Diversidade Étnico- Racial e Educação Superior Brasileira

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1 Diversidade Étnico- Racial e Educação Superior Brasileira

2 Conselho Editorial Ahyas Siss, Alvanísio Damasceno, Gláucio Pereira, Iolanda de Oliveira, Mariluce Bittar, Paulo Vinicius Baptista da Silva. LEAFRO Laboratório de Estudos Afro-Brasileiros (NEABi/UFRRJ)

3 Ahyas Siss (Org.) Diversidade Étnico- Racial e Educação Superior Brasileira: experiências de intervenção Aloisio Jorge de Jesus Monteiro Cláudia Regina de Paula Dalila Fonseca Benevides Daniela Silva Santo Darci Secchi Delcele Mascarenhas Queiroz Iolanda de Oliveira Leila Dupret Lucília Augusta Lino de Paula Maria Alice Rezende Gonçalves Maria Lúcia Rodrigues Muller Paulo Vinicius Baptista da Silva Rio de Janeiro 2008

4 Copyright 2008 by Ahyas Siss, Aloisio Jorge de Jesus Monteiro, Cláudia Regina de Paula, Dalila Fonseca Benevides, Daniela Silva Santo, Darci Secchi, Delcele Mascarenhas Queiroz, Iolanda de Oliveira, Leila Dupret, Lucília Augusta Lino de Paula, Maria Alice Rezende Gonçalves, Maria Lúcia Rodrigues Muller e Paulo Vinicius Baptista da Silva. Todos os direitos desta edição reservados à Quartet Editora & Comunicação Ltda. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, ou de partes do mesmo, sob quaisquer meios, sem a autorização expressa da Editora. Capa??? Editoração Eduardo Cardoso dos Santos Revisão Alvanísio Damasceno Quartet Editora & Comunicação Ltda. Rua da Candelária, nº 9 Grupo 1004 / 1010 Centro Rio de Janeiro RJ Tels.: (021) Fax: (021) vendas@quartet.com.br Editora associada à Editora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Rodovia BR 465, Km 7, Centro Seropédica RJ UFRRJ/DPPG/EDUR/Pav. Central /sala 102 Fone (0xx21) ramal FAX (0xx21) edur@ufrrj.br

5 SUMÁRIO Introdução... 7 Ahyas Siss O Leafro, relações étnico-raciais e a formação de professores: uma experiência de intervenção multicultural Ahyas Siss Políticas curriculares nacionais: o caso da Lei n na abordagem do ciclo de políticas Cláudia Regina de Paula Jovem da Baixada Fluminense, religião de matriz afro-brasileira e subjetividade: um entrelaçamento à luz da complexidade Leila Dupret A incorporação da dimensão racial do fenômeno educativo às funções da universidade: origem e atuação do Programa de Educação sobre o Negro na Sociedade Brasileira (Penesb) Iolanda de Oliveira Educação e relações raciais em Mato Grosso Maria Lúcia Rodrigues Muller Educação das relações étnico-raciais na terra das araucárias Paulo Vinicius Baptista da Silva

6 Para além do imaginário congelado do território e da identidade brasileira: entre memória e tradições indígenas Aloisio Jorge de Jesus Monteiro Formação de professores para a autonomia indígena Darci Secchi Relações raciais e desigualdade: resistências à política de cotas na universidade Lucília Augusta Lino de Paula Estudantes de uma universidade estadual com cotas: a percepção do racismo e da política de ações afirmativas Dalila Fonseca Benevides, Daniela Silva Santo e Delcele Mascarenhas Queiroz O sistema de reserva de vagas na Universidade do Estado do Rio de Janeiro e a participação do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da UERJ na permanência de alunos afro-brasileiros Maria Alice Rezende Gonçalves

7 INTRODUÇÃO Esse livro foi escrito a várias mãos e em lugares diferentes. Sob o título Diversidade étnico-racial e educação superior brasileira: experiências de intervenção, reúne experiências diversificadas de intervenção na educação brasileira. O livro possui, como eixo articulador, as intervenções efetivadas por diferentes pesquisadores e por seus grupos de pesquisa, na confluência estabelecida pela educação superior brasileira como política pública, ou seja, o Estado em ação e as desigualdades étnico-raciais brasileiras. Esses pesquisadores estão preocupados e comprometidos com a qualidade da educação superior brasileira como política pública. Há a mesma preocupação em construir mecanismos que possibilitem o efetivo cumprimento das Leis /03 e /08, interferindo nos processos de inserção precarizada de diferentes segmentos populacionais brasileiros no processo educativo e na forma pela qual se configuram o acesso e a permanência na educação superior brasileira, de grupos étnicos, colocados em posição de subalternidade social e política. O papel que o Estado brasileiro vem desempenhado nesse processo é identificado, analisado e questionado 7

8 Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira nos vários artigos da coletânea. São apresentadas intervenções nos processos de formação de professores nas suas dimensões inicial e continuada, buscando efetivá-los sobre bases multiculturais, como convém a uma sociedade étnica e racialmente estratificada como é a brasileira. Ainda que não se possa negar o caráter multicultural da sociedade brasileira, os currículos dos cursos de formação de docentes, tanto inicial quanto continuada, vêm sistematicamente ignorando essa realidade ao homogeneizar racialmente a população brasileira. Essa constitui, sem dúvida, uma das formas de se promover à invisibilidade dos diversos grupos étnico-raciais que compõem a sociedade. Promovida essa invisibilidade, não haverá motivos para se implementar uma política pública de educação em perspectiva multicultural. A lacuna deixada pelos cursos de formação de professores, no que diz respeito à prática docente no seio de uma sociedade plural, bem como à diversidade étnico-racial de seus alunos, obstaculizará o professor na identificação de práticas discriminatórias em sala de aula, dificultando, ainda, a criação de estratégias e de mecanismos de combate às mesmas por esse profissional, a quem caberá, nas salas de aula, explicitar sem hierarquizar as diferenças étnico-raciais, culturais, econômicas e de gênero de seus alunos, transformando as salas de aula e, por conseguinte, a instituição escola, em um espaço democrático, espelho da riqueza humana. Diversas universidades brasileiras vêm implementando experiências de políticas públicas de ação afirmativa e de cotas étnico-raciais, privilegiando os aspectos da democracia de acesso e de permanência no ensino superior, para negros e indígenas. Podemos encontrar algum tipo de política de cotas, ou de ação afirmativa, social, étnica e racialmente enviesadas em diversas universidades estaduais e federais como: Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Univer- 8

