O ROSÁRIO E O ICONOSTASIS- AS MEDIAÇÕES CULTURAIS DAS TRADIÇÕES DAS IGREJAS CATÓLICAS ORIENTIAS PAULISTANAS.

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1 O ROSÁRIO E O ICONOSTASIS- AS MEDIAÇÕES CULTURAIS DAS TRADIÇÕES DAS IGREJAS CATÓLICAS ORIENTIAS PAULISTANAS. FELIPE BELTRAN KATZ* O cristianismo paulistano é diverso. Dentre as várias denominações que encontramos na cidade de São Paulo existem as Igrejas Católicas Orientais. Essas são Igrejas que no passado pertenceram às comunidades cristãs ortodoxas e que em algum momento de sua trajetória acabaram por entrar em comunhão com o Papa de Roma. Segundo o depoimento de um membro do clero da Igreja Católica Armênia da cidade de São Paulo, essas Igrejas são consideradas sui juris, ou seja, tem jurisdição própria dentro do corpo da Igreja Católica Apostólica Romana: A Igreja Católica é formada atualmente por vinte e duas Igrejas, que o Código Oriental, dizendo mais precisamente, o Código dos Cânones das Igrejas Orientais definem como Igrejas sui juris, palavras latinas que significam: de direito próprio. Naturalmente na unidade da fé, na unidade do governo do Santo Padre, na unidade dos Sacramentos, mas na diversidade dos Ritos, das línguas, da liturgia, da disciplina, e mesmo da espiritualidade. Essas vinte e uma Igrejas Orientais, mais a Igreja Latina, a mais numerosa de todas, compõem hoje a Igreja Católica Apostólica Romana. (Entrevista realizada com um membro do clero da Igreja Católica Armênia na cidade de São Paulo no dia 9/3/2010) A Igreja Latina é, portanto apenas parte do que seria a totalidade de Igreja Católica. No entanto como será apresentada ela tem um peso preponderante nas ralações das demais Igrejas suis juris. O fato é que as Igrejas Católicas Orientais estariam num espaço intermediário entre a Igreja Católica, de tradição ocidental e as Igrejas Ortodoxas de tradição ocidental. Essa situação indeterminada marca profundamente e relação das Igrejas Católicas Orientais (ou Católicos Gregos 1 ) com essas duas tradições do cristianismo: Enquanto os Ortodoxos são hostis aos Católicos Gregos, considerando que eles caíram à sedução da herética Igreja Romana, Católicos consideram que eles não são verdadeiramente Católicos, pois não seguem tradições Latinas. Os Católicos Gregos, às vezes veem a si mesmos como uma ponte entre Oriente e Ocidente, providenciando um modelo onde uma futura união pode ser construída, mas mais *Mestrando em História Social pela PUC-SP 1 O adjetivo grego nada tem haver com a cultura grega, mas denota antiga filiação dessas Igrejas ao cristianismo ortodoxo, associado ao Império Bizantino.

