ATA Nº 27 REUNIÃO ORDINÁRIA DE 23 DE DEZEMBRO DE PRESIDÊNCIA: Roberto Lúcio Silva Pereira Monteiro

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1 ATA Nº 27 REUNIÃO ORDINÁRIA DE 23 DE DEZEMBRO DE 2014 PRESIDÊNCIA: Roberto Lúcio Silva Pereira Monteiro VEREADORES PRESENTES: Tibério Manuel Faria Dinis, Paula Cristina Pereira de Azevedo Pamplona Ramos, Elmano Manuel Vieira Nunes, Maria Judite Gomes Parreira e Paulo Noval Frederico FALTAS JUSTIFICADAS: Osório Meneses da Silva HORA DE ABERTURA: 10H00M Aos vinte e três dias do mês de dezembro do ano de dois mil e catorze, no edifício dos Paços do Concelho, reuniu a Câmara Municipal da Praia da Vitória, sob a Presidência de Roberto Lúcio Silva Pereira Monteiro, estando presentes os Vereadores Tibério Manuel Faria Dinis, Paula Cristina Pereira de Azevedo Pamplona Ramos, Elmano Manuel Vieira Nunes, Maria Judite Gomes Parreira e Paulo Noval Frederico A reunião foi secretariada por Maria da Conceição Leal de Lima, Chefe da Divisão Administrativa e Jurídica E sendo a hora designada para o início dos trabalhos e verificando-se haver quórum para o funcionamento do Executivo, tendo os membros presentes ocupado os seus lugares, o Excelentíssimo senhor Presidente declarou aberta a reunião De seguida o Executivo deliberou, por votação secreta, considerar justificada a falta de comparência à reunião PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA Ao dar início aos trabalhos o senhor Presidente deu a palavra aos Vereadores para eventuais intervenções A Vereadora Maria Judite Parreira referiu que tinha duas questões a colocar. Uma das questões vem no âmbito da abordagem que lhe foi feita por uma pessoa que tem intenção de investir num hostel, no Concelho. Assim, o interessado pretendia saber que apoio a Câmara poderia disponibilizar, em termos de orientação, tendo o senhor Presidente retorquido que a Câmara estava disponível para dar todo o apoio, aliás tem Ata nº 27 /2014 Página 1 de 11

2 tido, como prioridade atender todas as pessoas, em audiências, que têm ideias ou projetos para investimento no Concelho e tem acompanhado todas essas situações O senhor Presidente prosseguiu salientando que, no caso em apreço, poderia ajudar a identificar alguns locais para esse fim, pois foi feito um levantamento dos espaços que estão à venda, ou para arrendar e o valor pretendido. Para além desta informação, e à semelhança dos casos que já acompanhou, facilita os contatos com o Governo Regional no sentido de saber quais os incentivos disponíveis A outra questão abordada pela Vereadora Maria Judite Parreira tem a ver com a situação do comércio local, tendo esta manifestado tristeza pelas palavras ditas na Assembleia Municipal, por parte da Câmara, sobre esta questão. Salientou ainda que ouviu, na comunicação social, a tomada de posição dos comerciantes e ouviu também a resposta que o senhor Presidente deu e que, na sua opinião, saiu elegantemente da situação Sobre esta questão o senhor Presidente referiu que os Vereadores presentes do Partido Social Democrata não estiveram na Assembleia Municipal, porque se estivessem lá estado sabiam que o que saiu no jornal não corresponde textualmente ao que se passou. Assim, disse que o que passou na Assembleia Municipal foi uma intervenção de fundo, sobre a situação do comércio tradicional, que durou cerca de três quartos de hora, onde caracterizou todos os problemas, a sua origem, o que é que foi feito, por uma e outra parte, e o que poderá ser feito no futuro. No entanto, o que saiu na imprensa foram algumas palavras descontextualizadas do que foi dito, até porque o que foi mencionado no abaixo-assinado dos comerciantes foi referido, pela Câmara, na Assembleia Municipal, sobre a caracterização daquilo que aconteceu