Ecotoxicologia dos Agrotóxicos e Saúde Ocupacional
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- Luzia Dinis Regueira
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1 unesp UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA CÂMPUS DE JABOTICABAL FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE FITOSSANIDADE Ecotoxicologia dos Agrotóxicos e Saúde Ocupacional 9a. Aula Ecotoxicologia Aquática Teste de Ecotoxicidade para peixes Prof. Responsável: Joaquim Gonçalves Machado Neto Doutora: Angela Ap. Machado - Out/2017
2 14a. Aula Ecotoxicologia Aquática / Teste de Ecotoxicidade para peixes 1 Introdução 2 - Ecotoxicologia Aquática 3 - Testes de avaliação da toxicidade aguda e crônica e de bioconcentração de agrotóxicos com peixes. PRÁTICA: Instalação de um teste de ecotoxicidade aguda de agrotóxicos para peixes.
3 ECOTOXICOLOGIA AQUÁTICA Ecotoxicologia Ambiental Estuda os efeitos adversos de produtos químicos Ecossistema Determinar os riscos que representam para todos os organismos do ambiente e saúde humana
4 FONTES DE POLUIÇÃO MODIFICAÇÕES AMBIENTAIS diversidade espécies autóctones espécies indesejáveis (algas) - nutrientes qualidade da água mortalidade peixes
5 FONTES DE POLUIÇÃO Substâncias tóxicas Fontes pontuais Múltiplas rotas (fonte difusa) Corpos d água Mistas Quase toda atividade humana é fonte potencial de contaminantes (aquáticos e terrestres).
6 Substancias tóxicas descarregadas em focos pontuais (efluentes industriais, esgotos municipais, ou detritos sólidos em terrenos sanitários) têm a identificação da origem fica facilitada e posterior controle da difusão no ambiente. Caso as substancias tóxicas migrem para lagos ou reservatórios por intermédio de múltiplas rotas (águas superficiais, águas subterrâneas, chuvas e poluição atmosférica) o controle tornase muito difícil, e há a necessidade de medidas abrangentes.
7 FONTES PONTUAIS Pontos específicos Forma individualizada Fácil identificação da origem Possibilita controle Qtd. e composição não varia Ex: efluentes industriais, estações de tratamento de esgoto, detritos sólidos em terrenos sanitários.
8 MÚLTIPLAS ROTAS OU FONTES DIFUSAS (NÃO PONTUAIS) Não identifica ponto de lançamento Modo aleatório (qtd./freq./compos.) Difícil controle medidas abrangentes Ex: águas superficiais, águas subterraneas, chuvas (sobre campos agrícolas e acidentes com produtos químicos ou combustíveis) e poluição atmosférica.
9 Terminologias básicas da toxicologia aquática TOXICIDADE AGUDA É definida como a intoxicação causada por uma exposição aguda, única ou múltipla, dentro de um curto período de tempo. Em testes de toxicidade aquática, um efeito tóxico observado em até 96 horas é considerado agudo.
10 CONCENTRAÇÃO LETAL CL (Toxicidade aguda) É a concentração de um tóxico em que determinado porcentual de organismos expostos morrem, ou seja, CL 10 ou CL 50, expressa em mg/l, ou ppm. Considera-se a duração da exposição até o ponto terminal, como 24, 48, 72 ou 96 horas. Por exemplo, CL 50-96h.
11 TERMINOLOGIA BÁSICA DA TOXICOLOGIA AQUÁTICA CONCENTRAÇÃO LETAL CL (Toxicidade aguda) (mg/l) (DL mg/kg) [tóxico] mortalidade de X% mg/l ou ppm. Ex: CL 10 ou CL 50. Exposição por 24, 48, 72 ou 96 horas. Ex: CL 50 96h. Vertebrados CL (mortalidade) Invertebrados CE (imobilidade)
12 Classificação quanto a toxicidade aguda para peixes e invertebrados (Zucker, 1985) CATEGORIA CL 50 ou CE 50 (mg.l -1 ) Extremamente tóxico < 0,1 Altamente tóxico < 1,0 Moderadamente tóxico 1,0 < 10,0 Ligeiramente tóxico 10,0 < 100,0 Praticamente não-tóxico > 100,0
13 TOXICIDADE CRÔNICA (Efeito subletal) É definida como a intoxicação causada por exposição crônica, continuada ao longo de um período de tempo relativamente longo, normalmente superior a um décimo do período de vida. Crônico é um termo relativo que depende do tempo de vida do organismo considerado.