2 2 frequentemente eles são vistos como uma barreira, providenciado ainda mais argumentações para desacordos e tensões entre as duas grandes tradições do Cristianismo. (BINNS, 2002: 36-37) No entanto como Binns aponta, essa situação intermediária das Igrejas Católicas Orientais pode ser benéfica para essas instituições, pois elas estão num entre-lugares, como sugere o intelectual Homi Bhabha. Neste espaço elas teriam a possibilidade de reelaborara as atitudes de ambas as tradições e elaborarem estratégias de existência: Esses "entre-lugares" fornecem o terreno para a elaboração de estratégias de subjetivação- singular ou coletiva- que dão início a novos signos de identidade e postos inovadores de colaboração e contestação, no ato de definir a própria ideia de sociedade. (BHABHA, 2010: 20) Na perspectiva de Bhabha as Igrejas Católicas Orientais teriam a oportunidade de pensarem novos signos de identidade. Mediando simbolicamente o Iconostasis, a parede de ícones típica da arquitetura das igrejas ortodoxas munda à fora, e o Rosário, fileiras de contas utilizado nas orações dos fiéis católicos. 1- Os Católicos Orientais paulistanos. A existência das Igrejas Católicas Orientais parece difícil, no caso da situação que elas encontram-se em São Paulo faz com que ela seja ainda mais difícil, pois são uma minoria, num ambiente de extrema diversidade e onde o poder a Igreja Latina é predominante. As Igrejas Católicas Orientais paulistanas estão associadas a comunidades que imigraram para a cidade ao longo do século XX. Vindas notadamente do Oriente Médio e da antiga União Soviética. Explicitamente as Igrejas Católicas Orientais encontradas na cidade de São Paulo são cinco: A Igreja Católica Armênia, associada à comunidade armênia em diáspora na cidade; a Igreja Católica Maronita, associada à comunidade árabe (notadamente libanesa) em diáspora na cidade; a Igreja Católica Melquita, também associada à comunidade árabe (notadamente síria) em diáspora na cidade; a Igreja Católica Ucraniana, associada à comunidade ucraniana em diáspora na cidade; e a Igreja Católica Russa, associada à comunidade russa em diáspora na cidade. Esses grupos tem sua imigração iniciada a partir dos fins do século XIX, como o caso dos membros da Igreja Católica Maronita, até a década de

3 do século XX, como a Igreja Católica Ucraniana. A perseguição religiosa é um marca dessas emigrações. Essas Igrejas, muitas vezes, dividem uma mesma comunidade em diáspora com suas irmãs Ortodoxas. A influência destas Igrejas nas suas comunidades varia, não há uma divisão igualitária entre fiéis ortodoxos e católicos. A Igreja Apostólica Armênia (Ortodoxa) é muito mais influente na comunidade paulistana do que sua irmã católica. Por outro lado os católicos maronitas são muito mais numerosos do que os ortodoxos syrian 2 na cidade. Além disso, Igrejas Católicas Orientais tem uma organização própria que muitas vezes depende da hierarquia latina paulistana. A Igreja Católica Maronita está associada à comunidade árabe e intimamente relaciona à imigração libanesa. A associação entre a o Líbano e a Igreja Maronita é antiga e está ancorada no mito de que os verdadeiros libaneses seriam os membros dessa Igreja: católicos orientais de tradição siro- aramaica, para muita contestação das demais comunidades culturais do Líbano. As origens da Igreja Maronita remontam o século V quando os seguidores de São Marun fundaram juntamente como Imperador Romano, o Mosteiro de Bet Marun na atual Síria: Não por acaso que o imperador Marciano mandou construir o convento de São Maroum um ano após o Concílio de Calcedônia. Constatando o poder de persuasão daqueles monges e sua influência crescente sobre o povo arameu da região resolveu apoiá-los para receber em troca seu apoio nos domínios políticos e religiosos. (EDDÉ, 1989: 142) Numa história oficial os Maronitas estão desde sua fundação associados à uma união com as Igrejas Calcêdonicos 3 e, em última instância, também com a Igreja Católica Romana. Esta antiga relação com Roma é algo de grande importância para a criação de uma tradição Maronita, pois afirma a identidade peculiar desta Igreja e, portanto dos libaneses cristãos em relação às demais comunidades culturais do Líbano: 2 Denominação dos cristãos ortodoxos originária do Oriente Médio que utilizam a língua siro-aramaica como litúrgica, assim como a Igreja Católica Maronita. 3 As Igrejas Ortodoxas Calceônicas são Igrejas que aceitaram as resoluções do Concilio de Calcedônia no ano de 451, que decidiu sobre a natureza de Cristo. Segundo as resoluções Cristo teria duas naturezas (physis em grego) uma humana e uma divina.

