Metabolismo dos corpos cetónicos

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Metabolismo dos corpos cetónicos"

Transcrição

1 Metabolismo dos corpos cetónicos Metabolismo dos corpos cetónicos; Rui Fontes Índice 1- A relevância dos ácidos β-hidroxibutírico e acetacético como combustíveis do cérebro no jejum prolongado Definição de corpos cetónicos e sua relevância no metabolismo energético do organismo em diferentes estados nutricionais As enzimas do ciclo do hidroxi-metil-glutaril-coa (ou ciclo de Lynen) estão na matriz das mitocôndrias hepáticas 2 4- A redução do acetoacetato a β-hidroxibutirato e a descarboxilação a acetona A oxidação do β-hidroxibutirato e do acetoacetato ocorre nos tecidos extrahepáticos A oxidação dos corpos cetónicos é um processo estritamente aeróbico Uma visão abrangente do metabolismo mostra que a oxidação dos corpos cetónicos é apenas a última etapa da oxidação dos ácidos gordos que lhe deram origem A importância da diminuição da razão [insulina]/[glicagina] na ativação da cetogénese Mecanismos de longo e de curto prazo que explicam o aumento da oxidação em β no fígado quando a razão [insulina]/[glicagina] diminui No fígado, durante o jejum, a velocidade de formação de acetil-coa excede a velocidade de oxidação de acetil- CoA no ciclo de Krebs e a síntase de HMG-CoA é ativada A produção de protões é concomitante com a síntese de corpos cetónicos e pode provocar crises de cetoacidose nos doentes com diabetes (sobretudo diabetes tipo I) Semelhanças e diferenças entre a conversão glicose lactato + H + e a conversão ácidos gordos corpos cetónicos + H A relevância dos ácidos β-hidroxibutírico e acetacético como combustíveis do cérebro no jejum prolongado Durante o jejum a glicemia baixa e isto diminui a libertação de insulina nas células β dos ilhéus de Langerhans. Nos adipócitos, a descida da insulinemia provoca aumento da atividade da lípase de triacilgliceróis do tecido adiposo e da lípase hormono-sensível. Estas lípases existem no citoplasma dos adipócitos e, juntamente com a lípase de monoacilgliceróis, participam na hidrólise dos triacilgliceróis aí presentes levando à libertação de ácidos gordos que saem para o plasma sanguíneo. O somatório da ação destas três lípases é descrito pela Equação 1. Durante o jejum, a maior parte dos tecidos (nomeadamente os tecidos muscular esquelético e cardíaco e o fígado) utiliza os ácidos gordos como combustível preferencial poupando glicose. Um exemplo é o palmitato em que o processo de oxidação é expresso pela Equação 2. Contudo, no cérebro (por razões desconhecidas [1]), a oxidação dos ácidos gordos tem um papel irrelevante do ponto de vista energético. Embora o combustível preferencial do tecido cerebral seja a glicose, à medida que o tempo de jejum aumenta, o cérebro passa também a usar como combustíveis os ácidos D-β-hidroxibutírico (CH 3CHOHCH 2COOH) e acetacético (CH 3COCH 2COOH; também pode ser designado por ácido β- cetobutírico) que são formados nas mitocôndrias do fígado por oxidação incompleta dos ácidos gordos. No jejum prolongado (alguns dias) o contributo da oxidação destes compostos para a despesa energética do cérebro pode ser maior que o da glicose. Equação 1 triacilglicerol + 3 H 2O 3 ácido gordo + glicerol Equação 2 palmitato (C 16H 32O 2) + 23 O 2 16 H 2O + 16 CO 2 2- Definição de corpos cetónicos e sua relevância no metabolismo energético do organismo em diferentes estados nutricionais Por razões de tradição (com mais de um século) os ácidos D-β-hidroxibutírico e acetacético e a acetona (CH 3COCH 3) são coletivamente designados por corpos cetónicos. No plasma sanguíneo a concentração dos corpos cetónicos varia de forma marcada com o estado nutricional: de valores da ordem de 0,02 mm (após uma refeição contendo glicídeos), aumenta para valores de 0,2 mm após horas de jejum, mas pode atingir valores tão altos como 6 mm após um jejum muito prolongado (vários dias). Quando a concentração plasmática é elevada pode dizer-se que o indivíduo está em cetose. A velocidade de oxidação dos corpos cetónicos pelo organismo é proporcional à sua concentração plasmática: é Página 1 de 5

2 praticamente nula no estado pós-prandial, representa cerca de 5-10% da despesa energética no período pós-absortivo (jejum matinal) e aumenta se o jejum se prolongar. 3- As enzimas do ciclo do hidroxi-metil-glutaril-coa (ou ciclo de Lynen) estão na matriz das mitocôndrias hepáticas No homem, a cetogénese ocorre nas mitocôndrias do fígado e o substrato para a formação dos corpos cetónicos é o acetil-coa formado durante a oxidação em β dos ácidos gordos. À via metabólica em que se forma o acetoacetato também se chama ciclo do hidroxi-metil-glutaril-coa (HMG-CoA) ou ciclo de Lynen. Por ação catalítica sucessiva da tiólase (Equação 3) e da síntase do HMG-CoA (Equação 4) três resíduos de acetato (2C) da acetil-coa dão origem ao resíduo β-hidroxi-metil-glutaril (6C) da HMG-CoA. A clivagem deste último composto por ação da líase do β-hidroxi-metil-glutaril- CoA (Equação 5) leva à formação do acetoacetato (4C) e acetil-coa. O caráter cíclico do processo (ver Fig. 1) fica evidenciado quando se constata que o acetil-coa aparece como substrato da 1ª enzima do ciclo e como produto da última. Equação 3 Equação 4 Equação 5 2 acetil-coa acetoacetil-coa + CoA acetil-coa + acetoacetil-coa + H 2O HMG-CoA + CoA HMG-CoA acetil-coa + acetoacetato A Equação 6 é o somatório das Equações 3-5 e mostra que o processo pode ser globalmente entendido como a formação de uma molécula com 4 carbonos (acetoacetato) a partir de dois resíduos acetilo (2C) do acetil-coa. Equação 6 2 acetil-coa + H 2O acetoacetato + 2 CoA 4- A redução do acetoacetato a β-hidroxibutirato e a descarboxilação a acetona Parte do acetoacetato formado pode converter-se nos outros dois corpos cetónicos. O ácido β- hidroxibutírico (4C) forma-se por ação catalítica da desidrogénase do D-β-hidroxibutirato (Equação 7) enquanto a descarboxilação do acetoacetato (com formação da acetona) é não enzímica (Equação 8). Equação 7 acetoacetato + NADH D-β-hidroxibutirato + NAD + Equação 8 acetoacetato acetona + CO 2 5- A oxidação do β-hidroxibutirato e do acetoacetato ocorre nos tecidos extrahepáticos A acetona não sofre metabolização no organismo e é eliminada nos pulmões e na urina. Os ácidos D-β-hidroxibutírico e acetacético não são utilizados como combustíveis pelo fígado. O seu transporte das mitocôndrias do fígado para o citoplasma e do citoplasma para o espaço extracelular envolve a atividade de simportes protão-monocarboxilatos [2]. Vertidos pelo fígado na corrente sanguínea entram em todas as células do organismo (via simporte com o protão) constituindo, juntamente com os ácidos gordos, os combustíveis preferenciais dos tecidos extra-hepáticos durante o jejum prolongado. A enzima que no fígado permite a formação de D-β-hidroxibutirato (ver Equação 7) é a mesma que, nos tecidos extra-hepáticos, permite a sua metabolização. No fígado, a desidrogénase do D-βhidroxibutirato catalisa a redução do acetoacetato pelo NADH e a consequente formação do D-βhidroxibutirato; nos tecidos extrahepáticos ocorre a reação inversa: o D-β-hidroxibutirato é oxidado pelo NAD + formando-se acetoacetato. A metabolização do acetoacetato implica a sua ativação a acetoacetil-coa numa reação de transferência de CoA em que o substrato dador é o succinil-coa (ação da succinil-coa-acetoacetato- CoA-transférase; ver Equação 9). Ao contrário do que acontece no fígado, a conversão de succinil-coa em succinato no ciclo de Krebs (que implica a ação catalítica da sintétase de succinil-coa: ver Equação 10) pode, nos tecidos extra-hepáticos e quando os corpos cetónicos estão a ser oxidados, envolver uma transférase (ver Equação 9) que catalisa a transferência do CoA do succinil-coa para o acetoacetato. O acetoacetil-coa formado sofre cisão tiolítica (Equação 3) e o acetil-coa formado é oxidado, no ciclo de Krebs/cadeia respiratória, a CO 2. O papel biológico da succinil-coa-acetoacetato-coatransférase como uma enzima importante no processo oxidativo dos corpos cetónicos fica evidenciado pelo facto de não existir no fígado (que não consome corpos cetónicos) e existir nos tecidos que (como os músculos e o cérebro) podem consumir corpos cetónicos [3]. Página 2 de 5