14 RESULTADOS DA TOXICIDADE CRÔNICA: - CEO (LOEC): É a menor CONCENTRAÇÃO DE EFEITO OBSERVADO. - CE50 (EC50): É a CONCENTRAÇÃO EFETIVA que causa 50% de efeito. - CENO (NOEC): É a maior CONCENTRAÇÃO DE EFEITO NÃO OBSERVADO comportamento similar ao controle. Escala comparativa entre as concentrações e o controle CEO (b) CE50 CENO (a) Controle (a)
15 TOXICIDADE CRÔNICA EC (Concentração Efetiva) é a concentração tóxica que pode causar efeitos adversos sob determinado percentual de organismos-teste (Ex: EC 10 ou EC 50 ).
16 As respostas comumente utilizadas em testes de cronicidade são alterações na fecundidade, relações entre idade/tamanho ou a presença de tumores (carcinogenecidade). Essas respostas normalmente são analisadas em relação às condições de nenhum efeito observado (NOEL) do tóxico considerado, ou em relação às Concentrações Máximas Aceitáveis do Tóxico (MATC), associadas a uma resposta aceitável. Testes crônicos identificam as respostas dos organismos às substâncias tóxicas
17 A NOEC é a maior concentração tóxica à qual os organismos-teste podem ser expostos sem se verificar efeitos adversos. Os efeitos podem incluir: subletalidade ou letalidade. Subletalidade: concentração de estimulo abaixo do nível que causa a morte (menor reprodução, fertilização, crescimento ou anormalidades). Os efeitos também incluem sobrevivência do ciclo de vida, ciclo de vida parcial e primeiros estágios da vida com organismos aquáticos.
18 Os testes agudos são importantes, pois são estudos realizados para determinar a magnitude do risco de determinada substancia tóxica A menor dose ou concentração necessária para produzir uma resposta aguda é um indicador de maior risco que a substancia oferece ao meio ambiente. Um efeito crônico é produzido por concentração baixa e sob um longo tempo de exposição.
19 BIOCONCENTRAÇÃO: É o processo pelo qual uma substância é absorvida pelo organismo-teste apenas da água, por via branquial, dérmica e/ou por ingestão oral e fica mais concentrada no corpo do animal que na água. FATO DE BIOCONCENTRAÇÃO (BCF) Pode ser definido como a relação entre a concentração de uma substância nos tecidos do animal exposto e a concentração na água, na ausência da cadeia alimentar.
20 Fator de bioconcentração de inseticidas organoclorados em invertebrados aquáticos. ORGANISMOS FATOR DE BIOCONCENTRAÇÃO Cladocera (crustáceos) Amphipoda (crustáceos) Decapoda (crustáceos) Ephemetoptera Odonata Diptera
21 EFEITOS DAS MISTURAS DE COMPOSTOS TÓXICOS (INTERAÇÕES TOXICOLÓGICAS) EFEITO DE ADIÇÃO - efeito da mistura de dois agentes contaminantes é exatamente a soma dos efeitos de cada um. EFEITO DE POTENCIALIZAÇÃO - um dos contaminantes só tem efeito tóxico quando combinado com outro. EFEITO ANTAGÔNICO - quando misturados, diminui a ação tóxica. EFEITO SINÉRGICO efeito combinado de dois contaminantes é muito maior do que a soma dos efeitos de cada um deles aplicados sozinhos.
22 EFEITOS DAS MISTURAS DE COMPOSTOS TÓXICOS (INTERAÇÕES TOXICOLÓGICAS) Tipo de interação Efeito tóxico do agente A Efeito tóxico do agente B Efeito combinado de A + B Adição 20% 30% 50% Sinergismo 5% 10% 100% Potencialização 0% 20% 50% Antagonismo 20% 30% 5% INTERAÇÕES PODEM SER VARIÁVEIS, DEPENDE DA MAGNITUDE DA EXPOSIÇÃO.
23 PERIGO Avaliado em experimentos com animais de laboratório normas oficiais (nacionais ABNT, IBAMA, CETESB) e (internacionais EPA, OECD, WHO, ASTM, etc) Dados toxicológicos dos produtos (DL50, CL50, EC 50 etc).
