> VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER

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2 > VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER A violência contra a mulher tem início no ambiente doméstico e é projetado para a esfera pública, sendo um mecanismo disciplinador e mantenedor das dinâmicas sociais de poder, que colocam a mulher em posição inferior à dos homens. Esperamos que esta cartilha ajude a mudar as estatísticas e permita que todas as mulheres, independente da classe social, orientação sexual, cor, ou crenças, sejam tratadas com igualdade e respeito na sociedade. > O QUE É? Qualquer ação ou omissão baseada no gênero, independente de orientação sexual, que cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial, no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, COM OU SEM vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas; no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa; em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação. Fonte: art. 5º da Lei Federal n , de 7 de agosto de 2006 > TIPOS DE VIOLÊNCIA. VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA Esse tipo de violência é mais comum do que podemos imaginar. Ele pode provocar dano emocional, redução da autoestima e prejudicar o pleno desenvolvimento da mulher. Pode estar escondido em atos de ciúmes excessivos, controle, ironias e ofensas. Exemplos da violência psicológica são determinações pelo parceiro de como a mulher deve se vestir ou se comportar, críticas excessivas colocando a mulher sempre como ruim ou errada, críticas sobre o corpo da mulher de forma ofensiva e o abuso de xingamentos.

3 . VIOLÊNCIA FÍSICA Infelizmente, tão comum quanto a violência psicológica, é a violência física. Tapas, empurrões, chutes, murros, beliscões, puxões de cabelo, perfurações, queimaduras e tiros, são algumas das ações sofridas pelas mulheres. A violência física é considerada qualquer ação ou omissão que machuque ou agrida intencionalmente uma pessoa, por meio da força física, arma ou objeto, provocando danos e lesões internas ou externas no corpo.

4 . VIOLÊNCIA SEXUAL Qualquer conduta que constranja a mulher a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, sob intimidação, ameaça, coação ou uso da força, que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos. Essa violência não se limita ao estupro. Exemplos cotidianos são as cantadas (importunação ofensiva ao pudor), o casamento forçado (constrangimento ilegal), as situações constrangedoras no ambiente de trabalho (assédio sexual), a exposição de imagens íntimas (crime de invasão de dispositivo informático) e toques maliciosos dentro de ônibus e vagões de trem.. VIOLÊNCIA PATRIMONIAL Muitos companheiros utilizam a violência patrimonial para, de alguma forma, ferirem sua companheira no intuito de lhe causar dano emocional ou patrimonial apenas. Neste caso, acontece a retenção, subtração, destruição parcial ou total dos objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, das mulheres. Esse tipo de violência é muito comum durante a partilha de bens durante a separação, quando muitos homens não só os destroem, como tomam para si a posse dos bens móveis que deveriam ser

5 repassados à mulher. Outra conduta que pode se caracterizar neste caso é a retenção do pagamento de pensões alimentícias ou gravídicas.. VIOLÊNCIA MORAL Calúnia, difamação ou injúria são foco neste caso. A calúnia consiste na atribuição falsa de um ato definido como crime a alguém. Como quando o agressor fala para outras pessoas que a mulher praticou algum ato criminoso. Já a difamação atribui à vítima um falso ato ofensivo à sua reputação. Ou seja, quando o agressor fala para outras pessoas que a mulher fez algo ofensivo. A injúria ocorre por meio de xingamentos e ofensas proferidas por qualquer meio, seja presencial, por telefone, internet etc.

