UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO REGIONAL ANDREIA FERNANDES BRILHANTE

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1 UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO REGIONAL ANDREIA FERNANDES BRILHANTE FAUNA FLEBOTOMÍNEA (DIPTERA: PSYCHODIDAE) EM ÁREA DE TURISMO PESQUEIRO, MUNICÍPIO DE BONITO, ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL, BRASIL, CAMPO GRANDE MS 2011

2 ANDREIA FERNANDES BRILHANTE FAUNA FLEBOTOMÍNEA (DIPTERA: PSYCHODIDAE) EM ÁREA DE TURISMO PESQUEIRO, MUNICÍPIO DE BONITO, ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL, BRASIL, Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em nível de Mestrado Acadêmico em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional da Universidade Anhanguera-Uniderp, como parte dos requisitos para obtenção do título em Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional. Orientação: Profa. Dra. Vânia Lúcia Brandão Nunes CAMPO GRANDE MS 2011

3 Aos meus pais Antonio e Marina pelo amor incondicional e apoio em todas as minhas decisões. À minha irmã Débora, uma das maiores felicidades da minha vida.

4 "A entrada para a mente do homem é o que ele aprende, a saída é o que ele realiza. Se sua mente não for alimentada por um fornecimento contínuo de novas idéias, que ele põe a trabalhar com um propósito, e se não houver uma saída por uma ação, sua mente torna-se estagnada. Tal mente é um perigo para o indivíduo que a possui e inútil para a comunidade." Jeremias W. Jenks

5 AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus, pelas oportunidades em minha vida. À Professora Dra. Vânia Lúcia Brandão Nunes, pela orientação, carinho e amizade que adquirimos nesses poucos anos trabalhando juntas. À Dona Hilda Carlos Rocha e Dona Geucira Cristaldo pelo apoio técnico e amizade durante a realização do projeto. Ao Professor Msc. Helder Antônio de Sousa pelo auxílio nas capturas dos insetos e companhia nas viagens. À Professora Dra. Maria Elizabeth Cavalheiros Dorval, pela ajuda constante nos trabalhos e amizade. À Professora Dra. Eunice Aparecida Bianchi Galati pela consultoria científica, incentivo, ajuda nas dúvidas e na identificação taxonômica dos flebotomíneos. À enfermeira Andreia Batista e as auxiliares Rita e Selma, por sempre receber a equipe do projeto com hospitalidade e alegria durante as viagens ao distrito. Ao Professor Dr. Sílvio Fávero no auxílio na análise estatística. Ao meteorologista Natálio Abrão pela colaboração nos dados climáticos. Ao Professor Dr. Ademir Kleber Morbeck de Oliveira pela descrição da vegetação dos sítios de captura. À secretária do programa Alinne Signorelli pelo incentivo, bom atendimento e por estar sempre disposta a ajudar. Às amigas Rejane Damaris de Oliveira, Wicildes C. Rocha Sales e Tássia G. Madeira de Matos, que mesmo de longe sempre torcendo por mim. Aos colegas do mestrado, com quem vivi bons momentos e a amizade que construímos ao longo do curso. Aos moradores do distrito Águas do Miranda pela receptividade e colaboração na realização do trabalho. v

6 Ao meu querido André Luiz Ricardo Cantalogo pelas palavras de incentivo nas horas difíceis. À Prefeitura Municipal de Bonito pelo apoio logístico. À CAPES pela concessão da bolsa de estudos. À Universidade Anhanguera-Uniderp pelo apoio financeiro. vi

7 SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS... LISTA DE TABELAS... RESUMO... ABSTRACT... 1 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA... 2 OBJETIVOS Objetivo geral Objetivos específicos... 3 REVISÃO DE LITERATURA Aspectos gerais Leishmaniose tegumentar Leishmaniose visceral Os flebotomíneos As leishmanioses em Mato Grosso do Sul... 4 MATERIAL E MÉTODOS Área de estudo Inquérito sobre flebotomíneos Sítios de captura Análise dos dados... 5 RESULTADOS... 6 DISCUSSÃO... 7 CONCLUSÕES... REFERÊNCIAS... viii ix x xi vii

8 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Mapa de Mato Grosso do Sul coma a localização de Bonito Figura 2 - Foto aérea do Distrito Águas do Miranda, Bonito, Mato Grosso do Sul Figura 3 - Estradas de acesso ao Distrito Águas do Miranda, Bonito, Mato Grosso do Sul Figura 4 - Média de Williams dos espécimes de Lu. longipalpis, Ny. whitmani e Pa. shannoni, por estação do ano, Águas do Miranda, Bonito, MS, dezembro de 2009 a novembro de Figura 5 - Número de flebotomíneos das três espécies mais frequentes confrontados com as médias mensais de precipitação pluviométrica (mm), temperatura (ºC) e umidade relativa do ar (%), Águas do Miranda, Bonito, MS, dezembro de 2009 a novembro de Figura 6 - Variáveis climáticas (precipitação (mm), temperatura (ºC) e umidade relativa do ar (UR) (%), escalonadas com o número de flebotomíneos das três espécies mais frequentes, pela análise escalonada multidimensional não métrica (NMDS) com distância de Bray-Curtis, Águas do Miranda, Bonito, MS, dezembro de 2009 a novembro de viii

9 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Flebotomíneos capturados com armadilhas luminosas em ambientes distintos, índices de diversidade de Shannon (H), equitabilidade de Pielou (J) e porcentagem, no distrito de Águas do Miranda, Bonito, MS, Brasil, dezembro de 2009 a novembro de Tabela 2 - Índice de abundância das espécies padronizado (IAEP) de flebotomíneos capturados com armadilhas luminosas em diferentes ambientes, Águas do Miranda, Bonito, MS, dezembro de 2009 a novembro de Tabela 3 - Índice de Similaridade calculado pelo coeficiente de Sorensen entre os ambientes amostrados, Águas do Miranda, Bonito, MS, Brasil, dezembro de 2009 a novembro de Tabela 4 - Médias mensais das variáveis climáticas (precipitação, temperatura, umidade relativa), Águas do Miranda, Bonito, MS, Brasil, dezembro de 2009 a novembro de ix

