Indicador de inadimplência de Pessoas Jurídicas SPC Brasil e CNDL

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1 Indicador de inadimplência de Pessoas Jurídicas SPC Brasil e CNDL Dados referentes a janeiro de 2016 RELEASE DE IMPRENSA RESUMO ANÁLISE ECONÔMICA Pessoas jurídicas inadimplentes na base do SPC Brasil Dívidas em atraso na base do SPC Brasil Pessoa Jurídica METODOLOGIA DOS INDICADORES INFORMAÇÕES RELEVANTES Presidentes Honório Pinheiro (CNDL) Roque Pellizzaro Junior (SPC Brasil)

2 Nordeste tem o maior crescimento no número de empresas inadimplentes em 2015, mostra SPC Brasil Crescimento do número de empresas de empresas inadimplentes acelerou ao longo de Região Sudeste não foi considerada devido à lei que dificulta a negativação de pessoas físicas e jurídicas em São Paulo O ano de 2015 não foi turbulento apenas para os consumidores com contas em atraso, mas também para as pessoas jurídicas. De acordo com o indicador do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o crescimento do número de empresas negativadas foi de 14,5%, na comparação com 2014, se considerarmos todas as regiões do país, excluindo o Sudeste. A aceleração da inadimplência ao longo do último ano foi observada em todas as quatro regiões consideradas pelo indicador: Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Norte. Os dados do Sudeste não foram divulgados devido à Lei Estadual nº , que vigora no estado de São Paulo e dificulta a negativação de pessoas físicas e jurídicas no estado. Assim, a região em que mais aumentou o número de empresas negativadas em 2015 foi o Nordeste, com avanço de 17,35% na comparação com Em seguida aparece o Centro-Oeste, que registrou avanço de 14,84% na mesma base de comparação, e o Sul (12,09%). Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, os dados refletem o aprofundamento do quadro recessivo da economia brasileira. Ao longo de 2015 não foi estabelecido o consenso político necessário para corrigir os desequilíbrios fiscais e acabar com a crise de confiança, explica o presidente. O recuo da atividade econômica fez cair o faturamento das empresas e, com isso, afetou sua capacidade de honrar compromissos. Além disso, a alta dos preços forçou o aumento da taxa de juros e elevou o custo do capital. Como resultado, as previsões para o PIB em 2015 apontam para uma queda próxima de 4%, diz Pinheiro. Em janeiro, Nordeste também lidera crescimento Já em janeiro de 2016, na comparação com o mesmo mês de 2015, a região Nordeste registrou leve desaceleração da inadimplência e a variação anual passou de 17,35% para 16,38%. Ainda assim, a região continuou a liderar o avanço do indicador anual de empresas devedoras, afirma a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. No Centro-Oeste, a comparação entre janeiro de 2015 e o mesmo

3 mês do ano anterior mostra crescimento de 14,92% do número de empresas inadimplentes. Já na região Norte o crescimento foi de 12,5, e no Sul de 12,4. Além da queda do PIB, o cenário econômico combinou alta dos preços, com a inflação rompendo o teto da meta, e, por consequência, a elevação dos juros, explica Kawauti. Diante desse quadro, o movimento da inadimplência foi influenciado por dois vetores: a maior restrição do crédito e a piora das condições econômicas. Os dados deste relatório mostram que o segundo prevaleceu. Setor de concentra maior parte das dívidas O setor credor que concentra a maior parte das dívidas de pessoas jurídicas, ou seja, para quem as empresas estão devendo, é o setor de, em todas as quatro regiões analisadas pelo SPC Brasil e pela CNDL. É na região Sul a maior participação, proporcionalmente, do número de dívidas de empresas de : 72,46%. Em seguida, as maiores participações são no Centro-Oeste, com 67,77% do total das dívidas; no Nordeste (60,88%); e na região Norte (58,7). O segundo maior credor em todas as quatro regiões analisadas é o setor de Comércio. Acesse a série histórica clicando em baixar arquivos no link: Informações à imprensa: Renan Miret (11) (11) renan.miret@inpresspni.com.br Carolina Laert (61) (61) carolina.laert@inpresspni.com.br