24 Portaria Normativa N. 84 (15/10/96) IBAMA. Art. 2. A classificação quanto ao Potencial de Periculosidade Ambiental (PPA) baseia-se nos parâmetros biocumulação, persistência, transporte, toxicidade a diversos organismos, potencial mutagênico, teratogênico, carcinogênico, obedecendo a seguinte graduação: Classe I Produto altamente Perigoso Classe II Produto Muito Perigoso Classe III Produto Perigoso Classe IV Produto Pouco Perigoso
25 Portaria Normativa N. 84 (15/10/96) IBAMA. Anexo IV - PARTE D TOXICIDADE PARA ORGANISMOS NÃO-ALVO D.1 Microorganismos. D.2 Algas. D.3 Organismos do solo (minhocas) D.4 Abelhas. D.5 Microcrustáceos. D.5.1 Agudo. D.5.2 Crônico D.6 -- Peixes. D.6.1 Agudo. D.6.2 Crônico. D.7 Bioconcentração em peixes. D.8 Aves. D.8.1 Dose única. D.8.2 Dieta. D.8.3 Reprodução. D.9 Plantas. D.9.1 Fitotoxicidade para plantas não-alvo
26 NORMAS DA ABNT PARA PEIXES NBR de 03/ Ensaio de toxicidade com peixes - Parte I Sistema estático. NBR : Ensaio de toxicidade aguda com peixes - Parte II Sistema semi-estáticos. NBR : Ensaio de toxicidade aguda com peixes - Parte III Sistema de fluxo contínuo. NBR :2011 Ecotoxicologia aquática Toxicidade aguda - Método de ensaio com peixes. NBR :2015 Ecotoxicologia aquática Toxicidade crônica de curta duração Método de ensaio com peixes.
27 Testes de toxicidade aguda com peixes Danio rerio Pimephales promelas Larvas Carpas / trutas
28 TOXICIDADE AGUDA PARA PEIXES Número do teste no manual do IBAMA: D.3.1. OBJETIVO: Avaliar a toxicidade aguda para espécies de peixes. FUNDAMENTO: Exposição de peixes a várias concentrações em sistema de fluxo contínuo por 96 h. Determina-se a Concentração Letal Inicial Média - CL(I)50 96h. ACLIMATAÇAO
29 TOXICIDADE AGUDA PARA PEIXES Número do teste no manual do IBAMA: D.3.1. CONCENTRAÇÃO LETAL INICIAL MÉDIA - CL(I) 50-96h : Concentração nominal do agente químico que causa efeito agudo (letalidade) a 50% dos organismos-teste em 96 h de exposição. TESTE PRELIMINAR: Determinar o intervalo de dosagem letal (0 e 100%). ESPÉCIES Danio rerio (Cyprinidae) - paulistinha Poecilia reticulata (Poeciliidade)- guarú
30 TOXICIDADE AGUDA PARA PEIXES Número do teste no manual do IBAMA: D.3.1. CONTROLE DE QUALIDADE Organismos-teste: Lotes diferentes fazer teste de toxicidade aguda com 24 h, com uma substância de referência. Substância referência (ABNT NBR:15088, 2011): Cloreto de sódio (NaCl) Cloreto de potássio (KCl) Sulfato de cobre penta-hidratado (CuSO 4. 5 H 2 O) Dodecil sulfato de sódio (DSS) Dicromato de potássio (K 2 Cr 2 O 7 )
31 TOXICIDADE AGUDA PARA PEIXES Número do teste no manual do IBAMA: D.3.1. CONTROLE DE QUALIDADE Culturas de laboratório por longos períodos: fazer teste de toxicidade aguda 24 h pelo menos uma vez por mês. CL(I) 50 24h = ± 2 d.p. em relação aos valores médios anteriores. CL 50 Média
32 Número do teste no manual do IBAMA: D.3.1. Do Organismo-teste: CONTROLE DE QUALIDADE A letalidade e ou proporção de peixes com comportamento anormal no lote < 5% em 48 h antes do teste. Do teste: TOXICIDADE AGUDA PARA PEIXES - O 2 dissolvido 40% do valor da saturação H Letalidade e ou comportamento anormal no controle < 10%.