10 RESUMO O estado de Mato Grosso do Sul (MS) vem apresentando altos índices de infecções por leishmânias tanto na população humana quanto na canina. O estudo teve como objetivos identificar a fauna flebotomínea, seus índices de diversidade, de abundância padronizada, de similaridade e a taxa de infecção natural por flagelados no distrito de Águas do Miranda, município de Bonito, MS, foco de leishmanioses, com o propósito de dimensionar o potencial de transmissão dessas parasitoses naquela região. Os flebotomíneos foram capturados mensalmente no período de dezembro de 2009 a novembro de 2010, utilizando armadilhas luminosas automáticas do tipo CDC, que foram ligadas das 18:00h às 6:00h. Os sítios de captura foram definidos de maneira a cobrir matas, área de cerrado, peridomicílios e abrigos de animais. Foram capturados espécimes de flebotomíneos, machos e fêmeas, pertencentes a quatro subtribos, sete gêneros e 16 espécies: Brumptomyiina: Brumptomyia sp, Br. avellari, Br. brumpti; Lutzomyiina: Complexo cortelezzii, Evandromyia lenti, Ev. termitophila, Lutzomyia longipalpis, Sciopemyia sordellii; Psychodopygina: Nyssomyia neivai, Ny. whitmani, Psathyromyia aragaoi, Pa. campograndensis, Pa. hermalenti, Pa. shannoni, Pa. punctigeniculata e Sergentomyiina: Micropygomyia quinquefer. Ny. whitmani foi a espécie mais frequente, seguida de Pa. shannoni e Lu. longipalpis, encontradas em todos os tipos de ambientes, porém com grande expressão em abrigos de animais. Importante ressaltar o encontro de duas espécies naturalmente infectadas por flagelados: Ny. whitmani e Pa. shannoni, ambas capturadas em galinheiro. Na localidade estudada foram encontradas espécies comprovadamente vetoras de agentes etiológicos de leishmanioses. A maior frequência de flebotomíneos ocorreu em ambientes com ação antrópica e os abrigos de animais forneceram condições favoráveis para a proliferação, manutenção e amplificação de criadouros de flebotomíneos. A população local deve ser conscientizada sobre a importância das leishmanioses e a necessidade de saneamento ambiental. PALAVRAS-CHAVE: flebotomíneos; leishmanioses; infecção natural; abrigos de animais. x

11 ABSTRACT Mato Grosso do Sul state (MS) has presented high rates of leishmania infections both in canine and human populations. The study aimed to identify the phlebotomine fauna, diversity, abundance, similarity and natural infection by flagellates in the district Águas do Miranda, municipality of Bonito, state of Mato Grosso do Sul, Brazil, the focus of leishmaniasis, with the purpose of gauging the potential for transmission of leishmaniasis agents in that region. The phlebotomines were captured monthly in the period from December 2009 to November 2010, with CDC light traps, from 6 p.m. to 6 a.m. The capture sites were defined in such a way to include woods, savannah areas, peridomiciles and animal shelters. 6,699 specimens were caught, 3,929 males and 2,770 females, belonging to four sub-tribes, seven genera and 16 species: Brumptomyiina: Brumptomyia sp, Br. avellari, Br. brumpti; Lutzomyiina: cortelezzii complex, Evandromyia lenti, Ev. termitophila, Lutzomyia longipalpis, Sciopemyia sordellii; Psychodopygina: Nyssomyia neivai, Ny. whitmani, Psathyromyia aragaoi, Pa. campograndensis, Pa. hermalenti, Pa. shannoni, Pa. punctigeniculata and Sergentomyiina: Micropygomyia quinquefer. Ny. whitmani was the most frequently found species, followed by Pa. shannoni and Lu. longipalpis. They were found in all types of environment, but most expressively in animal shelters. It is worth noticing the occurrence of two naturally infected species by flagellates: Ny. whitmani and Pa. shannoni, both caught in hen houses. In the sites studied, several species were found that proved to be vectors of leishmaniasis agents in the Americas. The highest incident of sand flies occurred in environments with anthropic intervention. It may be concluded that the animal shelters provide favorable conditions for the spread, maintenance and enlargement of breeding sites. The local population should be made aware of the importance of leishmaniasis and the need for environmental sanitation. KEY WORDS: Sandflies; leishmaniasis; natural infection; animal shelters xi

12 1 1 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA As leishmanioses constituem importantes agravos em saúde pública devido à severidade de suas manifestações clínicas, ampla distribuição geográfica e crescente tendência à urbanização. Ressaltam-se, ainda, as dificuldades para o controle, devido à complexidade de seus quadros epidemiológicos e às indefinições quanto à melhor forma de tratamento. Possuem como agentes etiológicos várias espécies de protozoários do gênero Leishmania e podem apresentar várias formas clínicas, compreendendo duas principais: leishmaniose visceral (LV) e leishmaniose tegumentar (LT). A transmissão dessas protozooses ocorre pela picada de fêmeas infectadas de flebotomíneos (Diptera: Psychodidae: Phlebotominae) (LAINSON e SHAW, 2005; BRASIL, 2006; 2010a). Essas antropozoonoses atingem além do homem, animais domésticos e silvestres. Alguns deles desempenham papel de reservatórios e estão associados ao ciclo de transmissão silvestre-doméstico, principalmente quando possuem atividade sinantrópica. (GONTIJO e MELO, 2004; BRASIL, 2006; 2010a). Segundo relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) as leishmanioses apresentam ampla distribuição nas Américas e estão entre as dezessete principais doenças tropicais negligenciadas do mundo (WHO, 2010b). No Brasil, os maiores números de casos de leishmaniose visceral são notificados na região Nordeste e os de leishmaniose tegumentar na região amazônica (BRASIL, 2006; 2010a; b). O desenvolvimento regional e crescimento demográfico são fatores determinantes na modificação do ambiente e na dispersão de doenças (AZEVEDO et al., 1996; PATZ et al., 2000). O rápido crescimento demográfico em áreas sem infraestrutura básica de saneamento ampliou a ocorrência de novas patologias em regiões consideradas indenes e provocou o ressurgimento de enfermidades antes controladas e/ou eliminadas. Ressalta-se a maior agressividade dos patógenos quando atinge novas populações hospedeiras e/ou indivíduos imunologicamente comprometidos (SABROZA; TOLEDO e OSANAI, 1992).

13 2 Em Mato Grosso do Sul (MS) as leishmanioses constituem sérios problemas em saúde pública. A LV tem apresentado aumento no número de casos humanos e caninos, sendo um dos estados com maior número de notificações da região Centro- Oeste do País (OLIVEIRA, A.L.L et al., 2006; ANDRADE et al., 2009; BRASIL, 2010b) e a LT tem sido assinalada na maioria dos municípios (NUNES, 2001; DORVAL, 2006; BRASIL, 2010a). Apesar da ampla distribuição e do crescente número de notificações, são escassos os estudos epidemiológicos sobre leishmanioses em MS. O distrito Águas do Miranda, município de Bonito, tem o turismo de pesca como principal fonte econômica e apresenta condições socioeconômicas e ambientais favoráveis à transmissão dessas endemias. Esses fatos aliados ao resultado de pesquisa na população canina do distrito, que mostrou 40% dos animais sororreagentes para Leishmania (dados não publicados) levaram ao presente estudo que objetivou estudar a fauna flebotomínea, abrangendo sua diversidade, frequência, abundância, similaridade das espécies nos ambientes amostrados e taxa de infecção natural por flagelados, visando dimensionar o potencial de transmissão de leishmanioses naquela região.