4 4 Assim, para os Maronitas, Líbano e Maronismo tornaram-se sinônimos. Além disso, os Maronitas começaram a considerar à si mesmo como uma comunidade única, que em relação à religião e cultura era distinta de um mundo predominantemente Árabe Muçulmano. É este conceito de exclusividade da Comunidade Maronita que é o motivo primário da busca dos Maronitas por uma identidade distinta. (MOOSA, 2005: 2) Esta associação com a Igreja Latina pode ser encontrada na organização da Igreja Católica Maronita na cidade de São Paulo, ela está subordinada à Arquidiocese de São Paulo. Assim ele estaria subordinado às hierarquia Católica Latina da cidade. A Igreja Católica Melquita também divide este destino Os melquitas 4 também estão ligados à imigração árabe na cidade, síria e libanesa. Por sua ligação profunda com o imperador bizantino a Língua Litúrgica da Igreja Melquita foi o grego, aos poucos o árabe foi tomando este lugar. Diferentemente, da Igreja Maronita, que tem como Língua Litúrgica o siro-aramaico (língua mais falada no Levante antes da chegada do Islã). Ambas as Igrejas sofreram com as convulsões da região que culminaram com a Guerra Civil libanesa nas décadas de 1970 e Os problemas políticos e econômicos da região, além das perseguições à esses grupos, provocaram emigração destas populações: A maioria que estão aqui são de origem libanesa. Os sírios temos uma parte grande, mas não chega a ser comparada pelo número dos libaneses por causa da guerra, ou seja, da Primeira Guerra Mundial, Segunda ou última atual nos ano setenta no Líbano, muitos libaneses acabaram de viajar para países exteriores, inclusive o Brasil que recebeu uma grande quantidade de pessoas ( Entrevista realizada com um membro do clero da Igreja Católica Melquita na cidade de São Paulo no dia 20/5/2010) Outra Igreja que sofreu com as convulsões do Oriente Médio foi a Igreja Católica Armênia. O Genocídio Armênio de 1915, quando o Império Otomano, prevendo sua derrota na Primeira Guerra Mundial executou mais de um milhão e meio de armênios, foi a principal ameaça a essa existência destes no Oriente Médio: Durante as deportações, os homens hábeis eram frequentemente mortos, e atrocidades marcaram as inumanas marchas forçadas do resto da população 4 A palavra Melquita tem origem no siro-aramaico: malik, que significa senhor, rei,imperador. No inicio do cristianismo no Levante os cristão calcêdonicos eram chamados assim pois professavam a mesma doutrina religiosa do imperador romano/bizantino. Com o passar dos séculos este nome foi associado exclusivamente aos membros da Igreja Católica Melquita.

