Workshop Intervenção Comunitária. 13 e 14 de Maio de 2009
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- Marisa de Sintra Beltrão
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1 Workshop Intervenção Comunitária 13 e 14 de Maio de 2009
2 Etapas de construção de um Projecto de Intervenção Comunitária
3 Definição de Diagnóstico: O DIAGNÓSTICO traduz-se no conhecimento científico dos fenómenos e na capacidade de definir intervenções que atinjam as causas dos fenómenos e não as suas manifestações aparentes (Guerra, 2000)
4 Objectivos do Diagnóstico Documentar em que estado está o sistema de acção face ao problema identificado Identificar as questões-chave em torno das quais se podem formular os objectivos de mudança social Determinar a magnitude e importância dos problemas e as suas causalidades
5 Características do Diagnóstico Assenta na compreensão do carácter sistémico da realidade (mesmo quando se faz um diagnóstico parcelar) Envolve uma relação de causalidade linear numa primeira fase (identificação dos problemas e suas causalidades) é é mais global e integrado, numa segunda fase Deve ser multidisciplinar tanto quanto possível É um instrumento de participação e de conscientização dos actores É um instrumento de pesquisa-acção nas regras de concepção e concretização Já é intervenção porque é um instrumento de interacção e de compreensão da realidade
6 Fases na construção do Diagnóstico FASE 1 PRÉ-DIAGNÓSTICO FASE 2 DIAGNÓSTICO FASE 3 PRIORIDADES Fase exploratória, com base na documentação existente e em entrevistas com lideranças várias Fase de diagnóstico propriamente dita, com recolha de informação original e sua análise e interpretação Fase de hierarquização dos problemas, com base nos critérios definidos, e desenho de soluções alternativas
7 Técnicas de Diagnóstico Técnicas de Recolha de Dados: Técnicas clássicas: Observação Participante e/ou contactos informais, Observação Directa Entrevistas, Inquéritos Recolha Documental, Recolha Estatística Técnicas interactivas Reuniões públicas Workshops Temáticos Outras: Questionários, entrevistas e técnicas de incidentes críticos Fóruns Comunitários Entrevistas colectivas, orientadas (focus group interview) Mapas de Sucesso Trend analysis /análise de percursos Force Field analysis
8 Técnicas de Tratamento de Dados: Análises estatísticas Análise de conteúdo
9 Técnicas de análise e interpretação dos problemas e estabelecimento de prioridades: Espinha de Peixe Árvore de Problemas Análise de Causas e Consequências Grelha de prioridades de intervenção Estratégia Metaplan para a selecção de prioridades Análise da Variável Motriz Focus group
10 OR GA NIZ AÇ ÃO CO MU NIT ÁRI A (Ins titui çõe s/a sso ciaç ões/ Res iden tes) PROBLEM AS - Tecido institucional frágil, pouco sustentável, financeira e socialmente CAUSAS - Baixas qualificações dos Dirigentes - Cultura de dependência face ao Estado - Sector privado não sensibilizado para a comunidade - Organizações prestadoras de serviços não mobilizam população para participar - Pouca rotatividade nos corpos sociais - Desvalorização da parceria enquanto estratégia organizacional POTENCIALIDADES - Capital de experiência acumulado na gestão associativa - Comissão Social de Freguesia enquanto entidade sinérgica e catalizadora - Adesão generalizada das organizações à necessidade de mudança - Boa implantação e penetração das organizações na comunidade - Boa imagem e identidade da população em relação às organizações - Tecido representativo da população e diversificado - Vontade e interesse na mobilização de outro tipo de recursos - Tecido económico do concelho poderá ser mobilizado - ACISINTRA - Novas gerações de moradores RECURSOS JÁ EXISTENTES - CSF - Programa Kcidade na vertente Capacitação - Previsão de novos equipamentos mais adequados e qualificados - Capital humano com experiência e empenho GRUPOS MAIS AFECTADOS ABL s / IPSS DADOS QUE TRADUZEM O PROBLEMA - % das pessoas com 1º ciclo - Peso relativo das receitas do Estado - Não apresentação de candidatos aos corpos sociais - Fraca iniciativa na mobilização de recursos - Poucas organizações que envolveram o tecido empresarial - Não há iniciativas que envolvam, desde a concepção, os residentes - Não há um autodiagnóstico claro das organizações face às potencialidades e debilidades PRIORIDADES - Capacitar para sustentabilidade financeira (como envolver o tecido empresarial; como mobilizar outros recursos; como gerir de forma eficaz e potenciar os recursos existentes - Formação e qualificação dos dirigentes e recursos humanos das organizações (competências de gestão; metodologia de projecto; acompanhamento e avaliação das actividades e respectivo impacto; metodologias participativas; TIC; etc.) - Capacitar para o trabalho em parceria e planeamento integrado - Valorizar a participação dos residentes
11 Identificação e formulação dos problemas
12 Identificação e formulação dos problemas
13 Finalidades = grandes domínios de intervenção A definição das finalidades do plano indicam a sua razão de ser, as principais motivações que o atravessam e o sentido geral da intervenção. Normalmente, referem-se aos grandes domínios de intervenção. É importante que as finalidades não sejam descritas de forma ambígua, sendo preferível restringi-las em termos do seu número.
14 Objectivos Gerais = linhas de trabalho subordinadas às finalidades Os objectivos gerais são tal como as finalidades, englobantes, mas têm um estatuto subordinado face às finalidades definidas; indicam linhas de trabalho que concorrem para aquelas. Trata-se normalmente de especificar as grandes intenções expressas através das finalidades. Esta especificação não é ainda operacional e não situa temporal ou espacialmente esses objectivos.
15 Exemplos de Objectivos gerais Finalidade: Melhorar as condições de vida dos idosos Objectivos Gerais: Romper com situações de isolamento pes soal e social da população idosa. Preservar a autonomia e a ligação do idoso aos espaços que lhe são familiares. Finalidade: Reabilitar o bairro Objectivos Gerais: Introduzir melhoramentos no edificado
16 Objectivos Específicos = operacionalização dos objectivos gerais Os objectivos específicos referem-se já a resultados a obter e não só, como nas etapas anteriores, a orientações. Neste nível, pretende-se operacionalizar os objectivos gerais passando para um nível mais concreto de planificação da acção. Por essa razão, os objectivos específicos são mais descritivos, quantificando e/ou qualificando o que se pretende atingir. É importante que no estabelecimento dos objectivos se seja realista quer em relação aos prazos para a sua concretização, quer em relação aos recursos disponíveis.
17 Objectivo Geral Proporcionar aos habitantes apoio social na infância Objectivos Específicos Criar 100 lugares de creche, 100 lugares de jardim de infância e 75 lugares de A.T.L. no espaço de 1 ano
18 Definição de Estratégias = Articulação entre objectivos e recursos identificados Estas são formas de atingir objectivos e resultam da articulação entre os objectivos definidos e os recursos identificados. As estratégias são a síntese entre problemas, opções de mudança e recursos e são escolhidas normalmente, pelos seus efeitos multiplicadores.
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