9 Introdução sidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), Universidade do Estado de Goiás (UEG), Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Universidade Federal do Tocantins (UFT) e na Escola Superior de Ciências da Saúde de Brasília (ESCS), as duas últimas, voltadas para alunos oriundos de escolas públicas e, as supracitadas, com forte viés de classe social. Democratizar o acesso à universidade é um passo. Entretanto, como se viabiliza a democracia de realização dos alunos negros e indígenas, quando comparados aos alunos brancos das universidades brasileiras? Quais os mecanismos que asseguram a permanência não subalternizada desses alunos na universidade? O que nos ensinam as experiências de universidades pioneiras na implementação das políticas de cotas étnicas ou racialmente definidas? Ahyas Siss, em O Leafro, relações étnico-raciais e a formação de professores: uma experiência de intervenção multicultural, ao discorrer sobre a necessidade de se implementar a formação de professores em perspectiva multicultural, analisa a contribuição que o Leafro (Laboratório de Estudos Afro-brasileiros), o núcleo de estudos afro-brasileiros da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) oferece ao processo de formação continuada de professores da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, e ressalta as formas pelas quais esse laboratório 9

10 Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira vem, efetivamente, intervindo nesse processo. Criado em 2006, o Leafro desenvolve atividades de ensino, pesquisa e extensão, aprofundando análises das articulações estabelecidas entre as dimensões raciais e étnicas, de classe, cultura, de gênero, bem como do mundo do trabalho na sua interseção com as relações étnico-raciais brasileiras e com o processo educativo formal. Nesse sentido, esse laboratório promove ações afirmativas étnica e racialmente enviesadas, com resultados significativos no processo de formação de professores, no âmbito da Baixada Fluminense e da própria UFRRJ, além de participar ativamente das discussões sobre as possibilidades de implantação de políticas de cotas étnico-raciais naquela universidade. Políticas curriculares nacionais: o caso da Lei n na abordagem do ciclo de políticas é o artigo assinado por Cláudia Regina de Paula, em que a autora discute as contribuições da abordagem do ciclo de políticas, formulada por Stephen Ball e seus colaboradores, especificamente sobre a política que inclui no currículo da escola básica a história e a cultura afro-brasileira, através da Lei n , bem como as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais (Parecer 003/2004). O artigo Jovem da Baixada Fluminense, religião de matriz afro-brasileira e subjetividade: um entrelaçamento à luz da complexidade, da pesquisadora Leila Dupret, apresenta estudos realizados a partir de 2006 com jovens habitantes da Baixada Fluminense, levando em conta o que é decantado pela mídia, incluindo sua concepção étnico-racial, acrescida pelo atravessamento cultural afrobrasileiro advindo do campo religioso, considerando suas informações míticas como fonte para a construção do conhecimento, destacando neste contexto o papel ativo da mulher em sua participação no cenário político, econômico e divulgador dos usos, costumes e tradições constituintes de nossa brasilidade. A autora analisa também 10

11 Introdução como supostos futuros professores estão lidando com as diferentes modalidades de saber. Iolanda de Oliveira, em seu A incorporação da dimensão racial do fenômeno educativo às funções da universidade: origem e atuação do Programa de Educação sobre o Negro na Sociedade Brasileira (Penesb), discorre sobre a criação do Penesb e de sua incorporação à estrutura da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense (Feuff), além de fazer considerações sobre referenciais teóricos pertinentes à pesquisa e à formação dos profissionais da educação com vistas ao atendimento satisfatório aos grupos humanos diferenciados cultural e biologicamente, particularmente os grupos negros. Educação e relações raciais Em Mato Grosso é o artigo em que a pesquisadora Maria Lúcia Rodrigues Müller discute os processos intra-escolares que produzem o fracasso escolar de alunos negros, que, quando não fracassam, têm trajetórias escolares mais acidentadas que alunos brancos. No texto, a autora aborda alguns aspectos das relações raciais nas escolas de Mato Grosso tomando como base os resultados de pesquisas realizadas no Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Relações Raciais e Educação (Nepre) da Universidade Federal de Mato Grosso. Paulo Vinicius Baptista da Silva, pesquisador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade Federal do Paraná (Neab-UFPR) contribui, nessa obra coletivamente produzida, com o seu artigo intitulado Educação das relações étnico-raciais na terra das araucárias, no qual discute o processo de formação de professores (as) sobre História e Cultura Afro-Brasileira e sobre Educação das Relações Étnico-Raciais desenvolvido pelo Neab-UFPR desde o ano de A educação indígena se faz presente, neste livro, por meio de dois artigos, dos pesquisadores Aloisio Jorge de Jesus Monteiro e Darci Secchi. Monteiro, em seu Para além do imaginário congelado do território e da identidade brasileira: entre memória e tradições indígenas, fun- 11

