Práticas de crimes de furtos e roubos na historiografia brasileira: algumas interpretações e métodos

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1 Práticas de crimes de furtos e roubos na historiografia brasileira: algumas interpretações e métodos Eliseu Ferreira Silva 1 Resumo: Este artigo visa apresentar algumas considerações acerca de abordagens historiográficas sobre a prática de roubo e furto, a partir dos processos-crime, desenvolvidas em algumas obras de História Social. É também objetivo do presente trabalho analisar as regularidades e assimetrias no tocante aos limites e possibilidades teórico-metodológicos nas abordagens das fontes criminais e policiais. Trata-se de um artigo de discussão bibliográfica, embora não exaustiva, sobre a temática e abordagem dos crimes contra a propriedade. Palavras-chave: roubos e furtos na historiografia brasileira; processos-crime; estratégias de sobrevivência e resistência Abstract: This article presents some considerations about historiographical approaches to the practice of robbery and theft, from criminal proceedings conducted in some works of social history. It is also objective of this study to analyze the regularities and disparities with regard to the limits and theoretical and methodological approaches in the possibilities of criminal and police sources. This is a bibliographic discussion paper, although not exhaustive on the subject and approach of crimes against property. Keywords: robbery and theft in Brazilian history; criminal cases; survival and resistance strategies Introdução Há algumas décadas os estudos sobre a temática do crime e da justiça criminal se consolidaram no âmbito acadêmico internacional. 2 A partir dos anos oitenta, influenciados por metodologias e análises da História Social inglesa, historiadores brasileiros começaram a utilizar, sistematicamente, fontes criminais e policiais. Primeiramente alguns autores buscavam nos testemunhos documentais indícios do cotidiano. Com isso, esses autores almejavam encontrar nas práticas de crime formas de resistência, estratégias de sobrevivência e sociabilidades, dentre outros. Posteriormente, outros autores pretenderam compreender as 1 Mestrando em História na Universidade Federal da Bahia. Contato: zeu_historia@yahoo.com.br. 2 Nesse sentido, uma contribuição de suma importância foi a obra coletiva dos historiadores ingleses: HAY, LINEBAUGH, THOMPSON (1975).

2 233 instituições que produziam essas fontes, as formas que eram produzidas e o lugar da violência e do crime em suas multiplicidades de formas e configurações históricas. 3 Ainda sobre os estudos que utilizaram a documentação policial e judiciária, vale ressaltar os cuidados metodológicos sobre os quais alguns autores chamaram a atenção. Primeiramente é importante lembrar que na abordagem da fonte judiciária e policial encontraremos pistas do comportamento popular em determinado contexto, e nunca se pode levar ao pé da letra o que está exposto. Além disso, há outro cuidado na abordagem: não generalizar as informações extraídas das falas dos envolvidos, sobretudo dos réus, como retratos fidedignos do cotidiano, pois corresponde à fala, muitas vezes manipulada por agentes da repressão. Contudo, as fontes policiais e judiciárias são imprescindíveis para resgatar experiências de pessoas comuns que se inseriram no labirinto da criminalidade. É nelas que ouvimos o subalterno, permitem não só entender o crime no espaço-tempo, mas, muito além, nos ajuda a resgatar as tramas individuais ou coletivas da população, o comportamento das camadas populares, da justiça e do aparato policial. Outrossim, os processos criminais não explicam a totalidade do acontecido, contudo, não deixam de ser uma fonte especialmente rica em detalhes, pois nos permitem uma aproximação com as falas dos indivíduos envolvidos, ainda que filtrada pela pena do escrivão (LARA, 1988, p. 24). 4 Também podem ser tirados dados quantitativos das fontes de carácter repressivo, porém, segundo E. P. Thompson: existe contraste entre métodos quantitativos e qualitativos de análise do crime, ou violência, e da repressão. Para ele, ao tratar esses temas o pesquisador não pode se restringir às técnicas estatísticas quantitativas apropriadas à história econômica, 5 pois, desse modo, negligencia as significações, os aspectos simbólicos e as especificidades de cada crime ou violência. Desse modo, esse corpus documental possibilitou o surgimento e avanço de pesquisas na historiografia brasileira, sobretudo no campo da História Social. Nesse sentido, estudos voltados à escravidão, trabalhadores pobres e Justiça criminal são algumas temáticas que se 3 Para um balanço sobre o fenômeno do crime na historiografia brasileira, ver: BRETAS (1991), CAMPOS (2007). 4 Segundo Marcos Bretas, é possível identificar duas correntes de abordagens na historiografia brasileira sobre crime: a primeira que tenta resgatar aspectos do cotidiano a partir das fontes de polícia e judiciária, e a segunda corrente, segundo este autor, considera os relatos extraídos nessas fontes como apenas uma versão do comportamento das camadas populares exibida diante dos homens que comandavam a Justiça. BRETAS (1991, p ). 5 THOMPSON (2001, p. 240).