4 RESUMO A inadimplência entre pessoas jurídicas registrou forte avanço em 2015, principalmente a partir do segundo semestre. Se considerarmos todas as regiões do país, excluindo o Sudeste, o crescimento do número de empresas negativadas foi de 14,5%, na comparação com O dado reflete o aprofundamento do quadro recessivo da economia brasileira. Ao longo do ano, não se estabeleceu o consenso político necessário para corrigir os desequilíbrios fiscais e debelar a crise de confiança. Como resultado, as previsões para o PIB em 2015 apontam para queda próxima de 4% o dado oficial do IBGE ainda não foi divulgado. O recuo da atividade fez cair o faturamento das empresas e, com isso, afetou sua capacidade de honrar compromissos. Além disso, a alta dos preços forçou aumento da taxa de juros e elevou o custo do capital. A aceleração da inadimplência ao longo do último ano pôde ser observada em todas as quatro regiões consideradas por esse estudo, a saber: Nordeste, Sul, Centro Oeste e Norte. Os dados do Sudeste não foram divulgados devido à Lei Estadual nº , que vigora no estado de São Paulo desde janeiro de 2015, e dificulta a negativação de pessoas físicas e jurídicas no estado. Assim, a região em que mais aumentou o número de empresas negativadas em 2015 foi o Nordeste, com avanço de 17,35% na comparação com Em seguida aparecem o Centro Oeste, que registrou avanço de 14,84% na mesma base de comparação, e o Sul (12,09%). Já em janeiro de 2016, na comparação com o mesmo mês de 2015, a região Nordeste registrou leve desaceleração da inadimplência e a variação anual passou de 17,35% para 16,38%. Ainda assim, a região continuou a liderar o avanço do indicador anual de empresas devedoras. No Centro Oeste, a comparação entre janeiro de 2015 e o mesmo mês do ano anterior mostra crescimento de 14,92% do número de empresas inadimplentes. Os indicadores regionais de dívidas em atraso também registraram avanço em todas as regiões consideradas no estudo. Em janeiro de 2015, a região Nordeste registrou aumento de 21,02% do número de pessoas jurídicas inadimplentes, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. A região Centro Oeste observou aumento de 18,69%, na mesma base de comparação. No Sul e no Norte, as variações foram de, respectivamente, 16,95% e 16,92%.

5 Pessoas jurídicas inadimplentes e dívidas na base do SPC Brasil Número de devedores Variação Anual (jan/16) Número de dívidas Variação anual (jan/16) 2 16% 12% 8% 14,92% 16,38% 12,5 12,4 24% 18% 12% 18,69% 21,02% 16,92% 16,95% 4% 6% Centro-Oeste Nordeste Norte Sul Centro-Oeste Nordeste Norte Sul A retração econômica atinge todas as regiões do país. O Índice de Atividade Econômica Regional, do Banco Central, registrou queda de Norte a Sul, sendo a mais acentuada delas observada no Nordeste. Além da queda do PIB, que se projeta em torno de 4%, em 2015 o cenário econômico combinou alta dos preços, com a inflação rompendo o teto da meta, e, por consequência, a elevação dos juros. Diante desse quadro, o movimento da inadimplência foi influenciado por dois vetores: a maior restrição do crédito e a piora das condições econômicas. Os dados deste relatório mostram que o segundo prevaleceu. Crédito e Atividade por Região Variação do saldo de crédito 1 (dez/14 x dez/15) Variação do IBCR 2 (nov/14 x nov/15) Norte Sul Nordeste Centro Oeste Nordeste Sul Norte Centro Oeste -3% -6% -9% -12% -10,83% -10,08% -9,61% -3,61% -3% -6% -9% -7,87% -6,43% -5,24% -4,49% 1 Variação do saldo real de operações de crédito para Pessoas Jurídicas na comparação entre dezembro de 2014 e dezembro de Dados do Banco Central do Brasil. 2 Variação do Índice de Atividade Regional do Banco Central. Comparação entre o Índice de novembro de 2014 e novembro de 2015.