na Praia Continuou dizendo que, no entanto, é claramente verdade a impossibilidade dos próprios comerciantes se conseguirem associar, pois nem a Câmara do Comércio consegue fazer uma reunião com os mesmos. Acrescentou que a Câmara pagou a um consultor que foi loja a loja, e identificou o que é que tinha de ser feito, nomeadamente, alternativas de novas parcerias para se dinamizarem e, entregou isso diretamente a cada comerciante e não à Câmara, porque uma coisa é aquilo que a Câmara pode fazer para facilitar e outra coisa é a Câmara intrometer-se nos negócios dos mesmos Destacou, ainda, que quando foi mencionada, na Assembleia Municipal, a questão da passividade, elogiou seis a sete comerciantes, e isso não saiu no jornal, mas foram pessoas que dinamizaram os seus estabelecimentos e fizeram investimentos Prosseguiu dizendo que no próximo mês de janeiro a Câmara vai convocar todos os comerciantes, que se encontram dentro do perímetro da Cidade, para uma reunião, com vista a trabalhar-se num processo onde vai ficar definido e publicado, o que compete à Câmara fazer e o que compete aos comerciantes fazerem. Um dos projetos a apresentar vai convergir numa candidatura ao Urbanismo Integrado Sustentável, que se vai traduzir quer em financiamento para os comerciantes, quer em financiamento para a Câmara. Por outro lado a Câmara está a trabalhar numa outra situação, o que ainda não pode ser divulgado, mas é no sentido da aposta nas lojas âncora, para trazer movimento ao centro da Cidade. Para além disso, no próximo ano, será aberta a circulação na Praça Francisco Ornelas da Câmara A Vereadora Maria Judite Parreira referiu que, no seu entender, é importante retirar ilações daquilo que se passou e, o importante é reunir com os comerciantes para Ata nº 27 /2014 Página 2 de 11

3 que sejam eles também a falar, ao que o senhor Presidente esclareceu que os mesmos foram convidados para trabalhar com a Câmara no programa de Natal, mas não apareceram A Vereadora Maria Judite Parreira salientou que os comerciantes têm de ser apoiados ao longo do ano, porque o Natal é por si uma época privilegiada para as compras. Para além disso os comerciantes sentem-se um pouco tristes, porque, a maior parte deles herdou os seus negócios e foram, ao longo dos tempos, tentando manter os seus negócios e agora vêm-se preteridos por pessoas que vão começar a ser comerciantes. Acrescentou que, na sua opinião, não foi bem entendido o apoio que se vai dar às empresas que agora vão aparecer Continuou dizendo que essas situações têm de ser bem articuladas com os comerciantes e passar muito pelo diálogo. No entanto, apesar do comércio ter sofrido algumas alterações, nomeadamente com a vinda dos indianos, dos chineses, com as compras pela internet e, até primeiro, com a vinda das grandes superfícies, isso acontece em todas as cidades, e a verdade é que Angra, mesmo com essas contrariedades, está cheia de gente Quanto a essa questão o senhor Presidente disse que em Angra os comerciantes também se queixam e só em algumas lojas é que a situação está bem, tendo a Vereadora Maria Judite Parreira retorquido que o senhor Presidente é que prometeu trazer cerca de dez mil pessoas para a Cidade Sobre essa afirmação o senhor Presidente respondeu que quem prometeu trazer dez mil pessoas para a cidade foi o Dr. José Fernando Gomes, quando apresentou o Plano de Expansão da Cidade, na última semana antes das eleições, e isso até foi defendido pelo arquiteto Carlos Marques que concebeu o projeto Para além disso o senhor Presidente salientou que o Partido Social Democrata disse algumas coisas no comunicado que não são verdade, como é o caso do atraso de pagamentos a fornecedores, tendo a Vereadora Maria Judite Parreira reconhecido que já foi feito