12 Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira damentado em Walter Benjamin, afirma que a luta pela demarcação dos territórios indígenas, em conexão com a defesa das identidades de seu patrimônio histórico cultural, assume características de centralidade no debate atual. O autor procura, ainda, identificar os conceitos de território e identidade, bem como, suas possíveis confluências com a complexidade das novas configurações atuais. Já Secchi, em Formação de professores para a autonomia indígena, afirma que o debate acerca da implantação de políticas públicas dirigidas a segmentos sociais específicos (negros, índios, pobres, etc.) tem ocupado um lugar de destaque no cenário acadêmico contemporâneo. O autor discute a educação escolar indígena por considerá-la uma das âncoras do movimento de consolidação do chamado protagonismo indígena e assegura que a consolidação de uma nova perspectiva para a educação escolar indígena em Mato Grosso na última década foi possível graças a um amplo programa de formação de professores, mas que foi necessário conjugar a educação escolar a outras iniciativas que procuraram superar as atuais políticas compensatórias e se voltaram para a construção de relações pautadas na autonomia e no protagonismo dos brasileiros indígenas, quer vivem nas aldeias, quer vivam nas cidades. A pesquisadora Lucília Augusta Lino de Paula, ao discutir as Relações raciais e desigualdade: resistências à política de cotas na Universidade, não nos deixa esquecer que este é um dos grandes desafios com que a universidade brasileira se depara desde a Reforma Universitária de 1968, colocando em xeque concepções e práticas arraigadas e marcadas pelo elitismo e pela meritocracia. Afirma que os debates sobre a instituição do sistema de cotas nas universidades públicas brasileiras trazem à luz resistências à institucionalização da adoção de políticas afirmativas e ao reconhecimento de tensões nas relações étnico-raciais no interior do campo acadêmico e que se, hoje, a universidade apresenta uma crescente produção científica sobre a diversidade cultural e as relações étnico-raciais, quando 12

13 Introdução o assunto é a democratização do acesso às camadas populares, mais especificamente à população afro-descendente, as resistências são enormes. As considerações elaboradas pelas pesquisadoras Dalila Fonseca Benevides, Daniela Silva Santo e Delcele Mascarenhas Queiroz, no capítulo Estudantes de uma universidade estadual com cotas: a percepção do racismo e da política de ações afirmativas, têm sua origem em dois levantamentos sobre os estudantes da Uneb, que ingressaram no ano de 2005 naquela universidade pelo sistema de cotas. As autoras pretendem contribuir para o debate em torno das ações afirmativas e, particularmente, levar à reflexão sobre a experiência de adoção de tais medidas naquela instituição. O primeiro levantamento identificou as características socioeconômicas e acadêmicas dos estudantes que ingressaram em cursos de elevada concorrência. O segundo compreendeu a percepção dos estudantes sobre as relações raciais, as ações afirmativas e, particularmente, a política de cotas que os beneficiou. Maria Alice Rezende Gonçalves, ao analisar O sistema de reserva de vagas na Universidade do Estado do Rio de Janeiro e a participação do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da Uerj na permanência de alunos afrobrasileiros, nos remete ao campo das políticas publicas e descreve as fases de implantação e implementação da política pública Sistema de Reserva de Vagas para Negros na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2002/2008), além de destacar a participação do Sempre Negro Coletivo de Professores Negros da Uerj, o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da UERJ, nesse processo. A autora pontua que, desde sua criação (2003), o núcleo promove atividades nos eixos formação, publicação e permanência de alunos afro-brasileiros, e que as ações do Neab, um ator emergente no campo das políticas de inclusão no ensino superior nas universidades públicas, contribui para consolidação dessa política no interior da instituição. 13

14 Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira Os autores, cujos textos integram o presente livro, percebem as representações de raça, classe e gênero como o resultado de lutas sociais ampliadas sobre signos e representações. As desigualdades são compreendidas como produto de relações históricas, de cultura e de poder e a diversidade é afirmada na perspectiva da justiça social. Diferença não significa desigualdade. Ao atuarem nos âmbitos do ensino, da pesquisa e da extensão, produzindo e divulgando conhecimentos localizados na confluência das áreas das desigualdades e das diversidades étnico-raciais e da educação, esses pesquisadores ampliam e consolidam sua intervenção na educação brasileira e nos oferecem subsídios para uma nova prática pedagógica menos excludente, vale dizer, mais democrática, propiciando que a educação brasileira possa efetivarse sobre bases multiculturais. Ahyas Siss 14

15 O Leafro, relações étnico-raciais e a formação de professores: uma experiência de intervenção multicultural Ahyas Siss Introdução Sabemos que a formação continuada de professores constitui-se, entre nós, como necessidade premente. Desde os anos sessenta do século passado esse tema vem ganhando importância significativa, provocada por aceleradas transformações pelas quais a sociedade brasileira vem passando. As demandas educacionais colocadas pelo avanço tecnológico, econômico e científico nas diferentes áreas do saber, somadas a outras originadas pela ação dos diferentes movimentos sociais que, a partir da década de 1970, reemergiram ou potencializaram suas ações no cenário nacional, vêm impactando fortemente o processo de formação de professores, nos seus aspectos inicial e continuado. A dinâmica social exige dos professores novas competências e habilidades que, muitas das vezes, não foram construídas quando de sua formação inicial. Não devemos nos esquecer de que, se a formação continuada de professores é um direito do professor, esse processo formativo coloca algumas exigências para esses profissionais, tais como disponibilidade para aprendizagem e vontade de aprender a aprender, dentre outras. Da instituição escolar, por outro lado, requer-se que sejam 15