33 Aquário de aclimatação de peixes em sala climatizada para testes de toxicidade de agrotóxicos.
34 Teste de toxicidade aguda de agrotóxicos para peixes em sala climatizada.
35 Teste de toxicidade aguda de agrotóxicos para peixes em sala climatizada.
36 mortalidade (%) 100 Tilápia vermelha 100 Guaru y = 225,65x + 27,826 y = 0,4212x - 4,5714 R 2 = 0,9813 R 2 = 0,9361 CL50 = 129,21 mg/l CL50 = 0,1 mg/l ,05 0,1 0,15 concentrações (mg de oxicoreto de cobre/l) concentrações (mg de oxicloreto de cobre/l) Curvas de regressão linear entre concentrações de oxicloreto de cobre e porcentagem de mortalidade de tilapia vermelha e guaru, em água mole (Boock, 1998).
37 bioconcentração (ug/g) bioconcentração (ug/g) y = -8,5172x ,6 R 2 = 0,9427 Tilápia vermelha ,1 0,2 0,3 0,4 concentrações (mg de cobre/l) Guaru y = 19,544x + 0,2342 R 2 = 0,9973 concentrações (mg de cobre/l) Valores de cobre acumulado ( g/g) em tilápia vermelha e guaru durante o teste definitivo de toxicidade aguda de oxicloreto de cobre em 96 hs em águas mole (Boock, 1998).
38 Mortalidade (%) 100 H 2 O mole y = 43,89 + 4,05x R 2 = 0,3988 CL (l) 50-96h = 1,43 ppm 50 H 2 O represa CL (l) 50-96h = 3,31 ppm y = - 22, ,21x R 2 = 0, Concentrações (mg/l) Valores de cobre acumulado ( g/g) em tilápia vermelha e guaru durante o teste definitivo de toxicidade aguda de oxicloreto de cobre em 96 hs em águas mole (Boock, 1998).
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42 Produto: Piriproxifem Controle 100 mg/l
43 AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA CRITÉRIO PARA A CLASSIFICAÇÃO DA PERICULOSIDADE DOS AGROTÓXICOS PARA PEIXES (GUIMARÃES, 1996). CLASSE I - CL 50-96h < 0,1 ppm; CLASSE II - CL 50-96h > 0,1 a 10 ppm; CLASSE III - CL 50-96h > 10,0 a 100 ppm; CLASSE IV - CL 50-96h > 100 ppm. Produto altamente Tóxico Produto Muito Tóxico Produto Tóxico Produto Pouco Tóxico Obs: Esta classificação pode ser aplicada para periculosidade avaliada tanto em substrato neutro (água reconstituída) ou água natural utilizada na criação de peixes.
44 AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA CRITÉRIO PARA A CLASSIFICAÇÃO DA PERICULOSIDADE DOS AGROTÓXICOS PARA PEIXES (GUIMARÃES, 1996). GUARÚ: Parathion-methyl: CL 50-96h Água mole = 1,43 ppm Água de represa = 3,31 ppm Trichlorfon: CL 50-96h Água mole = 4,98 ppm Água de represa = 7,36 ppm Todos os valores são classificados na Classe II CLASSE II - CL 50-96h > 0,1 a 10 ppm; Produto Muito Tóxico
45 Toxicidade aguda diferencial do parathion methyl para espécies aquáticas. ESPÉCIE EXP (h) CL 50 (mg/l) Referência Brachydanio rerio 96 2,26 WIJK & KRAAIJ (1994) Channa orientalis 72 4,88 SHEREKAR & KULKARNI (1989) Daphnia magna 24 0,009 KUNGOLOS et al. (1999) Daphnia magna 48 0,002 KUNGOLOS et al. (1999) Fathead minnow 96 8,90 POST (1987) Heteropneustes fossilis 96 10,00 JAMES & SAMPATH (1994) Largemouth bass 96 5,22 POST (1987) Neomysis mercedis 96 0,20 BRANDT et al. (1993) Rainbow trout 96 2,70 TOMILIN (1995) Rainbow trout 96 2,75 POST (1987) Selenastrum sp 48 0,047 KUNGOLOS et al. (1999) Tubifex tubifex 96 0,60 SUSEELA et al. (1994) Vibrio fischeri 48 2,20 KUNGOLOS et al. (1999)