um esforço nesse sentido, mas que de acordo com os dados oficiais os pagamentos são feitos acima de noventa dias e que há uma diferença em relação a Angra e à Praia O senhor Presidente esclareceu que a lei dos compromissos refere que o valor tem se ser pago até noventa dias, da data da fatura e tem de ser reduzido mês a mês, ao que a Vereadora Maria Judite Parreira questionou como é possível haver câmaras com prazos de pagamento muito inferiores aos da Praia. Sobre esta questão o senhor Presidente respondeu que essas câmaras não fizeram nada a nível de investimentos, e que os grandes investimentos feitos em Angra, Ponta Delgada e Horta foram feitos pelo Governo Regional A Vereadora Maria Judite Parreira disse que se esse investimento põe em causa a equidade intergeracional, têm razão naquilo que estão a dizer Ainda sobre as declarações feitas, no comunicado do Partido Social Democrata, o senhor Presidente salientou que é um disparate dizerem que o dinheiro não circula na economia local porque a Câmara está atrasada nos pagamentos aos fornecedores, tendo a Vereadora Maria Judite Parreira referido que isso é lógico atendendo às dificuldades financeiras que estão a atravessar Ata nº 27 /2014 Página 3 de 11

4 O Vereador Tibério Dinis reforçou que a Câmara tem tentado liderar o processo para dinamizar o comércio, e tem contado com o apoio da Câmara do Comércio. Para isso, têm sido realizadas reuniões em que aparecem seis comerciantes e apenas um do comércio da Rua de Jesus. Para além disso, a Câmara do Comércio tem tido muitas dificuldades na Praia, cujo número de associados tem decaído, havendo mais associadas das freguesias do que do centro da Praia, e a exemplo, disso, foram poucos os que aderiram à Campanha Açores A Vereadora Maria Judite Parreira reconheceu que os comerciantes estão de tal modo deprimidos que estão inertes, não têm capacidade para avançar, e precisam de muita ajuda O senhor Presidente disse que a Câmara fez aquilo que lhe dizia respeito, ou seja, em dois mil e sete/dois mil e oito houve uma reunião em que ficou definido o que competia à Câmara fazer, e o problema indicado, como número um, era a necessidade de um parque de estacionamento urbano, e isso foi feito. Depois pretendiam reduzir o espaço de circulação automóvel, o que também se fez, e agora querem novamente os carros a circular, entre outras situações Prosseguiu dizendo que o Gabinete de comunicação da Câmara propôs, aos comerciantes, fazer um boletim mensal, de promoções no comércio no centro histórico da Praia, e bastava aos mesmos apenas indicar os seus produtos, mas não se conseguiu avançar porque os comerciantes não se associaram O Vereador Paulo Frederico salientou que, como muitos dos negócios são provenientes de uma herança não quer dizer que essas pessoas estejam preparadas, pelo que têm de ser ajudados O senhor Presidente terminou realçando que, como disse na comunicação social, no início de janeiro vai reunir com os comerciantes, mas para isso é necessário que os mesmos participem PERÍODO DA ORDEM DO DIA A Câmara tomou conhecimento dos seguintes documentos: Listagem de licenciamentos de obras particulares devidamente concluídos, a qual faz parte integrante desta ata (01/27) JUSTIFICAÇÃO DE FALTA DO VEREADOR OSÓRIO MENESES DA SILVA: Requerimento datado de 11 de dezembro corrente, de Osório Meneses da Silva, comunicando, nos termos dos números 1 e 2 do artigo 78º da Lei nº 169/99, de 18 setembro, alterada e republicada pela Lei número 5-A/2002, de 11 de janeiro, que por motivo de férias, não pode estar presente na reunião camarária ordinária de 23 de dezembro Ata nº 27 /2014 Página 4 de 11