6 > O QUE ACONTECE APÓS A DENÚNCIA?. VIOLÊNCIA FÍSICA E PSICOLÓGICA As lesões corporais contra a mulher, no âmbito doméstico e familiar, Código Penal. A depender da gravidade das lesões, as penas variam entre 3 meses a 3 anos de detenção, chegando até a 12 anos de reclusão, com um aumento de pena de 1/3 por o crime ter sido cometido por alguém da família ou do meio de convívio. As lesões corporais precisam ser comprovadas, seja através de exame de corpo de delito ou prova testemunhal. Nos casos de lesões corporais, constrangimento ilegal, sequestro ou cárcere privado e outros crimes de ação penal pública, as autoridades policiais e judiciárias não precisam de autorização da vítima para dar andamento ao processo e punir o agressor. Não é possível, por isso, que a vítima desista da acusação. Caso seja pressionada a desistir, mediante violência ou grave ameaça, a mulher será vítima também do crime de coação no curso do processo e deve procurar a delegacia de polícia. Especificamente com relação ao crime de ameaça, é preciso que a mulher ofereça representação para punir o agressor, ou seja, uma autorização para as autoridades darem andamento ao processo penal. Em ambos casos, o fato de o crime ter sido cometido sem a presença de testemunhas, como é bastante comum acontecer, não impede a condenação do agressor, porque a palavra da vítima tem especial relevância para o processo.. VIOLÊNCIA PATRIMONIAL A lei determina que na constância do casamento o que não se aplica para os casos de união estável, namoro ou outras relações íntimas de afeto não se poderá punir o agente nos crimes cometidos sem violência ou ameaça, como os casos de furto e dano, por exemplo, a menos que o casamento deixe de existir, quando a ex-mulher poderá buscar a punição judicialmente. Além disso, no caso do crime de dano, só haverá punição mediante queixa. Isso significa que a vítima deverá apresentar a queixa crime por meio de seu defensor público ou advogado.

7 Sempre que verificar tais práticas por companheiros ou excompanheiros, a agredida deve procurar a autoridade pública, para a instauração da competente ação penal. A violação patrimonial tipificada na Lei Maria da Penha tem a mesma natureza dos demais crimes contra o patrimônio previstos no Código Penal, assim sendo para que o agressor seja punido para que nunca mais pratique tais atos contra uma mulher. Outra providência que pode ajudar as mulheres que sofrem com a violência patrimonial, seria solicitar liminarmente a restituição de bens tomados pelo agressor; a proibição temporária para a celebração de atos e contratos de compra venda e locação de propriedade em comum, salvo expressa autorização judicial; a suspensão das procurações conferidas ao agressor; a prestação de caução provisória, mediante depósito judicial, por perdas e danos materiais decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher. Tudo isso deverá ser requerido pelo Ministério. VIOLÊNCIA MORAL A violência moral constitui crime de ação penal privada. Isso significa que a própria mulher deverá promover a ação penal a fim de ver agressor condenado, por intermédio de um defensor público ou de um advogado. No processo, deverá apresentar os fatos e as testemunhas, que serão ouvidas pelo juiz. O processo deverá se iniciar no prazo de até 6 meses contados de quando a violência moral aconteceu.. VIOLÊNCIA SEXUAL O crime de estupro, quando cometido contra vítima maior de 18 anos, depende de representação da ofendida ou de seus representantes legais. Já quando praticado contra pessoa menor de 18 anos ou incapaz, de qualquer modo, de consentir com o ato, o crime é de ação penal pública incondicionada e deve ser processado independente de autorização da ofendida ou de seus representantes legais. Para os crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes cometidos a partir de 07 de maio de 2012, o prazo para punir o agressor somente se inicia a partir de quando a vítima completar 18 anos. Assim, se a vítima era menor de idade e seus pais ou