3 Equação 9 Equação 10 succinil-coa + acetoacetato succinato + acetoacetil-coa succinil-coa + GDP ou ADP + Pi succinato + CoA + GTP ou ATP Metabolismo dos corpos cetónicos; Rui Fontes 6- A oxidação dos corpos cetónicos é um processo estritamente aeróbico Tal como o catabolismo dos ácidos gordos, também o catabolismo dos corpos cetónicos depende estritamente de O 2 tendo nula ou pouca importância em células onde não há mitocôndrias (como os eritrócitos) ou onde estas escasseiam (como as da medula renal). As equações que descrevem o somatório dos processos que correspondem à oxidação completa do β-hidroxibutirato e do acetoacetato, incluindo a oxidação das moléculas de acetil-coa formadas a partir deles são, respetivamente, a Equação 11 e a Equação Equação 11 Equação 12 β-hidroxibutirato (C 4H 8O 3) + 4,5 O 2 4 CO H 2O acetoacetato (C 4H 6O 3) + 4 O 2 4 CO H 2O 7- Uma visão abrangente do metabolismo mostra que a oxidação dos corpos cetónicos é apenas a última etapa da oxidação dos ácidos gordos que lhe deram origem É de notar que, na oxidação dos corpos cetónicos, a razão entre o número de moles de CO 2 libertadas e de O 2 consumidas é de 1 no caso do acetoacetato, e de 0,89 no caso do β-hidroxibutirato. No entanto, em situações de jejum prolongado (quando a oxidação de corpos cetónicos é máxima), no organismo como um todo, a razão CO 2/O 2 é mais próxima de 0,7 (a razão que corresponde à oxidação do palmitato; ver Equação 2) que de 0,89 ou de 1. (A razão entre o número de moles de CO 2 libertado para a atmosfera e o número de moles de O 2 consumido num dado intervalo de tempo designa-se por Quociente Respiratório e, no jejum prolongado, é de cerca de 0,73.) De facto, os corpos cetónicos são apenas intermediários num processo que globalmente corresponde à oxidação dos ácidos gordos; oxidar corpos cetónicos é acabar o processo de oxidação dos ácidos gordos que ficou incompleto no fígado. 8- A importância da diminuição da razão [insulina]/[glicagina] na ativação da cetogénese A cetogénese aumenta durante o jejum e na diabetes tipo I porque, nestas circunstâncias, (i) há diminuição da razão de concentrações plasmáticas [insulina]/[glicagina] que implica uma (ii) oferta aumentada de ácidos gordos livres ao fígado e uma (iii) diminuição da atividade de síntese de malonil- CoA cuja concentração baixa permitindo (iv) um aumento da velocidade da oxidação em β e da síntese de acetil-coa (v) cuja oxidação só ocorre na exata medida das necessidades metabólicas neste órgão. Para além disto, a diminuição da razão [insulina]/[glicagina] também (vi) estimula diretamente o ciclo de Lynen estimulando a atividade da síntase da HMG-CoA [4]. No caso do homem, a glicagina só exerce efeitos no fígado, mas é neste órgão que ocorre a síntese de corpos cetónicos. 9- Mecanismos de longo e de curto prazo que explicam o aumento da oxidação em β no fígado quando a razão [insulina]/[glicagina] diminui A diminuição da insulina durante o jejum (ou a sua ausência na diabetes tipo I) implica um aumento da lipólise no citoplasma dos adipócitos e aumento da concentração plasmática de ácidos gordos (ver Equação 1). Os ácidos gordos entram para as células do organismo (incluindo os hepatócitos) onde são ativados a acis-coa. No fígado, a carboxílase de acetil-coa (ver Equação 13) é (1) inativada por fosforilação dependente da AMPK (por sua vez estimulada pela glicagina), (2) inibida alostericamente pelos acis-coa e (3) a sua síntese está diminuída quando a glicemia e a insulinemia são baixas e a concentração plasmática de glicagina está aumentada. Equação 13 acetil-coa + CO 2 + ATP malonil-coa + ADP + Pi A diminuição da síntese da carboxílase de acetil-coa é uma consequência da diminuição da transcrição do seu gene que está na dependência dos fatores de transcrição SREBP-1c e ChREBP. A síntese de SREBP-1c diminui e o ChREBP é fosforilado (e inativado) por ação da PKA (cuja atividade 1 Se admitirmos a formação de 2,5 ATPs por cada NADH oxidado e 1,5 por cada FADH2, a oxidação de uma molécula de β-hidroxibutirato levará à formação de 21,5 ATPs; no caso do acetoacetato seriam 19 ATPs. Estamos a admitir que se se formam 10 ATPs em consequência da oxidação de cada acetil-coa, que se formam 2 moléculas de acetil-coa por cada molécula de β-hidroxibutirato ou de acetoacetato e que se gasta 1 ATP no processo de ativação do acetoacetato (notar que a regeneração do succinato a succinil-coa gasta 1 ATP). Página 3 de 5