5 A Câmara tomou conhecimento (02/27) ROBERTO LÚCIO SILVA PEREIRA MONTEIRO ACUMULAÇÃO DE FÉRIAS PARA 2015: Requerimento datado de 4 de dezembro em curso, de Roberto Lúcio Silva Pereira Monteiro, Presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, comunicando a acumulação de 7 dias de férias a que tem direito, para o ano de 2015, nos termos do disposto no Estatuto dos Eleitos Locais A Câmara tomou conhecimento (03/27) PAULA CRISTINA PEREIRA DE AZEVEDO PAMPLONA RAMOS ACUMULAÇÃO DE FÉRIAS PARA 2015: Requerimento datado de 3 de dezembro em curso, de Paula Cristina Pereira de Azevedo Pamplona Ramos, Vice-Presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, comunicando a acumulação dos 26 dias de férias a que tem direito, para o ano de 2015 por conveniência de serviço, nos termos do disposto no Estatuto dos Eleitos Locais A Câmara tomou conhecimento (04/27) OSÓRIO MENESES DA SILVA COMUNICAÇÃO / ACUMULAÇÃO DE FÉRIAS PARA 2015: Requerimento datado de 3 de dezembro corrente, do Vereador Osório Meneses da Silva, comunicando, nos termos do disposto no artigo 14.º da Lei n.º 29/87, de 30 de junho, com as posteriores alterações, que irá gozar 14 dias de férias, no período de 22 de dezembro de 2014 a 04 de janeiro de 2015, bem como a acumulação dos restantes 18 dias de férias para o ano de 2015, nos termos do disposto no Estatuto dos Eleitos Locais A Câmara tomou conhecimento (05/27) PROPOSTA DE ANULAÇÃO DE APOIO MONETÁRIO DELIBERADO EM REUNIÃO DE CÂMARA MUNICIPAL DE 2 DE FEVEREIRO DE 2010, ATRIBUÍDO À ASSOCIAÇÃO DE ESTUDANTES DA ESCOLA VITORINO NEMÉSIO NO ÂMBITO DO FUNDO DE COESÃO RURAL: Proposta n.º I/1531/2014, datada de 5 de dezembro em curso, do Vereador com competência delegada, Dr. Tibério Dinis, do seguinte teor: Considerando que foi deliberado em reunião de Câmara Municipal de 02 de fevereiro de 2010 o apoio monetário no valor de 551,70 no âmbito do fundo coesão rural de 2010 à Associação de Estudantes da Escola Vitorino Nemésio Considerando o términus dos prazos legais aplicáveis e a falta de documentação por parte da referida associação Ata nº 27 /2014 Página 5 de 11

6 Propõe-se que a Câmara Municipal delibere aprovar a anulação do apoio monetário deliberado na reunião supra mencionada para posterior anulação do compromisso Sobre este ponto o senhor Presidente explicou que se tentou concretizar a atribuição deste apoio, porém isso nunca foi possível. Para além disso as associações de estudantes mudam todos os anos, o que dificultou o processo A Vereadora Maria Judite Parreira salientou que, naturalmente, iam votar favoravelmente este ponto, no entanto, e como foi dito pelo senhor Presidente, a duração de uma associação de estudantes é de, apenas, um ano e este pedido data de dois mil e dez Prosseguiu dizendo que quando são feitos estes pedidos, habitualmente, são para apoio a visitas de estudo, ou para passeios, pelo que estes dinheiros são mesmo necessários, só que, como são crianças provavelmente tiveram dificuldades em saber qual o caminho a seguir e a documentação a apresentar. Desse modo sugeriu que fossem os próprios serviços administrativos da Câmara a apoiarem as associações No que concerne a esta questão o senhor Presidente respondeu que tem ideia que essa ação nem se concretizou e que os serviços tentaram resolver o processo A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a proposta em causa (06/27) PROPOSTA DE ANULAÇÃO DE APOIOS EM ESPÉCIE DELIBERADOS EM REUNIÕES DE CÂMARA MUNICIPAL DE 14 DE FEVEREIRO DE 2012 E DE 27 DE AGOSTO DE 2013, ATRIBUÍDOS NO ÂMBITO DO REGULAMENTO MUNICIPAL DO DESPORTO: Proposta n.