46 Concentrações ambientais estimadas (CAEs) na profundidade de 15 cm em diluições de 100%, 50%, 25%, 12,5%; 6,25% e 3,125% das maiores e menores doses dos inseticidas parathion-methyl e trichlorfon e riscos da contaminação ambiental para GUARU, água de represa (FERREIRA, 1998). Produto Dosagens Dosagens Porcentagem CAE Risco Ambiental L p.c.*/ha kg i.a.**/ha da dose mg/l 0,25 0,15 100,00 (%) 0,100 Moderado 0,25 0,15 50,00 0,050 Moderado 0,25 0,15 25,00 0,025 Baixo Parathion methil 0,25 0,15 12,50 0,0125 Baixo 0,25 0,15 6,25 0,00624 Baixo 0,25 0,15 3,13 0,00312 Baixo 1,00 0,60 100,00 0,4 Risco potencial 1,00 0,60 50,00 0,2 Moderado 1,00 0,60 25,00 0,1 Moderado 1,00 0,60 12,50 0,05 Moderado 1,00 0,60 6,25 0,025 Baixo 1,00 0,60 3,13 0,0125 Baixo Trichlorfon 0,42 0,21 100,00 0,14 Moderado 0,42 0,21 50,00 0,07 Baixo 0,42 0,21 25,00 0,035 Baixo 0,42 0,21 12,50 0,0175 Baixo 0,42 0,21 6,25 0,00875 Baixo 0,42 0,21 3,13 0,00438 Baixo 2,40 0,21 100,00 0,8 Risco potencial 2,40 1,20 50,00 0,4 Moderado 2,40 1,20 25,00 0,2 Moderado 2,40 1,20 12,50 0,10 Moderado 2,40 1,20 6,25 0,05 Baixo 2,40 1,20 3,13 0,025 Baixo * litros de produto comercial ** quilos de ingrediente ativo
47 Concentrações ambientais estimadas (CAEs) na profundidade de 30 cm em diluições de 100%, 50%, 25%, 12,5%; 6,25% e 3,125% das maiores e menores doses dos inseticidas parathion-methyl e trichlorfon e riscos da contaminação ambiental para guaru, água de represa (FERREIRA, 1998). Produto Dosagens Dosagen Porcentagem CAE Risco L p.c.*/ha kg i.a.**/ha da dose mg/l Ambiental 0,25 0,15 100,00 (%) 0,05 Moderado 0,25 0,15 50,00 0,025 Baixo 0,25 0,15 25,00 0,0125 Baixo Parathion Methyl 0,25 0,15 12,50 0,00625 Baixo 0,25 0,15 6,25 0, Baixo 0,25 0,15 3,13 0,00156 Baixo 1,00 0,60 100,00 0,2 Moderado 1,00 0,60 50,00 0,1 Moderado 1,00 0,60 25,00 0,05 Moderado 1,00 0,60 12,50 0,025 Baixo 1,00 0,60 6,25 0,0125 Baixo 1,00 0,60 3,13 0,00625 Baixo Trichlorfon 0,42 0,21 100,00 0,07 Baixo 0,42 0,21 50,00 0,035 Baixo 0,42 0,21 25,00 0,075 Baixo 0,42 0,21 12,50 0,00875 Baixo 0,42 0,21 6,25 0, Baixo 0,42 0,21 3,13 0, Baixo 2,40 0,21 100,00 0,4 Moderado 2,40 1,20 50,00 0,2 Moderado 2,40 1,20 25,00 0,1 Moderado 2,40 1,20 12,50 0,05 Baixo 2,40 1,20 6,25 0,025 Baixo 2,40 1,20 3,13 0,025 Baixo litros de produto comercial por hectare ** quilos de ingrediente ativo por hectare
48 Concentrações ambientais estimadas (CAEs) na profundidade de 2,0 m nas alíquotas de 100%, 50%, 25%, 12,5%; 6,25% e 3,125% das maiores e menores doses dos inseticidas parathion-methyl e trichlorfon e riscos da contaminação ambiental para guaru, água de represa (FERREIRA, 1998). Produto Dosagens Dosagens Porcentagem CAE Risco Ambiental l p.c.*/ha Kg i.a./ha da dose mg/l 0,25 0,15 100,00 (%) 0,0075 Baixo 0,25 0,15 50,00 0,00375 Baixo 0,25 0,15 25,00 0, Baixo 0,25 0,15 12,50 0, Baixo 0,25 0,15 6,25 0, Baixo 0,25 0,15 3,13 0, Baixo Parathion Methyl 1,00 0,60 100,00 0,03 Baixo 1,00 0,60 50,00 0,015 Baixo 1,00 0,60 25,00 0,0075 Baixo 1,00 0,60 12,50 0,00375 Baixo 1,00 0,60 6,25 0, Baixo 1,00 0,60 3,13 0, Baixo 0,42 0,21 100,00 0,0109 Baixo 0,42 0,21 50,00 0,00525 Baixo 0,42 0,21 25,00 0, Baixo 0,42 0,21 12,50 0, Baixo 0,42 0,21 6,25 0,00066 Baixo 0,42 0,21 3,13 0,00033 Baixo Trichlorfon 2,4 0,21 100,00 0,06 Baixo 2,4 1,2 50,00 0,03 Baixo 2,4 1,2 25,00 0,015 Baixo 2,4 1,2 12,50 0,0075 Baixo 2,4 1,2 6,25 0,00375 Baixo 2,4 1,20 3,13 0, Baixo * litros de produto comercial ** quilos de ingrediente ativo
49 Testes de toxicidade crônica com Peixes
50 TOXICIDADE CRÔNICA PARA PEIXES Número do teste no manual do IBAMA: D.3.2. OBJETIVO: Avaliar a toxicidade crônica de agentes químicos durante os estágios larvais de peixes. FUNDAMENTO: Exposição de larvas de peixes recém-eclodidas, em sistema de fluxocontínuo por 7 dias. Avalia-se os efeitos deletérios à sobrevivência e/ou crescimento (peso).