4 depende do AMP cíclico e portanto, da glicagina plasmática) quando o jejum se prolonga. A diminuição da razão de concentrações plasmáticas [insulina]/[glicagina] leva à diminuição da concentração intracelular do malonil-coa nos hepatócitos porque, nesta condição, há diminuição da atividade da carboxílase de acetil-coa. Em consequência da diminuição de concentração de malonil-coa vai haver aumento da atividade da carnitina-palmitil-transférase I e da velocidade da oxidação em β o que implica aumento da formação de acetil-coa. No fígado, ao contrário do que acontece no músculo (onde o destino metabólico da acetil-coa é a sua oxidação no ciclo de Krebs), um dos possíveis destinos metabólicos da acetil-coa formada é a formação de corpos cetónicos. 10- No fígado, durante o jejum, a velocidade de formação de acetil-coa excede a velocidade de oxidação de acetil-coa no ciclo de Krebs e a síntase de HMG-CoA é ativada Um dos destinos metabólicos da acetil-coa é a sua oxidação a CO 2 no ciclo de Krebs, mas a velocidade com que a acetil-coa é oxidada no ciclo de Krebs depende da velocidade de hidrólise do ATP. Um aumento do consumo de acetil-coa que permitisse compensar o aumento da sua formação só poderia ocorrer se houvesse, simultaneamente, um aumento proporcional no consumo de ATP hepático. Nas condições metabólicas em que há aumento da síntese de corpos cetónicos, nem todo o acetil-coa formado durante a oxidação em β hepática é oxidado a CO 2. O acetil-coa remanescente, devido à presença das enzimas do ciclo de Lynen e à ativação da síntase de HMG-CoA, é convertido em corpos cetónicos. Por mecanismos onde se destaca a indução/repressão do seu gene, a glicagina ativa e a insulina inibe a síntase da HMG-CoA. A cetogénese é um mecanismo que permite ao fígado oxidar grandes quantidades de ácidos gordos e, ao mesmo tempo, converter parte dos ácidos gordos aí chegados num combustível utilizável pelo cérebro. 11- A produção de protões é concomitante com a síntese de corpos cetónicos e pode provocar crises de cetoacidose nos doentes com diabetes (sobretudo diabetes tipo I) A diabetes tipo I deve-se à incapacidade de produzir insulina por destruição das células β dos ilhéus de Langerhans. Na ausência de terapêutica adequada da diabetes tipo I podem ocorrer crises que cursam com cetose e que, na ausência de tratamento, podem provocar coma e morte. Nestas crises, para além de a glicemia ser elevada, a concentração plasmática de corpos cetónicos pode ser extremamente alta (12 mm ou superior), mas a causa do coma não é propriamente esta concentração elevada de corpos cetónicos. O coma que ocorre nestas circunstâncias deve-se à descida do ph do plasma (acidose), já que os ácidos acetacético e β-hidroxibutírico são sintetizados com os protões respetivos. A acidose deste tipo designa-se de cetoacidose. O pka dos ácidos acetacético e D-β-hidroxibutírico é, em ambos os casos, inferior a 5 o que explica que, ao ph do sangue, estejam predominantemente na forma ionizada; ou seja, aquando da sua formação estes ácidos orgânicos sofrem protólise gerando protões (que baixam o ph) e os respetivos sais acetoacetato e D-β-hidroxibutirato. Durante a cetoacidose do diabético 2 os triacilgliceróis do tecido adiposo acabam convertidos nos ácidos acetacético e β-hidroxibutírico que são libertados para o plasma na forma dos respetivos sais e respetivos protões. 12- Semelhanças e diferenças entre a conversão glicose lactato + H + e a conversão ácidos gordos corpos cetónicos + H + Algumas semelhanças entre a acumulação de ácido láctico durante o esforço muscular intenso e a cetogénese durante o jejum podem ser enfatizadas. Em ambos os casos ocorre (i) catabolismo incompleto de nutrientes (o catabolismo é incompleto porque, quer aquando da formação do ácido láctico, quer aquando da formação dos corpos cetónicos, o ciclo de Krebs e a fosforilação oxidativa não aceleram de forma proporcional à formação de piruvato ou acetil-coa), (ii) acumulando-se intermediários do metabolismo que (iii) têm características ácidas e que (iv) são transportados através das membranas através da ação catalítica de simporters com o protão. 2 Embora a cetoacidose também possa ocorrer na diabetes tipo 2, este tipo de crise é muito mais frequente nos doentes com diabetes tipo 1. A razão da relativa resistência dos doentes com diabetes tipo 2 para terem crises de cetoacidose não está completamente esclarecida, admitindo-se que, nestes doentes, a (baixa) produção de insulina possa ser suficiente para impedir uma produção de corpos cetónicos capaz de fazer baixar o ph plasmático para valores anormais. Página 4 de 5

5 Modificadas as condições que levaram à sua acumulação, (v) diminuem de concentração porque acabam por sofrer oxidação completa (ou, no caso do ácido láctico, também conversão em glicose no fígado). As diferenças referem-se aos órgãos onde se formam e onde são maioritariamente consumidos: no caso dos corpos cetónicos a formação é hepática e o consumo extra-hepático; no caso do lactato a formação é extra-hepática e o consumo é (numa proporção elevada) hepático (ciclo de Cori). Também são diferentes os nutrientes de onde derivam: o lactato forma-se a partir da glicose e os corpos cetónicos a partir dos ácidos gordos. 1. Morris, A. A. (2005) Cerebral ketone body metabolism, J Inherit Metab Dis. 28, Halestrap, A. P. & Price, N. T. (1999) The proton-linked monocarboxylate transporter (MCT) family: structure, function and regulation, Biochem J. 343 Pt 2, Fukao, T., Lopaschuk, G. D. & Mitchell, G. A. (2004) Pathways and control of ketone body metabolism: on the fringe of lipid biochemistry, Prostaglandins Leukot Essent Fatty Acids. 70, Hegardt, F. G. (1999) Mitochondrial 3-hydroxy-3-methylglutaryl-CoA synthase: a control enzyme in ketogenesis, Biochem J. 338 ( Pt 3), Fig. 1: Síntese de corpos cetónicos. Página 5 de 5

METABOLISMO ENERGÉTICO integração e regulação alimentado jejum catabólitos urinários. Bioquímica. Profa. Dra. Celene Fernandes Bernardes

METABOLISMO ENERGÉTICO integração e regulação alimentado jejum catabólitos urinários. Bioquímica. Profa. Dra. Celene Fernandes Bernardes METABOLISMO ENERGÉTICO integração e regulação alimentado jejum catabólitos urinários Bioquímica Profa. Dra. Celene Fernandes Bernardes REFERÊNCIA: Bioquímica Ilustrada - Champe ESTÁGIOS DO CATABOLISMO

Leia mais

Corpos cetônicos. Quais são? A partir de qual composto se formam? Como se formam? Quando se formam? Efeitos de corpos cetônicos elevados?

Corpos cetônicos. Quais são? A partir de qual composto se formam? Como se formam? Quando se formam? Efeitos de corpos cetônicos elevados? Corpos cetônicos Quais são? A partir de qual composto se formam? Como se formam? Quando se formam? Efeitos de corpos cetônicos elevados? Importante saber!!!!!!!!!!!! A partir de qual composto se formam?

Leia mais

BIOSSÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS E TRIACILGLICERÓIS. Bianca Zingales IQ-USP

BIOSSÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS E TRIACILGLICERÓIS. Bianca Zingales IQ-USP BIOSSÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS E TRIACILGLICERÓIS Bianca Zingales IQ-USP Importância dos Lipídios 1. A maior fonte de armazenamento de Energia dos mamíferos 2. Componente de todas as membranas biológicas

Leia mais

Corpos cetônicos e Biossíntese de Triacilglicerois

Corpos cetônicos e Biossíntese de Triacilglicerois Corpos cetônicos e Biossíntese de Triacilglicerois Formação de Corpos Cetônicos Precursor: Acetil-CoA Importante saber!!!!!!!!!!!! http://bloglowcarb.blogspot.com.br/2011/06/o-que-acontece-com-os-lipidios.html

Leia mais

Resumo esquemático da glicólise

Resumo esquemático da glicólise Resumo esquemático da glicólise Destino do piruvato em condições aeróbicas e anaeróbicas Glicólise Fermentação Oxidação completa Em condições aeróbicas o piruvato é oxidado a acetato que entra no ciclo

Leia mais

30/05/2017. Metabolismo: soma de todas as transformações químicas que ocorrem em uma célula ou organismo por meio de reações catalisadas por enzimas

30/05/2017. Metabolismo: soma de todas as transformações químicas que ocorrem em uma célula ou organismo por meio de reações catalisadas por enzimas Metabolismo: soma de todas as transformações químicas que ocorrem em uma célula ou organismo por meio de reações catalisadas por enzimas Metabolismo energético: vias metabólicas de fornecimento de energia

Leia mais

Fontes de Ácidos Graxos. Dieta Estoque de gorduras Síntese de outras fontes

Fontes de Ácidos Graxos. Dieta Estoque de gorduras Síntese de outras fontes Acetil CoA ATP Fontes de Ácidos Graxos Dieta Estoque de gorduras Síntese de outras fontes Lipídios ingeridos da dieta L i Emulsificação Sais biliares Lipases intestinais degradam TCG Mucosa intestinal

Leia mais

Mobilização e Oxidação de Lipídeos

Mobilização e Oxidação de Lipídeos Fontes de ácidos Graxos: Mobilização e xidação de Lipídeos 1. Gorduras da alimentação; 2. Gorduras armazenadas; Fernanda Malagutti Tomé 3. Gorduras recém-sintetizadas. s vertebrados utilizam as três fontes.