16 Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira criadas alternativas, ou condições, que propiciem a esses profissionais a continuidade de seu processo formativo. Se a formação de professores é dever do Estado e tarefa da universidade, exige-se, do Estado, a formulação e implementação de políticas públicas voltadas para a qualificação desses profissionais. Da universidade, por sua vez, exige-se a elaboração de programas de formação continuada que possibilitem o desenvolvimento e a qualificação profissional em uma dimensão permanente. No que diz respeito ao trinômio educação, relações étnico-raciais brasileiras e formação de professores, tanto na sua dimensão inicial quanto na continuada, os resultados de pesquisas contemporâneas e de outras não tão recentes assim, posto que foram desenvolvidas ao longo das últimas décadas do século passado, apontam na direção da existência de um verdadeiro divórcio entre essas três áreas, quando entre elas deveriam existir interseções significativas. Estudos realizados nessas áreas por pesquisadores como Ana Célia da Silva (1995, 2001), Ana Lúcia Valente (1995,) Delcele Mascarenhas Queiroz (2003), Iolanda de Oliveira (1999, 2000), Luiz Alberto O. Gonçalves (1985, 1998), Luiz Cláudio Barcelos (1993), Nilma Lino Gomes (1997, 2000), Petronilha B. G. e Silva (1993, 2003), Regina Pahim Pinto (1993a, 1993b) e Siss (1994, 2003), dentre outros, permitem inferir-se, por meio de seus resultados, que a instituição escola é étnico-racial e culturalmente seletiva. Em outras palavras, a escola é discriminatória e excludente. Nela, o processo de aprendizagem vem sendo feito contra os interesses de uma parcela significativa do alunado os afro-brasileiros e as memórias desse grupo étnico-racial, bem como as dos indígenas, são invisibilisadas, quando não apagadas, e o sabor do saber se faz amargo. Essa memória, que deveria se tornar mecanismo de potencialização do processo de ensino-aprendizagem, transforma-se em mordaça que atrofia a aprendizagem do aluno e torna perversa a prática do professor. 16

17 O Leafro, relações étnico-raciais e a formação de professores... Os resultados de diferentes pesquisas desenvolvidas contemporaneamente sobre esses temas apontam, também, para a importância e necessidade de se formar professores para uma prática pedagógica eficiente do ponto de vista das diversidades, no âmbito de sociedades culturalmente estratificadas. Em vários países assim diversificados, as interseções entre políticas educacionais, relações étnicoraciais e formação de professores, tanto no seu aspecto inicial quanto no continuado, ocupam lugar de destaque. No Brasil, porém, país de dimensões continentais, com sua população caminhando para a casa dos 200 milhões de habitantes, dos quais cerca de 50% são afro-brasileiros, essas interseções não se constituíam, até bem pouco tempo, em motivo de preocupação significativa por parte dos formuladores das políticas educacionais, os quais vinham relegando sistematicamente essas interseções quase que à invisibilidade. Como conseqüência, os programas das faculdades de formação de professores, na sua maior parte, sistematicamente desconsideravam a importância da dimensão dessas interseções, o que justificava sua ausência no processo formativo dos professores brasileiros. As desigualdades social e étnico-racial operam como poderoso mecanismo de estratificação social em qualquer sociedade em que elas se manifestem. É certo, também, que a sociedade brasileira possui altos níveis de desigualdades, tanto sociais como étnico-raciais, de gênero e geracional. Pesquisas importantes desenvolvidos por estudiosos das relações étnico-raciais brasileiras como Azevedo (1953), Fernandes (1965), Harris (1964), Pierson (1945), Telles (2003) e Wagley (1952), indicam que a maior parte da população brasileira, tanto branca como negra, é economicamente empobrecida. Não obstante, segundo esses mesmos estudiosos, as pessoas negras em processo de mobilidade vertical ascendente parecem sofrer menos preconceito do que os demais membros desse grupo étnico-racial. Daí inferirem que o preconceito existente 17

18 Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira contra os negros está baseado muito mais em distinção de classe que em marcadores raciais; afirmam, também, que a discriminação ocorre porque a maior parte dos negros brasileiros são pobres e portadores de baixo capital educacional e não por não pertencerem à parcela branca da população brasileira. Acreditavam que, com o aumento do capital educacional dos negros e com o desenvolvimento da sociedade de classes no Brasil, o preconceito e as desigualdades étnico-raciais tenderiam a desaparecer. Fundamentados nesses argumentos, alguns estudiosos das relações estabelecidas entre etnia/raça e educação brasileira, acreditando ser a discriminação de classe mais importante que a discriminação étnico-racial, opõem-se de forma veemente, a qualquer tipo de modificação no processo de formação de professores que confira ênfase à dimensão étnico-racial da população brasileira. Em sentido diametralmente oposto a essa primeira perspectiva, outros tantos pesquisadores dessas mesmas relações postulam ser o preconceito e a discriminação étnico-racial mais importante que a condição de classe. Afirmam, também, que ambos concorrem para produzir e reproduzir as condições de subalternização dos afrobrasileiros frente ao grupo étnico-racial branco, político e socialmente dominante. Por isso, os processos de formação de professores não podem prescindir de formar profissionais aptos a desenvolver sua prática docente no âmbito de sociedades multiculturais. Nesse sentido, estudos elaborados mais recentemente por Guimarães (2001, 2002, 2003), Hasenbalg (1979, 1990), Hasenbalg e Silva (1990), Munanga (1996) e Henriques (2001) afirmam a existência de barreiras étnica e racialmente seletivas que obstaculizam os processos de implementação da cidadania dos afro-brasileiros, bem como de mobilidade vertical ascendente para os membros desse grupo. Eles permitem, ainda, perceber-se que, mais do que um legado do passado, a discriminação racial constitui-se na principal característica da sociedade brasileira 18