14 3 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo geral Conhecer a fauna flebotomínea para dimensionar o potencial de transmissão de leishmanioses no distrito de Águas do Miranda, município de Bonito, Mato Grosso do Sul, Brasil. 2.2 Objetivos específicos determinar o índice de diversidade, de equitabilidade, de abundância padronizado, de similaridade das espécies entre os ambientes amostrados e verificar a taxa de infecção natural para as espécies de flebotomíneos capturadas; avaliar a possibilidade de transmissão de leishmanioses na área.

15 4 3 REVISÃO DE LITERATURA 3.1 Aspectos Gerais As leishmanioses são doenças infecto-parasitárias que têm por etiologia várias espécies de protozoários da ordem Kinetoplastida, família Trypanossomatidae, gênero Leishmania, e podem determinar no homem manifestações clínicas nas formas: visceral, cutânea, cutaneomucosa, disseminada e difusa. Esses parasitas possuem as seguintes formas evolutivas: as amastigotas, sem flagelo livre, encontradas no hospedeiro vertebrado e as promastigotas com flagelo livre que habitam o tubo digestivo dos hospedeiros invertebrados (LAINSON e SHAW, 2005; MICHALICK, 2005). A principal via de transmissão das leishmânias para o homem e outros hospedeiros é através da picada da fêmea de flebotomíneo (Diptera: Psychodidae: Phlebotominae) que no momento da hematofagia, regurgita as formas infectantes (promastigotas) no hospedeiro vertebrado (LAINSON e SHAW, 2005; MICHALICK, 2005). Espécies do gênero Leishmania possuem ampla distribuição geográfica, desde as Américas, aos países africanos, asiáticos e alguns da Europa próximos ao Mediterrâneo (LAINSON e SHAW, 1987), assim sendo, as leishmanioses estão geograficamente bem difundidas, e segundo a OMS, estima-se que aproximadamente 350 milhões de indivíduos encontram-se em áreas de risco de infecção, com registros anuais de cerca de 1,2 milhões de casos de leishmaniose tegumentar (LT) e de leishmaniose visceral (LV) (WHO, 2010a). 3.2 Leishmaniose tegumentar (LT) No Brasil já foram identificadas sete espécies de Leishmania associadas à LT, abrangendo dois subgêneros Leishmania e Viannia: Le. (Vi.) braziliensis Vianna, 1911, Le. (Vi.) guyanensis Floch, 1954, Le. (Vi.) lainsoni Silveira, Shaw, Braga e Ishikawa, 1987, Le. (Vi.) naiffi Lainson e Shaw, 1989; Le. (Vi.) shawi Lainson, Braga,

16 5 Souza, Póvoa e Ishikawa, 1989; Le. (Vi.) lindenbergi Silveira, Ishikawa, De Souza e Lainson, 2002 e Le. (Le.) amazonensis Lainson e Shaw, 1972 (BRASIL, 2010a). Le. braziliensis é o agente etiológico da leishmaniose cutânea e/ou cutâneomucosa, também conhecida como úlcera de Bauru, ferida brava ou nariz de tapir. Suas manifestações clínicas no homem abrangem lesões cutâneas únicas ou em pequeno número, sendo que ulcerações arredondadas e com bordas elevadas, caracterizam o padrão clássico de descrição da lesão. No caso da leishmaniose cutâneomucosa, também chamada de espúndia, pode ocorrer múltiplas lesões de aparência acneiforme, atingindo com maior frequência a região da face e tronco. A disseminação do parasito pode se dar por via hemática ou linfática, causando lesões distantes do local onde a fêmea de flebotomíneo inoculou as formas infectantes. Pode determinar mutilações e deformidades no homem trazendo como consequências transtornos psicológicos e sociais (NUNES, 2001; GENARO e REIS, 2005; BRASIL, 2010a). Le. braziliensis foi a primeira espécie de Leishmania a ser incriminada como agente etiológico da LT no Brasil e considerada a sua única etiologia por várias décadas. No entanto, com o aprimoramento de técnicas de diagnóstico, estudos epidemiológicos e ecológicos outras espécies também foram descritas como causadoras da doença (MARZOCHI, 1992; BRASIL, 2010a). Dentre as espécies do subgênero Viannia, possui a maior distribuição geográfica, sendo encontrada em todas as regiões do Brasil, e também em países fronteiriços como Paraguai e Argentina. Na sua transmissão há a participação de várias espécies de flebotomíneos (HASHIGUCHI et al., 1992; BRASIL, 2010a; QUINTANA; SALOMÓN e DE GROSSO, 2010). O parasitismo de marsupiais e roedores por essa espécie de Leishmania leva a crer que esses animais sejam os reservatórios primários de Le. (Vi.) braziliensis (LAINSON, 1997; DE LIMA et al., 2002; SCHALLIG et al., 2007). O ciclo de transmissão das espécies Le. guyanensis, Le. shawi, Le. lainsoni, Le. naiffi, aparentemente está restrito a estados da região Norte. Seus possíveis reservatórios são respectivamente: preguiça (Choloepus didactylus), tamanduá (Tamandua tetradactyla) e gambá (Didelphis albiventris); macacos (Chiropotes satanas e Cebus apella), quati (Nasua nasua) e preguiça (Choloepus didactylus); paca (Agouti paca) e tatu (Dasypus novemcinctus). Esses animais são comuns em

