PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL MONOGRAFIA I JULIAN RODRIGUES GOULARTE

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1 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL MONOGRAFIA I JULIAN RODRIGUES GOULARTE NA ONDA DO MOMENTO- A MIGRAÇÃO RADIOFÔNICA DO AM PARA O FM. Prof. Dr. Cláudio Costa Mércio Porto Alegre 2015

2 1 INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como objetivo analisar o processo da Migração Radiofônica, da Amplitude Modulada (AM) à Frequência Modulada (FM). A questão veio à tona no âmbito nacional em março em O decreto n 8139 que autoriza a migração das 1772 rádios que operam em AM para o FM foi assinado pela presidente Dilma Rousseff em 07 de novembro de O processo também leva em consideração os canais da TV analógica. As FMs operam na faixa de 87.9 MHz a 107 MHz, com a liberação dos canais da TV analógica (5 e 6), a frequência será estendida de 76 a MHz. Para os autores Barbeiro e Lima (2003), o cenário radiofônico passou por constantes adequações, algo que sequer fora presumido por estudiosos de mídia na década de 1950, que só vislumbravam o fim do rádio devido a internet. Mesmo com a dependência da internet, ele não foi aniquilado, apenas está se adequando. Este estudo busca destacar os cenários das rádios AMs do interior gaúcho que passarão por readequações, casos da Rádio Osório 750 KHz (em processo de migração) e da Rádio Itapuí 1170 KHz, de Santo Antônio da Patrulha (que não consta ainda no processo de outorgação). Serão investigadas as situações das rádios consideradas de médio e pequeno porte se adaptarem à migração, estudando possíveis consequências nas rádios do Interior na adequação às mudanças ou na falta desta. Além disso, pretende-se verificar se houve de fato uma reestruturação radiofônica no cenário das que já efetuaram a migração. Por meio de entrevistas padronizadas. Segundo Gil (1997), uma entrevista pensada e idealizada para romper as limitações dos entrevistadores. Entrevistas com associações referências como o caso da Abert (Associação Brasileira de Rádio e Televisão), a Agert (Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Transmissão), o Sindirádio (Sindicato das Empresas de Radiodifusão no Estado do Rio Grande do Sul), Secretaria da Comunicação do

3 Estado e entidades da Sociedade Civil. A análise se dará por meio de revistas e artigos relacionados com o intuito de aprofundar a temática. No que tange aos conceitos de Radiodifusão, Capitalismo, Estratégias de programação, audiência e Leis que regem a atividade, serão fundamentais as obras de Neuberger (2012), Ferraretto (2007), Grisa (2003) e Barbeiro (2003). E os autores Friderichs (2002) e Chantler (1998), que buscam entender a atividade radiofônica como um fruto informativo, que transmite diversificadas informações, serão também importantes no embasamento teórico. O enfoque dado será na Teoria da Complexidade, que trata-se de um fenômeno, ao mesmo instante que ele é complementar, concorrente e antagonista, respeitando a diversas coerências que se unem em dialógicas e polilógicas e, com isso, enfrenta a contradição por várias vertentes. A técnica de pesquisa adotada será a exploratória (composta por entrevistas e levantamentos de dados específicos). Segundo Gil (1999), a abordagem exploratória possui ainda a finalidade básica de desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias para a formulação de abordagens posteriores. O trabalho permite um amplo aguçamento no que tange o conhecimento da área de Radiojornalismo, área de profunda identificação do autor, visto que o mesmo realiza monitoria e participa de um grupo de pesquisa em rádio. Há poucos trabalhos acadêmicos sobre a temática até o presente momento, e a questão é de suma importância no campo da Comunicação Social, visto que a migração pode significar no aniquilamento das ondas médias, a faixa mais utilizada atualmente no país. A presente monografia será estruturada em cinco capítulos articulados na temática. O segundo capítulo denominado A História Radiofônica apresentará, além de uma definição, a respeito da descoberta do rádio, os tipos de ondas e a ênfase na distância percorrida entre as estações.

4 O capítulo três terá como foco o surgimento do rádio e suas consequências, no cenário brasileiro, mais precisamente traçando um paralelo com o Rio Grande do Sul, que sob a visão econômica capitalista e, definido por Ferraretto (2007) como o Capitalismo Radiofônico no Estado. Por fim, serão estudadas as soluções e reflexos da migração para a adequação das pequenas ou médias rádios AMs do Interior do Rio Grande do Sul para o FM.

5 1 TEMA A Migração do AM para o FM 2 DELIMITAÇÃO Um estudo sobre as rádios AMS (Rádio Osório- AM 750 KHz- Osório-RS e Rádio Itapuí, AM 1170 KHz - Santo Antônio da Patrulha- RS). 3PROBLEMAS DE PESQUISA 3.1 A migração acarreta diretamente em uma nova adequação na linguagem radiofônica? 3.2 Seria viável a migração das rádios consideradas de pequeno e médio porte? 3.3 Perante a esse fenômeno, as rádios vêm se adequando de que maneira? 3.4 O que acontece com as emissoras que ainda não iniciaram o processo? 3.5 Como ficarão aquelas que não efetuarão a mudança? 4 OBJETIVOS 4.1 Investigar soluções para as rádios consideradas de médio e pequeno porte se adequarem à migração. 4.2 Estudar possíveis consequências nas rádios do Interior na adequação às mudanças ou na falta desta. 4.3 Analisar se houve uma reestruturação na linguagem radiofônica, no caso das que já fizeram a migração.