19 O Leafro, relações étnico-raciais e a formação de professores... do período pós-abolição, produzindo e reproduzindo desiguais oportunidades de realizações sociais para brancos e afro-brasileiros, com a variável raça ou cor como atributo social elaborado sendo percebida como um princípio racial classificatório, sobre o qual as desigualdades cultural, social e econômica existentes entre os diferentes grupos étnico-raciais são produzidas e reproduzidas de modo ininterrupto. Esse princípio classificatório permite que se perceba como Esse perfil de desigualdades raciais não é um simples legado do passado: ele é perpetuado pela estrutura desigual de oportunidades sociais a que brancos e não-brancos estão expostos. Negros e mulatos sofrem uma desvantagem competitiva em todas as etapas do processo de mobilidade social individual. Suas possibilidades de escapar às limitações de uma posição social baixa são menores que a dos brancos da mesma origem social, assim como são maiores as dificuldades para manter as posições já conquistadas (HASEN- BALG, 1988, p. 177). Novamente nos referimos às pesquisas realizadas na interseção estabelecida entre as relações étnico-raciais, educação e formação de professores por Ana Célia da Silva (1995; 2001) Ana Lúcia Valente (1995,) Delcele Mascarenhas Queiroz (2003), Iolanda de Oliveira (1999, 2000), Luiz Alberto O. Gonçalves (1985, 1998), Luiz Cláudio Barcelos (1993), Nilma Lino Gomes (1997, 2000), Petronilha B. G. e Silva (1993; 2003,), Regina Pahim Pinto (1993a, 1993b) e Siss (1994, 2003), pois elas enfatizam o papel que o professor, devidamente instrumentalizado, estará apto a desempenhar no âmbito de sociedades multiculturais, como é o caso de nossa sociedade. Esse professor estará capacitado, por exemplo, a perceber e combater as ideologias racistas e os estereótipos veiculados pelos diversos materiais didáticos colocados à sua disposição. 19

20 Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira Ele poderá desmistificar os valores particulares que os currículos escolares tentam tornar gerais ou hegemônicos. Ele poderá combater a forma estereotipada e preconceituosa com que a história dos afro-brasileiros é enfocada nos livros didáticos nos quais, na maior parte das vezes, os afro-brasileiros são enfocados apenas, e quase sempre, como e enquanto escravizados. Os afrobrasileiros no Brasil de hoje são ignorados, permanecendo invisíveis nesses livros. A estrutura dos currículos dos cursos de formação de professores, (se) privilegia as diversidades de classes e de gênero, silencia a respeito da história da África e das diversidades étnico-racial e cultural brasileiras. No Brasil, no período compreendido entre o pósabolição e o fim dos anos oitenta do século XX, a produção acadêmica envolvendo as áreas das relações étnico-raciais, educação, formação de professores e de um multiculturalismo que já se insinuava, constituiu-se como qualitativamente significativa, embora seja, em termos quantitativos, pouco expressiva. Pesquisas foram realizadas nessas áreas nesse período, mercê do esforço de alguns poucos pesquisadores. Entretanto elas foram, na maior parte das vezes, relegadas ao ostracismo ou reduzidas à invisibilidade quando comparadas a outras áreas de produção do conhecimento nessa mesma época, como demonstrado por Hasenbalg e Silva (1992), Pinto (1993) e Silva (1996), dentre outros. A partir da primeira metade dos anos 1990, o panorama dessa produção começará a se transformar, tanto quantitativa como qualitativamente. Essa transformação será propiciada, por um lado, pelo aparecimento de novas pesquisas situadas na confluência das áreas entre educação brasileira e formação de professores inicial e continuada, pesquisas essas que, em grande parte, se constituem como o resultado de discussões e análises elaboradas na segunda metade da década passada, tanto na academia quanto nos movimentos sociais, como o movimento ne- 20

21 O Leafro, relações étnico-raciais e a formação de professores... gro nacional, o novo movimento sindical, o movimento feminista e o movimento de mulheres negras, para citar apenas alguns. A importância dessas pesquisas pode ser comprovada pelo interesse que despertam na academia e também em diferentes fóruns privilegiados de discussão, como nos encontros da ANPEd (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação), e da Anpocs (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais). Entre nós, a relação atualmente estabelecida entre racismo e educação dos afro-brasileiros é bastante diferente da existente no século passado. A publicação e o reconhecimento oficial e tardio da existência de discriminação racial e da violação dos direitos constitucionalmente declarados dos afro-brasileiros e de que a educação brasileira em todos os seus níveis é racialmente excludente conferiram dinâmicas novas aos processos de discriminação racial. Dificilmente alguém, hoje, desconheceria o fato de que somos um povo multicultural e que convivemos com o fenômeno do racismo, característica estrutural da nossa sociedade. Não obstante, a formação de professores continua a acontecer como se fôssemos uma sociedade monocultural. Ainda que as desigualdades de classe sejam abordadas, a perspectiva multicultural das relações sociais e seu correspondente na educação permanecem, quase sempre, fora dos currículos que orientam tal formação. Creio não ser difícil constatar-se que a sobrevida do mito da democracia racial se faz presente hoje e atua com relativa intensidade na maior parte dos currículos dos cursos de formação de professores. Ainda que não se possa negar o caráter multicultural da sociedade brasileira, os currículos dos cursos de formação de futuros docentes, com honrosas exceções vêm, sistematicamente, ignorando as contribuições que as pesquisas elaboradas em perspectiva multicultural oferecem ao processo de formação de professores. 21

22 Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira A Lei n , de 09/01/2003 determina no seu Artigo 26-A, que nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira e que o conteúdo programático [...] incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil. Essas determinações, somadas à publicação e intensidade das discussões sobre a implementação de uma política de cotas como mecanismo de acesso à educação superior, voltada para os afro-descendentes, vêm redimensionando a política educacional brasileira, as relações étnico-raciais e as formações inicial e continuada de professores. Nesse contexto, a formação continuada de professores ganha relevância, por permitir a atualização dos conhecimentos e da prática pedagógica desses profissionais de ensino. A Lei n /08, que altera a Lei n , de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei n , por sua vez, confere ênfase à educação indígena, assegurando que Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. 22