3 234 debruçaram nas análises das fontes de origens repressivas. 6 Veremos nas páginas a seguir duas correntes que utilizaram fontes de órgão repressivos, uma para adentrar no cotidiano de pessoas comuns, e outra com objetivo de analisar as representações dos agentes envolvidos na feitura de tais documentos. Além disso, como local privilegiado para observação da dinâmica social e dos conflitos entre as classes numa dada realidade histórica (WISSENBACH, 1998, p. 21). Furtos e roubos nas malhas da escravidão Estratégias de resistência dos escravos, em diversas regiões do Brasil, ensejaram temáticas variadas. 7 Nessa miríade de temas, o crime foi interpretado, muitas vezes, como aspecto da resistência cotidiana dos escravizados. Segundo alguns autores da escravidão, os atos criminosos cometidos por escravos correspondiam às tentativas de resistência e sobrevivência no mundo do cativeiro. 8 Essas evidências, nos estudos sobre a escravidão, corroboraram para o aparecimento do estudo do crime enquanto objeto de análise. Cotejaremos algumas abordagens sobre os crimes de furtos e roubos em obras que trabalharam com temas múltiplos e que tocaram ou reservaram capítulos para analisar tais delitos. Maria Helena T. Machado (1987), em estudo sobre crime e escravidão em Campinas e Taubaté durante o século XIX, analisa as formas de resistência dos escravos. Segundo essa autora, a prática de crimes de furtos e roubos nessa região correspondia, na visão dos escravos, como suplementação a uma economia independente. Para compreender os significados históricos dos crimes contra a propriedade, esta autora analisa dezoito processos criminais, sendo nove referentes a roubos/furtos de produtos agrícolas e nove de objetos ou dinheiro (MACHADO, 1987, p. 39). Esses delitos ajudaram a autora construir sua tese: desvios da produção agrícola [...] desvendam diferentes aspectos da organização do trabalho escravo nas lavouras paulistas bem 6 Não discutirei aqui a já extensa bibliografia sobre criminalidade, crime, justiça criminal, polícia e formas históricas de punições. Minha preocupação centrar-se-á nos estudos historiográficos brasileiros que abordam os crimes de furtos e roubos. Assim, buscou-se analisar as perspectivas de abordagens de algumas obras já publicadas. Outra questão vale a pena ser ressaltada: nenhum livro aqui trabalhado trata estritamente de crimes de furto e roubo, todavia, discutem em capítulos ou em tópicos, sinalizaremos quando for oportuno. Também não é intenção aqui estudar sobre a Sociologia do Crime e do Direito, isso demandaria uma pesquisa de mais fôlego. 7 O furto/roubo foi uma possibilidade alternativa e urgente de suprir suas necessidades básicas dos escravizados em diversos contextos, ver: SOARES (2007). 8 A bibliografia sobre a escravidão no Brasil é bastante densa e consolidada. Para um balanço historiográfico, ver: CHALHOUB, SILVA (2009, p ).

4 235 como se apresentam enquanto atos de consciente resistência à dominação senhorial (MACHADO, 1987, p. 125). A autora encarou os registros judiciais como uma janela para resgatar o cotidiano dos escravos, a intenção é apreender nas entrelinhas dessa documentação, os testemunhos dos outros, do subalterno, que apesar das agruras do contexto, resistiram e sobreviveram. Assim, Machado não questiona a veracidade das fontes, suas formas de produção e seu caráter externo. Ela extrai o que é possível da documentação. Segundo ela: O processo criminal conduz o historiador, em primeira instância ao crime, e desde a sua remontagem, no quadro das tensões sociais que o geraram e na multiplicidade de eventos que o qualificaram como ato social (MACHADO, 1987, p. 125). Não obstante, voltando para os crimes de roubos/furtos abordados por ela, as subtrações de gêneros alimentícios e dinheiro, cometidas por escravos, correspondiam às estratégias de sobrevivência e acumulação, respectivamente. Os escravos de Campinas/Taubaté, segundo Maria Helena Machado, justificavam seus furtos como uma forma de apropriação de uma parcela da produção realizada e de defesas de práticas costumeiras ameaçadas. 9 Também seguindo nas trilhas da História Social, mas estudando o período colonial, Leila Mezan Algranti (1988), em O feitor Ausente, também tenta resgatar experiências de escravos e suas formas de contestação ao regime. O ambiente é o Rio de Janeiro no início do século XIX que, segundo a autora, era uma cidade escrava (ALGRANTI, 1988, p. 22). Seu escopo principal na pesquisa é, através dos crimes de escravos, detectar as articulações entre a camada escrava e a sociedade como um todo (ALGRANTI, 1988, pp ). Contudo, seu tema central é a escravidão urbana no Rio de Janeiro e os mecanismos de controle social criados para reprimir e conter a crescente população negra. A partir dessa motivação, esta autora analisa uma combinação de fontes primárias relativas às correspondências de autoridades locais e registros de prisões feitas pela polícia entre 1810 e 1821, este último totalizando em casos de detenções. Feito esse passeio panorâmico sobre a obra, cabe aqui analisar a forma que a autora abordou os crimes de furto e roubo. No quarto capítulo do livro, intitulado: Entre a suspeita e a chibata, Leila Algranti reserva um subtópico para discutir os Crimes contra a propriedade (ALGRANTI, 1988, p. 22). O objetivo dessa autora foi identificar um denominador comum nos roubos cometidos por escravos, entrementes, ela analisa de forma quantitativa as variáveis elencadas nas tabelas. Em sua pesquisa foi possível perceber a condição legal das vítimas, sendo que a maioria eram 9 Seguindo as perspectivas teórico-metodológicas da História Social inglesa, essa autora busca compreender os crimes praticados por escravos como forma de resistência á escravidão e, além disso, resultados de lutas por defesas de espaços de autonomia por vezes ameaçados. Nesse sentido, a autora toma de empréstimo ideias do historiador inglês Peter Linebaugh. Sobre essa perspectiva teórica, ver melhor em LINEBAUGH (1983, p. 129).