Leia mais

METABOLISMO DE CARBOIDRATOS METABOLISMO DOS LIPÍDIOS METABOLISMO DE PROTEÍNAS

METABOLISMO DE CARBOIDRATOS METABOLISMO DOS LIPÍDIOS METABOLISMO DE PROTEÍNAS METABOLISMO DE CARBOIDRATOS METABOLISMO DOS LIPÍDIOS METABOLISMO DE PROTEÍNAS METABOLISMO DE CARBOIDRATOS GLICÓLISE Transporte da Glicose para dentro das Células: Glicose não difunde diretamente para

Leia mais

Digestão e metabolismo energético dos lipídeos. A oxidação do etanol.

Digestão e metabolismo energético dos lipídeos. A oxidação do etanol. Digestão e metabolismo energético dos lipídeos. A oxidação do etanol. Numa refeição normal a massa de glicídeos pode ser cerca de 10 vezes maior que a glicose livre, mas no caso dos lipídeos pode ser 30-40

Leia mais

Graxos. Metabolismo dos Lipídios. Oxidação. Degradação dos Triacilgliceróis is (TG) do Tecido Adiposo. Tecido Adiposo. Tecido Adiposo.

Graxos. Metabolismo dos Lipídios. Oxidação. Degradação dos Triacilgliceróis is (TG) do Tecido Adiposo. Tecido Adiposo. Tecido Adiposo. Lipóle (β-oxida( oxidação) Cetogênese Síntese de Ácidos Graxos Alexandre Havt Metabolmo dos Lipídios Fonte de obtenção Dieta Triacilgliceró Síntese endógena Transporte Excesso de Carboidratos, Proteínas

Leia mais

Bioquímica Nutrição Estrutura, propriedades, digestão, transporte, absorção e oxidação de lipídeos. Prof. Sérgio Henrique

Bioquímica Nutrição Estrutura, propriedades, digestão, transporte, absorção e oxidação de lipídeos. Prof. Sérgio Henrique Bioquímica Nutrição Estrutura, propriedades, digestão, transporte, absorção e oxidação de lipídeos Prof. Sérgio Henrique Bioquímica - aula 7 Estrutura O que são lipídeos (gorduras)? São ácidos graxos ácidos

Leia mais

26/4/2011. Beta-Oxidação de Ácidos Graxos. Principal fonte de Ácidos Graxos são os TRIGLICÉRIDES

26/4/2011. Beta-Oxidação de Ácidos Graxos. Principal fonte de Ácidos Graxos são os TRIGLICÉRIDES Beta-Oxidação de Ácidos Graxos Principal fonte de Ácidos Graxos são os TRIGLICÉRIDES 1 TG constituem mais de 90 % dos lipídios da dieta... TG são sintetizados no FÍGADO e estocados no TECIDO ADIPOSO 2

Leia mais

Introdução e apresentação geral do metabolismo da glicose

Introdução e apresentação geral do metabolismo da glicose Introdução e apresentação geral do metabolismo da glicose Índice 1- O transporte transmembranar e a fosforilação da glicose...1 2- A glicólise e a oxidação da glicose a CO 2...1 3- A oxidação da glicose-6-fosfato

Leia mais

Gliconeogénese e Metabolismo do Glicogénio

Gliconeogénese e Metabolismo do Glicogénio Página 1 de 5 Aulas de grupo 2001-02; Rui Fontes Gliconeogénese e Metabolismo do Glicogénio 1- Gliconeogénese 1- A gliconeogénese é um termo usado para incluir o conjunto de processos pelos quais o organismo

Leia mais

Metabolismo de Carboidratos

Metabolismo de Carboidratos Metabolismo de Carboidratos Curso de Bioqímica para Saúde Coletiva- UFRJ Profa. Dra. Mônica Santos de Freitas 1 Carboidratos Três maiores classes de carboidratos Monossacarídeos- são carboidratos não polimerizados;

Leia mais

Visão geral do metabolismo glicídico

Visão geral do metabolismo glicídico Visão geral do metabolismo glicídico 1. Todas as células do organismo podem usar glicose oxidando-a (processo exergónico) de forma acoplada com a formação de (processo endergónico). a) O catabolismo da

Leia mais

Profa. Alessandra Barone.

Profa. Alessandra Barone. Profa. Alessandra Barone www.profbio.com.br Quando é acionada a lipólise no organismo? ATP? Glicose? Glicólise? Glicogênese? Gliconeogênese? Via das pentoses? Lipídeo: reserva energética em forma de triacilglicerol

Leia mais

Oxidação parcial o que acontece com o piruvato?

Oxidação parcial o que acontece com o piruvato? A glicólise ocorre no citosol das células transforma a glicose em duas moléculas de piruvato e é constituída por uma sequência de 10 reações (10 enzimas) divididas em duas fases. Fase preparatória (cinco

Leia mais

O 2 CO 2 + H 2 O. Absorção da glicose, glicólise e desidrogénase do piruvato. ADP + Pi. nutrientes ATP

O 2 CO 2 + H 2 O. Absorção da glicose, glicólise e desidrogénase do piruvato. ADP + Pi. nutrientes ATP Absorção da glicose, glicólise e desidrogénase do piruvato Em todas as células ocorre continuamente a hidrólise do ATP (formando ADP + a uma velocidade tal que, mesmo em repouso, todo o stock de ATP se

Leia mais

Doenças Metabólicas. Revisão Bioquímica. Bruna Mion

Doenças Metabólicas. Revisão Bioquímica. Bruna Mion Doenças Metabólicas Revisão Bioquímica Bruna Mion GLICÓLISE Glicólise GLICOSE Armazenamento Polissacarídeo Sacarose Glicólise Piruvato ATP Intermediários Via das Pentoses Fosfato Ribose 5 fosfato NADPH

Leia mais

METABOLISMO DOS ÁCIDOS GORDOS

METABOLISMO DOS ÁCIDOS GORDOS METABOLISMO DOS ÁCIDOS GORDOS A IMPORTÂNCA DOS ÁCIDOS GORDOS Do ponto de vista quantitativo, os triacilgliceróis representam 10 % de peso de um animal normal. Estão localizados ao nível do tecido adiposo

Leia mais

MAPA II POLISSACARÍDIOS PROTEÍNAS LIPÍDIOS GLICOSE AMINOÁCIDOS ÁCIDOS GRAXOS. Leu Ile Lys Phe. Gly Ala Ser Cys. Fosfoenolpiruvato (3) Piruvato (3)

MAPA II POLISSACARÍDIOS PROTEÍNAS LIPÍDIOS GLICOSE AMINOÁCIDOS ÁCIDOS GRAXOS. Leu Ile Lys Phe. Gly Ala Ser Cys. Fosfoenolpiruvato (3) Piruvato (3) Ciclo de Krebs MAPA II POLISSACARÍDIOS PROTEÍNAS LIPÍDIOS GLICOSE AMINOÁCIDOS ÁCIDOS GRAXOS Fosfoenolpiruvato (3) Asp Gly Ala Ser Cys Leu Ile Lys Phe Glu Piruvato (3) CO 2 Acetil-CoA (2) CO 2 Oxaloacetato

Leia mais

Metabolismo de Lipídeos

Metabolismo de Lipídeos Universidade de São Paulo Escola de Engenharia de Lorena Departamento de Biotecnologia Curso Engenharia Química Disciplina Bioquimica Metabolismo Energético de Lipídeos Oxidação Completa: Combustível +

Leia mais

Integração do metabolismo - sugestões de respostas 1

Integração do metabolismo - sugestões de respostas 1 Integração do metabolismo - sugestões de respostas 1 Generalidades sobre oxidação de nutrientes 1. A equação que descreve a oxidação completa da glicose é: Glicose (C 6 H 12 O 6 ) + 6 O 2 6 CO 2 + 6 H

Leia mais

Oxidação parcial o que acontece com o piruvato?