17 6 outras regiões do Brasil, o que leva a supor que essas espécies de Leishmania possam apresentar distribuição geográfica bem mais ampla, se as mesmas sobrepõem a de seus hospedeiros silvestres (LAINSON e SHAW, 2005; BRASIL, 2010a). A LT que tem por etiologia a Le. (Le.) amazonensis pode manifestar-se por um amplo espectro de formas clínicas, sendo mais frequentes lesões cutâneas papulares ou ulceradas, únicas, por vezes auto-resolutivas. O processo de infecção pode iniciar com a formação de apenas uma úlcera, podendo esta lesão se multiplicar, devido a metástase do parasito pela via linfática e/ou migração de macrófagos parasitados. A sua maior importância, deve-se ao fato de alguns indivíduos desenvolverem a leishmaniose cutânea difusa anérgica (LCD) (LAINSON e SHAW, 2005; GENARO e REIS, 2005; BRASIL, 2010a). O ciclo de transmissão desse protozoário é amplo, ocorrendo em florestas primárias e secundárias no Norte do país, como também em outros estados das regiões Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Possui como reservatórios primários, animais terrestres e semiterrestres, principalmente roedores do gênero Proechimys, bem como, outras espécies de roedores e canídeos que podem atuar como reservatórios secundários (LAINSON et al., 1994; BRASIL, 2010a). No Brasil é crescente o número de casos de LT que já foi assinalada em todos os estados, com maior número de notificações nas regiões Norte e Nordeste (BRASIL, 2010a;b). Sua ocorrência pode estar associada com modificações antrópicas, em favor do desenvolvimento econômico, bem como a implementação de grandes empreendimentos como a construção de ferrovias, aberturas de estradas, desmatamentos para fins agropecuários e industriais, expondo o homem ao risco de se infectar pelo fato de adentrar no ambiente dos reservatórios naturais e vetores. Estes fatores favorecem, ainda, o surgimento de um ciclo doméstico e/ou peridoméstico, promovendo então urbanização dos agentes etiológicos e seus vetores. (BASANO e CARMAGO, 2004; DIAS et al., 2007; BRASIL, 2010a). A ocorrência de casos urbanos e periurbanos de LT também pode estar ligada à migração de populações para as periferias das cidades, muitas vezes levando seus animais de estimação, sujeitas às precárias condições de saneamento e habitação, numa convivência com potenciais transmissores da doença, facilitando,

18 7 desta forma, a infecção peridomiciliar, como já registrado em Brasília e no Paraná (SAMPAIO et al., 2009; MONTEIRO et al., 2009). 3.3 Leishmaniose visceral (LV) É causada por espécies do gênero Leishmania, pertencentes ao complexo Le. (Le.) donovani. Na Índia, Sudão, Blangadesh, China e Nepal é causada pela Le. (Le.) donovani. Nas Américas o agente etiológico é a Le. (Le.) chagasi (Cunha e Chagas, 1937), já em regiões do continente asiático, africano e no Mediterrâneo é a Le. (Le.) infantum. Técnicas moleculares mostraram que Le. (Le.) chagasi é bioquímica e antigenicamente indistinguível de Le. (Le.) infantum, a tendência atual é, portanto, considerá-las como sendo a mesma espécie (TESH, 1995; MAURICIO; STOHARD e MILES, 2000; GONTIJO e MELO, 2004; LAINSON e SHAW, 2005; BRASIL, 2006; COURA, 2008). A LV também conhecida como Calazar pode determinar no homem manifestações clínicas leves, moderadas e até graves, como: hepatomegalia, esplenomegalia, febre prolongada, diarreia, perda de peso. Estas manifestações ocorrem principalmente em crianças desnutridas, idosos e imunodeprimidos. Há também indivíduos que se apresentam assintomáticos, que geralmente são provenientes de zonas endêmicas onde há evidências epidemiológicas e imunológicas da infecção (GONTIJO e MELO, 2004; BRASIL, 2006). No ambiente silvestre raposas e marsupiais são os hospedeiros vertebrados de Le. chagasi, sendo a raposa considerada o reservatório natural desse parasito (SHERLOCK, 1996). Existem registros do encontro de animais naturalmente infectados por Le. chagasi nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Norte do Brasil (LAINSON; SHAW e LINS, 1969; NUNES et al., 1988; CABRERA et al., 2003; SOUZA et al., 2010). Esses animais silvestres podem estar ou não associados ao ciclo urbano ou periurbano da doença, dependendo do seu comportamento sinantrópico (GONTIJO e MELO, 2004). No ambiente urbano, o cão doméstico (Canis familiaris) representa o principal hospedeiro no ciclo da doença e a fonte de infecção para os vetores, podendo estes animais infectados precederem os casos humanos. Nos programas de vigilância e

19 8 controle da LV, a eutanásia dos animais infectados é utilizada como medida de controle dessa endemia (GONTIJO e MELO, 2004; BRASIL, 2006). A LV está amplamente distribuída no território nacional, com casos autóctones notificados em várias Unidades Federadas, exceto nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Paraná e Santa Catarina. Os maiores registros ficam na região Nordeste (BRASIL, 2010b). Em Teresina (PI), Cerbino Neto, Werneck e Costa (2009) relataram altas taxas de incidência da doença, estando associada aos bairros periféricos com maior cobertura vegetal, submetidos à ocupação rápida e sem infraestrutura sanitária adequada. De acordo com Gontijo e Melo (2004) a LV tem merecido uma atenção especial devido a sua urbanização, e pouco se tem conhecimento sobre a epidemiologia nesse ambiente. No que diz respeito à cadeia de transmissão, o cenário urbano parece ser bem mais complexo e variado do que o rural. Há registros de casos em várias cidades como Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Araçatuba (SP), Santarém (PA), Corumbá (MS), Teresina (PI), Natal (RN), São Luís (MA), Fortaleza (CE), Camaçari (BA), Campo Grande (MS) entre outras (BRASIL, 2006; BRASIL, 2010b). 3.4 Os flebotomíneos Os flebotomíneos são insetos pertencentes à ordem Diptera, família Psychodidae e subfamília Phlebotominae, e têm sua importância em saúde pública, por serem vetores de leishmanioses, assim como de arboviroses e bartoneloses (SHERLOCK, 2003). Tanto machos como fêmeas necessitam de açúcares para sua dieta, porém somente a fêmea necessita do sangue de vertebrados para maturação de seus ovários, e daí a sua importância médica na transmissão de doenças. Já os machos sugam apenas suco de vegetais, no entanto há relato de sangue em tubo digestivo de machos (GONTIJO; COELHO e FALCÃO, 1987; DA SILVA e GRÜNEWALD, 1999; SHERLOCK, 2003).