23 O Leafro, relações étnico-raciais e a formação de professores... 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afrobrasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras. É nessa perspectiva que se inserem tanto o Laboratório de Estudos Afro-Brasileiros Leafro (Neabi/UFRRJ) quanto sua produção de conhecimento viabilizada pelas pesquisas desenvolvidas por seus pesquisadores e os seus cursos de pós-graduação lato sensu Diversidade Étnica e Educação Brasileira e de extensão Afro-Brasileiros, Desigualdades Étnico-Raciais e Educação no Brasil. Sua principal proposta está voltada para oferecer subsídios e orientação às ações educativas de intervenção pedagógica direcionadas para a implementação da Lei n /03 de 9 de janeiro de 2003, que Altera a Lei n , de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira. Dessa forma, atendemos a uma demanda reprimida dos professores da rede municipal de ensino do Município de Nova Iguaçu e de outros profissionais da educação localizados em seu entorno, no que diz respeito ao estabelecido pela referida lei, bem como ao que determinam as Diretrizes Curriculares Para a Educação das Relações Étnico-Raciais e ao Parecer 003/ Trata-se de Parecer do Conselho Nacional de Educação aprovado no mês de março de 2004, que visa a atender os propósitos expressos na indicação CNE/CP 6/2002, bem como regulamentar a alteração trazida à Lei 9.394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, pela Lei /2000, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Educação Básica. 23

24 Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira 24 O Leafro Laboratório de Estudos Afro-Brasileiros (Neabi da UFRRJ): intervindo e transformando O Laboratório de Estudos Afro-Brasileiros (Leafro), Neab da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e proponente do curso de pós-graduação lato sensu em Diversidade Étnica e Educação Brasileira, iniciou suas atividades no primeiro semestre de Suas fundação, institucionalização e consolidação no âmbito do Programa de Pós-Graduação Mestrado em Educação Contextos Contemporâneos e Demandas Populares da UFRRJ têm proporcionado a continuidade do desenvolvimento de pesquisas voltadas para a produção e divulgação de conhecimentos acadêmicos e de intervenção, no processo de formação de professores da Baixada Fluminense em uma perspectiva multicultural, tanto no seu aspecto inicial quanto continuado, nas modalidades presencial e a distância. Integrante da rede nacional de Neabis (Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas) existentes e atuantes na maior parte das universidades públicas brasileiras, o Leafro tem, como objetivos, produzir, incentivar e acompanhar as políticas de ação afirmativa nas instituições no âmbito da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Ele possibilita, ainda, o ensino da cultura afro-brasileira, africana e indígena, além de atuar nos âmbitos do ensino, da pesquisa e da extensão, produzindo e divulgando conhecimentos localizados na confluência das áreas das desigualdades e diversidades étnico-raciais e da educação. A criação do Leafro se justificou pela necessidade de se produzir, incentivar e apoiar a produção e a difusão de conhecimentos novos nas áreas dos estudos afrobrasileiros e da educação em consonância com o que é preconizado pela Lei n /03, intervindo no processo de formação de professores nos seus aspectos inicial e continuada, bem como nas modalidades presencial e a

25 O Leafro, relações étnico-raciais e a formação de professores... distância. A relevância desse laboratório deve-se ao fato de a formação de professores em perspectiva multicultural se constituir como um dos principais desafios contemporâneos colocados para os diferentes cursos de licenciaturas e de especialização, seja na modalidade presencial, seja na modalidade a distância, cuja solução é fortemente demandada pela educação brasileira, bem como por professores dos municípios que formam a chamada Baixada Fluminense, de acordo com levantamento preliminarmente realizado. O Leafro acompanha as políticas de ação afirmativa etnicamente definidas, já implementadas, ou em fase de implementação e desenvolvimento no âmbito da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, além de participar ativamente das discussões internas sobre as necessidade e possibilidade de se implementar na UFRRJ uma política de cotas étnico/raciais voltada para os afro-brasileiros, como forma de democratização do acesso desse segmento étnico-racial aos cursos dessa universidade. O Leafro também favorece o ensino da cultura afro-brasileira e africana, atuando nos âmbitos do ensino, da pesquisa e da extensão, produzindo e divulgando conhecimentos localizados na confluência das áreas das desigualdades e diversidades raciais-étnicas e da educação. Ao longo de sua existência, esse laboratório vem se consolidando como um centro de excelência de elaboração de estudos e de pesquisas sobre as relações étnicoraciais e de implementação de políticas públicas em educação, bem como na formação de professores na Baixada Fluminense, implementando parcerias com diferentes órgãos dos governos federal, estadual e municipal, além de ampliar um ambiente propício às pesquisas voltadas para os estudos das desigualdades étnico-raciais na UFRRJ que permitam intervir na formação continuada de professores de toda a Baixada Fluminense ajudando-os a superar as dificuldades encontradas em suas práticas pedagógicas e a promover um saber com sabor, ou seja, um saber que 25