51 TOXICIDADE CRÔNICA PARA PEIXES Número do teste no manual do IBAMA: D.3.2. CONDIÇÕES EXPERIMENTAIS: Fotoperíodo de 11 h de luz, 25 2ºC, fluxo contínuo, ou semi-estático (renovação da água em 24 h). AVALIAÇÕES: CONCENTRAÇÃO DE EFEITO NÃO OBSERVADO (CENO): É a maior concentração nominal do agente tóxico que não causa efeito deletério estatisticamente significativo na sobrevivência e reprodução em 7 dias de exposição.
52 TOXICIDADE CRÔNICA PARA PEIXES Número do teste no manual do IBAMA: D.3.2. CONCENTRAÇÃO DE EFEITO OBSERVADO (CEO): É a menor concentração nominal do agente tóxico que causa efeito deletério estatisticamente significativo na sobrevivência e reprodução em 7 dias de exposição. VALOR CRÔNICO (VC): Média geométrica dos valores CENO e CEO. CONCENTRAÇÃO EFETIVA (CE50) : Concentração nominal do produto que causa efeito deletério a 50% dos organismos-testes em um tempo de exposição.
53 TOXICIDADE CRÔNICA PARA PEIXES Número do teste no manual do IBAMA: D.3.1. CONTROLE DE QUALIDADE: Organismos-teste: Lotes diferentes fazer teste de toxicidade aguda com 24 h, com uma substância de referência. Culturas de laboratório por longos períodos: fazer teste de toxicidade aguda 24 h pelo menos uma vez por mês. CL(I)50 24h = ± 2 D.P. em relação aos valores médios anteriores.
54 TOXICIDADE CRÔNICA PARA PEIXES Número do teste no manual do IBAMA: D.3.1. CONTROLE DE QUALIDADE: Do Organismo-teste: A letalidade e ou proporção de peixes com comportamento anormal no lote < 5% em 48 h antes do teste. Do teste: - O 2 dissolvido 40% do valor da saturação H Letalidade e ou comportamento anormal no controle < 20%.
55 BIOCONCENTRAÇÃO EM PEIXES Número do teste no manual do IBAMA: D.3.3. OBJETIVO: Avaliar o grau de bioconcentração de agentes químicos em peixes. FUNDAMENTO: Exposição de espécies de peixes autóctones durante um certo período de tempo. O sistema de exposição pode ser estático (substâncias solúveis), semi-estático (Solubilidade < 200 mg/l) ou de fluxo contínuo (Solubilidade < 1 mg/l).
56 CONDIÇÕES DO TESTE: Alimentação normal com ração seca, 1 g de peixe / L, fotoperíodo de 11 h de luz natural, temperatura ( 25 2ºC). AVALIAÇÃO: A intervalos regulares amostras de água e de peixes são coletados para acompanhar a assimilação da substância até a sua acumulação máxima, que é atingida no estado de equilíbrio. Após esta fase, os peixes são transferidos para água limpa, para avaliação do grau de depuração da substância bioacumulada. A partir destes dados é calculado o fator de bioconcentração e as concentrações de assimilação e depuração.