6 5 JUSTIFICATIVA A migração das emissoras de rádio e TV, veio à tona no âmbito nacional no ano de Em 12 de março, na portaria 127, as regras foram definidas pelo Ministério das Comunicações. O decreto n 8139 que autoriza a migração das 1772 rádios que operam em AM para o FM foi assinado pela presidente Dilma Rousseff em 07 de novembro de As FMS operam na faixa de 87.9 MHz a 107 MHz com a liberação dos canais da TV analógica (5 e 6), a frequência será estendida de 76 a MHz. Para os autores Barbeiro e Lima (2003), o cenário radiofônico passou por constantes adequações, algo que sequer fora presumido por estudiosos de mídia por volta da década de 1950, que só determinavam o fim do rádio devido a internet. Mesmo com a dependência da mesma, o rádio continua, apenas foi adequado, pois é necessário dar respostas cada vez mais instantâneas ao público. O estudo levantará os cenários das rádios AMs que passarão por transformações, como os casos da Rádio Osório AM 750KHZ, fundada em 1957 e da Rádio Itapuí AM 1170KHZ, fundada no ano de O trabalho proposto permite um aguçamento no que tange o conhecimento da área de radiojornalismo, área de profunda identificação do autor, visto que o mesmo realiza monitoria e participa de um grupo de pesquisa relacionado à temática. O enfoque dado será na Teoria da Complexidade, definida por Morin (2000)... parte de fenômenos ao mesmo tempo, complementares, concorrentes e antagonistas, respeita a coerências diversas que se unem em dialógicase polilógicas e, com isso, enfrenta a contradição por várias vias.

7 Por meio de entrevistas com associações referências como a Abert Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert), a Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Transmissão (Agert), o Sindicato das Empresas de Radiodifusão no Estado do Rio Grande do Sul (Sindirádio), Secretaria da Comunicação do Estado e Entidades da Sociedade Civil, consultas em revistas e artigos pretendendo-se aprofundar a temática. Entre as técnicas depesquisa, será adotada a exploratória (composta por entrevistas e levantamentos de dados específicos). Segundo Gil (1999), a abordagem exploratória possui ainda a finalidade básica de desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias para a formulação de abordagens posteriores. A pesquisa também se valerá de dados secundários (com a análise de conteúdo por meio de sites da Abert, Agert e Sindirádio), e também por meio de dados primários (visto que serão realizadas entrevistas com empresários/donos das rádios para discutir a questão. Além da quase inexistência de trabalhos acadêmicos sobre a migração até o presente momento, voltado à área de Radiojornalismo, a questão é importante nos estudos de Comunicação Social, visto que a migração pode significar no aniquilamento das ondas médias, a faixa mais utilizada atualmente em nosso país. O trabalho busca assim, responder de forma minuciosa a médio-longo prazo sobre os trâmites da migração radiofônica no estado do Rio Grande do Sul. Aadequação ou não das rádios AMs para o FM e se a migração será viável ou acarretará na bancarrota de rádios consideradas de pequeno e médio porte. Com isso, mostrar de fato a resposta se houve de fato uma adequação no que tange a linguagem radiofônica das emissoras.

8 6 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS O trabalho proposto utilizará as Técnicas de Pesquisa Bibliográfica e Documental. Para Gil (1999), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Enquanto que apesquisa documental (artigos, fontes, estatísticas) que recorre a fontes como: jornais, revistas, relatórios, documentos oficiais, etc. (FONSECA, 2002, p. 32). O estudo contará com a pesquisa exploratória. Para Gil (1997), o objetivo é proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a tornálo mais explícito ou a construir hipóteses. Entrevistas em formato padronizado, contendo perguntas abertas, utilizadocomo roteiro, para que sejaapresentada a vantagem de proporcionar um roteiro ao entrevistador. Entrevista pensada e idealizada para romper as limitações dos entrevistadores.

9 7 REFERENCIAL TEÓRICO Para embasar o presente estudo, serão de suma importância, os autores Vianna (2014), Andrelo (2013), Silva (2011) e Balsebre (2004) que tratam da questão da linguagem radiofônica. No que tange os conceitos de Radiodifusão, Capitalismo, Estratégias de programação utilizadas pelas rádios e audiência popular no rádio, serão fundamentais as obras de Ferraretto (2007) e Grisa (2003). O enfoque será dado pela Teoria da Complexidade definida por Morin (2000)... parte de fenômenos, ao mesmo tempo, complementares, concorrentes e antagonistas, respeita a coerências diversas que se unem em dialógicas e polilógicas e, com isso, enfrenta a contradiçãopor várias vias. Silveira (2011) e Moreira (2011) terão uma valiosa contribuição no que concerne o resgate histórico do radiojornalismo brasileiro. Por fim, também serão consultadas também as obras de Barbeiro (2003), Friderichs (2002) e Chantler (1998), que buscam entender a atividade radiofônica como um fruto informativo onde se é transmitido diversificadas informações.