26 Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira não seja etnicamente excludente, mas que potencialize os processos de aprendizagem dos diversos sujeitos sociais. O Leafro procura também oferecer respostas efetivas às demandas educacionais dos professores da Baixada Fluminense possibilitando-lhes tornarem-se sujeitos ativos nos processos de produção de seu conhecimento, bem como agentes multiplicadores de uma educação emancipatória. Esse laboratório preocupa-se em construir, com os professores da Baixada Fluminense, estratégias de combate às desigualdades étnico-raciais no cotidiano escolar e na sociedade abrangente. A produção e divulgação de estudos de impacto e de intervenção no campo educacional do poder público na esfera dos estudos étnico-raciais também constitui objetivo desse laboratório. Ele contribui, portanto, para instituir e legitimar a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro como ator e canal privilegiado de interlocução com o poder público por meio da discussão dos resultados alcançados, e, pela socialização de suas realizações, seja por meio da mídia eletrônica, ou por meio impresso. 26 O curso de pós-graduação lato sensu: diversidade étnica e educação brasileira A pós-graduação, tanto lato, como stricto sensu possui um papel decisivo e fundamental na consolidação da área da educação nos diferentes campi da UFRRJ implementando-a como centro de produção de conhecimento orientado por padrões de excelência acadêmica nas áreas de concentração de seus professores-pesquisadores e pela perspectiva de construção da interdisciplinaridade. Assim, considera-se fundamental estimular o intercâmbio de experiências, em parceria com entidades e instituições do país e do exterior, expandir a cooperação interinstitucional, bem como criar oportunidades para a incorporação de novos pesquisadores. As atividades desenvolvidas

27 O Leafro, relações étnico-raciais e a formação de professores... são pautadas pela inovação, tanto no que diz respeito às abordagens de pesquisa quanto às formas de relação entre conhecimento e sociedade. Um exemplo significativo diz respeito à realização de diagnósticos participativos socioculturais e econômicos que contribuam para práticas educativas, levando-se em conta as estratégias cotidianamente construídas pelos diferentes atores sociais da Baixada Fluminense e para além dela. A proposta de criação do curso de pós-graduação lato sensu: Diversidade Étnica e Educação Brasileira foi apresentada por meio de duas unidades acadêmicas da UFRRJ: o Instituto de Educação (IE) e o Instituto Multidisciplinar (IM). Integrado por pesquisadores de ambos os institutos, o Leafro entende a docência como inserida em um projeto formativo mais amplo e não na visão reducionista de um conjunto de métodos e técnicas supostamente neutros, descolados de uma dada realidade histórica, conforme explicitado pelo Fórum de Diretores das Faculdades de Educação das Universidades Federais (Forumdir) e pela Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação (Anfope). Em síntese, uma formação que contribua para a instituição de sujeitos capazes de exercer a docência na atual complexidade do mundo em que o educador reconhece nas práticas cotidianas elementos essenciais para a construção do conhecimento. O IE e o IM, por meio do Leafro, contribuem para o desenvolvimento dos potenciais da pesquisa e da pós-graduação da UFRRJ como um todo, tanto pela criação de programas e cursos próprios quanto pela colaboração com áreas afins dos demais institutos. Justificativa do curso A relevância da criação e implementação do curso de pós-graduação lato sensu Diversidade Étnica e Educação Brasileira está presa ao fato de ser este um dos 27

28 Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira principais desafios contemporâneos colocados para os diferentes profissionais da educação brasileira e cuja solução é fortemente demandada pela educação. Os recursos didáticos e demais materiais empregados são o quadro de giz, livros, papel, lápis, computadores, datashow, retroprojetores e telas de projeção. O oferecimento desse curso, na modalidade presencial, encontra suas justificativa e relevância por estar voltado para o atendimento de uma demanda específica na esfera da educação, propiciando o acesso à formação continuada de professores pública, gratuita e de qualidade. Nossa proposta se prende ao fato de concordarmos com o princípio de que a formação de professores, tanto inicial quanto continuada, constitui-se como dever do Estado e tarefa da universidade pública, gratuita e de qualidade. A formação de professores inicial e continuada, voltada para uma prática pedagógica no âmbito de sociedades diversificadas por classe social, etnia, cultura, gênero e idade, constitui-se em importante desafio contemporâneo que precisa de respostas positivas urgentes. Linhares (1997) postula que isso equivale a redefinir o papel que escola e professores vêm desempenhando, pois Se entendemos a escola como uma instituição social densa de relações educativas onde o ensinar e o aprender podem-se abrir em caminhos para distinguir opressões, comunicar-se com outras culturas, ressignificar conhecimentos por situá-los dentro de uma lógica marcada por perspectivas do que constitui problemas para nós, [...] vamos ter que apostar que a fabricação de novos lugares para a escola não poderá dispensar professores e alunos [...]. São estes que [...] irão traduzir os saberes populares em cultura escolar, acolhendo os desejos dos trabalhadores, das mulheres, dos negros, de saberes que os fortaleçam (LINHARES, 1997, p. 146). 28

29 O Leafro, relações étnico-raciais e a formação de professores... Acreditamos que o curso Diversidade Étnica e Educação Brasileira possa contribuir no processo de superação desse desafio, propiciando aos professores e aos demais cursistas uma transformação qualitativa e positiva de sua práxis pedagógica, no que diz respeito à educação das relações étnico-raciais na escola e na sociedade abrangente, qualificando a prática docente desses profissionais da educação e ampliando sua formação inicial. Objetivos específicos do curso O curso possui, como específicos, os seguintes objetivos: Possibilitar a compreensão da diversidade étnicoracial da sociedade brasileira. Possibilitar, aos professores e demais profissionais do ensino, identificarem ações etnicamente estereotipadas ou racistas no ambiente escolar e na sociedade abrangente. Influenciar no processo de desconstrução de imaginários que justifiquem ações etnicamente estereotipadas, ou racistas. Conduzir ao conhecimento e à valorização das culturas dos povos africanos, dos afro-brasileiros e de indígenas Permitir aos professores e aos demais profissionais da educação, construírem estratégias efetivas de resistência e de combate às desigualdades étnicoraciais no cotidiano escolar. Compreender o princípio da igualdade básica entre os seres humanos como direito. Potencializar a consciência política e histórica da diversidade. Potencializar a intervenção critica dos cursistas frente a situações de racismo e de preconceito no cotidiano escolar e na sociedade mais ampla. 29