20 9 Possuem ampla distribuição geográfica, sendo conhecidas aproximadamente 800 espécies, 60% delas encontradas na Região Neotropical. No Brasil tem-se conhecimento de 229 espécies, 28,6% do total e 47,7% das que ocorrem na Região Neotropical (AGUIAR e MEDEIROS, 2003). De acordo com Young e Duncan (1994), 19 espécies, até o momento, são incriminadas na transmissão de leishmanioses ao homem e animais no Brasil, o que representa 8,4% do total. São insetos holometábolos de 1 a 3mm, geralmente de cor clara, e com o corpo muito piloso. Seu ciclo passa pelas fases de ovo, larva (quatro estádios), pupa e adulto, e a duração de cada um desses estágios varia de acordo com a espécie, condições ambientais e alimentares a que estão expostos (YOUNG e DUNCAN, 1994; BRAZIL e BRAZIL, 2003). Esses dípteros se desenvolvem em locais ricos em matéria orgânica em decomposição. Seus abrigos podem variar de acordo com o micro-habitat, variações climáticas e com a espécie. Abrigam-se em locais com bom teor de umidade, matéria orgânica em decomposição, pouca ou nenhuma luz, onde possam se proteger das intempéries do ambiente (AGUIAR e VILELA, 1987; AGUIAR e MEDEIROS, 2003). Geralmente, os flebotomíneos possuem atividade crepuscular e noturna, porém algumas espécies podem ter hábitos tanto diurno quanto noturno, como observado para Lutzomyia almerioi em cavernas da Serra da Bodoquena (MS), e para Nyssomyia umbratilis na Amazônia (GALATI et al., 2003a; BRAZIL e BRAZIL, 2003; GENARO e REIS, 2005). Os flebotomíneos podem apresentar especificidades com relação aos seus habitats, sendo que algumas espécies vivem em copas de árvores, e outras ao nível do solo, definindo então seus comportamentos e hábitos alimentares (AGUIAR e MEDEIROS, 2003). Criadouros naturais de flebotomíneos são extremamente difíceis de serem encontrados e podem ou não estarem dissociados dos abrigos, embora alguns destes possam servir para o desenvolvimento de suas formas imaturas. Em florestas há uma grande variedade de locais que servem de abrigos, tais como: espaços entre folhas caídas e o solo, tronco de árvores e toca de animais. Os locais de criação desses insetos ainda pouco conhecidos, merecendo estudos aprofundados para obter resultados mais concretos (BRAZIL e BRAZIL, 2003).

21 10 As ações antrópicas favorecem a dispersão e adaptação de vetores e reservatórios naturais de Leishmania, assim como a criação de ecótopos para a proliferação desses vetores (LAINSON e SHAW, 2005). Provavelmente devido a um intenso desmatamento da cobertura vegetal da periferia da cidade de Dom Pedro, estado do Maranhão, ocorreu a periurbarnização de Ny. whitmani, um dos principais vetores de Le. braziliensis. Fenômenos dessa natureza decorrentes de desmatamentos em áreas situadas em grandes cidades poderiam determinar um padrão urbano de transmissão de LT (LEONARDO e REBÊLO, 2004). Habitações humanas em condições precárias e/ou em locais inadequados sem saneamento básico, juntamente com a construção de abrigos de animais próximos ao ambiente peridomiciliar são comuns em áreas rurais e periferias de centros urbanos. Nessas áreas os reservatórios naturais ficam mais próximos e os flebotomíneos são capturados em grande número, expondo homem e animal doméstico ao risco de infecção (TEODORO et al., 2007; 2010). Diversos trabalhos já relataram o grande número de flebotomineos capturados em abrigos de animais como galinheiros, pocilgas, canis, poleiros entre outros, sendo estes geralmente localizados próximos aos ambientes peridomiciliares e de matas e seus fragmentos (REBÊLO et al., 1999; TEODORO et al., 2007; NUNES et al., 2008; ANDRADE et al., 2009; ALMEIDA et al., 2010a). Estudos relacionados ao hábito alimentar desses insetos têm sido de grande importância, pois além de esclarecer sobre a epidemiologia das leishmanioses, contribuem nas atividades de controle e vigilância (DIAS; LOROSA e RÊBELO, 2003). Algumas pesquisas mostram a galinha como umas das preferências alimentares de algumas espécies de flebotomíneos, e que o sangue dessa ave pode auxiliar o desenvolvimento da Leishmania no vetor, apontando para o risco que a sua criação no ambiente peridomiciliar traz para a população humana, tanto na transmissão de LT como de LV, já que se trata de um fator atrativo tanto para Lu. longipalpis como Ny. whitmani. (DIAS; LOROSA e RÊBELO, 2003; TEODORO et al., 2007; SANT ANNA et al., 2010).

22 11 Em MS estudo com Lu. longipalpis mostrou seu ecletismo alimentar e preferência significativa por sangue humano e de aves. O mesmo não ocorreu com relação aos cães. Os autores concluem que a alta antropofilia de Lu. longipalpis tem sérias implicações, levantando novos questionamentos em relação a importância dos cães na epidemiologia da LV e a relevância do homem como fonte de infecção para os flebotomíneos (OLIVEIRA et al., 2008). 3.5 As leishmanioses em Mato Grosso do Sul O estado de Mato Grosso do Sul (MS), está localizado na região Centro- Oeste do Brasil, sendo a capital Campo Grande. Possui área de ,836 km² e habitantes segundo Censo O clima predominante é o tropical, com verões chuvosos e invernos secos. As médias termométricas variam entre 25 C na baixada do Paraguai e 20 C no Planalto. A vegetação é coberta na maior parte por Cerrado, havendo também a Floresta Estacional Semidecidual (IBGE, 2011; PORTAL MS, 2011). Alega-se que o primeiro caso humano autóctone de LV nas Américas com comprovação parasitológica, seja proveniente da região de Porto Esperança, município de Corumbá (MS) (MIGONE, 1913). A partir 1980 começaram a ser notificados casos humanos naquele município e estudos na população canina mostraram prevalência sorológica para Leishmania, de 8,7% dentre 481 animais examinados (NUNES et al., 1988; YAMAMOTO et al., 1988). Na mesma ocasião, estudos em animais silvestres, resultaram no encontro de um canídeo (Cerdocyon thous) naturalmente infectado por Le. chagasi (MELO et al., 1988). Dez anos depois, Santos et al. (1998) ao realizarem um outro inquérito sorológico canino na mesma região relataram 24% de positividade, revelando, portanto, o aumento na prevalência da leishmaniose visceral canina (LVC). Estudos iniciais da fauna flebotomínea em Corumbá e entorno mostraram a presença de Lu. cruzi e de Lu. forattinii, tanto em peri como em intradomicílios, em alta densidade populacional e com acentuada atividade antropofílica. Esses achados, somados ao não encontro de Lu. longipalpis, sugeriram a participação das duas primeiras espécies na veiculação de Le. chagasi naquela região (GALATI et al., 1997). Trabalhos realizados posteriormente assinalaram a presença de Lu.