6 Resumo da evolução do número de pessoas jurídicas inadimplentes na base do SPC Brasil Região Variação mensal (em relação ao mês anterior) Variação anual (em relação ao mesmo mês do ano anterior) Participação no total de inadimplentes do Brasil jan/15 dez/15 jan/16 jan/15 dez/15 jan/16 jan/15 jan/16 Centro-Oeste 0,32% 1,7 0,39% 6,75% 14,84% 14,92% 9,59% 9,71% Nordeste 1,23% 1,85% 0,38% 10,27% 17,35% 16,38% 20,36% 20,88% Norte 0,46% 2,21% 0,83% 6,25% 12,09% 12,5 6,1 6,05% Sul 0,4 1,86% 0,68% 4,76% 12,09% 12,4 17,92% 17,75%. Um mesmo CNPJ é contado neste indicador apenas uma vez, mesmo que tenha mais de uma dívida em atraso. Resumo da evolução do número de dívidas de pessoas jurídicas inadimplentes na base do SPC Brasil Região Variação mensal (em relação ao mês anterior) Variação anual (em relação ao mesmo mês do ano anterior) Participação no total de dívidas em atraso do Brasil jan/15 dez/15 jan/16 jan/15 dez/15 jan/16 jan/15 jan/16 Centro-Oeste -0,38% 2,45% 0,67% 5,17% 17,45% 18,69% 9,67% 9,83% Nordeste 0,68% 2,73% 0,52% 9,69% 21,22% 21,02% 20,09% 20,85% Norte -0,24% 2,99% 0,92% 4,57% 15,57% 16,92% 6,01% 6,02% Sul -0,22% 2,57% 1,0 3,22% 15,53% 16,95% 18,58% 18,63%.

7 Região Nordeste Número de devedores O Nordeste liderou o crescimento anual da inadimplência ao longo de praticamente toda a série, iniciada em janeiro de Ao longo de 2015, o indicador da região oscilou em torno de 11% até o mês de agosto, acelerando a partir de então. Em janeiro de 2016, o número de empresas inadimplentes avançou 16,38% na região. A base de comparação é o mesmo mês do ano anterior. Esse foi o maior crescimento entre as quatro regiões consideradas no estudo, que não leva em conta os dados do Sudeste devido à entrada em vigor da Lei no estado de São Paulo. A lei dificulta o registro de consumidores nos cadastros de inadimplentes. O ritmo de crescimento foi impulsionado pela piora do cenário macroeconômico. O aprofundamento da recessão afetou o faturamento das empresas e, com isso, a sua capacidade de honrar compromissos. Na região, em novembro, o índice de Atividade Regional (IBCR-NE) registrou queda expressiva de 7,87%, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o maior recuo entre as cinco regiões do país. É importante observar que o repique da inadimplência ocorreu mesmo num cenário de retração do crédito. Para o Nordeste, o saldo real das operações de crédito com pessoas jurídicas teve queda de 9,61% na comparação entre dezembro de 2015 e o mesmo mês de O cálculo é baseado no Saldo de Operações de Crédito com Pessoas Jurídicas, divulgado pelo Banco Central. Pessoas jurídicas inadimplentes na base do SPC Brasil Região Nordeste Variação Anual (jan/16) Variação Mensal (jan/16) 2 2, 1,6 15% 16,38% 1,5% 1,23% 1 1, 5% 0,5% 0,56% 0,38% 0, Número de dívidas O crescimento do número de dívidas em nome de pessoas jurídicas na região Nordeste foi de 21,02% em janeiro de 2015, com relação ao mesmo mês do ano anterior. Depois de atingir uma variação de 7,94% em outubro de 2014, este indicador passou a acelerar, com mais força a partir de agosto de Em média, cada empresa inadimplente respondia por duas dívidas na região. O avanço expressivo do número de dívidas reflete o cenário econômico recessivo, que impõe dificuldades às famílias e às empresas. Na comparação

8 mensal, entre os últimos janeiro e dezembro, o número de pendências de empresas cresceu 0,52%. A alta sucede uma variação mensal expressiva, de 2,73%, em dezembro de O Nordeste concentra 20,85% do total de dívida, a segunda maior participação do país, se considerarmos o Sudeste (com 44,48% desse total). A região responde também pela terceira maior participação no PIB brasileiro, atrás de Sudeste e Sul. Dívidas em Atraso PJ Região Nordeste Variação anual (jan/16) Variação mensal (jan/16) 25% 2 15% 1 5% 21,02% 1,5% 1, 0,5% 1,28% 0,86% 0,68% 0,52% 0, Na região Nordeste, o setor credor que mais registrou pendências por parte de empresas foi o setor Agrícola. O número de dívidas com o setor cresceu 43,4% na comparação entre janeiro de 2016 e janeiro de Em seguida, aparecem os setores de Comércio e de, ambos com variação de 22,3%. A Indústria, por sua vez, registrou avanço de 21,6% no número de pendências devidas por pessoas jurídicas. Apesar da grande variação, a Agricultura detém apenas 0,15% das dívidas. O setor de serviços, que inclui bancos, é credor da maior parte das dívidas, com 60,88% do total. Dívidas em atraso por setor Credor Região Nordeste Variação anual (jan/16) , 43,4% 21,6% 22,3% 22,3% -2,4% Participação no total de dívidas (jan/16) 3,89% 60,88% 0,15% 19,84% 15,23% Agricultura Indústria Comércio Outros