30 Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira A avaliação dos alunos é presencial, processual e diagnóstica, o que prevê aplicação de provas presenciais e individuais ao final de cada módulo, como um dos instrumentos de avaliação. A juízo de cada professor que ministrará o módulo, a prova pode ser substituída pela elaboração de papers individuais. Já a avaliação do curso ocorre em dois momentos: por uma análise ex-ante, com a participação de toda a equipe pedagógica e por uma análise ex-post em forma de pesquisa qualitativa e quantitativa abrangendo os corpos docente e discente, onde são avaliados o processo, as metas e os resultados alcançados. O curso se desenvolve em duas partes: a parte de créditos e a parte de elaboração do trabalho monográfico. A parte de créditos corresponde às disciplinas que integram o curso e que são as seguintes: História e Cultura Afro-Brasileira; História, Cultura e Educação dos Povos Indígenas; Diáspora Africana e a Construção do Brasil-Nação; Diversidade Étnico-racial e Educação Brasileira; Desigualdade Étnico-racial e Mercado de Trabalho; Subjetividades e Religiões Afro-Brasileiras; Turismo Étnico no Brasil e na Baixada Fluminense; Gênero, Etnia e Docência; Etnicidade, Práticas Culturais e Narrativas; Pesquisa, Educação e Relações Étnico-raciais Brasileiras. As primeiras quatro disciplinas que integram a grade curricular desse curso compõem o que entendemos como sendo de fundamentação básica. As outras, que lhe seguem, são caracterizadas como de saberes contextuais. Isso significa dizer que, ainda que ocorram modificações nas disciplinas que integram esse curso por conta do perfil necessariamente diferenciado que cada nova turma que lhe freta, as disciplinas de fundamentação básica serão mantidas, principalmente, em respeito às leis /03 e /08. O aluno desenvolve um projeto de pesquisa sob orientação de um membro do corpo docente do curso e elabora um trabalho monográfico necessariamente ligado à temática do curso, cujas defesa e aprovação perante banca constituem-se como requisito parcial à obtenção do 30

31 O Leafro, relações étnico-raciais e a formação de professores... título de especialista em Desigualdade Étnica e Educação Brasileira. Por ser este um curso que, se espera, seja de intervenção, seus resultados e impactos serão mensurados através da prática pedagógica dos seus egressos. Espera-se que tais egressos transformem-se em agentes multiplicadores do curso que, com sua prática, possam instituir a educação na Baixada Fluminense sobre bases igualitárias, democráticas e inclusivas. O curso de extensão afro-brasileiros, desigualdades étnico-raciais e educação no Brasil O que justificou a implementação desse curso foram as necessidade e possibilidade de se intervir na formação continuada dos professores e dos demais profissionais da educação da Baixada Fluminense em um curto espaço de tempo, em uma perspectiva mais pragmática, crítica, transformadora e capaz de produzir conhecimentos novos no que diz respeito à relação estabelecida entre educação, prática pedagógica inclusiva e as relações étnico-raciais brasileiras. O curso, com carga horária de 45 horas, é oferecido na modalidade presencial e apresenta-se estruturado em módulos. Cada módulo é integrado por duas atividades pedagógicas: uma, de formação teórica e outra, de atividade de intervenção, na modalidade de oficinas, onde a teoria apreendida é aplicada na prática, simulando possíveis situações problematizadoras ocorridas no chão da escola, onde a intervenção do professor se faz necessária. Temos, como metodologia dessa atividade de extensão, aulas expositivas, dialogais e oficinas de práticas pedagógicas. O curso também conta com duas conferências: uma, proferida na forma de aula magna e outra, de encerramento. A avaliação é diagnóstica e processual. O curso é gratuito e está voltado, preferencialmente, para os 31

32 Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira professores da rede pública municipal dos municípios que compõem a Baixada Fluminense e demais profissionais da educação, bem como para estudantes de licenciatura e de cursos afins. São oferecidas 45 vagas. Os módulos de ensino e pesquisa, por ordem de estruturação do curso, são: História da Cultura Africana; Diversidade Racial, a Lei n /03 e a Educação Brasileira; Gênero, Raça e Docência; Educação, Desigualdade Racial e Mercado de Trabalho; Multiculturalismo e Ação Afirmativa; Subjetividades e Religiões Afro-Brasileiras. Os resultados das avaliações do curso, do maior ou menor alcance das metas propostas, dos principais obstáculos interpostos e da nossa metodologia de trabalho indicam que o curso caminha dentro do previsto, quando de sua implementação, oferecendo uma formação que vem contribuindo para a instituição de sujeitos capazes de exercer a docência na atual complexidade do mundo em que o educador reconhece nas práticas cotidianas elementos essenciais para a construção do conhecimento. Há uma demanda crescente por esse curso, o que nos permite (que se perceba) avaliar o acerto da sua implementação, que já está em sua terceira versão. 32 O Leafro e a produção de conhecimento Os pesquisadores que integram o Leafro desenvolvem estudos acadêmicos inseridos na perspectiva do multiculturalismo crítico (MCLAREN, 1977; GRANT e TATE, 1995), voltados para oferecer subsídios à qualificação de docentes do ensino fundamental, médio e superior. Dessa forma, o Leafro intervém no processo de formação de professores que atuam preferencial, mas não exclusivamente, na Baixada Fluminense, tanto no seu aspecto inicial quanto continuado, na modalidade presencial, favorecendo o diálogo, o respeito às diferenças étnico-raciais, de classe e de gênero. Alguns desses estudos são:

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