57 BIOCONCENTRAÇÃO EM PEIXES Número do teste no manual do IBAMA: D.3.3. BIOCONCENTRAÇÃO: Aumento da concentração da substância no organismo vivo em relação à concentração na água. ASSIMILAÇÃO: Processo de absorção da substância pelo organismo teste. DEPURAÇÃO: Processo de eliminação da substância do organismo teste para o meio.
58 BIOCONCENTRAÇÃO EM PEIXES Número do teste no manual do IBAMA: D.3.3. FATOR DE BIOCONCENTRAÇÃO (FB c ) Razão entre a concentração da substância no organismo (Cp) e a concentração na água (Ca). ESTADO DE EQUILÍBRIO: Condição em que a concentração no organismo é constante em relação ao tempo exposição. CONTROLE DE QUALIDADE: Menos de 10% de mortalidade na testemunha; Variação de 1 ºC na temperatura; Oxigênio dissolvido na água pelo menos 3 mg/ L.
59 BIOCONCENTRAÇÃO EM PEIXES Número do teste no manual do IBAMA: D.3.1. CONTROLE DE QUALIDADE: Organismos-teste: Lotes diferentes fazer teste de toxicidade aguda com 24 h, com uma substância de referência. Culturas de laboratório por longos períodos: fazer teste de toxicidade aguda 24 h pelo menos uma vez por mês. CL(I) 50 24h = ± 2 D.P. / aos valores médios anteriores.
60 BIOCONCENTRAÇÃO EM PEIXES Número do teste no manual do IBAMA: D.3.1. CONTROLE DE QUALIDADE: Do Organismo-teste: A letalidade e ou proporção de peixes com comporta-mento anormal no lote < 5% em 48 h antes do teste. Do teste: - O 2 dissolvido 40% do valor da saturação H Letalidade e ou comportamento anormal no controle < 10%.
61 bioconcentração ( g/g) 500 BIOCONCENTRAÇÃO EM PEIXES 400 acumulação depuração ,0769 mg/l de cobre 0,0200 mg/l de cobre ( CL50-96h : 1000 ) tempo (dias) Bioconcentração e depuração do cátion Cu +2 em TILÁPIA VERMELHA, descontado os valores da testemunha (BOOCK, 1999).
62 BIOCONCENTRAÇÃO EM PEIXES Número do teste no manual do IBAMA: D.3.3. ( CL50-96h : 100 ) Bioconcentração e depuração do cátion Cu +2 em GUARÚ, descontado os valores da testemunha (BOOCK, 1999).
63
64 Objetivo dos estudos ecotoxicológicos Pesquisa; Monitoramento Ambiental; Registro/periculoside de produtos químicos; Avaliação de impacto ambiental de efluentes; Controle da qualidade das águas continentais e marinhas, sedimentos e solos; Estabelecimento de critérios de qualidade de águas e efluentes líquidos, resíduos em solo.
65 PRÁTICA - - Instalação de teste de toxicidade aguda de agrotóxicos para GUARÚ. Tratamentos Conc. (mg i.a./l H 2 0) mlde calda/repet. 1. Testemunha Paration metílico 2,5 7,5 3. Paration metílico 5, Paration metílico 7,5 22,5 5. Paration metílico 10, Paration metílico 12,5 37,5 7. Oxicloreto Cobre 0,02 0,06 8. Oxicloreto Cobre 0,05 0,15 9. Oxicloreto Cobre 0,10 0, Oxicloreto Cobre 0,15 0, Oxicloreto Cobre 0,20 0,60 Solução Oxicloreto de cobre = 2 g/l Solução Parathion = 1,67 ml/l = 1000 ppm Vidros com 3 L de água e 5 peixes guarú (Poecilia reticulata)
66 PRÁTICA - % de mortalidade dos peixes no teste de toxicidade aguda de agrotóxicos para GUARU. 1º Dia 2º Dia 3º Dia 4º Dias Nº total % de TRATAMENTOS 5a.- Feira 6a. - Man 6a. - Tar 5a.- Feira 6a. - Man 6a. - Tar 5a.- Feira 6a. - Man 6a. - Tar 5a.- Feira 6a. - Man 6a. - Tar peixes mortos Mortalidade 1 - Controle 2 -= Parathion methyl 3 -= Parathion methyl 4 -= Parathion methyl 5 -= Parathion methyl 6 -= Parathion methyl 7 - Oxicloreto de cobre 8 - Oxicloreto de cobre 9 - Oxicloreto de cobre 10 - Oxicloreto de cobre 11 - Oxicloreto de cobre
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