23 12 longipalpis criando novas abordagens com relação à epidemiologia local da LV (SANTOS et al., 2003). O encontro de espécimes de Lu. cruzi e de Lu. forattinii naturalmente infectados por Le. chagasi, levou à suspeita de estarem envolvidos na transmissão de LV em Corumbá (SANTOS et al., 1998; PITA-PEREIRA et al., 2008). Com o passar dos anos, observou-se a expansão da LV para outras regiões de MS, sendo atualmente diagnosticada tanto na população humana quanto na canina. De acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) até o ano de 2010 os municípios com índices de transmissão intensa e moderada são: Aquidauana, Anastácio, Brasilândia, Bodoquena, Bonito, Camapuã, Miranda, Sidrolândia, Terenos, Três Lagoas e Campo Grande. Atualmente a LV é importante motivo de preocupação para a saúde publica, devido a sua expansão, pelo incremento do número de casos, pela morbidade, por ser diagnosticada em populações rurais e urbanas, por acometer indivíduos jovens e adultos e em qualquer faixa etária (BRUSTOLONI, 2006; OLIVEIRA, A.L.L et al., 2006; LIMA- JUNIOR et al., 2009; MATO GROSSO DO SUL, 2010). Campo Grande, capital do estado, possui o maior número de casos notificados de LV, tendo registrado de 2000 a 2010, casos. Em Três Lagoas há também elevado número de casos humanos e alguns óbitos (OLIVEIRA, A.L.L et al., 2006; LIMA-JUNIOR et al., 2009; MATO GROSSO DO SUL, 2010). Nessas cidades a frequência de Lu. longipalpis é alta. Esta espécie apresenta ampla distribuição em MS, tanto em áreas rurais como urbanas, e é incriminada na transmissão de casos humanos e caninos de LV em várias regiões do estado (OLIVEIRA et al., 2003; OLIVEIRA, A.G et al., 2006; NASCIMENTO et al., 2007; NUNES, 2001; NUNES et al., 2001; 2008; SAVANI et al., 2005; ANDRADE et al., 2009; CARVALHO, G.M.G et al., 2010). Entre as décadas de 70 e 80 começaram as notificações de leishmaniose tegumentar em MS. Geralmente os casos estavam correlacionados com a implantação de projetos agropecuários, abertura de estradas e assentamentos de trabalhadores rurais sem terra pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) (NUNES, 2001). A partir dessa época é crescente o número de notificações de casos de LT em MS, porém escassos os estudos de ordem epidemiológica sobre essa parasitose no estado (NUNES, 2001; DORVAL et al., 2006; BRASIL, 2010b).

24 13 Na década de 90, estudos no município de Corguinho, mostraram a ocorrência de LT em moradores da região quilombola de Boa Sorte. Os pacientes trabalhavam em áreas de desmatamento e praticavam a caça e a pesca, o que apontou para transmissão extradomiciliar da parasitose. O parasito foi isolado e identificado como Le. (Vi.) braziliensis (NUNES et al., 1995). A abundância, assim como a presença de Ny. whitmani naturalmente infectada, sugeriram a associação dessa espécie à transmissão de LT na região (GALATI et al., 1996). Estudos em assentamento agrícola no município de Bonito constataram sete casos de leishmaniose cutânea em pacientes do sexo masculino, na faixa etária de 19 a 48 anos. O parasito foi isolado e identificado como Le. (Vi.) braziliensis. Alguns pacientes trabalhavam como empreiteiros em fazendas fora do assentamento e outros tinham o hábito de caçar em ceva, assim sendo, o padrão de transmissão de LT naquela localidade pode ser considerado como ocupacional e cultural (NUNES, 2001). Nesse assentamento e em áreas próximas, foi evidenciada a presença de Ny. whitmani em ambientes antrópicos e silvestres, sendo umas das espécies mais abundantes. Nessas localidades também encontraram Lu. longipalpis e Lu. almerioi em abundância (NUNES, 2001; GALATI et al., 2003b). Levantamento sobre LT, em prontuários do Hospital Universitário da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Campo Grande, no período de 1976 a 1999, mostraram o atendimento de 160 casos. A maioria apresentava lesões cutâneas únicas, era do sexo masculino, na faixa etária de 30 a 41 anos e trabalhadores rurais, apontando para um caráter ocupacional na transmissão dessa parasitose (NOGUCHI, 2001). No município de Bela Vista, Dorval et al. (2006) constataram a presença de Le. (Le.) amazonensis em seis militares que apresentavam lesões cutâneas únicas, principalmente na forma ulcerada. Capturas de flebotomíneos em armadilhas do tipo Disney, constataram Bichromomyia flaviscutellata como espécie dominante, sendo que dois hamsters sentinelas adquiriram infecção por Le. amazonensis (DORVAL et al., 2010). Dois gatos domésticos, um deles de Campo Grande e outro de Ribas do Rio Pardo foram diagnosticados com LT, e a etiologia foi atribuída a Le. amazonensis (SOUZA et al., 2005; 2009).

25 14 Técnicas moleculares permitiram a detecção de cães infectados tanto por Le. chagasi, como por Le. (Viannia) sp e Le. amazonensis na região rural de Bonito (SAVANI, 2004). Lima-Junior et al. (2009), em isolados de Leishmania criopreservados obtidos por aspirado medular e/ou biópsia de lesão, utilizando a reação em cadeia da polimerase (PCR) diagnosticaram Le. amazonensis em 2 de 39 pacientes, um procedente de Chapadão do Sul (MS) e outro do estado do Amazonas (AM). O restante dos pacientes, procedentes de vários municípios de MS, sendo a maioria de Campo Grande, foram positivos para Le. chagasi. Em cavernas da Serra da Bodoquena foi observada alta densidade populacional de Lu. almerioi Galati e Nunes 1999, espécie com atividade antropofílica e considerada vetor permissivo de Le. chagasi e Leishmania spp. Ressalta-se que essa espécie possui hábito diurno e noturno o que revela a sua importância para a região, um importante pólo turístico (GALATI et al., 2003a; SAVANI et al., 2009; GALATI, 2010). Na área urbana de Bonito, foco de LV e de LVC, trabalhos realizados no período de março de 2005 a fevereiro de 2006, mostraram Lu. longipalpis como a espécie mais frequente e a mais abundante, representando 93,5% dos flebotomíneos capturados. Sua frequência mais expressiva ocorreu nos ecótopos próximos de galinheiro e de pocilga. A espécie foi capturada em todos os meses do ano, com picos no verão, inverno e primavera. Bi. flaviscutellata foi capturada no intra e peridomicílio, nas proximidades de mata remanescente. Portanto, na área urbana de Bonito foram encontradas duas espécies que comprovadamente participam da transmissão de leishmanioses, Lu. longipalpis e Bi. flaviscutellata, ressaltando-se que ambas foram encontradas naturalmente infectadas. Na área urbana de Bonito, Ny. whitmani apresentou baixa frequência e só foi encontrada em ecótopos nos limites da cidade, na margem de mata e em ecótopos que faziam divisa com área de cerrado e de mata (NUNES et al., 2008). Em estudos realizados posteriormente na mesma área, Andrade et al. (2009) relataram uma fauna semelhante a encontrada por Nunes et al. (2008), com predomínio de Lu. longipalpis, que contribuiu com 90,40% do total de espécimes capturados. Na ocasião foi realizado inquérito sorológico canino que apresentou 30% dos animais reagentes para Leishmania. Casos humanos de LV