9 Região Centro Oeste Número de devedores A região Centro Oeste registrou crescimento de 14,92% no número de empresas com dívidas atrasadas em janeiro de A base de comparação é o mesmo mês do ano anterior. Essa foi a segunda maior variação entre as regiões consideradas no estudo. Na comparação com o mês de dezembro de 2015, a variação foi de 0,39%, resultado modesto, mas que sucede variação mensal de 1,7. O forte crescimento dos últimos meses fez o indicador anual acelerar. Os dados de inadimplência refletem o quadro recessivo da economia. O índice de Atividade Econômica da região também mostra queda em novembro de O recuo foi de 4,5%, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Pessoas jurídicas inadimplentes na base do SPC Brasil Região Centro Oeste Variação Anual (jan/16) 16% 14,92% Variação Mensal (jan/16) 2% 1,36% 12% 1% 0,86% 8% 4% 1% 0,32% 0,39% Número de dívidas Em janeiro de 2016, as dívidas em nome de pessoas jurídicas tiveram crescimento de 18,69% na região Centro Oeste, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Foi a maior variação anual para a região desde o início da série histórica. A partir de março de 2015, quando registrou variação de 4,83%, o Indicador de dívidas em atraso da região ganhou novo impulso. Dívidas em Atraso PJ Região Centro Oeste Variação anual (jan/16) Variação mensal (jan/16)

10 2 15% 18,69% 1,5% 1, 1,2 0,98% 0,67% 1 0,5% 5% 0, -0,5% -0,38% No Centro Oeste, o setor credor que se destaca é a Indústria. As dívidas de pessoas jurídicas com esse setor tiveram avanço 27,6. Em seguida, aparece o Comércio, com variação de 21,58%. Contra o setor de, avanço da inadimplência foi de 16,76%, sempre na comparação entre janeiro de 2016 e janeiro de Uma análise da participação desses credores no total de dívida mostra que é o setor que detém a maior parte delas na região Centro Oeste, com 67,77% do total de dívidas da região. Esse é um padrão que se repete em todas as regiões, já que as dívidas ao setor bancário estão contidas ali. O segundo maior credor da região é o setor de Comércio, contraparte de 19,77% das dívidas. Dívidas em Atraso PJ Região Centro Oeste Variação anual (jan/16) -6,4% Participação no total de dívidas (jan/16) 4 0,42% 27,6% 0,22% 18,69% 21,6% 2 16,8% 11,82% -2-9, 67,77% 19,77% Agricultura Indústria Comércio Outros Região Norte Número de devedores Na região Norte, o número de empresas devedoras cresceu 12,5 em janeiro de 2015, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Foi a maior variação anual para a região desde janeiro de De dezembro para janeiro, a alta foi de 0,83%. Os números refletem a piora do cenário econômico. Como nas outras regiões, a partir de setembro de 2015, o Norte observou aceleração mais vigorosa da inadimplência. O Índice de Atividade Regional,