8 ao ser vítima de violência sexual, a mulher ou a adolescente têm direito ao atendimento integral quanto à sua saúde, independentemente de ter procurado a polícia. No atendimento de saúde, realizado pelo SUS ou pela rede particular, ela tem direito a medidas preventivas contra doenças sexualmente transmissíveis e contra gravidez indesejada. No caso de o estupro resultar em gravidez, a mulher ou a adolescente têm direito a se informarem e optarem, se quiserem, pela realização da interrupção legal da gravidez. Não há necessidade de registro de ocorrência policial ou apresentação de provas da agressão sexual sofrida, nem mesmo de decisão judicial que confirme ou autorize o procedimento. Caso a mulher ou adolescente encontre dificuldade, no âmbito do atendimento da saúde, para realizar o procedimento de forma legal, é importante procurar a Defensoria Pública ou um advogado para tomar as medidas judiciais cabíveis. Ao longo do processo judicial contra o autor do crime, quando as provas são produzidas, é de fundamental importância que, quando possível, a vítima compareça à audiência designada pelo juiz quando intimada. Ela não será obrigada a ficar na presença do agressor e informará um canal de contato para tomar conhecimento do andamento do processo e da sentença. Pode ser muito constrangedor ter que relatar toda a experiência novamente para as autoridades e, para isso, alguns cuidados deverão ser tomados, como o de ser não ser revitimizada por sucessivas reinquirições e de não responder a perguntas sobre sua vida privada, como disposto no art. 10-A da Lei /2006. No âmbito das polícias, a mulher tem o direito de ser atendida por profissionais do sexo feminino, preferencialmente.

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10 SERVIÇOS PARA A MULHER VÍTIMA DE VIOLÊNCIA NO MUNICÍPIO DE BETIM Disque denúncia Disque 180 Disque 100 Disque 181 Polícia Militar de Minas Gerais Disque 190 Guarda Municipal Betim Disque 153 Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher Endereço: Rua Cecília Júlia do Prado, Bairro: Centro Telefone: (31)

11 Defensoria Pública Núcleo de Defesa dos Direitos da Mulher em Situação de Violência (NUDEM) Endereço: Av. Gov. Valadares, Centro, Betim - MG, Telefone: (31) Ministério Público de Minas Gerais Rua Inspetor Jaime Caldeira, n. 870, Bairro Brasileia Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS) O município de Betim está dividido em 10 (dez) regionais administrativas. O atendimento nos CREAS está organizado de acordo com os endereços dos usuários. CREAS I: Atende às regionais: Centro, Norte, Citrolândia e Vianópolis. End: Rua Santa Cruz, 17, Centro, Betim. Tel: / Horário de funcionamento de 8h às 17h CREAS II: Atende às regionais: PTB, Imbiruçu, Teresópolis, Alterosas, Petrovale e Icaivera. End: Rua Quintino Bacaiuva, 95, bairro Chácara, Betim. Tel: / Horário de funcionamento de 8h às 17h. EsajUna Betim Assistência jurídica gratuita a pessoas de baixa renda, com agendamento presencial de segunda a sexta, das 13h às 21h.

12 ESTA CARTILHA FOI PRODUZIDA PELOS ALUNOS DO CURSO DE DIREITO DA FACULDADE UNA DE BETIM. Expediente: Diretoria Tatiane Franco Puiati Coordenação do Curso de Direito Roberta Mourão Donato Coordenação do Projeto Clarissa Tatiana de Assunção Borges Acadêmicos de Direito Aline Raquel Ventura da Silva Cristina da Silva Laube Danúbia Stefany Silva Rosário Deborah de Carvalho Lírio Fernanda Alves de Souza Trindade Flávia Gomes Rocha Geovana Aparecida de Almeida Pinto Gessica Rodrigues de Oliveira Gustavo Henrique de Melo Flaviano Jaisson Alves Ferreira Jessica Aparecida Moreira Marinho Karolyne Kristina de Oliveira Silveira Kyanne Ruama Silva Bernardino Letícia Ohanna Gonçalves Vasconcelos Maíla Júnia Moreira Cunha Matheus Barreto Alvares Neandres Gonçalves Lima Paulo Roberto da Cunha Priscilla Pereira Gonzaga Ramon Vieira Barroso Regiane Aparecida de Souza Renata Peixoto Maia Renato Gouveia de Oliveira Rodrigo Faria da Costa Rodrigo Geraldo Vieira Barroso Tamara da Silva Santos Thainá Barbosa dos Santos Wallisson Lucas Dias de Oliveira

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