Art. 274 Emprego de processo proibido ou de substância não permitida

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1 Art. 274 Emprego de processo proibido ou de substância não permitida Art Empregar, no fabrico de produto destinado a consumo, revestimento, gaseificação artificial, matéria corante, substância aromática, anti-séptica, conservadora ou qualquer outra não expressamente permitida pela legislação sanitária: Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa. Informações rápidas: Objeto material: produto fabricado e destinado a consumo (qualquer tipo de produto). Lei penal em branco homogênea (legislação sanitária). Elemento subjetivo: dolo. Não admite modalidade culposa. Tentativa: admite (crime plurissubsistente). Ação penal: pública incondicionada. Objetividade jurídica O bem jurídico penalmente tutelado é a saúde pública. Objeto material É o produto fabricado e destinado a consumo, compreendido como todo material produzido em razão da intervenção humana, resultante de qualquer processo ou atividade, para ser utilizado ou ingerido por um número indeterminado de pessoas. Não pode ter como destinatários indivíduos certos e determinados, pois o art. 274 do Código Penal encontra-se capitulado entre os crimes contra a incolumidade pública. O fato de a lei referir-se ao fabrico de produto destinado a consumo autoriza a conclusão no sentido de que o objeto material não se restringe unicamente às substâncias alimentícias ou medicinais, podendo a conduta típica recair sobre qualquer tipo de produto destinado a consumo, a exemplo dos artigos de perfumaria ou de higiene pessoal, brinquedos, roupas e calçados. Imagine-se, a título ilustrativo, que durante a fabricação de um perfume venha a ser utilizada substância aromática não expressamente permitida pela legislação sanitária. Nesse caso, é patente o risco acarretado pela conduta, atentatória à saúde pública, pois revela-se idônea a causar irritações na pele, alergias e outros danos aos destinatários do produto. Núcleo do tipo O núcleo do tipo é empregar, ou seja, utilizar ou aplicar alguma coisa. Nas lições de Damásio E. de Jesus: O fato se perfaz com a conduta de utilizar, no fabrico de produto destinado a consumo, revestimento (o invólucro que cobre o produto), gaseificação artificial (processo utilizado na fabricação de refrigerantes ou de certas bebidas alcoólicas), matéria corante (substância utilizada para dar cor aos alimentos), substância aromática (substância empregada para conferir determinado aroma aos alimentos), substância antisséptica (substância utilizada para evitar a fermentação de alimentos), conservadora (substância que retarda ou impede a deterioração de alimentos) ou qualquer outra não expressamente permitida pela legislação sanitária (substâncias estabilizantes, acidulantes, flavorizantes etc.). Na parte final do art. 274 do Código Penal, o legislador valeu-se da interpretação analógica (ou intra legem), contida na expressão ou qualquer outra não expressamente permitida pela legislação sanitária, pois a imaginação humana e o avanço tecnológico impedem a previsão em lei de todas as substâncias não permitidas expressamente pela legislação sanitária. 1

2 Além disso, cuida-se de lei penal em branco homogênea, pois o preceito primário depende de complementação, a ser efetuada por outra lei. Com efeito, o intérprete precisa socorrer-se da legislação sanitária para saber quais substâncias não são expressamente permitidas no tocante ao fabrico de produto destinado a consumo. Sujeito ativo O crime é comum ou geral. Pode ser cometido por qualquer pessoa. Sujeito passivo É a coletividade (crime vago). Elemento subjetivo É o dolo, independentemente de qualquer finalidade específica. Não se admite a modalidade culposa. Consumação Trata-se de crime formal, de consumação antecipada ou de resultado cortado: consuma-se no momento em que o sujeito emprega, no fabrico de produto destinado a consumo, revestimento, gaseificação artificial, matéria corante, substância aromática, antisséptica, conservadora, ou qualquer outra não permitida expressamente pela legislação sanitária, pouco importando se sobrevém ou não dano a alguém. Constitui-se também em crime de perigo comum e abstrato, pois a lei presume, de forma absoluta, o perigo à saúde pública, ou seja, a situação de risco à saúde de pessoas indeterminadas. Tentativa É possível, em face do caráter plurissubsistente do delito, permitindo o fracionamento do iter criminis. Exemplo: A, proprietário de uma fábrica clandestina de refrigerantes, adquire matéria corante não expressamente permitida pela legislação sanitária, para empregá-la no fabrico da bebida. Contudo, vem a ser surpreendido por fiscais da vigilância sanitária no instante em que iria iniciar a mistura proibida e prejudicial à saúde pública. Ação penal - A ação penal é pública incondicionada. Lei 9.099/ A pena mínima cominada ao delito é de um ano. Cuida-se, portanto, de crime de médio potencial ofensivo, compatível com a suspensão condicional do processo, desde que presentes os demais requisitos exigidos pelo art. 89 da Lei 9.099/1995. Classificação doutrinária O emprego de processo proibido ou de substância não permitida é crime comum (pode ser cometido por qualquer pessoa); formal, de consumação antecipada ou de resultado cortado (consuma-se com a prática da conduta criminosa, prescindindo-se da superveniência do resultado naturalístico); de perigo comum e abstrato (a lei presume a situação de perigo à saúde pública); de forma livre (admite qualquer meio de execução); vago (tem como sujeito passivo um ente destituído de personalidade jurídica, qual seja, a coletividade); instantâneo (consuma-se em um momento determinado, sem continuidade no tempo); em regra comissivo; unissubjetivo, unilateral ou de concurso eventual (pode ser praticado por uma só pessoa, mas admite o concurso); e normalmente plurissubsistente (a conduta criminosa pode ser fracionada em diversos atos). Formas qualificadas pelo resultado: art. 285 do Código Penal O art. 285 do Código Penal determina a incidência das regras contidas em seu art. 258 ao crime de emprego de processo proibido ou de substância não permitida. Embora a lei tenha utilizado a expressão formas qualificadas pelo resultado, cuidam-se de causas de aumento da pena. 2