11 calculado pelo Banco Central, aponta queda de 5,2% para a região Norte. A variação resulta da comparação entre os meses de novembro de 2015 e Pessoas jurídicas inadimplentes na base do SPC Brasil Região Norte Variação Anual (jan/16) Variação Mensal (jan/16) 16% 1, 12,5 0,67% 12% 0,5% 0,46% 0,83% 8% 4% 0, -0,5% -0,22% Número de dívidas As dívidas em nome de pessoas jurídicas da região tiveram variação de 16,92% na comparação com janeiro de Depois de desacelerar para 4,97% em abril, o indicador ganhou novo impulso com aprofundamento da recessão. Na comparação mensal, entre dezembro e janeiro, a variação do número de dívidas foi de 0,92%, número que sucede uma alta expressiva de 2,99%, na passagem de novembro para dezembro. Dívidas em Atraso PJ Região Norte Variação anual (jan/16) Variação mensal (jan/16) 2 16,92% 1, 0,79% 0,92% 15% 0,5% 0,4 1 5% 0, -0,5% -0,24% Na região Norte, a Indústria foi o setor credor em que número de pendências devidas por pessoas jurídicas mais cresceu, com variação de 24,57%. O setor lidera há meses a alta da inadimplência na região. A segunda maior variação ficou por conta do Comércio (18,12%). Em seguida aparece o setor de, com variação de 15,87% e a Agricultura (12,62%). Como nas outras regiões, a maior parte das dívidas têm como contrapartida o setor de. 58,7 do total de dívidas de pessoas jurídicas são devidas a empresas do setor. O Comércio é o setor credor de 25,38%. Dívidas em Atraso PJ Região Norte

12 Variação anual (jan/16) Participação no total de dívidas (jan/16) ,92% 12,6% 24,6% 18,1% 15,9% 2,1% 3,39% 58,7 0,03% 12,49% 25,38% Agricultura Indústria Comércio Outros Região Sul Número de devedores O número de empresas devedoras na região Sul avançou 12,4 em janeiro de 2016, a maior alta desde abril de A base de comparação é o mês janeiro de O indicador de inadimplência acelerou continuamente desde junho de Como nas outras regiões, a alta foi puxada pelo aprofundamento da recessão. Na comparação mensal, entre dezembro e janeiro, a variação foi de 0,68%, depois de uma variação de 1,86% na passagem de novembro para dezembro. A região registrou a segunda maior queda no Índice de Atividade Econômica Regional, calculado pelo Banco Central. O recuo foi de 6,4%. Pessoas jurídicas inadimplentes na base do SPC Brasil Sul Variação Anual (jan/16) 16% 12% 12,4 Variação Mensal (jan/16) 2, 1,5% 1,53% 8% 4% 1, 0,5% 0,52% 0,4 0,68% 0, Número de dívidas Na comparação entre janeiro de 2016 e janeiro de 2015, as dívidas em nome de empresas avançaram 16,95% no Sul. O indicador de dívidas teve aceleração contínua a partir de julho de 2015, quando registrou variação anual de 7,82%. Essa foi a maior variação anual da região desde o início da série histórica. Na avaliação mensal, entre dezembro e janeiro, a variação foi de 1,0.

13 Dívidas em Atraso PJ Região Sul Variação anual (jan/16) 2 16,95% 15% 1 5% Variação mensal (jan/16) 2% 1,45% 1,0 1% 0,81% -0,22% -1% As pendências de pessoas jurídicas com o Comércio foram as que mais cresceram, com alta de 20,59%. Para a Indústria, o crescimento ficou um pouco abaixo (19,86%). Em seguida aparece o setor de, com variação de 15,84%. Em termos de participação, é o Sul que concentra, proporcionalmente, o maior número de dívidas de empresas com o setor de, credor de 72,46% das dívidas da região. 16,5 do total de dívidas são devidas ao setor de Comércio. Dívidas em Atraso PJ Região Centro Sul Variação anual (jan/16) Participação no total de dívidas (jan/16) 3 0,11% 19,9% 20,6% 0,24% 10,69% 2 16,95% 15,8% 1 3,4% 16,5-2,3% -1 72,46% Agricultura Indústria Comércio Outros