º I/1555/2014, datada de 17 de dezembro corrente, do senhor Presidente da Câmara Municipal, do seguinte teor: Considerando que foram deliberados em reunião de Câmara Municipal de 14 de fevereiro de 2012 (época 2011/2012) e em reunião de Câmara Municipal de 27 de agosto de 2013 (época 2012/2013) apoios em espécie no âmbito do Regulamento Municipal do Desporto; Considerando que as requisições abaixo mencionadas não deram origem ao respetivo documento de despesa; Considerando que esses valores totalizam 2.057,11; Propõe-se que a Câmara Municipal delibere aprovar a anulação dos apoios em espécie deliberados nas reuniões supra mencionadas para posterior anulação das seguintes requisições: Época 2011/2012: Requisição n.º 784/2012, no valor de 309,75; Requisição n.º 998/2012, no valor de 450,12; Requisição n.º 1000/2012, no valor de 450,12; Requisição n.º 415/2013, no valor de 374,80; Apoios em espécie à Associação de Jovens da Fonte do Bastardo Época 2012/2013: Requisição n.º 294/2014, no valor de 472,32; Apoio em espécie ao União Desportiva Praiense Ata nº 27 /2014 Página 6 de 11

7 Quanto a este ponto o senhor Presidente explicou que quando se resolveu alterar, no mandato anterior, o Regulamento de Apoio ao Desporto, foi porque se começou a aperceber que os clubes utilizavam a verba atribuída, destinada à formação, para pagarem aos seniores. Assim, para tentar resolver essa situação, fez-se uma alteração ao Regulamento, contemplando uma parte do apoio em espécie e uma parte em dinheiro, sendo contemplada nos apoios em espécie a obrigatoriedade dos clubes comprarem os materiais desportivos. Todavia, verificou-se que os clubes não adquiriram esses materiais, pelo que é proposta a anulação desses casos A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a proposta em apreço (07/27) PROPOSTA DE AUMENTO DE FUNDOS DISPONÍVEIS NO ÂMBITO DO CONTRATO PROGRAMA A CELEBRAR COM A ASSOCIAÇÃO SALÃO TEATRO PRAIENSE, DESTINADO AO FINANCIAMENTO DO PLANO DE ATIVIDADES, DOS INVESTIMENTOS E AO COFINANCIAMENTO DAS FESTAS DA PRAIA: Proposta n.º I/1545/2014, datada de 9 de dezembro corrente, do senhor Presidente da Câmara Municipal, do seguinte teor: Considerando que o n.º 2 do artigo 6º do Decreto-Lei n.º 127/2012, de 21 de junho, diploma que estabelece os procedimentos necessários à aplicação da Lei dos Compromissos e dos Pagamentos em Atraso Lei n.º 8/2012, de 21 de fevereiro, permite o aumento temporário dos fundos disponíveis mediante recurso a montantes a cobrar ou a receber dentro do período compreendido entre a data do compromisso e a data em que se verifique a obrigação de efetuar o último pagamento relativo a esse compromisso; Considerando que a proposta para 2015 relativa ao contrato programa a celebrar com a Associação Salão Teatro Praiense, destinado ao financiamento do plano de atividades, dos investimentos e ao cofinanciamento das Festas da Praia, determina como data limite de pagamento ; Propõe-se, de acordo com a alínea c) do n.º 1 do artigo 4º da Lei n.º 8/2012, de 21 de junho, que a Câmara Municipal aprove, a título excecional, o aumento temporário dos fundos disponíveis, nos montantes e datas constantes do quadro em anexo No que concerne a este ponto o senhor Presidente destacou que, basicamente, os fundos disponíveis é que fazem a gestão do Município, em termos legais, ou seja, é necessário desdobrar, por obrigação legal, os fundos ao longo de todos os meses. Face a essa obrigação, quando se aprova um contrato-programa tem de se ter, no mês da aprovação, a totalidade dos fundos, o que não faz qualquer sentido porque aquela despesa vai ser assumida ao longo dos meses, e não toda naquele mês da aprovação, pelo que deveria haver a possibilidade de também se distribuir a despesa ao longo desses meses Em suma, disse que a lei obriga a contemplar, a totalidade dos fundos. Contudo a lei também determina o enquadramento da antecipação de fundos, exatamente para enquadrar este tipo de despesa A Vereadora Maria Judite Parreira questionou o motivo pelo qual dizia, no último paragrafo, a título excecional, tendo o senhor Presidente respondido que isso é Ata nº 27 /2014 Página 7 de 11

