Protocolo. - Estado Português, através do Ministério da Justiça, neste acto representado pela Sra. Ministra da Justiça;
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- Sandra Valverde Marroquim
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1 Protocolo Entre: - Estado Português, através do Ministério da Justiça, neste acto representado pela Sra. Ministra da Justiça; - Câmara dos Solicitadores, neste acto representada pelo respectivo Presidente; - Associação Portuguesa de Bancos, neste acto representada pelo respectivo Presidente, Considerando que: a) O Decreto-Lei n.º 38/2003, de 8 de Março procedeu a uma profunda reforma do regime da acção executiva em processo civil; b) Entre as alterações contidas nessa reforma, contam-se modificações significativas na forma de efectivação da penhora de depósitos bancários, consagradas na nova redacção do artigo 861.º-A do Código de Processo Civil; c) A penhora de depósitos bancários se efectiva agora através da notificação directa às instituições de crédito feita pelo agente de execução; d) Outra das alterações relevantes consiste na eliminação dos pedidos de informação dirigidos ao Banco de Portugal sobre a existência de contas bancárias, prevendose, em alternativa, que os pedidos de penhora devem sempre conter, pelo menos, uma de duas indicações: a indicação do número de bilhete de identidade ou documento equivalente, ou a indicação do número de identificação fiscal, sendo a falta de indicação de, pelo menos, um destes elementos cominada com a nulidade; e) O novo regime prevê igualmente a efectivação da penhora por comunicação electrónica como modalidade preferencial de realização da mesma;
2 f) Tendo em conta as alterações supra descritas se afigura conveniente que as partes envolvidas convencionem os procedimentos e normas técnicas a adoptar para execução deste novo regime legal; é celebrado o presente protocolo, entre as partes supra identificadas e que fica aberto à adesão de qualquer instituição de crédito autorizada a receber depósitos, e que se rege pelas seguintes cláusulas: Cláusula 1.ª (Objecto) 1. Pelo presente protocolo, o Ministério da Justiça, a Câmara dos Solicitadores e as Instituições de Crédito Aderentes comprometem-se a adoptar os procedimentos e normas técnicas nele contidos, referentes à efectivação da penhora de depósitos bancários. 2. A Associação Portuguesa de Bancos assume, através do presente Protocolo, a obrigação de divulgar aos seus associados a existência, conteúdo e forma de adesão ao mesmo. Cláusula 2.ª (Instituições de crédito aderentes) 1. O presente protocolo fica aberto para adesão de quaisquer instituições de crédito autorizadas a receber depósitos em Portugal. 2. A adesão deve ser solicitada à Direcção-Geral da Administração da Justiça do Ministério da Justiça, através de formulário próprio, constante do Anexo 1, considerando-se válida a partir da aprovação por despacho do Director-Geral da Administração da Justiça. 3. A adesão ao presente protocolo pode limitar-se a apenas uma das modalidades de efectivação da penhora descritas nas cláusulas 3.ª e 4.ª. Cláusula 3.ª
3 (Penhora por notificação escrita em domicílio escolhido) 1. Os pedidos de penhora a efectuar por notificação escrita devem ser entregues pelo agente de execução, presencialmente ou por via postal, na morada que as instituições de crédito aderentes comunicarem no formulário de adesão ao presente protocolo. 2. A morada referida no número anterior pode não ser coincidente com a sede social da instituição de crédito. Cláusula 4.ª (Penhora por comunicação electrónica) 1. O Ministério da Justiça e a Câmara dos Solicitadores obrigam-se, perante as instituições de crédito aderentes, que tenham optado pela modalidade de penhora por comunicação electrónica, a emitir os pedidos de penhora por esta via. 2. As instituições de crédito referidas no número anterior obrigam-se a receber tais pedidos de penhora transmitidos por via electrónica e a proceder à respectiva resposta, no prazo legal. 3. A forma de transmissão dos pedidos de penhora e respectivas respostas serão definidas em documento técnico, que constitui a Anexo 2 ao presente Protocolo. 4. O pagamento dos custos de transmissão de dados necessários às comunicações referidas nos números anteriores são suportados pelos respectivos emissores. Cláusula 5.ª (Pagamento da remuneração) 1. Para efeitos de pagamento da remuneração devida às instituições de crédito aderentes pelos serviços prestados, devem estas, com periodicidade mensal, enviar relação discriminada dos serviços prestados, com expressa indicação dos respectivos números de processo, tribunal onde corre termos o processo, identificação do agente de execução e tipo de serviço prestado. 2. Tal relação deve ser enviada ao Instituto de Gestão Financeira e Patrimonial da Justiça, relativamente aos pedidos de penhora efectuados por oficiais de justiça, e
4 à Câmara dos Solicitadores, relativamente aos pedidos de penhora efectuados por solicitadores de execução. Cláusula 6.ª (Produção de efeitos) O presente protocolo produz efeitos a partir de 1 de Dezembro de Cláusula 7.ª (Modificações) 1. O presente protocolo pode ser objecto de modificações, desde que as mesmas constem de documento escrito assinado por todas as partes. 2. Qualquer modificação deve ser antecedida de comunicação a todas as instituições de crédito aderentes com a antecedência mínima de 30 dias relativamente à respectiva entrada em vigor. Cláusula 8.ª (Denúncia) Qualquer das instituições de crédito aderentes pode denunciar, com aviso prévio de 60 dias, a adesão ao presente protocolo. Feito em Lisboa, aos quinze dias do mês de Novembro de 2003, em três vias, ficando uma em poder de cada um dos outorgantes. Pelo Ministério da Justiça Pela Câmara dos Solicitadores
5 Pela Associação Portuguesa de Bancos
6 ANEXO 1 Declaração de adesão ao protocolo celebrado entre o Ministério da Justiça, a Câmara dos Solicitadores e a Associação Portuguesa de Bancos relativamente à adopção de procedimentos e normas técnicas referentes à efectivação da penhora de depósitos bancários Identificação da instituição de crédito Nome Sede Contactos NIPC Telef. Correio electrónico Fax Identificação dos representantes Nome Domicílio NIF Serv. Fin. Bilhete de identidade n.º Outro documento Tipo Data / / Emissor N.º Administrador ou gerente Qualidade em que representa a Procurador instituição de crédito Outra Nome Domicílio NIF Serv. Fin. Bilhete de identidade n.º Outro documento Tipo Data / / Emissor N.º Administrador ou gerente Qualidade em que representa a Procurador instituição de crédito Outra
7 Modalidades a que adere Modalidades de efectivação da penhora a que adere Penhora por notificação escrita em domicílio escolhido Penhora por comunicação electrónica Domicílio escolhido para notificação escrita Domicílio Assinatura Declaro ter conhecido e aceite os termos do protocolo,, / / Assinatura Assinatura
1/5. Link para o texto original no Jornal Oficial. JusNet 86/2003
1/5 Decreto-Lei n.º 202/2003, de 10 de Setembro, Regula o regime das comunicações por meios telemáticos entre as secretarias judiciais e os solicitadores de execução previsto no Código de Processo Civil
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