5 236 escravos do sexo masculino, assim, os crimes se davam em sua maioria entre iguais. Sobre a importância dos bens roubados/furtados, nas palavras da autora na maior parte pequenos furtos de itens que pudessem ser consumidos imediatamente, ou então negociados sem levantar muitas suspeitas (ALGRANTI, 1988, p. 179). Desse modo, o alvo principal dos crimes de escravos, segundo Algranti, era furto de roupa. A conclusão de Leila Algranti sobre os crimes parece muito com a de outras/os autoras/es. Segundo a autora, com exceção de alguns crimes de maior porte, os crimes praticados por escravos, estudados por ela, visavam uma complementação na economia diária, ou simplesmente uma forma de suprir as necessidades básicas, como os furtos de alimentos, roupas e pequenos animais (ALGRANTI, 1988, p. 180). Seguindo a mesma perspectiva de análise historiográfica, a partir dos pressupostos de historiadores ingleses, em seu livro Campos da Violência, a historiadora Silvia H. Lara (1988) utilizou fontes da repressão para resgatar experiências de escravos e suas múltiplas formas de resistência. Assim como as autoras que a antecederam, já aqui citadas, Lara analisa os processos e registros de prisões como uma possibilidade de alcançar as experiências vividas pelos indivíduos escravizados. Desse modo, as documentações oficiais produzidas sobre a égide do Estado serviram para analisar outros temas além do crime em si. Mesmo fazendo uma ressalva na introdução sobre os cuidados metodológicos ao trabalhar com a fonte criminal, Silvia H. Lara mergulhou nos autos na certeza de encontrar fragmentos do vivido. 10 Ao coletar os 31 processos referentes a furtos e cruzando com os 55 registros de prisões, a autora notou também que existiam diferenças entre essas duas instâncias sobre o controle social. Esta evidência sugere, segundo Silvia Lara, que os crimes de furtos poderiam ser solucionados nos âmbitos das fazendas e, quando sobressaíssem a esses ambientes, o senhor poderia facilmente pagar os objetos ou animais furtados pelo escravo às vítimas. Como já foi dito, a intenção dessas autoras foi analisar casos de crimes como local privilegiado para resgatar aspectos do cotidiano e compreenderem a resistência escrava de forma ampla, encarando os crimes de furtos, roubos, fugas, abortos, agressões físicas, homicídios, rebelião e suicídio como situações-limites (LARA, 1988, p ). Essas autoras influenciaram outros estudos sobre a escravidão a partir da ótica transgressiva da criminalidade. O trabalho de Maria Cristina Cortez Wissenbach (1998) segue nessa senda. Ao analisar a escravidão urbana em São Paulo nos anos de 1850 a 1880, 10 Alguns autores posteriormente criticaram o uso de tais fontes para uma aproximação do real. Ou seja, ao invés de achar o acontecido e/ou sua extensão como as tramas cotidianas, o que se poderia extrair da documentação era, apenas, quem a produziu e para quais propósitos. Ver, por exemplo: CORRÊA (1983), RIBEIRO (1995); MAGGIE (1992).

6 237 utilizando um arcabouço teórico marxista, Wissenbach busca o sentido social dos crimes entendendo-os como ações inconformadas dos sujeitos escravizados. Feita essa brevíssima apresentação vamos ao que interessa. Logo no primeiro capítulo O sentido social do crime e da criminalidade escrava, a autora designa um tópico para discutir seus achados da pesquisa, ao qual ela intitulou A indisciplina das mãos escravas: roubos e furtos (WISSENBACH, 1998, p. 51). Wissenbach encontrou nos autos 35 réus indiciados em crimes contra propriedade 37% cometeram roubos, 51% furtos e 11% estelionato. Apesar da variação dos objetos subtraídos e das categorizações feitas pelas autoridades judiciárias, a autora demonstrou que existia um denominador comum nesses crimes. Nas palavras da autora, tais ações envolviam aspectos da sobrevivência dos escravos uma vez que se apresentavam relacionados à apropriação de pequenos produtos ou quantidade (WISSENBACH, 1998, p. 51). Apesar de reservar apenas cinco parágrafos para analisar esses delitos, Wissenbach sofistica sua análise ao perceber que muitos crimes poderiam corroborar com apropriações simbólicas, como o roubo de um par de botinas, objeto estritamente pertencente ao mundo dos brancos. Em Processos-crime: Escravidão e violência em Botucatu, Cesar Mucio Silva (2004) analisa a violência no regime escravocrata. A partir das relações entre homens livre e escravos, o terceiro e último capítulo Os processos-crime, analisou as tensões e embates entre esses atores que chegaram a ser tratados pelo sistema judiciário. Cesar Mucio considera que nos processos-crime o que está em jogo é a manipulação do real, ou seja, são representações a partir de interpretações dos juízes, advogados, policiais e promotores. Assim, é possível perceber a interferência dos agentes judiciais, as formas de banalizações e construções de senso-comum, ou até mesmo revertendo problemas periféricos em problemas centrais, como o episódio do homicídio do ex-escravo Vicente Alvez. Nesse caso, Cesar Mucio percebeu que, a todo o momento os aparatos jurídicos tentaram incriminar a companheira de Vicente Alvez, acusada de manter amizades ilicitaz com o escravo homicida (SILVA, 2004, p ). Com esses cuidados teórico-metodológicos, Cesar Mucio resolveu, em suas análises, buscar o não falado, o não óbvio. Esse autor não reserva um tópico nem subtópico para discutir crimes contra a propriedade. Os casos de crimes de furto e roubo surgem, em sua narrativa, atrelados aos conflitos e tensões embutidos neles. Sua proposta metodológica visou, segundo Cesar Mucio Silva, ir além dos crimes em si. Segundo o autor de Processos-crime, foi possível vislumbrar nas falas das testemunhas valores morais, normas de condutas e regras sociais que estavam em jogo. Exemplo disso é um episódio de homicídio em 1886, atribuído