8 descritivo da lei, ou seja, não se pode estar a fazer antecipação de fundos em todas as operações efetuadas, mas apenas em casos desta natureza e nos fornecimentos contínuos. Nas aquisições de bens e serviços, que são os fornecimentos contínuos, em que não é possível saber o consumo mensal exato, a lei permite antecipar os fundos, mas no final do ano tem se gastar apenas o valor anual previsto A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a proposta em causa (08/27) PROPOSTA DE CONTRATO PROGRAMA A CELEBRAR COM A ASSOCIAÇÃO SALÃO TEATRO PRAIENSE, DESTINADO AO FINANCIAMENTO DO PLANO DE ATIVIDADES, DOS INVESTIMENTOS E AO COFINANCIAMENTO DAS FESTAS DA PRAIA APOIO NO VALOR TOTAL DE ,00 (TRÊS MILHÕES, DUZENTOS E QUARENTA MIL EUROS): Proposta n.º I/1449/2014, datada de 11 de novembro findo, do senhor Presidente da Câmara Municipal, do seguinte teor: Considerando: Que a Associação Salão Teatro Praiense, ASTP, é uma pessoa coletiva sem fins lucrativos; Que é competência da Câmara Municipal, nos termos da alínea o), do n.º 1, do artigo 33º, da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, deliberar sobre as formas de apoio a entidades e organismos legalmente existentes, nomeadamente com vista à execução de obras ou à realização de eventos de interesse para o município, bem como à informação e defesa dos direitos dos cidadãos; A abrangência associativa da referida associação, bem como o seu objeto e atribuições, nomeadamente: a) A conceção, desenvolvimento, promoção e formação nas áreas da ação social, desporto, turismo, cultura, artes, ciência, tecnologia, inovação, empreendedorismo e indústrias criativas; b) A gestão e exploração de áreas e atividades de desenvolvimento humano, ao nível social, desportivo, cultural, artístico, científico, tecnológico e do reforço de competências dos cidadãos do concelho; c) O apoio ao desenvolvimento de atividades de comércio, serviços, turismo, novas tecnologias e realizar projetos de desenvolvimento, empreendedorismo e inovação empresarial; d) A promoção da gestão e exploração dos edifícios de interesse municipal, de habitação social, de equipamentos públicos, desportivos, turísticos, culturais e de lazer; e) Apoio o desenvolvimento e promover a sociedade da informação, do conhecimento, da ciência e das artes; f) A investigação, produção, edição de trabalhos, eventos e objetos culturais, artísticos, sociais, desportivos, científicos, tecnológicos, inovadores, empreendedores e indústrias criativas; g) Desenvolver programas e projetos económicos, científicos artísticos e técnicos no âmbito das áreas enunciadas no seu objeto; Ata nº 27 /2014 Página 8 de 11

9 h) Realizar estudos e projetos, captar investimentos privados ou públicos, bem como subsídios ou fundos, nomeadamente a apresentação de candidaturas a programas regionais, nacionais, comunitários ou internacionais, que permitam conceber e desenvolver empresas, bem como a criação de postos de trabalho sustentáveis e a prossecução do seu objeto; i) Desenvolver o conjunto de ações que visem segurar, de forma regular, contínua e eficiente o seu objeto regular Também os encargos que o desempenho de tais atividades comporta e ponderando o elevado interesse público municipal na prestação daqueles serviços Propõe-se à Câmara Municipal, nos termos da alínea o), do n.