apresentação das Demonstrações Contábeis e Notas Explicativas (CPC 03 e 09) Outubro Elaborado por:

Palestra. Apresentação das Demonstrações Contábeis e Notas Explicativas (CPC 03 e 09) Outubro Elaborado por: Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo Tel. (11) 3824-5400, 3824-5433 (teleatendimento), fax (11) 3824-5487 Email: desenvolvimento@crcsp.org.br web: www.crcsp.org.br Rua Rosa e Silva,

Leia mais

Universidade de São Paulo - USP Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz ESALQ LES Contabilidade Social. Lista 1

Universidade de São Paulo - USP Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz ESALQ LES Contabilidade Social. Lista 1 Universidade de São Paulo - USP Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz ESALQ LES0200 - Contabilidade Social Lista 1 Entregar as respostas até 14/08/2015 1.) Esquematize como opera o fluxo circular

Leia mais

Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas e Exatas. 1ª Lista de Exercícios Contabilidade Social

Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas e Exatas. 1ª Lista de Exercícios Contabilidade Social Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas e Exatas 1ª Lista de Exercícios Contabilidade Social 1. Despesa pode ser definida como a soma de todas as

Leia mais

Reforma Tributária Solidária Alternativa para preservar a seguridade social e promover a justiça fiscal

Reforma Tributária Solidária Alternativa para preservar a seguridade social e promover a justiça fiscal Reforma Tributária Solidária Alternativa para preservar a seguridade social e promover a justiça fiscal EDUARDO FAGNANI (IE/UNICAMP) LANÇAMENTO DA FRENTE PARLAMENTAR MISTA EM DEFESA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

Leia mais

Lidar com a desigualdade de uma forma democrática e pacífica

Lidar com a desigualdade de uma forma democrática e pacífica Conferência: O avanço da desigualdade e a globalização Por Luciana Thomé Lidar com a desigualdade de uma forma democrática e pacífica Analisar a economia a partir da história e da cultura é uma das metas

Leia mais

A EXPLORAÇÃO DO TRABALHO PELO CAPITAL: A MAIS-VALIA

A EXPLORAÇÃO DO TRABALHO PELO CAPITAL: A MAIS-VALIA A EXPLORAÇÃO DO TRABALHO PELO CAPITAL: A MAIS-VALIA Victor Hugo da SILVA OLIVEIRA 1 RESUMO: O presente artigo tem como foco a exploração sofrida inconscientemente pelos trabalhadores através do esforço

Leia mais

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº, DE (do Sr. Nelson Proença) O Congresso Nacional decreta:

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº, DE (do Sr. Nelson Proença) O Congresso Nacional decreta: PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº, DE 2005 (do Sr. Nelson Proença) Estabelece limite ao pagamento de impostos e contribuições pelas Pessoas Físicas, regulamentando o inciso II do art. 146 da Constituição

Leia mais

OBJETIVO. - Incentivar produção, investimento, emprego e renda. - Consolidação de uma classe média com distribuição de renda

OBJETIVO. - Incentivar produção, investimento, emprego e renda. - Consolidação de uma classe média com distribuição de renda OBJETIVO - Incentivar produção, investimento, emprego e renda - Consolidação de uma classe média com distribuição de renda - Promover justiça tributária CARGA TRIBUTÁRIA POR BASE DE INCIDÊNCIA EM % - 2014

Leia mais

Rua Capitão Salomão, n.º 314. Fax (0XX) Telegramas SULGIPE N.º / N.º

Rua Capitão Salomão, n.º 314. Fax (0XX) Telegramas SULGIPE N.º / N.º BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 e 2011 Notas Explicativas 31.12.2012 31.12.2011 ATIVO CIRCULANTE Caixa e equivalentes de caixa 2.4 e 4 12.120 10.714 Consumidores e concessionárias 2.5 e

Leia mais

Introdução. à Macroeconomia. Mensuração do PIB

Introdução. à Macroeconomia. Mensuração do PIB Introdução à Macroeconomia Mensuração do PIB Microeconomia vs. Macroeconomia Microeconomia: O estudo de como famílias e empresas tomam decisões e de como interagem nos mercados. Macroeconomia: O estudo

Leia mais

Grupo I. Exame de Fiscalidade Portuguesa (A que se refere alínea f) do nº 1 do artº15º do Decreto de Lei 452/99 de 5 de Novembro) VERSÃO A