7 238 ao réu escravo Firmino Tucunduva, de 35 anos, solteiro, lavrador. Nesse caso ele percebe que a motivação do crime foi um cavalo furtado. Vai percebendo as variações das falas do réu ao longo do processo, mas, segundo ele, a pesquisa histórica exige muito mais que relatar os acontecimentos inseridos nos autos. É necessário ir além. Sua análise dá um salto de qualidade ao apontar para os variados significados simbólicos encontrados nos discursos dos envolvidos nesse processo. Independente de saber se o réu era culpado ou inocente, Cesar Mucio Silva percebe nesse processo as formas de ascensão dos escravos, mesmo que, segundo ele, no campo das representações, ao furtar um cavalo quase que exclusivos do mundo dos brancos (SILVA, 2004, p. 67), Firmino sonhava em equiparar-se ao status de um homem livre e com posse. 11 Em pesquisa sobre a escravidão no alto sertão da Bahia, durante 1830 a 1888, Maria de Fátima Novais Pires (2003), no livro Crime na Cor, analisa uma miríade de documentos: relatos de viajantes, processos-crime, posturas municipais, inventários, livros de registros casamentos e batismos, livros de registro de compra e vendas de escravos, livros de registro de cartas de liberdade e jornais. Sobre os processos criminais ela utilizou 113 no total, dos quais apenas cinco foram de crimes de furto/roubo. Sua importância ao estudar esses processos é resgatar, também, experiências de escravos e forros em uma localidade geográfica até então pouco estudada no tocante à escravidão. Esta autora privilegiou a análise qualitativa dos processos, e identificando as diferenças nos tratos do sistema jurídico sobre delitos cometidos por escravos e/ou forros nas vilas/cidades de Rio de Contas e Caetité, ao qual, segundo ela, existia uma insistente condição de suspeita e vigilância sobre as vidas dos escravos por parte dos aparatos policiais e jurídicos daquela região. Ancorada no aporte teórico thompsiano, Fátima Pires analisou formas de resistência e estratégias de sobrevivência, vendo os crimes como um produto de demandas históricosociais. No tocante a metodologia, de maneira meticulosa sobre a abordagem com as fontes, preocupando-se em buscar nas entrelinhas o não-dito inseridos nos discursos (PIRES, 2003, pp ). Desse modo, a análise sobre os processos históricos não corresponde em entender o nível de violência no regime escravista, é buscar na fonte a voz dos subalternizados, suas 11 Em estudo sobre trajetórias de ex-escravos nos últimos anos da escravidão e após, Walter Fraga Filho analisou um processo de lesões corporais em que aparecia um administrador de um engenho no Recôncavo baiano como vítima. A motivação foi uma reivindicação desse administrador sobre supostos bois furtados por libertos moradores próximos ao engenho. A partir das falas dos envolvidos, este autor percebeu que esses furtos não se configuravam apenas em crime contra propriedade, além disso, foi uma defesa das roças, sobretudo dos espaços de autonomia conquistados pelos indivíduos recentemente egressos do cativeiro. Assim, ao furtar, matar e comer esses bois, os libertos atacavam indiretamente, de forma simbólica, seus antigos senhores (nesse sentido ele recorre a dois autores que identificaram formas sutis de afronta e ataque ao algoz utilizando um animal com sua extensão. Ver também: DARNTON (1986); THOMPSON (1987); FRAGA FILHO (2006).