º 1, do artigo 33º, da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, deliberar atribuir um apoio à Associação Salão Teatro Praiense, ASTP, no valor total de ,00 (três milhões, duzentos e quarenta mil euros), que se destina ao financiamento das seguintes atividades: a. Financiamento do Plano de Atividades - ação social, educativo, recreativo, desportivo, tecnológico - de abrangência concelhia e dos encargos de funcionamento associados ,00 (um milhão, duzentos e trinta e seis mil, seiscentos e noventa e nove euros); b. Financiamento dos investimentos em política cultural, em equipamentos e infraestruturas ,00 (um milhão, setecentos e cinquenta e três mil, trezentos e um euros); c. Cofinanciamento das Festas da Praia ,00 (duzentos e cinquenta mil euros) Relativamente a este ponto o senhor Presidente esclareceu que, como é sabido, este financiamento é feito por via da Associação Salão Teatro Praiense, porém, é um orçamento destinado a duas entidades, ou seja, à Associação e à Cooperativa Praia Cultural, porque a lei determinou que os municípios não podiam fazer transferências para cooperativas e foi necessário encontrar uma solução para não matar a Cooperativa Praia Cultural, tendo-se optado por este procedimento. O orçamento da Cooperativa é de cerca de dois milhões de euros, não só pelo volume que a Festa coloca no orçamento, mas também pelos seus passivos, de longa data, relativos a aquisição das tendas, das cozinhas, entre outras coisas, para que foram feitos empréstimos de médio e longo prazo que têm de ser pagos Continuou dizendo que, no fundo, este montante acaba por ser direcionado em duas partes, uma fica na Associação onde se colocou basicamente toda a atividade que existia dentro da Praia em Movimento, e a outra parte é materializada num contrato feito entre a Associação e a Cooperativa Praia Cultural, em que é delegado na Cooperativa Praia Cultural todas as competências culturais, sendo esta a única via legal, alternativa à extinção da Cooperativa Referiu, ainda, que no contrato está descriminado, por alíneas, o valor global A Vereadora Maria Judite Parreira disse que isso é em termos de dinheiro, porque na alínea b) poderiam estar incluídas algumas festividades das Festas da Praia, ao que o senhor Presidente retorquiu que não é possível, já que a Cooperativa tem uma contabilidade analítica distinta, em que as Festas da Praia têm um resultado completamente distinto. No entanto, o que pode estar no âmbito da alínea b) é, por Ata nº 27 /2014 Página 9 de 11

10 exemplo, se um trabalhador da Cooperativa for afetado, por um certo número de horas, às Festas, ou seja, isso não está materializado no orçamento das Festas A Vereadora Maria Judite Parreira questionou como é possível garantir, todos os anos, o mesmo valor, já que os preços não são sempre os mesmos, tendo o senhor Presidente respondido que o orçamento global da Festa é, no mínimo, três vezes superior a este valor, porque existem outras fontes de receitas alternativas, só a venda de pulseiras é mais ou menos equivalente a esse montante, porém, é óbvio, que pode haver derrapagens como já aconteceu há cerca de doze anos atrás A Vereadora Maria Judite Parreira perguntou se o dinheiro proveniente dessas receitas alternativas pode exceder os gastos com as Festas, ao que o senhor Presidente respondeu que isso nunca aconteceu O Vereador Paulo Frederico perguntou se já não é feita a conferência de imprensa para apresentação das contas das Festas, ao que o senhor Presidente retorquiu que isso é feito todos os anos, normalmente no mês de março, em que é apresentado o cartaz das Festas e o respetivo orçamento O Vereador Tibério Dinis informou que para o próximo ano a intenção é fazer essa apresentação no mês de janeiro O senhor Presidente realçou que, efetivamente, se, por circunstâncias extraordinárias, houver uma derrapagem, não se vai obrigar uma pessoa que trabalhou, voluntariamente, durante seis meses, a colocar dinheiro do seu bolso, apesar de nunca ter acontecido uma derrapagem, mas se acontecer é presente para deliberação camarária com as