CÂMARA MUNICIPAL DE ESTREMOZ

Transcrição

1 ACTA DA REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA CÂMARA MUNICIPAL DE ESTREMOZ REALIZADA NO DIA QUINZE DE ABRIL DE DOIS MIL E CINCO Aos quinze dias do mês de Abril do ano dois mil e cinco, nesta cidade de Estremoz e edifício dos Paços do Município, pelas onze horas, sob a presidência do Senhor Presidente Luís Filipe Pereira Mourinha e estando presentes os Senhores Vereadores António João Ferreira Pinto Basto, António Júlio Andrade Rebelo, João José Coruche Mendes, José Manuel Carapeta Maranga, José Manuel Fernandes Varge e José Miguel Mouquinho Cravo, realizou-se a reunião extraordinária desta Câmara Municipal Como Secretário à reunião esteve presente o Técnico Superior de Gestão Autárquica Baptista António Marchante Catita ORDEM DE TRABALHOS: O Senhor Presidente apresentou a seguinte ordem de trabalhos: Inventário de todos os bens, direitos e obrigações patrimoniais e documentos de prestação de contas; Primeira Revisão ao Orçamento para dois mil e cinco

2 INVENTÁRIO DE TODOS OS BENS, DIREITOS E OBRIGAÇÕES PATRIMONIAIS E DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS: O Senhor Presidente apresentou os documentos acima referidos respeitantes ao ano de dois mil e quatro, pondo em seguida os mesmos à discussão do executivo O Vereador António Pinto Basto perguntou como se processa a actualização do inventário respeitante ao património tendo o Vereador José Manuel Maranga respondido que o mesmo está em permanente actualização conforme as aquisições ou abates, havendo um responsável em cada secção que transmite a informação relativa ao equipamento adstrito à sua área ao Serviço de Património O Vereador João Coruche perguntou concretamente em relação ao equipamento informático, de quem é a responsabilidade ou quem tem competência para avaliar o bom ou mau funcionamento do mesmo, tendo o Presidente da Câmara referido que cada encarregado ou chefe de secção é responsável pela transmissão da informação relativa ao equipamento adstrito à sua área ao Serviço Informática O Vereador José Manuel Maranga referiu que a Câmara tem no seu quadro de pessoal dois técnicos de informática que são os responsáveis pela gestão do equipamento informático O Vereador José Manuel Varge disse ter alguma dificuldade em analisar os documentos porque estão apresentados de forma diferente, no entanto disse verificar que houve uma capacidade de execução nas despesas correntes de cerca de oitenta e dois por cento e nas despesas de capital 2

3 somente cerca de trinta e quatro por cento, ou seja, tudo o que implica investimento e que pode enriquecer o património municipal tem uma execução muito reduzida e bastante inferior a despesas correntes No que respeita à receita corrente disse verificar-se um grau de execução orçamental de cerca de setenta e três por cento e de apenas cerca de quarenta por cento na receita de capital Por fim referiu que a diferença existente entre a despesa e a receita fica a dever-se à sobreorçamentação das verbas Sobre os projectos do Plano Plurianual referidos no documento disse que o nível de execução é em relação a todos os anos do mandato, no entanto, poderá aferir-se que o nível de execução desses projectos é muito baixo dando em seguida alguns exemplos de projectos cuja percentagem de execução se situa abaixo dos cinquenta por cento como, protecção civil, educação, acção social, ordenamento do território. Acrescentou que nesta análise há uma verba que sobressai unicamente porque a Câmara teve que pagar a participação do Município na questão dos resíduos sólidos urbanos Referiu por fim que a dívida em relação a dois mil e três aumentou quase para o dobro e, disse, tratar-se de um documento que fica muito aquém do desejável O Presidente da Câmara referiu que em vários projectos não existe receita ou será diminuta por não se ter ainda verificado o reembolso dos fundos comunitários, pelo que, não há eficácia na receita Seguidamente fez referência à dificuldade na consulta dos mapas instituídos pelo POCAL e referiu que há situações que são de leitura 3

4 contabilistica numa determinada lógica, exemplificando com o facto das cauções serem contabilizadas como divida Acrescentou que o POCAL foi implementado à relativamente pouco tempo, pelo que, disse, só decorridos mais quatro ou cinco anos se poderá fazer uma leitura mais clara e linear de toda a situação O Vereador José Manuel Varge solicitou a presença do Chefe de Secção de Contabilidade ao qual solicitou algumas explicações técnicas sobre os documentos em discussão, tendo este prestado os devidos esclarecimentos O Vereador José Miguel Cravo perguntou se não haverá alguma forma de imputar as despesas correntes às despesas de capital, tendo o Presidente da Câmara referido que não, sendo tal questão de natureza política e um problema já antigo que de alguns anos a esta parte se vem discutindo no seio da ANMP e que se prende com as obras por administração directa, pois, disse, quanto mais obras se realizarem por administração directa mais aumenta a diferença entre as despesas correntes e as despesas de capital O Vereador José Miguel Cravo disse que a execução global do PPI é somente de cerca de um terço tendo a divida de médio longo prazo aumentado em cerca de dois milhões de euros tendo no entanto a noção de que parte dessa divida se ficou a dever à contracção do empréstimo para pagamento dos terrenos da Zona Industrial de Arcos O Presidente da Câmara disse que se o Município receber os dinheiros dos fundos comunitários aumentará substancialmente a percentagem de execução e diminuirá a divida

5 -----Depois de discutido o assunto o Presidente da Câmara pôs à votação os documentos em debate, tendo a Câmara deliberado, por maioria, com duas abstenções dos Vereadores António Pinto Basto e João Coruche e um voto contra do Vereador José Manuel Varge, aprovar os documentos atrás referidos O Vereador José Manuel Varge apresentou a seguinte declaração de voto: O Vereador José Manuel Varge votou contra a proposta de relatório e contas, tendo em conta o baixo grau de execução orçamental tanto na execução do plano anual como no cumprimento do plano plurianual e também pelo facto da verificação de que o montante das despesas correntes ser superior ao montante das receitas correntes PRIMEIRA REVISÃO AO ORÇAMENTO PARA DOIS MIL E CINCO: Foi presente a primeira revisão ao Orçamento para o ano de dois mil e cinco, com o valor de vinte e sete milhões trezentos e vinte mil oitocentos e cinquenta e sete euros e treze cêntimos, tendo o Senhor Presidente prestado os devidos esclarecimentos acerca da mesma e solicitado a sua aprovação Depois de analisado o assunto a Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a primeira revisão ao Orçamento para o ano de dois mil e cinco, a qual fica por cópia a fazer parte integrante desta acta, bem como submeter a mesma à aprovação da Assembleia Municipal A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar em minuta a acta desta 5

6 reunião extraordinária nos termos e para efeitos do disposto no número três do artigo noventa e dois da Lei número cento e sessenta e nove barra noventa e nove, de dezoito de Setembro E não havendo mais nada a tratar o Senhor Presidente declarou encerrada a reunião pelas doze horas e trinta minutos, lavrando-se de tudo para constar nesta acta que por ele vai ser assinada E eu, Técnico Superior de Gestão Autárquica, a redigi, subscrevo e assino