8 239 demandas e anseios. Assim, a autora utiliza os processos-crime como palco privilegiado para entender as experiências dos escravos em suas configurações de espaço e tempo. Para ela: O auto criminal é um material singular, por captar, registrar as nuanças e tensões sociais que envolveram várias regiões subordinadas ao regime de trabalho escravo. Mostram-se valiosos para a análise dos crimes, dos seus mecanismos impulsionadores, e possibilitam reconstituições da vida social. Apontam ainda para possíveis significados que dela fizeram os sujeitos envolvidos em situações tidas como infratoras (grifo da autora) (PIRES, 2003, p. 22). Todavia, assim como Cesar Mucio Silva, Maria de Fátima chama a atenção para outra dimensão da fonte criminal, que diz respeito a um cuidado metodológico, que seria a preocupação em identificar nas falas, o que silencia, aquilo que não está no campo do visível. Ou seja, para essa autora, assim como Cesar Mucio Silva, nas fontes criminais podese verificar as motivações dos delitos, as pessoas envolvidas, os lugares etc. Contudo, é importante estar atento sobre os discursos que são estabelecidos e forjados por quem produz a documentação e as formas de manipular as evidências no intuito de criminalizar, sobretudo os sujeitos subalternizados e marginalizados (PIRES, 2003, p ). Com essa lente de análise é que Maria de Fátima interpreta os crimes de furtos e roubos em sua pesquisa, privilegiando os casos particulares como frestas da realidade, não como o real. Ricardo Alexandre Ferreira (2011), em Crimes em comum, obra baseada em estudos de processos criminais envolvendo escravos da região da Comarca de Franca em São Paulo, registrados entre 1830 a 1888, aborda a criminalidade escrava em uma localidade onde existiram muitos senhores com poucos escravos. Com a mesma preocupação de Maria de Fátima N. Pires, esse autor analisou de forma minuciosa a documentação criminal referente a crimes praticados por escravos cotejando com os praticados por livres na intenção de identificar as assimetrias do rigor da justiça imperial na punição de livres e escravos. Para isso, nada menos que 779 processos-crimes foram analisados. Sua abordagem sobre esses processos não se restringe a nenhuma categoria de crimes, também não é dedicado nenhum capítulo para tratar crimes específicos. Sua problemática maior refere-se a questionar se os crimes eram sempre uma reação à escravidão. Contudo, em sua pesquisa, ele demonstra que muitos crimes praticados por homens livres e libertos convergiam com os praticados por escravos. Não obstante, de maneira sofisticada, sua abordagem encara as diferenças e interseções da criminalidade escrava e da criminalidade entre os livres. Sua atenção maior é sobre a justiça imperial, suas produções e os discursos que são forjados. Contudo, a fonte criminal para esse autor permite compreender as facetas do cotidiano. Também não destaca capítulo para os crimes contra propriedade, vai relatando casos de roubos e furtos na intenção

9 240 de interpretar outras práticas do cotidiano, os costumes e as estratégias de sobrevivências dos envolvidos nas querelas. Furtos e roubos praticados por indivíduos pobres Encarada como possibilidade de compreensão das lutas diárias pela sobrevivência, as fontes criminais foram também utilizadas nos estudos sobre pobreza. 12 Nas vicissitudes cotidianas o roubo e/ou furto representava uma possibilidade de resistência e sobrevivência, em alguns casos podiam ser vistos como represálias. Uma das obras pioneiras nesse sentido foi Desclassificados do Ouro, de Laura de Mello e Souza (2004). Ancorada em uma combinação de fontes: documentos oficiais, arquivos eclesiásticos, memórias publicadas nos anos 80 do século XVIII e início do XIX e estatísticas de viajantes, essa autora busca entender o cotidiano de indivíduos pertencentes às camadas pobres que viveram em Minas Gerais do século XVIII. Cabe aqui analisar sua abordagem sobre os crimes de furtos e roubos. No quarto capítulo Os protagonistas da miséria, Mello e Souza, a partir de processos criminais, chega a afirmar que esses crimes eram comuns ao mundo dos pobres, muitos homens pobres, mesmo os que trabalhavam, lançavam mão esporadicamente do bem alheio. Sua análise vislumbra numa perspectiva de ver nesses crimes contra a propriedade uma forma de complemento da renda ou obtenção de recursos básicos, como alimento. Desse modo, a autora analisou os autos de perguntas e extrai fragmentos das falas dos indiciados. Exemplo disso é o caso de Fulano de Campos que foi acusado de furtar um pouco de milho. Sua metodologia é qualitativa, nada de tabelas ou gráficos, sua intenção é, de forma indutiva, entender os significados desses crimes cotejando com outras práticas inseridas no universo dos homens pobres de Minas Gerais. Diferentemente da proposta metodológica de Laura de Mello e Souza, Boris Fausto (1984), 13 em Crime e Cotidiano, estabelece uma metodologia aplicada na perspectiva quantitativa. Para esse autor, uma de minhas preocupações consiste em apreender regularidades que permitam perceber valores, representações e comportamentos sociais, 12 Um estudo clássico está no livro Homens Livres na Ordem Escravocrata (1963), ao analisar processos criminais, Maria Silvia Franco percebeu que a violência era inerente às relações sociais do período estudado. E os processos criminais podiam ser analisados como reflexo do cotidiano, podendo perceber a incorporação da violência como um modelo socialmente válido de conduta. Assim, percebe-se que, em zonas de trabalho específicas o uso da violência é legitimado como resolução de conflitos. Segundo a mesma autora, a luta ingente na relação comunitária surge conjugada à constituição de um sistema de valores em que são altamente prezadas a bravura e a ousadia. FRANCO (1983, p ). 13 Contudo, vale lembrar que o objeto da pesquisa de Boris Fausto foi a criminalidade, diferentemente de Laura de Mello e Souza.