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15 METODOLOGIA DOS INDICADORES Os indicadores de inadimplência apresentados neste material sumarizam todas as informações disponíveis nas bases de dados a que o SPC Brasil tem acesso (simplificadamente chamados de "Bases de dados do SPC Brasil"). A abrangência dos dados é nacional, com informações de capitais e interior de todos os 26 estados da federação, além do Distrito Federal. Quando um consumidor deixa de pagar um título, seja ele uma fatura de cartão de crédito, uma conta de água ou um boleto de uma compra parcelada em uma loja, a empresa associada ao SPC Brasil pode (mas não é obrigada a) registrar essa inadimplência junto ao SPC Brasil. Em geral, as empresas credoras costumam registrar a inadimplência depois de verificar que o pagamento não ocorre mesmo após 30 dias após o vencimento. Entretanto, não há regra, e o registro pode ocorrer no dia seguinte ao vencimento ou mais de um ano após o vencimento. O consumidor é informado via correspondência sobre o registro e poderá, a qualquer momento, pagar a dívida ou renegociá-la. Em ambos os casos, o registro referente àquela pendência será retirado da base do SPC Brasil, mas o consumidor ainda pode constar como inadimplente ( negativado ) se tiver outras pendências. Para todos os indicadores abaixo, o SPC Brasil considera que uma dívida é a relação de um credor com um devedor, mesmo que esse credor tenha incluído vários registros desse devedor junto ao SPC Brasil. Assim, se o consumidor deixa de pagar quatro parcelas de uma mesma compra e tem por isso quatro registros no SPC Brasil, os indicadores abaixo assumem que esse consumidor tem apenas uma dívida, já que os registros foram, todos, feitos pela mesma empresa credora associada (mesmo CNPJ). As séries históricas relativas aos dados comentados nesse texto estão disponíveis para download em Indicador 1: Pessoas jurídicas inadimplentes na base do SPC Brasil Este indicador mostra a variação mês a mês do número de pessoas jurídicas registradas na base do SPC Brasil. Cada pessoa jurídica inadimplente é contada apenas uma vez, independente do número de dívidas que tenha em atraso. É importante notar que a variação no número de empresas inadimplentes registradas na base do SPC Brasil não representa, exatamente, o número de empresas inadimplentes no Brasil, por três motivos. A base de dados do SPC Brasil é a que tem a maior capilaridade nacional, mas existem outros serviços de proteção ao crédito, cujos dados não são considerados para este indicador. Há empresas que, eventualmente ou sempre, decidem não registrar o atraso de seus clientes. Isso pode ocorrer, por exemplo, porque o cliente tem uma relação de longa data com a empresa. Há empresas que só registram o atraso de seus clientes muito tempo após o vencimento da fatura, possivelmente após esgotarem todas as tentativas de negociação. Por isso, pode ocorrer que a inadimplência tenha aumentado em janeiro, mas o aumento do número de devedores só ocorra em março na base do SPC Brasil. Indicador 2: Dívidas em atraso na base do SPC Brasil Pessoa Jurídica

16 Este indicador mostra a variação mês a mês da quantidade total de dívidas em atraso de pessoas jurídicas. As dívidas em atraso são classificadas de acordo com: Setor credor, identificado de acordo com a CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas). As empresas credoras foram classificadas pelas seções CNAE (identificadas por letras), conforme tabela abaixo. Seção CNAE IBGE A - AGRICULTURA, PECUÁRIA, PRODUÇÃO FLORESTAL, PESCA E AQÜICULTURA B - INDÚSTRIAS EXTRATIVAS C - INDÚSTRIAS DE TRANSFORMAÇÃO D - ELETRICIDADE E GÁS E - ÁGUA, ESGOTO, ATIVIDADES DE GESTÃO DE RESÍDUOS E DESCONTAMINAÇÃO F - CONSTRUÇÃO G - COMÉRCIO; REPARAÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES E MOTOCICLETAS H - TRANSPORTE, ARMAZENAGEM E CORREIO I - ALOJAMENTO E ALIMENTAÇÃO J - INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO K - ATIVIDADES FINANCEIRAS, DE SEGUROS E SERVIÇOS RELACIONADOS L - ATIVIDADES IMOBILIÁRIAS M - ATIVIDADES PROFISSIONAIS, CIENTÍFICAS E TÉCNICAS N - ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS E SERVIÇOS COMPLEMENTARES O - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, DEFESA E SEGURIDADE SOCIAL P - EDUCAÇÃO Q - SAÚDE HUMANA E SERVIÇOS SOCIAIS R - ARTES, CULTURA, ESPORTE E RECREAÇÃO S - OUTRAS ATIVIDADES DE SERVIÇOS T - SERVIÇOS DOMÉSTICOS U - ORGANISMOS INTERNACIONAIS E OUTRAS INSTITUIÇÕES EXTRATERRITORIAIS Classificação SPC Brasil para comparação Agricultura Indústria Indústria Comércio