Oxidação parcial o que acontece com o piruvato? A glicólise ocorre no citosol das células transforma a glicose em duas moléculas de piruvato e é constituída por uma sequência de 10 reações (10 enzimas) divididas em duas fases. Fase preparatória (cinco

Leia mais

Integração do metabolismo - sugestões de respostas 1

Integração do metabolismo - sugestões de respostas 1 Integração do metabolismo - sugestões de respostas 1 Generalidades sobre oxidação de nutrientes 1. A equação que descreve a oxidação completa da glicose é: Glicose (C 6 H 12 O 6 ) + 6 O 2 6 CO 2 + 6 H

Leia mais

Gliconeogênese. Gliconeogênese. Órgãos e gliconeogênese. Fontes de Glicose. Gliconeogênese. Gliconeogênese Metabolismo dos aminoácidos Ciclo da Uréia

Gliconeogênese. Gliconeogênese. Órgãos e gliconeogênese. Fontes de Glicose. Gliconeogênese. Gliconeogênese Metabolismo dos aminoácidos Ciclo da Uréia Gliconeogênese Metabolismo dos aminoácidos Ciclo da Uréia Gliconeogênese Alexandre Havt Gliconeogênese Fontes de Energia para as Células Definição Via anabólica que ocorre no fígado e, excepcionalmente

Leia mais

Bioquímica Fundamentos da Bioquímica Β-Oxidação. Profª. Ana Elisa Matias

Bioquímica Fundamentos da Bioquímica Β-Oxidação. Profª. Ana Elisa Matias Bioquímica Fundamentos da Bioquímica Β-Oxidação Profª. Ana Elisa Matias Os lipídeos ingeridos são constituídos principalmente por: triacilgliceróis (90% do total), glicerofosfolipídeos (em menor grau),

Leia mais

Funções do Metabolismo

Funções do Metabolismo Universidade Federal de Mato Grosso Disciplina de Bioquímica Conceito de Metabolismo METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS Prof. Msc. Reginaldo Vicente Ribeiro Atividade celular altamente dirigida e coordenada,

Leia mais

QBQ 0230 Bioquímica. Carlos Hotta. Metabolismo integrado do corpo 17/11/17

QBQ 0230 Bioquímica. Carlos Hotta. Metabolismo integrado do corpo 17/11/17 QBQ 0230 Bioquímica Carlos Hotta Metabolismo integrado do corpo 17/11/17 Órgãos especializados: fígado - Garante a síntese de substrato energético para os demais tecidos - Sintetiza e armazena glicogênio

Leia mais

Metabolismo de Lipídeos

Metabolismo de Lipídeos Universidade de São Paulo Escola de Engenharia de Lorena Departamento de Biotecnologia Curso Engenharia Química Disciplina Bioquimica Metabolismo Energético de Lipídeos Oxidação Completa: Combustível +

Leia mais

Acetil CoA e Ciclo de Krebs. Prof. Henning Ulrich

Acetil CoA e Ciclo de Krebs. Prof. Henning Ulrich Acetil CoA e Ciclo de Krebs Prof. Henning Ulrich Glicose + Consumo de 2 ATP 2 Ácidos Pirúvicos + 4H + + Produção de 4 ATP (2C 3 H 4 O 3 ) 2H + são Transportados pelo NAD passando Para o estado reduzido

Leia mais

CICLO DE KREBS. Bianca Zingales IQ-USP

CICLO DE KREBS.   Bianca Zingales IQ-USP CICLO DE KREBS https://www.youtube.com/watch?v=ubzwpqpqm Bianca Zingales IQ-USP G L IC O S E A M IN O Á C ID O S Á C ID O S G R A X O S A sp G ly L eu G lu A la Ile F o sfo e n o lp iru v a to ( ) S er

Leia mais

Oxidação dos ácidos gordos

Oxidação dos ácidos gordos Oxidação dos ácidos gordos 1- Durante o jejum a velocidade de hidrólise dos triacilgliceróis do tecido adiposo excede a velocidade de síntese sendo o glicerol e os ácidos gordos libertados para o plasma

Leia mais

Gliconeogénese. glicose-6-p + H 2 O glicose + Pi (1)

Gliconeogénese. glicose-6-p + H 2 O glicose + Pi (1) Gliconeogénese 1- A palavra gliconeogénese é, num sentido mais estrito, usada para designar colectivamente o conjunto de processos pelos quais o organismo pode converter substâncias não glicídicas (como

Leia mais

Estratégias de regulação do metabolismo. Epinefrina, glucagon e insulina

Estratégias de regulação do metabolismo. Epinefrina, glucagon e insulina Estratégias de regulação do metabolismo Epinefrina, glucagon e insulina Estratégias de regulação do metabolismo Com a participação de enzimas Aula sobre enzimas... Com a participação de hormônios como

Leia mais

Metabolismo energético das células

Metabolismo energético das células Metabolismo energético das células Medicina Veterinária Bioquímica I 2º período Professora: Ms. Fernanda Cristina Ferrari Como a célula produz energia? Fotossíntese Quimiossíntese Respiração Adenosina

Leia mais

Universidade Federal do Pampa Campus Itaqui Bioquímica GLICÓLISE AERÓBICA. Ciclo de Krebs e Fosforilação Oxidativa. Profa.

Universidade Federal do Pampa Campus Itaqui Bioquímica GLICÓLISE AERÓBICA. Ciclo de Krebs e Fosforilação Oxidativa. Profa. Universidade Federal do Pampa Campus Itaqui Bioquímica GLICÓLISE AERÓBICA Ciclo de Krebs e Fosforilação Oxidativa Profa. Marina Prigol 1 Glicólise Anaeróbica RESPIRAÇÃO CELULAR ou GLICÓLISE AERÓBICA:

Leia mais

Metabolismo de Lipídeos

Metabolismo de Lipídeos Outros Exemplos de Mecanismos de Regulação Glicose X Gliconeogênese Regulação da Frutose 6P pela Frutose 2,6 bifosfato FBPase: bifosfatofosfatase (Gliconeogênese) PFK : fosfofrutoquinase (Glicólise) Universidade

Leia mais

Obtenção de Energia. Obtenção de Energia. Obtenção de Energia. Oxidação de Carboidratos. Obtenção de energia por oxidação 19/08/2014

Obtenção de Energia. Obtenção de Energia. Obtenção de Energia. Oxidação de Carboidratos. Obtenção de energia por oxidação 19/08/2014 , Cadeia de Transporte de Elétrons e Fosforilação Oxidativa Prof. Dr. Bruno Lazzari de Lima Para que um organismo possa realizar suas funções básicas: Obtenção de nutrientes. Crescimento. Multiplicação.