10 241 através da transgressão da norma penal (FAUSTO, 1984, p. 17). Em sua pesquisa Boris Fausto analisou, sobretudo, estatística de prisões e processos criminais referentes à cidade de São Paulo entre 1880 e Na perspectiva de Boris fausto, a criminalidade expressa a um tempo uma relação individual e uma relação social indicativa de comportamento, de representações e valores sociais. Segundo o mesmo autor, o crime diz respeito ao fenômeno na sua singularidade, cuja riqueza em certos casos não se encerra em si mesmo, como caso individual, mas abre caminho para muitas percepções (FAUSTO, 1984, pp. 9-17). São com essas prerrogativas que Fausto analisou a criminalidade em São Paulo em um contexto de constantes transformações. Nessa obra é interessante destacar a preocupação desse autor em analisar, minunciosamente, três categorias de crime, a saber: homicídio, furtos/roubos e crimes sexuais. Seu corpus documental refere-se a 297 processos com 512 pessoas como acusadas. Nesses processos, Boris Fausto retirou as variáveis - além das pessoais - de: tipos de crimes, se os réus tinham antecedentes, locais, alvos, objetos subtraídos, técnicas de roubo que predominavam e nacionalidade dos envolvidos. A partir dos resultados o autor remete suas impressões, é importante salientar que sua análise está mais preocupada em entender as regularidades da criminalidade e o que ela tinha a ver com o contexto de imigração, formações de fábricas e emancipação da escravatura. Ou seja, relacionar com as mudanças mais estruturais da sociedade, ele não está interessado em compreender as singularidades nas falas, nem ouvir as vozes dos envolvidos, haja vista ele entender que estavam em camisade-força padronizada, tecida segundo os cânones do jargão judiciário e da linguagem erudita (FAUSTO, 1984, p. 24). Mais interessado nas possibilidades no que nos limites, buscando uma análise a partir da História Social, Sidney Chalhoub (2001) mergulhou no dia-dia de homens comuns a partir dos processos criminais. O livro aborda vários assuntos até então pouco pesquisados na historiografia: histórias de amor, brigas em botequins, tensões entre indivíduos pertencentes a grupos étnicos e nacionais, são algumas das temáticas dessa pesquisa. Nessas tensões cotidianas entre trabalhadores no Rio de Janeiros da belle époque é que surgem, também, crimes contra a propriedade. Sua preocupação é compreender o cotidiano em suas variadas manifestações, sobretudo nos conflitos e tensões, por isso, a fonte criminal é de suma importância para esse resgate. Para Chalhoub: ler processos criminais não significa partir em busca do que realmente se passou` porque esta seria uma expectativa inocente da mesma forma como é pura inocência objetar à utilização dos processos criminais porque eles mentem`. O importante é estar atento às coisas que se repetem sistematicamente: versões que se

11 242 reproduzem muita vezes, aspectos que ficam mal escondidos, mentiras ou contradições que aparecem com frequência. (CHALHOUB, 2001, p ) Assim, esse autor reconhece os cuidados metodológicos ao utilizar tal fonte, entrementes, é salutar reconhecer a riqueza de elementos do cotidiano que podem ser extraídos a partir de sua análise rigorosa. Para Sidney Chalhoub, a escolha das fontes criminais reverberam possíveis aproximações com o real, assim como local privilegiado para a compreensão das contendas cotidianas. No capítulo Sobrevivendo..., em tópico conflitos entre companheiros de trabalho, desempregados e gatunos, esse autor analisou processos em que aparecem casos de roubo e furto como motivações de conflitos. Sua intenção é extrair, a partir dos relatos das testemunhas, sobretudo, as situações típicas e aspectos comuns enfrentados pelos trabalhadores no Rio de Janeiros durante o período republicano. Assim, ele analisou em processos referentes a crimes contra a pessoa os conflitos raciais e nacionais que estavam emaranhados em um universo maior das lutas pela sobrevivência. Ele identifica 22 processos em que aparecem tais conflitos. Em sua narrativa dá destaque a alguns deles, porém, numa descrição densa, extraindo as principais falas, coadunando com o não óbvio, buscando as questões subjetivas que não aparecem explicitamente nas falas. Na mesma intenção de entender o cotidiano de indivíduos das camadas populares, agora em Santos, André Rosemberg (2006), em Ordem e burla, analisou a documentação policial e judiciária (138 processos) entre a transição do Império e a República. Contudo, seu referencial teórico pressupõe olhar os processos muito mais como auto (uma tentativa inacabada de construção e tentativas de alcançar o real), do que como atos ou verossimilhanças do acontecido. Seguindo os ensinamentos do filósofo francês Michel Foucault, esse autor analisou os discursos que são forjados nos tribunais, a manipulação por parte dos responsáveis pela confecção dos autos, afirmando que esses podem manipular, deturpar e limitar os discursos. Para ele, os processos-crime não podem ser encarados como uma peça monolítica (ROSEMBERG, 2006, p. 23). Deve-se, segundo esse autor, cuidado com cada parte do processo, reconhecendo as especificidades e singularidades. Mesmo utilizando um arcabouço teórico mais voltado para a compreensão das instituições e dos discursos, André Rosemberg não se distancia da História Social, sua pesquisa não descarta as falas dos envolvidos e suas tramas e estratégias para inserir suas formas de resistência. No capítulo dois do seu livro, Cidades dos pobres, o autor destaca um tópico ( Salários baixos, mãos gatunas ) para tratar dos quinze processos de crimes contra o patrimônio. Assim como Chalhoub, a utilização dessa documentação visa à compreensão de um fenômeno maior, no