10 8 SUMÁRIO PRELIMINAR 1 INTRODUÇÃO 2 A HISTÓRIA RADIOFÔNICA 2.1 A DESCOBERTA DO RÁDIO 2.2 OS TIPOS DE ONDAS 2.3 FM EXPANDIDO- ONDE ESTÁ SITUADO? 3 O RÁDIO E SUAS CONSEQUÊNCIAS 3.1 O RÁDIO NO BRASIL 3.2 O RÁDIO NO RIO GRANDE DO SUL 3.3 CAPITALISMO RADIOFÔNICO NO ESTADO 3.4 HISTÓRIAS E PROGRAMAÇÕES DO AM & FM 4 REFLEXOS DA MIGRAÇÃO RADIOFÔNICA- DO AM PARA O FM 4.1 IDENTIFICARSOLUÇÕES PARA ASRÁDIOS CONSIDERADAS DE MÉDIO E PEQUENO PORTENÃO IREM À BANCARROTA 4.2 INVESTIGAR AS CONSEQUÊNCIAS DA MIGRAÇÃO NAS RÁDIOS DO INTERIOR 4.3 AVERIGUAR A REESTRUTURAÇÃO NA LINGUAGEM RADIOFÔNICA 5 CONCLUSÃO REFERÊNCIAS APÊNDICES ANEXOS

11 9 SUMÁRIO DESCRITIVO A presente monografia será estruturada em cinco capítulos articulados na temática do radiojornalismo. O segundo capítulo denominado A História Radiofônica apresentará, além de uma definição, a respeito da descoberta do rádio, os tipos de ondase a ênfase na distância percorrida entre as estações. O capítulo três terá como foco o surgimento do rádio e suas consequências, no cenário brasileiro, mais precisamente traçando um paralelo com o Rio Grande do Sul, por meio do Capitalismo, definido por Ferraretto (2007) como o Capitalismo Radiofônico no Estado. No quarto capitulo, serão estudadas as soluções e reflexos da migração para a adequação das pequenas ou médias rádios AMs do interior do Rio Grande do Sul para o FM. Para que se evite a bancarrota, será dada a investigação das consequências da migração dessas rádios, e se há de fato uma reestruturação no que tange a linguagem radiofônica.

12 10 REFERÊNCIAS BARBEIRO, Heródoto& LIMA, Paulo Rodolfo de. Manual de radiojornalismo: produção, ética e internet. São Paulo: Brasiliense, CÉSAR, Cyro. Rádio, A mídia da emoção. São Paulo: Summus, CHANTLER, Paul & HARRIS, Sim. Radiojornalismo. São Paulo: Summus, CUNHA, Magda Rodrigues da; Haussen, Doris Fagundes. Rádio brasileiro: episódios e personagens. Porto Alegre: EdiPUCRS,2003. FERRARETTO, Luiz Artur. Rádio e capitalismo no Rio Grande do Sul: as emissoras comerciais e suas estratégias de programação na segunda metade do século 20. Canoas: Ed.Ulbra, FRIDERICHS, Bibiana de Paula. A comunicação popular no rádio comercial.passo Fundo:UPF, GRISA, Jairo Ângelo. Histórias de ouvinte: a audiência popular no rádio. Itajaí: Univali, MAGNONI, Antônio Francisco; CARVALHO, Juliano Maurício de. O novo rádio: cenários da radiodifusão na era digital. São Paulo: Editora Senac, MEDITSCH, Eduardo. O rádio na era da informação: teoria e técnica do novo radiojornalismo. Florianópolis: Insular, Ed. Da UFSC,2001. MOREIRA, Sonia Virgínia. 70 anos de radiojornalismo no Brasil: Rio de Janeiro: EdUERJ, In; DEL BIANCO, Nélia (Org.)Desafios do rádio no século XXI. Rio de Janeiro: UFRJ, NEUBERGER, Rachel Severo Alves. O Rádio na Era da Convergência das Mídias. Cruz das Almas/BA: UFRB, ORTRIWANO, Gisela Swetlana. Radiojornalismo no Brasil: dez estudos regionais. São Paulo: COM-ARTE, SALOMÃO, Mozahir. Jornalismo radiofônico e vinculação social. São Paulo: Annablume, SILVA, Júlia Lúcia de Oliveira Albano da. Rádio: oralidade mediatizada: o spot e os elementos da linguagem radiofônica.são Paulo: Annablume, 1999.

13 11 CRONOGRAMA Julho/ Conclusão e Entrega do projeto de monografia - Aplicação de pesquisa de campo Agosto/ Elaboração do 1º capitulo da monografia e Aplicação de pesquisa de campo Setembro/ Elaboração do 2º capítulo da monografia e Aplicação de pesquisa de campo Outubro/ Elaboração do 3º capítulo da monografia e Aplicação de pesquisa de campo Novembro/ Finalização da Monografia Novembro/Dezembro/ Banca