26 15 começaram a ser notificados em Bonito a partir de Lu. longipalpis, pode ser incriminada na transmissão dos casos de LV e de LVC na área urbana de Bonito. Ressalta-se que nesse município essa espécie foi encontrada tanto na área urbana quanto rural, sobretudo em ambientes antrópicos representados pela criação de aves e de suínos, onde os abrigos desses animais e as condições precárias de higiene viabilizam fonte de alimento, e consequentemente a domiciliação do vetor (NUNES, 2001; GALATI et al., 2003b; NUNES et al., 2008; ANDRADE et al., 2009). Paiva et al. (2010), estudando espécimes de flebotomíneos capturados em Campo Grande pela PCR encontraram: Evandromyia lenti, Lu. longipalpis, Micropygomyia quinquefer, Ny. whitmani, Psathyromyia aragaoi e Psychodopygus claustrei naturalmente infectados por Le. braziliensis, que tem por vetor comprovado Ny. whitmani. Os autores sugerem que essas espécies possam participar do ciclo de infecção, se alimentando em reservatórios de Le. braziliensis, o que não significa que possam transmitir Leishmania ao homem e a outros hospedeiros vertebrados. Portanto, estudos realizados em MS já evidenciaram a presença de três espécies de Leishmania: Le. (Le.) chagasi, Le. (Le.) amazonensis e Le. (Vi.) braziliensis e seus respectivos vetores: Lu. longipalpis, Bi. flaviscuttelata e Ny. whitmani, encontrados tanto em áreas rurais como urbanas (GALATI et al., 1996; OLIVEIRA, A.G et al., 2006; NUNES et al., 2008; DORVAL et al., 2010; ALMEIDA et al., 2010a;b; CARVALHO, G.M.G et al., 2010). Foram encontrados, também, vetores permissivos Lu. almerioi, Lu. cruzi e Lu. forattinii, que necessitam de mais estudos para esclarecimento de suas competências vetoriais (GALATI et al., 2003a;b; SANTOS et al., 2003; PITA-PEREIRA et al., 2008; SAVANI et al., 2009).

27 16 4 MATERIAL E MÉTODOS 4.1 Área de estudo O município de Bonito localiza-se a 21o07 16 LS e 56o28 55 LW, na região sudoeste de Mato Grosso do Sul (Figura 1), na unidade geomorfológica denominada Planalto da Bodoquena. A população humana de Bonito é de aproximadamente habitantes. Sua sede dista 280 km de Campo Grande, a capital do estado e é um importante pólo turístico regional, nacional e internacional. Possui dois distritos: Jabuti e Águas do Miranda e alguns aglomerados rurais, o Pesqueiro do Noé e os Assentamentos, Santa Lúcia e Guaicurus (PREFEITURA MUNICIPAL DE BONITO, 2009; IBGE, 2011). Figura 1 - Mapa de Mato Grosso do Sul com a localização de Bonito. Fonte:

28 17 A Serra de Bodoquena possui relevo residual e apresenta formas e características relacionadas às litologias calcárias (ALVARENGA; BRASIL e DE LARCO, 1982; BOGGIANI e COIMBRA, 1995). O município de Bonito pertence à Bacia Hidrográfica do Paraguai, sub-bacia do Miranda e Aquidauana. Seus principais cursos d água são o rio Miranda e o rio Formoso. Este último, outros rios e córregos que nascem em Bonito representam um sistema hidrográfico particular associado às rochas calcárias que formam uma complexa rede de drenagem cuja característica principal é a limpidez de suas águas. A vegetação situa-se no grande domínio dos cerrados, apresentando particularidades associadas às condições ambientais locais, como manchas de matas em áreas de solos mais férteis e com presença maior de água. Destaca-se a cobertura da Serra da Bodoquena, uma mata típica associada às rochas calcárias conhecidas como Mata Seca ou Floresta Tropical Estacional Semidecidual Submontana, com uma variedade muito grande de espécies, tanto de árvores, arbustos, orquídeas, dentre outras (VELOSO; RANGEL-FILHO e LIMA, 1991). Outros tipos de matas no município são as Ciliares ou Ribeirinhas, associadas aos solos férteis e com umidade às margens dos rios. Hoje, restam poucas manchas no entorno dos rios Miranda, Mimoso, do Peixe, Formoso e Prata. Essas matas apresentam uma rica variedade de vegetação e fauna e devido ao grande valor das madeiras e à fertilidade das terras, foram em grande parte eliminadas (VELOSO; RANGEL-FILHO e LIMA, 1991). O clima de Bonito é do tipo tropical sob a influência de massa polar, durante o inverno, junho a setembro, quando o ambiente é mais seco. A temperatura média anual é de 22ºC e a média das chuvas mm/ano, com precipitações menos intensas no inverno, variando de 30 a 60 mm/mês. O exuberante patrimônio natural da mesorregião onde está inserido o município transformou-se em referência do turismo de aventura e ecoturismo (BOGGIANI e COIMBRA, 1995). O distrito Águas do Miranda (Figura 2), criado em 23 de março de 2003, situa-se a S 20 o 45 44,4, W ,8, a 75 km da sede municipal e a 180 km de Campo Grande. É conhecido também, como Ponte do Rio Miranda devido à ponte que faz sua interligação ao município de Anastácio, e como Km 21 pelo seu ponto de acesso pela rodovia BR 419 (PREFEITURA MUNICIPAL DE BONITO, 2009).

29 18 Figura 2 Foto área do Distrito Águas do Miranda, município de Bonito, MS. Fonte: data da imagem: 18/04/2009. Acesso em: 17/10/2011. A população humana fixa compreende cerca de 450 pessoas, podendo chegar a 10 vezes na época aberta à pesca, que vai de março a final de outubro. A comunidade água-mirandense é formada por todas as etnias raciais, com predomínio da negra. A economia local está alicerçada principalmente no turismo de pesca e na pecuária de corte. Pratica-se, ainda, o extrativismo vegetal em cinco unidades carvoeiras (PREFEITURA MUNICIPAL DE BONITO, 2009). No distrito funciona uma escola de ensino fundamental e médio, Escola Municipal Rural Águas do Miranda - Pólo, que é frequentada pelas crianças e adolescentes moradores do distrito e de localidades vizinhas: pesqueiros, fazendas, sítios e chácaras. Ainda na área de prestação de serviços, possui um posto de saúde, com uma enfermeira, uma auxiliar de enfermagem e um médico clínico geral, que atende às quintas e sextas-feiras; um posto da Policia Militar Florestal e uma estação de tratamento de água. O lixo é coletado às segundas, quartas e sextasfeiras e depositado em um aterro a céu aberto. Conta com serviço diário de táxi para Anastácio (MS) e transporte em ônibus às terças e quartas-feiras para Anastácio e