3 Portanto, se do fato resultar lesão corporal de natureza grave (ou gravíssima), aumentar-se-á pela metade a pena privativa de liberdade; se resultar morte, aplicar-se-á a pena em dobro. São hipóteses de crimes preterdolosos, pois o resultado agravador (lesão corporal grave ou morte) há de ser produzido a título de culpa. Crime contra a economia popular Se a conduta consistir na exposição à venda ou venda de mercadoria ou produto alimentício, cujo fabrico haja desatendido a determinações oficiais, quanto ao peso e composição, estará caracterizado o crime tipificado pelo art. 2.º, inc. III, da Lei 1.521/1951 Crimes contra a Economia Popular, punido com detenção, de seis meses a dois anos, e multa. Art. 275 Invólucro ou recipiente com falsa indicação Art Inculcar, em invólucro ou recipiente de produtos alimentícios, terapêuticos ou medicinais, a existência de substância que não se encontra em seu conteúdo ou que nele existe em quantidade menor que a mencionada: Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa. Informações rápidas: Objeto material: invólucro ou recipiente de produtos alimentícios, terapêuticos ou medicinais. Elemento subjetivo: dolo. Não admite modalidade culposa. Tentativa: admite (crime plurissubsistente). Ação penal: pública incondicionada. Objetividade jurídica O bem jurídico penalmente protegido é a saúde pública. Objeto material É o invólucro ou recipiente de produtos alimentícios, terapêuticos ou medicinais. Invólucro é tudo o que serve para envolver (exemplos: capas, rótulos, bulas, pacotes e eppendorfs). Recipiente é o receptáculo, ou seja, o objeto capaz de conter líquidos ou sólidos (exemplos: potes, sacos plásticos, latas e frascos). Como o tipo penal faz menção somente ao invólucro e ao recipiente, não são alcançados os boletins, os catálogos, os prospectos, as propagandas, os folhetos e os anúncios, entre outros. Consequentemente, se a conduta recair sobre tais objetos, não se caracterizará o delito em apreço, sem prejuízo da configuração do crime de fraude no comércio, definido no art. 175 do Código Penal. Produtos alimentícios, terapêuticos ou medicinais são as substâncias destinadas à nutrição do organismo (alimentícias), à atenuação da dor ou à cura dos enfermos terapêuticas), ou ao tratamento de males ou doenças (medicinais). Não se verifica o crime tipificado no art. 274 do Código Penal, portanto, nas situações em que a conduta recai sobre produtos diversos, a exemplo das bebidas alcoólicas e cigarros. Núcleo do tipo O núcleo do tipo é inculcar, no sentido de imprimir, apregoar, demonstrar, dar a entender. O sujeito imprime, em invólucro ou recipiente de produto alimentício, terapêutico ou medicinal, a existência de substância que não se encontra em seu conteúdo ou que nele está presente em quantidade menor que a mencionada. Nesse contexto, é inerente ao tipo penal a declaração de informação falsa, afirmando a presença de alguma substância que, na realidade, não compõe o produto, ou nele exista em quantidade inferior à mencionada. O crime, portanto, é praticado com o emprego da fraude. 3

