Disciplina de Parasitologia

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1 Disciplina de Parasitologia Curso de Medicina 2018 Tema: Esquistossomose mansônica e Fasciolose Profa. Dra. Juliana Quero Reimão

2 Esquistossomose Generalidades Esquistossomíae, esquistossome ou bilharziose Theodor Bilharz (1852); Pirajá da Silva (1908) Múmias egípcias (1.250 a.c.) Doença crônica causada por platelmintos parasitas do gênero Schistosoma É a mais grave forma de parasitose por organismo multicelular Agentes etiológicos Seis espécies: Schistosoma mansoni América do Sul, Caribe e África, Oriente Médio Schistosoma haematobium África e Oriente médio Schistosoma intercalatum África Central e Ocidental (focalmente) Schistosoma japonicum Indonésia, Índia e Filipinas Schistosoma meckongi Sudeste asiático (focalmente) Schistosoma malayensis Malásia

3 Distribuição mundial Esquistossomose mansônica 80 milhões de casos 54 países Caribe, Brasil, Suriname e Venezuela

4 vermes adultos Schistosoma mansoni Características Filo Platyhelminthes Simetria bilateral Corpo achatado dorsoventralmente ovo miracídio Dimorfismo sexual Ciclo heteroxênico HD: homem, roedores e primatas HI: caramujos do gênero Biomphalaria Diferentes formas de vida cercária

5 Vermes adultos Características 2 ventosas (oral e ventral) Estrutura de fixação Tegumento renova-se continuamente Incorporam proteínas do hospedeiro Camuflagem sistema imune Macho Extremidade anterior cilíndrica Espinhos Corpo enrola-se ventralmente Canal ginecóforo Fêmea Delgada e cilíndrica Tegumento liso Se aloja no canal ginecóforo Macho: 1 cm Fêmea: 1,6 cm

6 Vermes adultos macho fêmea macho e fêmea acasalados canal ginecóforo Vivem em média 3 a 10 anos

7 Vermes adultos Veias mesentéricas

8 Ovo Características Oval Espícula lateral Casca rígida e porosa Entrada de nutrientes Liberação de substâncias Responsável pela resposta inflamatória Liberados nas fezes ~300 ovos/dia/fêmea Viáveis por 2 a 5 dias Não suportam dessecação Eclosão Contato com a água doce Liberação do miracídio 100 a 180 µm Capilares obstruídos por ovos

9 Miracídio vermes adultos Características Epitélio ciliado Papilas sensoriais (fototropismo) Glândulas de penetração cercária ovo esporocisto miracídio Miracídio

10 Cercária Características Cauda bifurcada 2 ventosas Papilas sensoriais Fototropismo Atraídas por ácidos graxos e peptídeos humanos Glândulas de penetração corpo Penetração na pele cauda bifurcada Após a penetração na pele, a cauda é deixada para trás No homem, seu corpo transforma-se no esquistossômulo

11 Esquistossômulo Penetração nos vasos sanguíneos Levados pela corrente circulatória Coração Pulmões Sistema porta hepático esquistossômulo adultos Vermes adultos Acasalamento Oviposição Ovos nas fezes após 6 a 8 semanas esquistossômulo

12 Esquistossômulo epiderme membrana basal derme esquistossômulo vaso sanguíneo 5 min após penetração 10 min após penetração 20 min após penetração

13 Ciclo de vida água sangue esporocisto cercária esquistossômulo miracídio vermes adultos água ovos ovos fezes

14 Hospedeiros intermediários Características Molusco pulmonado Concha espiral plana Vive em água doce Família Planorbidae Gênero Biomphalaria Espécies mais importantes Biomphalaria glabrata Biomphalaria tenagophila Biomphalaria straminea Eliminam cerca de 150 mil cercárias 2 mil/dia Biomphalaria glabrata Biomphalaria tenagophila Biomphalaria straminea

15 Biomphalaria tenagophila Distribuição espacial da Biomphalaria sp. no Brasil Biomphalaria glabrata Biomphalaria straminea