5 5 através do deserto sírio. Entre as 1,5 milhões de vitimas que pereceram durante os anos de estavam alguns 4000 clérigos. (...) Os eventos deixaram uma marca psicológica e espiritual profunda nos sobreviventes, que lutaram entre o caos e a desorientação para mediarem as questões de teodiceia e providencia. (COWE, 2006: 450). Com relação à organização da Igreja Católica Armênia na cidade, ela é independente da arquidiocese, pois é um Exarcado: Vindo a Igreja Armênia Católica na América Latina, em mil novecentos e oitenta e um foi criado um Exarcado Apostólico para toda a América Latina. Exarcado na Teologia Oriental Eclesiástica significa uma diocese em formação e para usar a terminologia oriental, uma eparquia em formação. Estende-se desde o México até a Argentina, (...) na realidade nós temos seis países somente com comunidade armênia católica. O México, a Venezuela, o Brasil, o Uruguai, a Argentina e o Chile. A Argentina, em mil novecentos e oitenta e nove, foi elevada à categoria de diocese.. (Entrevista realizada com um membro do clero da Igreja Católica Armênia na cidade de São Paulo no dia 9/3/2010) Este Exarcado com sede em São Paulo está diretamente subordinado ao Papa da Roma. Pode-se perceber que a representação da Igreja Católica Armênia na cidade comanda as decisões das demais comunidades armênias católicas da América Latina, salvo a Argentina, que possui uma Eparquia própria. As Igrejas Católicas Eslavas também não estão subordinadas a arquidioceses latina da cidade. A Igreja Católica Ucraniana em São Paulo é formada pelos grupos que imigraram para a cidade (como também para o munícipio de São Caetano do Sul) após a Segunda Guerra Mundial: As Igrejas que tem aqui em São Caetano e na Vila Bela na realidade elas foram feitas com a ajuda mais da segunda imigração, que foi depois da Segunda Guerra Mundial. Começou a chegar em quarenta e nove, mais ou menos até cinquenta e dois que veio a grande maioria. ( Entrevista realizada com fiéis da Igreja católica Ucraniana na cidade de São Paulo no dia 20/8/2011) Os grupos ucranianos foram forçados a colaborarem como força de trabalho para a Alemanha nazista. Com o fim da guerra temeram sofrer represálias na União Soviética como traidores. Assim sendo, com a colaboração da Cruz Vermelha e das comunidades imigrantes do Canadá e Tchecoslováquia, conseguiram emigrar para países com comunidades ucranianas já estabelecidas (da Primeira Imigração) como o Brasil:

6 6 E aí com o fim da Segunda Guerra, a Cruz Vermelha, naquele tempo não era ONU, era a Cruz Vermelha que cuidava disso e repatriar o pessoal. E os americanos não sabiam muito da história, assim, do que se passava na União Soviética. E eles queriam... "Se você é da Ucrânia tal, aqui para trabalhar, você vai voltar para a Ucrânia". E não era isso que o pessoal queria (...). Um grupo que estava na Tchecoslováquia, era como se diz, que tem no Canadá, um grupo de Ucranianos Livres, vamos assim dizer. E esse grupo é que interviu junto com a Cruz Vermelha para não voltarem para a Ucrânia os ucranianos. Porque se eles voltassem era capaz de estar morto lá. (Entrevista realizada com fiéis da Igreja Católica Ucraniana na cidade de São Paulo no dia 20/8/2011) A Igreja Católica Ucraniana em São Paulo depende de sua sede brasileira localizada em Curitiba, que por sua vez é subordinada a arquidiocese latina daquela cidade. O caso da Igreja Católica Russa é peculiar. Ela está intricadamente ligada à sua condição de paulistana. Diferente das demais Igrejas Católicas Orientais na cidade que estão associadas às um trama de relações muitas vezes mundiais. O grupo de cristãos russos associados com essa Igreja tem origem na cidade de Harbin, no norte da China. Esse grupo estabeleceu-se nesta cidade para evadir-se da perseguição religiosa ocorrida na Rússia logo após a Revolução de 1917: E quando o Comunismo chegou bem perseguindo mesmo, tudo, inclusive os ortodoxos. Nós temos canonizados agora mais de dois mil entre bispos, sacerdotes, padres com suas famílias, mulheres e filhos e leigos, simples leigos; que estavam engajados na ortodoxia. Então mais de dois mil mártires, fora os confessores que foram torturados mas não chegaram a morrer. Muitos foram para Harbin, na China. Foi uma verdadeira cidade russa, Harbin. Depois tinha também... Na China e em vários lugares, várias cidades... Xangai tinha.( Entrevista realizada com um membro do clero da Igreja Católica Russa na cidade de São Paulo no dia 14/2/2010) Segundo o membro do clero dessa Igreja na cidade de São Paulo as revoltas socialistas na China após a Segunda Guerra Mundial fizeram com que padres latinos, interviessem em favor dessa comunidade russa naquele país: Quando o Comunismo chegou lá, aí havia padres relacionados com o Vaticano, aí que a globalização ajudou, porque um grupo foi encarregado de acompanhar russos. Creio eu, não propriamente para convertê-los ao catolicismo, mas para manter aquela cultura deles, a religião deles. Um deles era inglês; foi preso em Xangai, depois foi solto, veio parar aqui no Brasil. Trabalhou muito pelos russos. Não creio que ele tivesse intenção de dar coisas para os russos, para depois...