4 A conduta deve direcionar-se a pessoas indeterminadas, pois o delito encontra-se catalogado entre os crimes contra incolumidade pública. Embora existam entendimentos em sentido contrário, parece-nos evidente deva a conduta implicar riscos à saúde de pessoas indeterminadas, por duas razões inarredáveis: (a) o art. 275 está inserido entre os crimes contra a saúde pública; e (b) o art. 278 contém o crime denominado outras substâncias nocivas à saúde pública, deixando claro que os crimes anteriores apresentam nocividade ao bem jurídico penalmente tutelado. Se assim não fosse, a incriminação seria ilegítima, pois representaria ofensiva ao princípio da lesividade (ou da ofensividade), um dos pilares do Direito Penal moderno. Sujeito ativo O crime é comum ou geral. Pode ser cometido por qualquer pessoa. Sujeito passivo É a coletividade (crime vago). Elemento subjetivo É o dolo, independentemente de qualquer finalidade específica. Não se admite a modalidade culposa. Consumação O invólucro ou recipiente com falsa indicação é crime formal, de consumação antecipada ou de resultado cortado. Consuma-se com a prática da conduta legalmente descrita, prescindindo-se da lesão a alguém. Exemplo: Um farmacêutico disponibiliza xaropes em quantidade menor do que a mencionada no rótulo do produto, de forma a revelar-se insuficiente para o tratamento de doenças. Cuida-se também de crime de perigo comum e abstrato, pois a lei presume, de forma absoluta, a exposição a risco da saúde de pessoas indeterminadas como consequência do comportamento criminoso. Tentativa É possível, em face do caráter plurissubsistente do delito, permitindo o fracionamento do iter criminis. Exemplo: O farmacêutico é preso em flagrante no momento em que colava em recipientes rótulos com falsa indicação da quantidade de pílulas com propriedades medicinais. Ação penal - A ação penal é pública incondicionada. Lei 9.099/1995 A pena mínima cominada é de um ano. Constitui-se, portanto, em crime de médio potencial ofensivo, compatível com a suspensão condicional do processo, se presentes os demais requisitos exigidos pelo art. 89 da Lei 9.099/1995. Classificação doutrinária O invólucro ou recipiente com falsa indicação é crime comum (pode ser cometido por qualquer pessoa); formal, de consumação antecipada ou de resultado cortado (consuma-se com a prática da conduta criminosa, prescindindo-se da superveniência do resultado naturalístico); de perigo comum e abstrato (a lei presume a situação de perigo à saúde pública); de forma livre (admite qualquer meio de execução); vago (tem como sujeito passivo um ente destituído de personalidade jurídica, qual seja, a coletividade); instantâneo(consuma-se em um momento determinado, sem continuidade no tempo); em regra comissivo; unissubjetivo, unilateral ou de concurso eventual (pode ser praticado por uma só pessoa, mas admite o concurso); e normalmente plurissubsistente (a conduta criminosa pode ser fracionada em diversos atos). 4

5 Formas qualificadas pelo resultado: art. 285 do Código Penal O art. 285 do Código Penal determina a incidência das regras contidas em seu art. 258 ao crime de invólucro ou recipiente com falsa indicação. Nada obstante a lei tenha utilizado a expressão formas qualificadas pelo resultado, cuidam-se de causas de aumento da pena. Destarte, se do fato resultar lesão corporal de natureza grave (ou gravíssima), aumentar-se-á pela metade a pena privativa de liberdade; se resultar morte, aplicar-se-á a pena em dobro. São hipóteses de crimes preterdolosos, pois o resultado agravador (lesão corporal grave ou morte) há de ser produzido a título de culpa. Art. 275 do Código Penal e art. 66 da Lei 8.078/1990: distinção Embora apresentem redações semelhantes, o crime definido no art. 275 do Código Penal não se confunde com o delito contido no art. 66 da Lei 8.078/1990 Código de Defesa do Consumidor, cuja redação é a seguinte: Art. 66. Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir informação relevante sobre a natureza, característica, qualidade, quantidade, segurança, desempenho, durabilidade, preço ou garantia de produtos ou serviços: Pena detenção, de três meses a um ano, e multa. 1.º Incorrerá nas mesmas penas quem patrocinar a oferta. 2.º Se o crime é culposo; Pena detenção, de um a seis meses, ou multa. É fácil perceber que, se a conduta recair sobre produtos alimentícios, terapêuticos ou medicinais, incidirá o art. 275 do Código Penal. Nas demais hipóteses, que inclusive admitem a modalidade culposa, terá lugar o art. 66 da Lei 8.078/1990. Portanto, o conflito aparente de leis penais é solucionado pelo princípio da especialidade. Art. 276 Produto ou substância nas condições dos dois artigos anteriores Art Vender, expor à venda, ter em depósito para vender ou, de qualquer forma, entregar a consumo produto nas condições dos arts. 274 e 275. Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa. Informações rápidas: Objeto material: produto cf. arts. 274 e 275 do CP (crime remetido). Elemento subjetivo: dolo (exceto na conduta ter em depósito para vender, em que exige a intenção de guardar o produto para aliená-lo por determinado preço). Não admite modalidade culposa. Tentativa: admite (crime plurissubsistente). Ação penal: pública incondicionada. Objetividade jurídica O bem jurídico tutelado pela lei penal é a saúde pública. Objeto material É o produto nas condições indicadas nos arts. 274 e 275 do Código Penal. Trata-se, portanto, de crime remetido, pois sua definição típica se reporta a outros crimes, que passam a integrá-lo. Núcleos do tipo O tipo penal contém quatro núcleos: vender, expor à venda, ter em depósito para vender e entregar a consumo. 5