16 Coleções hídricas Criadouros Valas alagadas ou represamentos (lagoas de coceira)

17 Esquistossomose no Brasil

18 Esquistossomose no Brasil 6 milhões de casos 12 Estados

19 Número de casos Esquistossomose no Estado de SP Declínio do número de casos Áreas de baixa prevalência Baixa carga parasitária Pequena quantidade de parasitas Poucos ovos nas fezes Dificuldade no diagnóstico Ano

20 Esquistossomose A infecção

21 vermes migram para as veias mesentéricas ovos eliminados nas fezes vermes adultos formam pares Ovos retidos no fígado FASE CRÔNICA esquistossômulos no fígado esquistossômulos esquistossômulos migram até o coração (esq.) FASE AGUDA esquistossômulos migram para o pulmão cercárias ovo miracídio esporocisto

22 Classificação clinicopatológica Dermatite cercariana Esquistossomose aguda (febre de Katayama) Esquistossomose crônica Forma intestinal Forma hepatoesplênica Complicações Hipertensão pulmonar Cor pulmonale Neuroesquistossomose Veia porta Veias mesentéricas

23 Fase aguda Dermatite cercariana Penetração das cercárias Manifestações alérgicas locais Depende do nº de parasitos e da sensibilidade do hospedeiro Febre de Katayama Após 16 a 90 dias da contaminação Migração dos esquistossômulos Deposição de imunocomplexos em diversos órgãos Febre, cefaleia, prostação, anorexia e náuseas Tosse e broncoespasmos Dores abdominais e diarreia Eosinofilia Pode ser assintomática Dermatite cercariana Esquistossômulo no pulmão

24 Fibrose causada pelos granulomas Fase crônica Forma intestinal Dores abdominais Diarreia intermitente Muco ou sangue nas fezes Lesões pseudoneoplásicas do cólon Granulomas intestinais Pode ser assintomática Forma hepatointestinal Sintomas digestivos + aumento do fígado Decorre da obstrução do fígado fibrose Causada pelo acúmulo de granulomas Ao redor dos ovos e vermes adultos Granuloma hepático

25 Fase crônica Forma hepatoesplênica Agravamento da fibrose hepática hipertensão portal ascite Congestão passiva do baço formação de circulação colateral (ligando a circulação portal à sistêmica) Pode levar a hemorragias maciças rompimento de varizes esofágicas Varizes esofágicas Circulação colateral

26 Complicações da esquistossomose Ovos/vermes levados para os pulmões Causam fibrose pulmonar Leva ao aumento da resistência ao fluxo de sangue Aumento da pressão sanguínea Insuficiência cardíaca (Cor pulmonale) Cianose Oxigenação deficiente Pele, dedos e mucosas arroxeadas Nódulo pulmonar Verme adulto em parênquima pulmonar Tomografia computadorizada de tórax

27 Complicações da esquistossomose Ovos/vermes levados à medula espinhal Processos inflamatórios e fibróticos Mielorradiculopatia esquistossomótica Paralisia

28 Diagnóstico Suspeita Contato prévio com área endêmica Técnicas laboratoriais Exame parasitológico de fezes (ovos) Eclosão de miracídios Biópsia retal pacientes crônicos Métodos sorológicos Molecular Diagnóstico por imagem Ultrassonografia de abdômen (casos de fibrose hepática) Radiografia de tórax (casos de hipertensão pulmonar) Endoscopia (casos de varizes esofágicas) Ressonância magnética (casos de mielopatia)

29 Tratamento Praziquantel 60 mg/kg (dose única) por via oral Índice de cura: >70% Efeitos adversos leves e transitórios Oxaminiquine Não disponível no mercado nacional 15 mg/kg (dose única) por via oral Efeitos colaterais Sonolência, tontura e convulsões Controle de cura 4 meses após o tratamento 3 exames de fezes ou biópsia retal negativos

30 Prevenção e controle Estratégias 1. Evitar o contato dos indivíduos com a água contaminada 2. Evitar a contaminação da água com os ovos de S. mansoni Medidas 1. Controle do caramujo 2. Tratamento dos casos humanos 3. Saneamento básico 4. Educação em saúde Crianças com cartilhas sobre esquistossomose

31 Atualidades Vacina contra a esquistossomose Desenvolvida pela FIOCRUZ A próxima fase envolve 350 pessoas numa área com alta presença da doença no Senegal e também no nordeste brasileiro.