30 19 às segundas para Bonito. Na área comercial conta com dois supermercados, três pousadas, dois restaurantes e uma sorveteria (PREFEITURA MUNICIPAL DE BONITO, 2009). Administrado pelo prefeito de Bonito, conta com um Secretário Administrativo, que exerce suas atividades como representante local em escritório locado em uma sala adjacente à Escola Municipal. Possui duas associações: a dos Moradores e a dos Pescadores. O acesso a Águas do Miranda, partindo de Campo Grande (Figura 3), é feito pela rodovia BR 262, até Anastácio (110km), pela BR 419 até o Posto Km 21 (21km) e pela MS 345 (30 km sem pavimentação). Figura 3 Estradas de acesso a Águas de Miranda partindo de Campo Grande. Fonte: Google Maps, 2009 (Adaptado). Acesso em 17/10/ Inquérito sobre flebotomíneos Os flebotomíneos foram capturados utilizando armadilhas luminosas automáticas modificadas do tipo CDC, acopladas a gaiolas coletoras. As capturas foram mensais por 3 dias consecutivos, com as armadilhas ligadas ao crepúsculo, mais ou menos, às 18:00 horas e recolhidas às 6:00 horas, sem obedecer horário de

31 20 verão. No posto de saúde local os insetos foram recapturados em tubos de polietileno. Para identificação e verificação de infecção natural, a fêmea foi imobilizada com éter sulfúrico e colocada em lâmina seca e estéril para retirada das patas e asas. Então, foi transferida para uma gota de solução fisiológica estéril, onde se completou a dissecção, com exposição do tubo digestivo para pesquisa de promastigotas e das espermatecas, principal aspecto morfológico utilizado para a identificação da espécie. Os flebotomíneos machos foram acondicionados em placas de Petri, mantidos sob refrigeração e levados para clarificação e identificação no Laboratório de Parasitologia Humana da Unidade Agrárias da Universidade Anhanguera/Uniderp. A identificação das espécies seguiu a classificação proposta por Galati (2003) e as abreviações segundo Marcondes (2007). 4.3 Sítios de captura Os sítios de capturas foram distribuídos de maneira a cobrir matas e suas margens, área de cerrado, peridomicílios e abrigo de animais como, galinheiro, pocilga e poleiro. As armadilhas foram instaladas e distribuídas da seguinte forma: Armadilha A1: no peridomícilio do imóvel 1, próximo a árvores frutíferas, nativas, tubérculos e gramíneas; Armadilha A2: no peridomicílio do imóvel 2, próximo a árvores pioneiras, frutíferas e bambuzal; Armadilha A3: no peridomicílio do imóvel 3 que é margeado por um córrego, dentro de um bambuzal e próximo a árvores frutíferas e ornamentais; Armadilha A4: na pocilga do imóvel 4 próximo a árvores frutíferas, nativas e gramíneas; Armadilha A5: em área de cerrado distante cerca de 3 km da área urbana do distrito, com sucessão secundária, árvores de troncos finos e médios, com lianas no dossel, com retirada seletiva de madeira e presença de espécies pioneiras; Armadilha A6: em área de mata ciliar em chácara distante cerca de 4 km da área urbana com indícios de sucessão secundária após retirada seletiva de madeira; Armadilha A7: em galinheiro da mesma chácara (A6) próximo a árvores frutíferas, nativas e bambu;

32 21 Armadilha A8: em mata ciliar residual do imóvel 5 com presença de várias árvores frutíferas, nativas e presença de bambu; Armadilha A9: em poleiro do imóvel 5, próximo de árvores frutíferas e nativas. 4.4 Análise dos dados Para determinar a abundância relativa das espécies utilizou-se a porcentagem. O índice de Shannon (H) com base Log n para analisar a diversidade das espécies, e equitabilidade pelo índice de Pielou (J) para verificar a proporção com que cada espécie contribui em cada ambiente (HAYEK e BUZAS, 1997). O índice de similaridade pelo coeficiente de Sorensen para verificar a concomitância das espécies entre os ambientes amostrados (COELHO-PINTO, 2006). A abundância e a distribuição geográfica das espécies nos vários ambientes amostrados foram calculadas conforme Roberts e Hsi (1979). A média geométrica de Williams (HADDOW, 1960) foi usada para avaliar a assiduidade das três espécies mais frequentes e abundantes nas quatro estações do ano. Para a ordenação das variáveis climáticas com as três espécies mais abundantes, foi utilizada a técnica de escalonamento multidimensional não métrico (NMDS) com distância de Bray-Curtis através do software Past version 1.91 (HAMMER; HAPER e RYAN, 2001). Como não há uma estação meteorológica naquele distrito, os dados climáticos utilizados foram da Estação Meteorológica de Aquidauana, distante cerca de 30 km.

33 22 5 RESULTADOS Foram capturados espécimes de flebotomíneos, machos e fêmeas, com razão sexual de 1,42: 1,0. Foram identificadas dezesseis espécies pertencentes a quatro subtribos e sete gêneros: Brumptomyiina: Brumptomyia sp, Brumptomyia avellari (Costa Lima, 1932), Brumptomyia brumpti (Larrouse, 1920); Lutzomyiina: complexo cortelezzii, Evandromyia lenti (Mangabeira, 1938), Evandromyia termitophila (Martins, Falcão e Silva, 1964), Lutzomyia longipalpis (Lutz e Neiva, 1912), Sciopemyia sordellii (Shannon e Del Ponte, 1927); Psychodopygina: Nyssomyia neivai (Pinto, 1926), Nyssomyia whitmani (Antunes e Coutinho, 1939), Psathyromyia aragaoi (Costa Lima, 1932), Psathyromyia campograndensis (Oliveira, Andrade-Filho, Falcão e Brazil, 2001), Psathyromyia hermalenti (Martins, Silva e Falcão, 1970), Psathyromyia shannoni (Dyar, 1929), Psathyromyia punctigeniculata (Floch e Abonnenc, 1944) e Sergentomyiina: Micropygomyia quinquefer (Dyar, 1929) (Tabela 1). A maior riqueza ocorreu nos abrigos de animais com quinze espécies capturadas, e a menor nos peridomícilios com nove (Tabela 1). Os maiores valores de diversidade e equitabilidade de espécies (H=2,06; J=0,83) ocorreram na área de matas e cerrado, com valores muito próximos nas áreas de peridomicílios (H=2,00; J=0,91), e por último nos abrigos de animais (H=1,24; J=0,45). Apesar dos abrigos de animais mostrarem o maior número de espécies, tiveram baixos índices de H e J, devido ao maior número de espécimes de Ny. whitmani, Lu. longipalpis e Pa. shannoni (Tabela 1).

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