6 Vender é alienar ou ceder algo por preço certo, transferindo a propriedade de um bem em troca do recebimento de determinado valor. Expor à venda equivale a exibir um objeto com a intenção de vendêlo. Ter em depósito para vender significa manter um bem acondicionado em algum local visando vendê-lo no futuro. Finalmente, entregar a consumo é transferir um bem a outrem para ser utilizado ou ingerido. Destarte, o crime em apreço consiste em realizar qualquer dos comportamentos mencionados em relação a produto nas condições dos arts. 274 e 275 do Código Penal. Trata-se de tipo misto alternativo, crime de ação múltipla ou de conteúdo variado. A lei descreve vários núcleos, e a prática de mais de um deles no tocante ao mesmo objeto material configura um único delito. Sujeito ativo O crime é comum ou geral, podendo ser cometido por qualquer pessoa, e não necessariamente pelos comerciantes. Exclui-se, contudo, o responsável pela prática dos crimes tipificados nos arts. 274 e 275 do Código Penal, pois a posterior comercialização dos produtos representa mero post factum impunível, restando absorvida pelo crime principal (princípio da consunção). Sujeito passivo - É a coletividade (crime vago). Elemento subjetivo É o dolo, independentemente de qualquer finalidade específica, salvo no tocante à conduta de ter em depósito para vender, na qual se exige a intenção de guardar o produto para aliená-lo por determinado preço. Não se admite a modalidade culposa. Consumação Trata-se de crime formal, de consumação antecipada ou de resultado cortado: consuma-se no momento em que o sujeito vende, expõe à venda, tem em depósito para vender ou, de qualquer forma, entrega a consumo produto nas condições dos arts. 274 e 275 do Código Penal, pouco importando se sobrevém ou não dano a alguém. É também crime de perigo comum e abstrato, pois a lei presume, de forma absoluta, a situação perigosa à saúde de pessoas indeterminadas como corolário da prática das condutas legalmente descritas. Vale destacar que nas modalidades vender e entregar a consumo, o art. 276 é crime instantâneo, consumando-se em momento determinado, sem continuidade no tempo; de outro lado, é crime permanente nas modalidades expor à venda e ter em depósito para vender, pois nesses casos a consumação se prolonga no tempo, por vontade do agente. Tentativa É possível, em face do caráter plurissubsistente do delito, permitindo o fracionamento do iter criminis. Ação penal - A ação penal é pública incondicionada. Lei 9.099/1995 A pena mínima cominada é de um ano. Constitui-se, pois, em crime de médio potencial ofensivo, compatível com a suspensão condicional do processo, se presentes os demais requisitos exigidos pelo art. 89 da Lei 9.099/1995. Classificação doutrinária O crime tipificado no art. 276 do Código Penal é comum (pode ser cometido por qualquer pessoa); formal, de consumação antecipada ou de resultado cortado (consuma-se com a prática da conduta criminosa, prescindindo-se da superveniência do resultado naturalístico); de perigo comum e abstrato (a lei presume a situação de perigo à saúde pública); de forma livre (admite qualquer meio de execução); vago (tem como sujeito passivo um ente destituído de personalidade jurídica, qual seja, a coletividade); remetido (a definição típica se reporta aos arts. 274 e 275 do Código Penal); instantâneo (nas modalidades vender e entregar a consumo ) ou permanente (nas variantes expor à venda e ter em depósito para vender ); em regra comissivo; unissubjetivo, unilateral ou de concurso eventual (pode ser 6

7 praticado por uma só pessoa, mas admite o concurso); e normalmente plurissubsistente (a conduta criminosa pode ser fracionada em diversos atos). Formas qualificadas pelo resultado: art. 285 do Código Penal O art. 285 do Código Penal determina a incidência das regras contidas em seu art. 258 ao crime definido no art. 276 do Código Penal. Embora a lei tenha utilizado a expressão formas qualificadas pelo resultado, cuidam-se de causas de aumento da pena. Se do fato resultar lesão corporal de natureza grave (ou gravíssima), aumentar-se-á pela metade a pena privativa de liberdade; se resultar morte, aplicar-se-á a pena em dobro. São hipóteses de crimes preterdolosos, pois o resultado agravador (lesão corporal grave ou morte) há de ser produzido a título de culpa. 7

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