Leia mais

Ciclo do Ácido Cítrico ou Ciclo de Krebs ou Ciclo dos Ácidos Tricarboxílicos

Ciclo do Ácido Cítrico ou Ciclo de Krebs ou Ciclo dos Ácidos Tricarboxílicos Ciclo do Ácido Cítrico ou Ciclo de Krebs ou Ciclo dos Ácidos Tricarboxílicos Vias da Respiração Celular NADH Glicólise NADH 2 Ciclo de Krebs Mitocôndria Cadeia transp. elétrons Glicose Piruvato Citosol

Leia mais

Ciclo de Krebs ou Ciclo do ácido cítrico. Prof. Liza Felicori

Ciclo de Krebs ou Ciclo do ácido cítrico. Prof. Liza Felicori Ciclo de Krebs ou Ciclo do ácido cítrico Prof. Liza Felicori VISÃO GERAL Em circunstâncias aeróbicas piruvato é descarboxilado CO 2 C4 + C2 C6 C6 C6 C6 C5 CO 2 CO 2 C5 C4 C4 C4 C4 NAD+ & FAD 3 Íons H-

Leia mais

Universidade Federal do Pampa Campus Itaqui Bioquímica GLICONEOGÊNESE. Profa. Dra. Marina Prigol

Universidade Federal do Pampa Campus Itaqui Bioquímica GLICONEOGÊNESE. Profa. Dra. Marina Prigol Universidade Federal do Pampa Campus Itaqui Bioquímica GLICONEOGÊNESE Profa. Dra. Marina Prigol GLICONEOGÊNESE PROCESSO DE SÍNTESE DE GLICOSE A PARTIR DE COMPOSTOS NÃO GLICÍDICOS OCORRÊNCIA: Citosol do

Leia mais

Metabolismo de Lipídeos: β-oxidação de ácidos graxos

Metabolismo de Lipídeos: β-oxidação de ácidos graxos Metabolismo de Lipídeos: β-oxidação de ácidos graxos Metabolismo de Lipídeos A partir de triglicerídeos Digestão ação da enzima lipase Ativação formação de Acil-Coenzima A Transporte para o interior da

Leia mais

BIOSSÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS E REGULAÇÃO DO METABOLISMO DE GORDURAS

BIOSSÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS E REGULAÇÃO DO METABOLISMO DE GORDURAS BIOSSÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS E REGULAÇÃO DO METABOLISMO DE GORDURAS Se carboidratos, gorduras e proteínas são consumidas em quantidades que excedam as necessidades energéticas, o excesso será armazenado

Leia mais

Epinefrina, glucagon e insulina. Hormônios com papéis fundamentais na regulação do metabolismo

Epinefrina, glucagon e insulina. Hormônios com papéis fundamentais na regulação do metabolismo Epinefrina, glucagon e insulina Hormônios com papéis fundamentais na regulação do metabolismo Epinefrina ou adrenalina Estímulos para a secreção de epinefrina: Perigos reais ou imaginários Exercício físico

Leia mais

PRINCIPAIS VIAS METABÓLICAS

PRINCIPAIS VIAS METABÓLICAS PRINCIPAIS VIAS METABÓLICAS DEGRADAÇÃO DO GLIGOGÊNIO GLICÓLISE VIA DAS PENTOSES FOSFATO GLICONEOGÊNESE SÍNTESE DE CORPOS CETÔNICOS DEGRADAÇÃO DE AMINOÁCIDOS E CICLO DA URÉIA CICLO DE KREBS Β-OXIDAÇÃO DE

Leia mais

12/11/2015. Disciplina: Bioquímica Prof. Dr. Vagne Oliveira

12/11/2015. Disciplina: Bioquímica Prof. Dr. Vagne Oliveira Disciplina: Bioquímica Prof. Dr. Vagne Oliveira 2 1 ATP ADP Glicose (6C) C 6 H 12 O 6 ATP ADP P ~ 6 C ~ P 3 C ~ P 3 C ~ P Pi NAD NADH P ~ 3 C ~ P ADP P ~ 3 C ATP ADP ATP NAD Pi NADH P ~ 3 C ~ P ADP ATP

Leia mais

O cérebro necessita de cerca de 120 g de glicose/dia, isso é mais que a metade de toda a glicose estocada no fígado e músculo.

O cérebro necessita de cerca de 120 g de glicose/dia, isso é mais que a metade de toda a glicose estocada no fígado e músculo. O cérebro necessita de cerca de 120 g de glicose/dia, isso é mais que a metade de toda a glicose estocada no fígado e músculo. Entre as refeições, jejuns ou depois de exercícios físicos vigorosos, o glicogênio

Leia mais

REGULAÇÃO HORMONAL DO METABOLISMO DO GLICOGÊNIO E DE LIPÍDIOS

REGULAÇÃO HORMONAL DO METABOLISMO DO GLICOGÊNIO E DE LIPÍDIOS REGULAÇÃO HORMONAL DO METABOLISMO DO GLICOGÊNIO E DE LIPÍDIOS Tiroxina Epinefrina (adrenalina) Glucagon Insulina Hormônios esteroides: Cortisol (Suprarenal) Progesterona Testosterona Estradiol Aldosterona

Leia mais

Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Ano Lectivo 2010/2011. Unidade Curricular de BIOQUÍMICA II Mestrado Integrado em MEDICINA 1º Ano

Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Ano Lectivo 2010/2011. Unidade Curricular de BIOQUÍMICA II Mestrado Integrado em MEDICINA 1º Ano Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Ano Lectivo 2010/2011 Unidade Curricular de BIOQUÍMICA II Mestrado Integrado em MEDICINA 1º Ano ENSINO PRÁTICO E TEORICO-PRÁTICO 8ª AULA PRÁTICA Determinação

Leia mais

Metabolismo de Carboidratos

Metabolismo de Carboidratos Metabolismo de Carboidratos Curso de Bioqímica para Saúde Coletiva- UFRJ Profa. Dra. Mônica Santos de Freitas 1 Gliconeogênese - Ocorre principalmente no fígado; - Algumas das enzimas utilizadas na síntese

Leia mais

Oxidação dos ácidos gordos

Oxidação dos ácidos gordos Oxidação dos ácidos gordos Oxidação dos ácidos gordos; Rui Fontes Índice 1- O papel dos triacilgliceróis endógenos e dos ácidos gordos na síntese de ATP... 1 2- A libertação de ácidos gordos para o plasma,

Leia mais

Revisão do Metabolismo da Glicose

Revisão do Metabolismo da Glicose Gliconeogênese Revisão do Metabolismo da Glicose Esquema Geral da Glicólise lise 1 açúcar de 6 C 2 açúcares de 3 C A partir deste ponto as reações são duplicadas 2 moléculas de Piruvato (3C) Saldo 2 moléculas

Leia mais

MÓDULO 2 - METABOLISMO. Bianca Zingales IQ-USP

MÓDULO 2 - METABOLISMO. Bianca Zingales IQ-USP MÓDULO 2 - METABOLISMO Bianca Zingales IQ-USP INTRODUÇÃO AO METABOLISMO CARACTERÍSTICAS DO SER VIVO 1- AUTO-REPLICAÇÃO Capacidade de perpetuação da espécie 2- TRANSFORMAÇÃO DE ENERGIA O ser vivo extrai

Leia mais

Metabolismo e Regulação

Metabolismo e Regulação Metabolismo e Regulação PRBLEMAS - Série 1 Soluções 2009/2010 idratos de Carbono (Revisão) e Metabolismo Central 1 R: (α 1 4) (lineares) Ο (α1 6) (pontos de ramificação) 2. R: Locais de glicosilação são

Leia mais

Integração dos metabolismos dos carbohidratos, gorduras e proteínas ao longo do dia e no jejum prolongado

Integração dos metabolismos dos carbohidratos, gorduras e proteínas ao longo do dia e no jejum prolongado Integração dos metabolismos dos carbohidratos, gorduras e proteínas ao longo do dia e no jejum prolongado Índice 1 Introdução... 3 2 Metabolismo no período pós-prandial... 3 2.1 A digestão e absorção dos

Leia mais

Lipídeos e ácidos graxos

Lipídeos e ácidos graxos Lipídeos e ácidos graxos Tópicos de Estudo Lipídeos Lipoproteínas Passos da -oxidação Regulação em estados absortivos, fome e exercício Lipídeos que contem ácidos graxos Ácidos graxos e triacilgliceróis

Leia mais

Gliconeogénese Índice

Gliconeogénese Índice Gliconeogénese Índice 1- Definições de gliconeogénese... 1 2- A produção endógena de glicose e os contributos da glicogenólise e da gliconeogénese hepáticas para o processo.. 2 3- A gliconeogénese renal

Leia mais

BIOLOGIA. Moléculas, células e tecidos. Respiração celular e fermentação Parte 1. Professor: Alex Santos