7 7 Trabalho, atendimento, para depois trazer para a Igreja Católica (...). E foi assim que começaram a chegar. Era Juscelino Kubistchek, dispensaram muitas exigências de imigração, que já havia na época, e vieram muitos. (Entrevista realizada com um membro do clero da Igreja Católica Russa na cidade de São Paulo no dia 14/2/2010) No depoimento do membro do clero podem-se destacar a atuação da Igreja Católica e seu ramo latino no apoio à esses imigrantes. Percebesse no depoimento um cuidado do membro do clero em não apontar para nenhum tipo de proselitismo da Igreja Católica na direção desses grupos russos, que eram na sua maioria ortodoxos. No entanto esses grupos russos vindos da China acabaram por associar-se à instituições criadas pela Igreja Católica no país. Isto, em última instância, criou na cidade uma Igreja Católica Oriental Russa, inexistente na própria Rússia. 2-A Igreja Latina e os Católicos Orientais Paulistanos. Sem sombra de duvidas a existência das Igrejas Católicas Orientais na cidade São Paulo é perpassada pela mediação que elas fazem com a Igreja Católica Latina, muito mais numerosa e poderosa na cidade. Isto está no horizonte de muitos dos membros católicos orientais na cidade. Muitas vezes esse poder impõe-se. A não renovação das comunidades imigrantes e o envelhecimento dos fiéis católicos orientais fazem com que muitos membros do clero prevejam a predominância do Rito Latino nas suas paroquias: Porque a quantidade, ela vai, digamos, sobrepondo aos poucos. Então a gente também corre esse risco, devido a questão proporcional. Mas se... Em questão de perseverança, é algo assim que vai se prevalecer, e também se não houver, digamos, uma divulgação da nossa parte quando vem a questão cultura ucraniana católica, se a gente não fizer um trabalho em cima disso, eu creio que em pouco tempo, no máximo um século, a questão latina, ela vai prevalecer.(entrevista realizada com um membro do clero da Igreja Católica Ucraniana na cidade de São Paulo no dia 16/6/2010) A preocupação do membro clero é legitima, diante das circunstâncias, ele teme perder seus particularismos e, em última instancia, a sua forma de catolicismos. Muitos buscam alternativas. Mas mesmo assim depara-se com o poder da Igreja latina na cidade. Segundo apontou um fiel da Igreja Católica Melquita:

8 8 A sensação que se passa, é que as Igrejas Orientais, é como se elas tivessem direito de existir só para o seu redio, só para quem já é oriental, É como se o trabalho de evangelização, ele fosse apenas da Igreja Latina, da Igreja Romana. Então às vezes você vai numa favela, você vai em determinada região, é muito comum, às vezes, um bispo e um padre perguntar "o que vocês estão fazendo aqui?". Porque é como fosse assim "olha, vocês tem os seus fiéis, então vocês tem direito de existir para quem já é fiel melquita". Então é como se a Igreja Melquita não tivesse o direito de anunciar o Evangelho.(Entrevista realizada com um fiel da Igreja Católica Melquita na cidade de São Paulo no dia 28/3/2010) Segundo sugere o fiel melquita, a Igreja Latina apresentasse como a única Igreja verdadeiramente catholica, universal. Enquanto as Orientais são verdadeiramente sui juris, com uma jurisdição especial, atenderiam somente fies orientais. A divisão parece marcada. A Igreja Latina atua e expande livremente, muitas vezes em detrimento dos próprios católicos orientais. Estes por sua vez tem a difícil tarefa de manter a sua existência. No entanto uma análise que tenha esse sentido pode ser maniqueísta. Ela não compreende a experiência dessas Igrejas e, principalmente o caráter de intermediação que elas possuem. As nuances devem ser respeitadas. As Igrejas Católicas Orientais na cidade de São Paulo tenham que contemporizar o poder da Igreja Latina para a sua manutenção e existência. No entanto é este poder pode ser o agente de manutenção destas comunidades. O exemplo mais indiciário é o da Igreja Católica Russa. Foi com o auxilio dos padres latinos que a maior parte dos russos da China pôde imigrar para o Brasil. Chegando aqui, a Igreja Latina (principalmente os jesuítas) que ajudou a estruturação destes grupos na cidade, como aponta um membro do clero da Igreja: E os padres jesuítas que estavam mais a frente desse trabalho, vieram para São Paulo. Conseguiram o colégio em Itu, na igreja de Itu., para as meninas, conseguiram em Resende. Depois aqui, adquiriram aqui em São Paulo, na Rua Progresso, lá em Santo Amaro. Casinha pequena, uma pobreza muito grande, mas o Vaticano ajudava. Dali, se mudaram para o Ipiranga, na Rua Pouso Alegre, aqui perto. E os padres adquiriram essa igreja, doação. (...) Quinta-feira dava audiência para os russos, tinham advogados, médicos, especialistas e os padres que orientavam. (Entrevista realizada com um membro do clero da Igreja Católica Russa na cidade de São Paulo no dia 14/2/2010). O caráter deslocado destas Igrejas, tanto de maneira existencial, por associarem-se às comunidades imigrantes da cidade, como de maneira simbólica, por associarem às tradições

9 9 do cristianismo oriental e latino, faz com que elas elaborem estratégias muito distintas das tradições e às perpassam. Nas brechas deixadas pelos católicos latinos na cidade é que a autonomia dessas Igrejas deslocadas ocorre, mesmo com o auxilio da Igreja Latina. Bibliografia: -Entrevista com um membro do clero da Igreja Católica Maronita na cidade de São Paulo no dia 3/2/ Entrevista com um membro do clero da Igreja Católica Russa na cidade de São Paulo no dia 14/2/ Entrevista com um membro do clero da Igreja Católica Armênia na cidade de São Paulo no dia 9/3/ Entrevista com um membro do clero da Igreja Católica Melquita na cidade de São Paulo no dia 20/5/ Entrevista com um membro do clero da Igreja Católica Maronita na cidade de São Paulo no dia 16/6/ Entrevista realizada com um fiel da Igreja Católica Melquita da cidade de São Paulo no dia 28/03/ Entrevista realizada com fiéis da Igreja Católica Ucraniana da cidade de São Paulo no dia 21/08/ BHABHA, Homi. O Local da Cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, KHATALAB, Roberto. As Igrejas Orientais Católicas e Ortodoxas: Tradições Vivas. São Paulo: AM edições, BINNS,John. An Introducion to the Christians Orthodox Churches. Cambridge: Cambridge University Press, MOOSA, Matti. The Maronites in History. Piscataway: Georgias Press, EDDÉ, Emile. A Igreja Maronita e o Líbano vol.i. Rio de Janeiro: Edições do Centro Cultural de Missão Libanesa Maronita do Brasil, 1989.

10 10 -. A Igreja Maronita e o Líbano vol.ii. Goiânia: Contato Comunicação, SHOFANY, Saba.The Melkites at the Vatican Concil II: Contribution of the Melkites Prelates to the Vatican Concil II. Bloomington: Authorhouse, HIMKA, John-Paul. Religion and Nationality in Western Ukraine: The Greek Catholic Church and the Ruthenian National Movement in Galicia, Montreal: McGill- Queen s University Press, COWE, S. Peter. Church and diaspora: the case of the Armenians. IN ANGOLD, Michel (org.).the Cambridge History Of Christianity- Eastern Christanity. Cambridge: Cambridge University Press

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