devidas justificações O Vereador Paulo Frederico referiu que para além das Festas da Praia, que é a maior festa do Concelho, há outras efemérides importantes, sendo o Outono Vivo uma delas, e perguntou se faz sentido especificar uma verba para esse efeito, ou manter-se em aberto, ao que o senhor Presidente respondeu que o Outono Vivo é um modelo um pouco diferente, porque muito daquilo que se suporta é por via da cooperativa O Vereador Tibério Dinis salientou que o Outono Vivo só tem um problema, que é o facto de ser um evento demasiado grande no final do ano, e ter um impacto muito grande nas contas, pois como é no final do ano, se, eventualmente, num ano correr mal, não dá tempo de recuperar o valor Destacou, ainda, que o Outono Vivo está inserido, à semelhança de toda a atividade cultural, na rubrica da atividade cultural do orçamento da Cooperativa. Apenas o cinema tem uma rubrica à parte, tendo em conta o deficit de exploração, que como já disse anteriormente, terá de ser repensado, a médio e longo prazo, a sua manutenção na Praia. Essa situação acontece atendendo à fraca adesão do público e às ofertas disponíveis na box, porquanto se essa oferta for cada vez mais diversificada e atual, mais acentuada será a falta de público O Vereador Paulo Frederico referiu que a Câmara tem, ao longo do ano, a festa grande, que são as Festas da Praia e o Outono Vivo, que tem granjeado fama e tem sido bem-sucedido; depois vem o Natal, com algumas iniciativas para dinamizar o centro histórico; no inicio do ano o Carnaval, e depois vem o período da primavera, no qual, em seu entender, faz falta uma atividade maior, que marcasse o Concelho e que aliciasse as pessoas a virem cá Ata nº 27 /2014 Página 10 de 11

11 No âmbito dessa questão o Vereador Tibério Dinis disse que no período entre o Carnaval e a Páscoa, que não se passa nada, tem-se apostado no teatro, fez-se o lançamento de um cd, ou seja, aposta-se nessas atividades para essa altura. A partir dessa altura, nomeadamente no final do mês de maio, já têm eventos significativos, por exemplo o Sol Menor e o Festival do Fado, contudo não há durante o resto do ano, um evento bandeira que agregue um conjunto de situações como o Outono Vivo, mas há um conjunto de eventos em separado Prosseguiu referindo que o período em que se poderia realizar mais alguns eventos, é no período entre as Sanjoaninas e as Festas da Praia, mas irá vai coincidir com as festas das freguesias O senhor Presidente disse que tinha em mente um projeto, que não é propriamente um projeto cultural, ou seja, um Spring break, à semelhança do que é feito no México, para trazer para o Concelho as turmas de finalistas, na semana antes da Páscoa, mas para isso é necessário criar uma dinâmica de música com dj`s, envolver espaços com quartos para arrendar a preços acessíveis, e ter outras atividade para o período diurno A Câmara deliberou, por maioria, aprovar a proposta em apreço Os Vereadores Maria Judite Parreira e Paulo Frederico abstiveram-se Todos os documentos relacionados com os pontos da ordem do dia, encontramse no edifício da Câmara Municipal da Praia da Vitória, sito na Rua do Cruzeiro, à disposição para as consultas tidas por convenientes APROVAÇÃO DA ATA: A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar em minuta a ata em causa, de acordo com o n.º 3 do artigo 57.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro ENCERRAMENTO: Não havendo outros assuntos a tratar, nesta reunião, o Exmo. Presidente declarou encerrada a ordem de trabalhos eram onze horas e cinquenta minutos, pelo que de tudo para constar se lavrou a presente ata que vai ser assinada pelo Exm.º Senhor Presidente e pela Chefe da Divisão Administrativa e Jurídica Ass: Ass: Ata nº 27 /2014 Página 11 de 11