32 Fasciolose Fasciola hepatica

33 Fasciolose Agente etiológico Fasciola hepatica Características Pertencem ao Filo Platyhelminthes Hermafroditas Ciclo heteroxênico HD: herbívoros Carneiros, bovinos, veados, coelhos e outros Ocasionalmente o homem HI: caramujos do gênero Lymnaea

34 Fasciolose Distribuição mundial 2 a 17 milhões de casos Sul da Europa Norte da África Cuba Irã Alguns países da América do Sul Bolívia, Brasil, Peru, Chile, Argentina, Uruguai, Colômbia e Venezuela Brasil Menos de 100 casos humanos foram relatados Em bovinos: prevalência de 70% (região sul) Prevalência em bovinos (%)

35 Ciclo de vida Ingestão Adultos vivem no trato biliar Hospedeiros definitivos Ovos (fezes) metacercárias encistamento miracício cercárias rédias Lymnaea sp. esporocisto

36 Hospedeiro intermediário 20 espécie do gênero Lymnaea Principais no Brasil: Lymnaea columella Lymnaea viatrix Concha em espiral Lymnaea sp.

37 Vermes adultos Ventosa oral Aspecto foliáceo Ventosa ventral 20 a 30 mm Ventosas oral e ventral Vivem na vesícula e canais biliares dos vertebrados

38 Vermes adultos Sistema digestório Órgãos reprodutores femininos Hermafroditas Órgãos reprodutores masculinos

39 Ovos Eliminados nas vias biliares Caem no lúmen intestinal Eliminados nas fezes Água doce Miracídio eclode através do opérculo 140 µm x 80 µm

40 Miracídios Nadam em busca dos hospedeiros intermediários Penetram a cavidade pulmonar do caramujo Se transformam em esporocisto, rédias e cercárias

41 Cercárias As rédias dão origem a inúmeras cercárias Extremidade caudal não bifurcada Encistam-se em folhas aquáticas Metacercárias Rédia Cercária Metacercária cercárias

42 Aspectos clínicos Quando presente nos dutos biliares Lesão da mucosa biliar Inflamação dos dutos biliares Fasciola hepatica no fígado Quando presente no fígado Migração Hepatite traumática Hemorragia Fibrose baratinha do fígado Maioria é assintomática Casos sintomáticos Hepatomegalia dolorosa, febre, fenômenos alérgicos ou asma

43 Aspectos clínicos Ultrassonografia dos canais biliares J Clin Imaging Sci 2012, 2:2

44 Diagnóstico Pesquisa de ovos nas fezes Tratamento Nitazoxanida 500 mg a cada 12 horas por 7 dias, via oral Metronidazol 250 mg a cada 8 horas por 3 semanas, via oral Triclabendazol 10 mg/kg em dose única, via oral Não disponível no Brasil

45 Prevenção e controle Controle das populações de Lymnaea sp. Moluscicidas Drenagem de pastagens alagadas Controle biológico Criação do molusco Solicitoides sp (predador) Não usar adubo animal Tratamento do gado Tratamento e filtração da água de consumo Educação em saúde Consumo de agrião

46 Prevenção e controle Plantação de agrião Áreas alagadas Presença do molusco Gado, cabras ou ovelhas Medidas profiláticas: Impedir o acesso dos animais Evitar o consumo de agrião cultivado em áreas alagadas

47 Resumo: Estágios de vida dos Trematódeos Biomphalaria Lymnaea

48 Dúvidas? Sugestão de bibliografia para estudo: Livro: Parasitologia Contemporânea Autor: Marcelo Urbano Ferreira

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