BIOLOGIA. Moléculas, células e tecidos. Respiração celular e fermentação Parte 1. Professor: Alex Santos BIOLOGIA Moléculas, células e tecidos Parte 1 Professor: Alex Santos Tópicos em abordagem: Parte 1 Respiração celular I Conceitos fundamentais; II Etapas da respiração celular; Parte 2 Respiração celular

Leia mais

METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS - GLICÓLISE

METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS - GLICÓLISE Após a absorção dos carboidratos no intestino, a veia porta hepática fornece glicose ao fígado, que vai para o sangue para suprir as necessidades energéticas das células do organismo. GLICÓLISE principal

Leia mais

β-oxidação de lipídios Ciclo de Lynen

β-oxidação de lipídios Ciclo de Lynen β-oxidação de lipídios Ciclo de Lynen POLISSACARÍDIOS PROTEÍNAS LIPÍDIOS GLICOSE AMINOÁCIDOS ÁCIDOS GRAXOS Fosfoenolpiruvato (3) Asp Gly Ala Ser Cys Leu Ile Lys Phe Glu Lactato Piruvato (3) CO 2 Acetil-CoA

Leia mais

Lipólise e Oxidação dos ácidos gordos

Lipólise e Oxidação dos ácidos gordos Lipólise e Oxidação dos ácidos gordos Índice 1- O papel dos triacilgliceróis endógenos e dos ácidos gordos na síntese de ATP... 1 2- Na hidrólise dos triacilgliceróis do citoplasma dos adipócitos participam

Leia mais

Pâncreas Endócrino. Prof. Dr. Luiz Carlos C. Navegantes. Ramal: 4635

Pâncreas Endócrino. Prof. Dr. Luiz Carlos C. Navegantes. Ramal: 4635 Pâncreas Endócrino Prof. Dr. Luiz Carlos C. Navegantes navegantes@fmrp.usp.br Ramal: 4635 O diabetes mellitus É uma síndrome decorrente da falta de insulina ou da incapacidade de a insulina de exercer

Leia mais

Profª Eleonora Slide de aula. Metabolismo de Carboidratos

Profª Eleonora Slide de aula. Metabolismo de Carboidratos Metabolismo de Carboidratos Metabolismo de Carboidratos Profª Eleonora Slide de aula Condições de anaerobiose Glicose 2 Piruvato Ciclo do ácido cítrico Condições de anaerobiose 2 Etanol + 2 CO 2 Condições

Leia mais

Integração dos metabolismos dos carbohidratos, gorduras e proteínas ao longo do dia e no jejum prolongado

Integração dos metabolismos dos carbohidratos, gorduras e proteínas ao longo do dia e no jejum prolongado Integração dos metabolismos dos carbohidratos, gorduras e proteínas ao longo do dia e no jejum prolongado Índice 1 Introdução... 3 2 Metabolismo no período pós-prandial... 3 2.1 A digestão e absorção dos

Leia mais

Características Metabólicas dos Diferentes Tecidos Metabolismo de Estados Patológicos

Características Metabólicas dos Diferentes Tecidos Metabolismo de Estados Patológicos Características Metabólicas dos Diferentes Tecidos Metabolismo de Estados Patológicos 1 Pâncreas - Função exócrina: Secreção de enzimas líticas - Função endócrina (ilhotas): secreção de insulina e glucagon

Leia mais

Gliconeogénese. glicose-6-fosfato + H 2 O glicose + Pi

Gliconeogénese. glicose-6-fosfato + H 2 O glicose + Pi Gliconeogénese 1- A palavra gliconeogénese é, num sentido mais estrito, usada para designar coletivamente o conjunto de processos pelos quais o organismo pode converter substâncias não glicídicas (como

Leia mais

21/10/2014. Referências Bibliográficas. Produção de ATP. Substratos Energéticos. Lipídeos Características. Lipídeos Papel no Corpo

21/10/2014. Referências Bibliográficas. Produção de ATP. Substratos Energéticos. Lipídeos Características. Lipídeos Papel no Corpo Referências Bibliográficas Livro: McArdle & Katch & Katch. Fisiologia do Exercício: Metabolismo de Lipídeos Durante o Exercício Físico Aeróbico Prof. Dr. Paulo Rizzo Ramires Escola de Educação Física e

Leia mais

Oxidação dos ácidos gordos

Oxidação dos ácidos gordos Oxidação dos ácidos gordos 1- Os ácidos gordos fazem parte da estrutura dos lipídeos das membranas (fosfolipídeos e glicolipídeos) e das lipoproteínas plasmáticas, mas mais de 95% dos ácidos gordos presentes

Leia mais

Metabolismo do azoto dos aminoácidos e ciclo da ureia

Metabolismo do azoto dos aminoácidos e ciclo da ureia Metabolismo do azoto dos aminoácidos e ciclo da ureia 1- Os aminoácidos existentes no sangue e nas células resultam da hidrólise das proteínas endógenas ou das proteínas da dieta. A maior parte dos aminoácidos

Leia mais

Hormonas e mensageiros secundários

Hormonas e mensageiros secundários Hormonas e mensageiros secundários Interrelação entre os tecidos Comunicação entre os principais tecidos Fígado tecido adiposo hormonas sistema nervoso substratos em circulação músculo cérebro 1 Nos mamíferos,

Leia mais

DIGESTÃO DOS LIPÍDIOS

DIGESTÃO DOS LIPÍDIOS DIGESTÃO DOS LIPÍDIOS - A maior parte das gorduras da dieta são predominantemente triacilglicerois 80% Função da bile: Sais biliares Quebra a gordura, aumentando a área total disponível à ação enzimática

Leia mais

MANUAL DA DISCIPLINA DE BIOQUÍMICA CURSO DE FISIOTERAPIA

MANUAL DA DISCIPLINA DE BIOQUÍMICA CURSO DE FISIOTERAPIA MANUAL DA DISCIPLINA DE BIOQUÍMICA CURSO DE FISIOTERAPIA 2017 MÓDULO 2 METABOLISMO 1 Introdução ao Metabolismo METABOLISMO Tópicos para estudo (em casa): 1- Dê as principais características do ser vivo.

Leia mais

Gliconeogénese. glicose-6-fosfato + H 2 O glicose + Pi

Gliconeogénese. glicose-6-fosfato + H 2 O glicose + Pi Gliconeogénese 1- A palavra gliconeogénese é, num sentido mais estrito, usada para designar coletivamente o conjunto de processos pelos quais o organismo pode converter substâncias não glicídicas (como

Leia mais

CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS E FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA COMO AS CÉLULAS SINTETIZAM ATP

CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS E FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA COMO AS CÉLULAS SINTETIZAM ATP CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS E FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA OU COMO AS CÉLULAS SINTETIZAM ATP SINTETIZAM ATP ÀS CUSTAS DA OXIDAÇÃO DAS COENZIMAS NADH E FADH 2 PELO OXIGÊNIO AS COENZIMAS REDUZIDAS SÃO PRODUZIDAS

Leia mais

Metabolismo dos carbohidratos e das gorduras durante o exercício físico

Metabolismo dos carbohidratos e das gorduras durante o exercício físico Metabolismo dos carbohidratos e das gorduras durante o exercício físico Índice 1 Introdução... 2 2 Mecanismos que desencadeiam a contração muscular... 2 2.1 A ativação dos recetores nicotínicos da placa

Leia mais

Aula Neoglicogênese Gliconeogênese

Aula Neoglicogênese Gliconeogênese Aula 22.10.09 Neoglicogênese Gliconeogênese Metabolismo de açúcares Visão Geral Galactose Frutose Ácido láctico Fermentação Glicólise Glicose Piruvato Glicogenólise Gliconeogênese Glicogênese Glicogênio

Leia mais

Síntese de ácidos gordos e triacilgliceróis

Síntese de ácidos gordos e triacilgliceróis Síntese de ácidos gordos e triacilgliceróis 1- O termo lipogénese pode utilizar-se para referir genericamente todos os processos que levam à síntese de lipídeos, quer a partir de compostos não lipídicos,