Grupo I. Exame de Fiscalidade Portuguesa (A que se refere alínea f) do nº 1 do artº15º do Decreto de Lei 452/99 de 5 de Novembro) VERSÃO A Grupo I 1) Como são tributadas as permutas de bens imóveis? a) Em IMT, pela diferença entre os respectivos valores patrimoniais tributários; b) Em IMT, pelos respectivos valores patrimoniais tributários;

Leia mais

Teoria de Karl Marx ( )

Teoria de Karl Marx ( ) Teoria de Karl Marx (1818-1883) Professora: Cristiane Vilela Disciplina: Sociologia Bibliografia: Manual de Sociologia. Delson Ferreira Introdução à Sociologia. Sebastião Vila Sociologia - Introdução à

Leia mais

a. b

a. b ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ ESALQ/USP LES 200 Contabilidade Social Gabarito da Avaliação 1 Prof.ª Sílvia Miranda 23/09/2016 Nome:... 1).(2 pontos) Explique: a) A diferença entre transferência

Leia mais

MACROECONOMIA (Curso de Economia Brasileira, DEP)

MACROECONOMIA (Curso de Economia Brasileira, DEP) MACROECONOMIA (Curso de Economia Brasileira, DEP) Hildo Meirelles de Souza Filho PIB Produto Interno Bruto (PIB) é o valor total do fluxo de produção atual de bens e serviços finais obtido dentro do território

Leia mais

IRS Imposto sobre o rendimento (Legislação fiscal)

IRS Imposto sobre o rendimento (Legislação fiscal) IRS Imposto sobre o rendimento (Legislação fiscal) 1 O B J E C T I V O : I N T E R P R E T A R E A P L I C A R A L E G I S L A Ç Ã O N A F U N Ç Ã O P E S S O A L ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS EMPRESÁRIAS CURSO:

Leia mais

Fizemos esse guia com objetivo de orientar você, cliente, a reunir os dados necessários

Fizemos esse guia com objetivo de orientar você, cliente, a reunir os dados necessários ESPECIAL IR 2018 ESPECIAL IMPOSTO DE RENDA 2018 Informações para a Declaração de Imposto de Renda 2018 Fizemos esse guia com objetivo de orientar você, cliente, a reunir os dados necessários para fazer

Leia mais

MACROECONOMIA E CONTABILIDADE SOCIAL I

MACROECONOMIA E CONTABILIDADE SOCIAL I MACROECONOMIA E CONTABILIDADE SOCIAL I Aulas de 05,19 e26/04/2016 Profa. Dra. Arilda Teixeira CONTABILIDADE SOCIAL E AS CONTAS NACIONAIS SISTEMA CONTÁBIL PARA CALCULAR A RENDA E O PRODUTO NACIONAL SÃO

Leia mais

Contabilidade Social Carmen Feijó [et al.] 4ª edição

Contabilidade Social Carmen Feijó [et al.] 4ª edição Contabilidade Social Carmen Feijó [et al.] 4ª edição CAPÍTULO 3 - AS CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS E AS TABELAS DE RECURSOS E USOS Professor Rodrigo Nobre Fernandez Pelotas 2015 2 Introdução Desde o fim

Leia mais

A evolução da desigualdade a partir da análise histórica

A evolução da desigualdade a partir da análise histórica Conferência: O avanço da desigualdade e a globalização Por Luciana Thomé A evolução da desigualdade a partir da análise histórica Reconhecido mundialmente por suas pesquisas sobre economia da desigualdade

Leia mais

O Impacto da Reforma Tributária para a Seguridade Social

O Impacto da Reforma Tributária para a Seguridade Social COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA O Impacto da Reforma Tributária para a Seguridade Social Evilásio Salvador Principais Pontos da Reforma A criação do IVA com extinção de 4 tributos: Cofins, Pis,

Leia mais

Central de cursos Prof.Pimentel Curso CPA 10 Educare

Central de cursos Prof.Pimentel Curso CPA 10 Educare QUESTÕES: CPA 10 MÓDULO 7 1. Um cliente, contador, 50 anos de idade, assalariado, faz declaração completa de ajuste anual e sabe que se aposentará em, no máximo, 12 anos. Ele quer se preparar financeiramente

Leia mais

DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO COMO MEDIDA DE DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E DE RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA SELMA ALVES DIOS

DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO COMO MEDIDA DE DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E DE RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA SELMA ALVES DIOS Contabilidade: Transparência para o Controle Social DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO COMO MEDIDA DE DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E DE RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA Área temática Contabilidade Social e Meio

Leia mais

Aula 2. Medição da Actividade Económica. Maputo, 2018

Aula 2. Medição da Actividade Económica. Maputo, 2018 1 Aula 2 Medição da Actividade Económica Maputo, 2018 2 Medição da Actividade económica A necessidade de obter dados ordenadas que permitissem uma visão agregada dos fenómenos económicos ficou mais patente

Leia mais

Faculdades Integradas de Taquara

Faculdades Integradas de Taquara IX DESAFIO CULTURAL DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS- 2016 Questões de Planejamento Tributário Prof. Oscar Scherer Questão nº 01 A constituição de Fundos de Investimentos Mobiliário é uma alternativa interessante

Leia mais

CAPÍTULO. Progresso tecnológico, salários e desemprego. Olivier Blanchard Pearson Education

CAPÍTULO. Progresso tecnológico, salários e desemprego. Olivier Blanchard Pearson Education Progresso tecnológico, salários e desemprego Olivier Blanchard Pearson Education CAPÍTULO 13 Progresso tecnológico, salários e desemprego Há visões otimistas e pessimistas sobre o progresso tecnológico.

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 20/03/2018

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 20/03/2018 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO - 03 Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 20/03/2018 E-mail: tributario@legale.com.br AULA 38 TRIBUTOS EM ESPÉCIE IMPOSTO DE RENDA Competência Art. 153,

Leia mais

Contabilidade Avançada. Prof. Ms. Geovane Camilo dos Santos Mestre em Ciências Contábeis UFU

Contabilidade Avançada. Prof. Ms. Geovane Camilo dos Santos Mestre em Ciências Contábeis UFU Contabilidade Avançada Prof. Ms. Geovane Camilo dos Santos Mestre em Ciências Contábeis UFU E-mail: geovane_camilo@yahoo.com.br OBRIGATORIEDADE Lei 6.404/1974 (artigo 176, inciso V) NBC TG 9 Demonstração

Leia mais

O papel da tributação na redução da desigualdade

O papel da tributação na redução da desigualdade O papel da tributação na redução da desigualdade XVI Encontro Nacional de Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil 27 a 29 de Maio de 2018 Aracajú, Sergipe Associação Nacional dos Auditores Fiscais

Leia mais

Você está fazendo isso pelo bem daqueles que você ama!

Você está fazendo isso pelo bem daqueles que você ama! 01-2012.1 - Questão 1 Uma sociedade empresária apresentou os seguintes dados para a elaboração da Demonstração do Valor Adicionado: Informações adicionais: I. O custo de aquisição da mercadoria vendida

Leia mais

Introdução à. Macroeconomia

Introdução à. Macroeconomia Introdução à Prof. Fabini Hoelz Bargas Alvarez IBMEC-RJ / UCP O que é? É o estudo da economia como um todo, pois analisa a economia através de suas variáveis fortemente agregadas. Abrange o comportamento

Leia mais

Tributação. São isentos do IR os ganhos líquidos auferidos por

Tributação. São isentos do IR os ganhos líquidos auferidos por São isentos do IR os ganhos líquidos auferidos por a) bancos e instituições financeiras e, operações no mercado à vista de ações, nas bolsas de valores e em operações com ouro ativo financeiro, sempre

Leia mais

EAE0111 Fundamentos de Macroeconomia. Lista 1. Prof: Danilo Igliori

EAE0111 Fundamentos de Macroeconomia. Lista 1. Prof: Danilo Igliori EAE0111 Fundamentos de Macroeconomia Lista 1 Prof: Danilo Igliori Questão 1 Qual das seguintes manchetes de jornal é mais estreitamente relacionado com o que microeconomistas estudam (e menos relacionado

Leia mais

Contabilidade Avançada. Prof. Esp. Geovane Camilo dos Santos Mestrando em Contabilidade e Controladoria UFU

Contabilidade Avançada. Prof. Esp. Geovane Camilo dos Santos Mestrando em Contabilidade e Controladoria UFU Contabilidade Avançada Prof. Esp. Geovane Camilo dos Santos Mestrando em Contabilidade e Controladoria UFU E-mail: geovane_camilo@yahoo.com.br OBRIGATORIEDADE Lei 11.638/2007 Empresas capital aberto Modelo