12 243 seu caso o cotidiano de pobreza material em Santos nas duas últimas décadas do século XIX. Assim, concatenando com um universo mais amplo, Rosemberg pôde perceber como a carestia material inferia nas vidas dos habitantes de Santos, e queos furtos e roubos eram motivados pela pobreza material. Nas abordagens desse autor, as práticas delitivas de roubo são formas quase que espontâneas de resposta à miséria, uma resistência à situação paupérrima (ROSEMBERG, 2006, p. 70). Ainda no rol das pesquisas voltadas ao cotidiano em suas múltiplas configurações, Joana Medrado analisou - além de outros documentos -, processos-crime. Para ela, esse tipo de documentação remonta o cotidiano de disputas internas nas fazendas, também demonstra os laços de solidariedade dos vaqueiros com outros vaqueiros e com os fazendeiros. Os processos foram utilizados, de modo geral, no segundo capítulo Velhos conflitos e novas solidariedades onde ela aborda as relações sociais e os conflitos entre os habitantes de Jeremoabo, bem como os furtos de animais. A partir dos autos criminais entre 1880 a 1900 (totalizando 25 processos de furto), a autora adentrou no universo cotidiano das relações de poder. Segundo ela, os mesmos processos podem nos ajudar a identificar o perfil social de personagens importantes no contexto, como os fazendeiros, vaqueiros, criadores e lavradores (MEDRADO, 2012, p. 85). Para essa autora, os episódios inseridos nos processos podem coadunar com a teia de relações conflituosas nos âmbitos de trabalho que chegavam a situações limite. São crimes contra a propriedade que demonstravam uma miríade de significações: estratégias de liberdade, defesa de direitos costumeiros e busca pela sobrevivência. Nesse contexto envolto de convulsões sociais e politicas (guerra de Canudos, abolição da escravatura, início da República e grandes secas) surgia também o ladrão de ocasião (MEDRADO, 2012, p. 98). Um caso de furto ocorrido em 1900 mostra a possibilidade de represália ao fazendeiro, é o caso do réu Joaquim (egresso do arraial de Canudos. Segundo a autora, esses indivíduos eram conhecidos na comarca e famigerados), nesse episódio Joaquim com ajuda de outros foram presos por terem roubado e matado um boi, a justificativa era a invasão de suas roças e os estragos sobre as plantações. Aqui o furto era uma forma de compensar a roça estragada além de ser uma espécie de represália ao fazendeiro. Nesse sentido Joana Medrado dá um salto de qualidade nos estudos que utilizaram processos criminais como forma de acessar o cotidiano, pois, ao perceber que esses indivíduos não estavam, apenas, imbuídos e motivados pela fome, ela interpreta tais transgressões como formas subjetivas de retaliação e afronta (MEDRADO, 2012, p. 101). Considerações finais

13 244 Foi objetivo desse artigo, levantar algumas considerações de caráter teóricometodológico sobre as abordagens de crimes de furtos e roubos em livros e capítulos de livros de pesquisas históricas. Foi possível notar uma grande influência da História Social Inglesa nos estudos da criminalidade a partir da década de Os autores aqui trabalhados buscaram interpretar as fontes judiciárias como possibilidades viáveis para resgatar experiências e cotidianos de grupos inferiores, oprimidos e subalternizados. Contudo, é salutar estar atento às diferentes abordagens dos autores, pois qualquer fenômeno/prática social se manifesta de acordo com as especificidades de cada época e região. Lembrando também que não foi objetivo aqui fazer uma revisão bibliográfica sobre a criminalidade na historiografia, nem também um balanço sobre o uso da documentação judiciária nos estudos de História, isso demandaria uma pesquisa mais aprofundada e de maior fôlego, haja vista a quantidade abundante de estudos voltados ao crime e a criminalidade. O que buscamos nesse artigo foi analisar como alguns autores interpretaram as práticas de roubos e furtos em seus estudos. Vimos que é possível identificar duas correntes que, de maneira geral, estão inseridas nos estudos sobre o crime e a criminalidade na história. Essas correntes de interpretação têm como aspectos: a primeira analisa a documentação judiciária como janela do cotidiano, buscando encontrar aspectos sociais exteriores ao ato; a segunda, que utiliza as fontes policial e criminal apenas como representações dos órgãos repressivos. De modo geral, uma que utilizou processos como pano de fundo das relações sociais para apreensão do cotidiano e experiências dos envolvidos e; uma segunda que descartou essa possibilidade de encontrar fragmentos dos atos, argumentando apenas encontrar, nos discursos, autos manipulados por sujeitos pertencentes ao sistema jurídico. Foi possível notar uma grande consonância nas interpretações desses crimes, que de maneira geral correspondiam a estratégias de sobrevivência em variados contextos. Talvez seja simplória essa evidência, mas não quer dizer que as análises dos pesquisadores se resumiam a isso. Esses autores, independentemente de suas escolhas teóricas e metodológicas, contribuíram para entender o crime enquanto um objeto histórico a ser analisado. Visto há décadas atrás como patologia ou desvio de conduta, esses trabalhos, além de outros, fizeram dissolver essas ideias reducionistas. Ao colocar os crimes como situações-limites, os sujeitos dominados ganharam voz na historiografia e suas transgressões passaram a ser vistas como respostas ao sistema imposto, resistências cotidianas, defesas de direitos, práticas costumeiras e defesa à microeconomia, retaliações à quebra de acordos e defesa de autonomias conquistadas e em maior escala: como estratégia de sobrevivência.