Leia mais

Glicólise. Professora Liza Felicori

Glicólise. Professora Liza Felicori Glicólise Professora Liza Felicori Glicose Glicose (combustível metabólico) Fígado: Serve como tampão para manter o nível de glicose no sangue (liberação controlada de glicose) Glicose GLICOGÊNIO Estoque

Leia mais

Organelas Transdutoras de Energia: Mitocôndria - Respiração

Organelas Transdutoras de Energia: Mitocôndria - Respiração Universidade de São Paulo Escola de Engenharia de Lorena Departamento de Biotecnologia Organelas: Cloroplasto e Mitocôndria Obtenção de energia para a célula a partir diferentes fontes: Curso: Engenharia

Leia mais

Pode ser polimerizada, estocada, transportada e liberada rapidamente quando o organismo precisa de energia ou para compor estruturas especiais

Pode ser polimerizada, estocada, transportada e liberada rapidamente quando o organismo precisa de energia ou para compor estruturas especiais Pode ser polimerizada, estocada, transportada e liberada rapidamente quando o organismo precisa de energia ou para compor estruturas especiais Precursor de intermediários metabólicos em várias reações

Leia mais

CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS E FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA COMO AS CÉLULAS SINTETIZAM ATP

CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS E FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA COMO AS CÉLULAS SINTETIZAM ATP CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS E FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA OU COMO AS CÉLULAS SINTETIZAM ATP SINTETIZAM ATP ÀS CUSTAS DA OXIDAÇÃO DAS COENZIMAS NADH E FADH 2 PELO OXIGÊNIO AS COENZIMAS REDUZIDAS SÃO PRODUZIDAS

Leia mais

A síndrome do overtraining : características metabólicas da fadiga muscular crônica.

A síndrome do overtraining : características metabólicas da fadiga muscular crônica. Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira A síndrome do overtraining : características metabólicas da fadiga muscular crônica. A síndrome do

Leia mais

Metabolismo de Lipídios MARIA AMÉLIA AGNES BRUNA SOARES AYRES FERNANDA BRUM LACAU LOURDES CARUCCIO HIRSCHMANN

Metabolismo de Lipídios MARIA AMÉLIA AGNES BRUNA SOARES AYRES FERNANDA BRUM LACAU LOURDES CARUCCIO HIRSCHMANN Metabolismo de Lipídios MARIA AMÉLIA AGNES BRUNA SOARES AYRES FERNANDA BRUM LACAU LOURDES CARUCCIO HIRSCHMANN Componentes de sistema de transporte de elétrons no interior da membrana mitocondrial (ubiquinona);

Leia mais

ONDE TENS AS NOÇÕES BÁSICAS DOS METABOLISMOS QUE PRECISAS DE SABER:

ONDE TENS AS NOÇÕES BÁSICAS DOS METABOLISMOS QUE PRECISAS DE SABER: 1 ONDE TENS AS NOÇÕES BÁSICAS DOS METABOLISMOS QUE PRECISAS DE SABER: PRINCIPAIS REACÇÕES E ENZIMAS, LOCAL ONDE OCORREM, PRINCIPAIS SUBSTÂNCIAS REGULADORAS Será que a nossa vida não passa de um metabolismo?

Leia mais

Processo de obtenção de energia das células respiração celular

Processo de obtenção de energia das células respiração celular Processo de obtenção de energia das células respiração celular Lipídeos de armazenamento (Gorduras e óleos) Substâncias que originam ácidos graxos e usadas como moléculas que armazenam energia nos seres

Leia mais

Conversão de energia Mitocôndria - Respiração

Conversão de energia Mitocôndria - Respiração Universidade de São Paulo (USP) Escola de Engenharia de Lorena (EEL) Engenharia Ambiental Organelas: Cloroplasto e Mitocôndria Obtenção de energia para a célula a partir diferentes fontes: Conversão de

Leia mais

A energética celular:

A energética celular: A energética celular: o papel das mitocôndrias e cloroplastos Capitulo 13 (p 427 a 444) e Capitulo 14 Fundamentos da Biologia Celular- Alberts- 2ª edição A energética celular Como já vimos anteriormente

Leia mais

GLICÉMIA E CETONÉMIA A. GLICÉMIA E GLICOSÚRIA

GLICÉMIA E CETONÉMIA A. GLICÉMIA E GLICOSÚRIA GLICÉMIA E CETONÉMIA A. GLICÉMIA E GLICOSÚRIA A glucose é o principal açúcar existente no sangue, que serve como "fonte de energia" aos tecidos. A glicémia é a taxa de glucose existente no sangue, e o

Leia mais

METABOLISMO DE LIPÍDEOS

METABOLISMO DE LIPÍDEOS METABOLISMO DE LIPÍDEOS 1. Β-oxidação de ácidos graxos - Síntese de acetil-coa - ciclo de Krebs - Cadeia transportadora de elétrons e fosforilação oxidativa 2. Síntese de corpos cetônicos 3. Síntese de

Leia mais

Síntese de ácidos gordos e triacilgliceróis

Síntese de ácidos gordos e triacilgliceróis Síntese de ácidos gordos e triacilgliceróis Síntese de ácidos gordos e triacilgliceróis; Rui Fontes Índice 1- Definições de lipogénese... 1 2- Tecidos e órgãos onde a lipogénese de novo pode ter relevância...

Leia mais

Metabolismo CO 2 + H 2 O O 2 + CH 2 O

Metabolismo CO 2 + H 2 O O 2 + CH 2 O Metabolismo CO 2 + H 2 O O 2 + CH 2 O Glicólise Glicólise A via de Embden-Meyerhof (Warburg) Essencialmente todas as células executam a glicólise Consiste em dez reacções iguais em todas as células

Leia mais

1. Produção de Acetil-CoA. 2. Oxidação de Acetil-CoA. 3. Transferência de elétrons e fosforilação oxidativa

1. Produção de Acetil-CoA. 2. Oxidação de Acetil-CoA. 3. Transferência de elétrons e fosforilação oxidativa CICLO DE KREBS OU DO ÁCIDO CÍTRICO 1. Produção de Acetil-CoA 2. Oxidação de Acetil-CoA 3. Transferência de elétrons e fosforilação oxidativa CICLO DE KREBS OU DO ÁCIDO CÍTRICO 1. Produção de Acetil-CoA

Leia mais

Aula de Bioquímica II SQM Gliconeogênese Glicogênio: Glicogenólise, Síntese e Regulação

Aula de Bioquímica II SQM Gliconeogênese Glicogênio: Glicogenólise, Síntese e Regulação Aula de Bioquímica II SQM04242015201 Bacharelado em Ciências Físicas e Biomoleculares Temas: Gliconeogênese Glicogênio: Glicogenólise, Síntese e Regulação Prof. Dr. Júlio César Borges Depto. de Química

Leia mais

Anderson Guarise Cristina Haas Fernando Oliveira Leonardo M de Castro Sergio Vargas Júnior

Anderson Guarise Cristina Haas Fernando Oliveira Leonardo M de Castro Sergio Vargas Júnior Anderson Guarise Cristina Haas Fernando Oliveira Leonardo M de Castro Sergio Vargas Júnior Respiração Celular Glicólise Ciclo do Ácido Cítrico (CAC) Fosforilação oxidativa (Fox) Respiração Celular Glicólise

Leia mais

Membrana interna. Cristas. Matriz Membrana externa. P i P i P i. 7,3 kcal/mol 7,3 kcal/mol 3,4 kcal/mol

Membrana interna. Cristas. Matriz Membrana externa. P i P i P i. 7,3 kcal/mol 7,3 kcal/mol 3,4 kcal/mol BIEERGÉTIA a célula milhares de compostos estão a ser sintetizados e degradados em simultâneo. Metabolismo: é o conjunto de todas as reacções envolvidas na manutenção deste estado dinâmico. o geral as

Leia mais