Leia mais

Variação do Produto Interno Bruto - PIB no ano de 2010

Variação do Produto Interno Bruto - PIB no ano de 2010 Variação do Produto Interno Bruto - PIB no ano de 2010 Em 2010, segundo divulgação do IBGE, o PIB brasileiro cresceu 7,5% em relação a 2009. O PIB atingiu R$ 3,675 trilhões (ou, à taxa de câmbio de R$

Leia mais

b) Quais são os componentes do Investimento Agregado? A compra de ações constitui-se em Investimento, no sentido macroeconômico?

b) Quais são os componentes do Investimento Agregado? A compra de ações constitui-se em Investimento, no sentido macroeconômico? 1 1. Mostre como opera o fluxo circular de renda e como surge a identidade entre as três óticas de medição do resultado da atividade econômica de um país, conforme a Contabilidade Social. R: O fluxo circular

Leia mais

Onde está o dinheiro arrecado pelo Brasil?

Onde está o dinheiro arrecado pelo Brasil? Onde está o dinheiro arrecado pelo Brasil? A cada ano a União e os estados arrecadam mais dinheiro da população. No entanto, os governos sempre usam o argumento de falta de dinheiro para não conceder aumento

Leia mais

ORIENTAÇÃO CECO Nº 4. Ementa:

ORIENTAÇÃO CECO Nº 4. Ementa: ORIENTAÇÃO CECO Nº 4 I Objeto Ementa: A remuneração anual dos associados de sociedade cooperativa de crédito, na proporção do capital integralizado por cada associado, e limitada ao valor da SELIC, constitui

Leia mais

PORTUGAL: AGRAVAM-SE AS ASSIMETRIAS REGIONAIS

PORTUGAL: AGRAVAM-SE AS ASSIMETRIAS REGIONAIS As graves assimetrias entre as diferentes regiões tornam Portugal um país muito desigual Pág. 1 PORTUGAL: AGRAVAM-SE AS ASSIMETRIAS REGIONAIS RESUMO O INE divulgou já em 2011 as Contas Regionais Preliminares

Leia mais

ESPECIAL IMPOSTO DE RENDA PLANNER CORRETORA

ESPECIAL IMPOSTO DE RENDA PLANNER CORRETORA 2019 ESPECIAL IMPOSTO DE RENDA PLANNER CORRETORA Especial Imposto de Renda 2019 Até dia 30 de abril, pessoas físicas que moram no Brasil e receberam rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2018

Leia mais

CAPACIDADE CONTRIBUTIVA: POSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO NOS IMPOSTOS INDIRETOS

CAPACIDADE CONTRIBUTIVA: POSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO NOS IMPOSTOS INDIRETOS CAPACIDADE CONTRIBUTIVA: POSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO NOS IMPOSTOS INDIRETOS Gabriela Fabricio HERNANDES 1 Juliano Jorge BARBOSA² RESUMO: Visa o presente trabalho tratar da questão da capacidade contributiva,

Leia mais

Aplicacação: os custos da tributação

Aplicacação: os custos da tributação N. Gregory Mankiw Introdução à Economia Tradução da 6a. edição norte-americana 8 Aplicacação: os custos da tributação 0 epois de ler este capítulo, responda às seguintes questões: Como é que um imposto

Leia mais

FLUXOS ECONÔMICOS BÁSICOS DO CAPITALISMO

FLUXOS ECONÔMICOS BÁSICOS DO CAPITALISMO FLUXOS ECONÔMICOS BÁSICOS DO CAPITALISMO Luiz Carlos Bresser-Pereira e Yoshiaki Nakano Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas, 23.9.80. (ECON-L-146 E-511) O Quadro

Leia mais

Modo de produção capitalista

Modo de produção capitalista ECONOMIA POLÍTICA Material didático preparado pela professora Camila Manduca para a disciplina Economia política, baseado no capítulo 4 Modo de produção capitalista, do livro Economia política: uma introdução

Leia mais

Declaração Anual do Simples Nacional

Declaração Anual do Simples Nacional Declaração Anual do Simples Nacional Declaração Original Exercício 2010 Ano-Calendário 2009 Período abrangido pela Declaração: 01/01/2009 a 31/12/2009 1 Identificação do Contribuinte CNPJ Matriz: 00559582/0001-40

Leia mais