14 245 Referências ALGRANTI, Leila Mezan. O feitor Ausente: estudos sobre a escravidão urbana no Rio de Janeiro Petrópoles, RJ: Vozes, BRETAS, Marcos Luiz. O Crime na Historiografia brasileira: uma revisão da pesquisa recente. Boletim informativo Bibliográfico de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, 1991, p CAMPOS, Adriana Pereira. Crime e Escravidão: Uma interpretação alternativa. In: CARVALHO, J. M. (org.). Nação e cidadania no Império: novos horizontes. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007, pp CHALHOUB, Sidney & SILVA, Fernando Teixeira. Sujeitos no imaginário acadêmico: escravos e trabalhadores na historiografia brasileira desde os anos Cadernos AEL, Campinas, SP, UNICAMP/IFCH, v.14, n. 26, p , CHALHOUB, Sidney. Trabalho, lar e botequim: o cotidiano dos trabalhadores no Rio de Janeiro da belle époque. 2ª ed. Campinas, SP: Editora da Unicamp, CORRÊA, Mariza. Morte em família representações jurídicas de papéis sexuais. Rio de Janeiro: Graal, 1983 DARNTON, Robert. O Grande Massacre de Gatos e outros episódios da História Cultural francesa. Rio de Janeiro: Graal, FAUSTO, Boris. Crime e Cotidiano: A criminalidade em São Paulo ( ). São Paulo: Brasiliense, FERREIRA, R. A. Crimes em comum: escravidão e liberdade sob a pena do Estado Imperial brasileiro. São Paulo: Editora Unesp, FRAGA FILHO, Walter. Encruzilhadas da Liberdade: histórias de escravos e libertos na Bahia ( ). Campinas/SP: Editora da Unicamp, FRANCO, Maria Sylvia de Carvalho. Homens Livres na Ordem Escravocrata. 3ª ed. São Paulo, SP: Kairós Livraria Editora, HAY, Douglas; LINEBAUGH Peter e THOMPSON, Edward P. (orgs.). Albion s fatal tree: crime and society in eighteenth-century England. New York: Pantheon, LARA, Sílvia Hunold. Campos da violência: escravos e senhores na Capitânia do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Paz e Terra, LINEBAUGH, Peter. Crime e Industrialização: a Grã-Bretanha no século XVIII. In: PINHEIRO, Paulo Sérgio. Crime, violência e poder. São Paulo, Brasiliense, p. 129.

15 246 MACHADO, Maria Helena P. T. Crime e Escravidão: trabalho, luta e resistência nas lavouras paulistas São Paulo: Brasiliense, MAGGIE, Yvonne. Medo do feitiço: relações entre magia e poder no Brasil. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, MEDRADO, Joana. Terra de vaqueiros: ralações de trabalho e cultura política no sertão da Bahia, Campinas, SP: Editora da Unicamp, PIRES, Maria de Fátima Novaes. O crime na cor: escravos e forros no alto sertão da Bahia ( ). São Paulo: Annablume/Fapesp, RIBEIRO, Carlos Antonio Costa. Cor e criminalidade estudo e análise da justiça no Rio de Janeiro ( ). Rio de Janeiro: UFRJ, 1995 ROSEMBERG, André. Ordem e Burla: processos sociais, escravidão e justiça em Santos, São Paulo: Alameda, SILVA, César Mucio. Processos-Crime: Escravidão e Violência em Botucatu. São Paulo. Alameda, SOARES, Luiz Carlos. O 'povo de Cam' na capital do Brasil: a escravidão urbana no Rio de Janeiro do século XIX. Rio de Janeiro: Faperj; 7Letras SOUZA, Laura de Mello e. Desclassificados do Ouro: A pobreza mineira no século XVIII. 4ª ed. Rio de Janeiro: Edições Graal, 2004, pp THOMPSON, E. P. Thompson, Senhores & Caçadores: a origem da Lei Negra. Rio de Janeiro: Paz e Terra, THOMPSON, E. P. Folclore, Antropologia e História Social. In: THOMPSON, E. P. As peculiaridades dos ingleses e outros Artigos. Campinas-SP: Unicamp, 2001, p WISSENBACH, Maria Cristina Cortez. Sonhos africanos e vivências ladinas: escravos e forros em São Paulo ( ). São Paulo: HUCITEC, 1998.

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