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1 NATAN BATISTA Direito Penal V Resumo e Questões

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3 Sumário: Dos Crimes Contra a Família Página 1 1. Introdução Página 1 2. Bigamia (art. 235, CP) Página Sistematizando Página 4 Página 5 3. Induzimento a Erro Essencial e Ocultação de Impedimento (art. 236, CP) 3.1. Sistematizando Página 7 Página 8 4. Conhecimento Prévio de Arrependimento (art. 237, CP) 4.1. Sistematizando Página 9 Página Simulação de Autoridade para Celebração do Casamento (art. 238, CP) 5.1. Sistematizando Página Simulação de Casamento (art. 239, CP) Página Sistematizando Página 13 Dos Crimes Contra a Incolumidade Pública Página Dos Crimes de Perigo Comum Página Incêndio (art. 250, CP) Página Sistematizando Página Explosão (art. 251, CP) Página Sistematizando Página Inundação (art. 254, CP) Página Sistematizando Página Perigo de Inundação (art. 255, CP) Página Sistematizando Página Desabamento ou Desmoronamento Página Sistematizando Página Dos Crimes Contra a Saúde Pública Página Epidemia Página Sistematizando Página Envenenamento de Água Potável ou Substância Alimentícia ou Medicinal Página Sistematizando Página 32

4 Dos Crimes Contra a 1. Introdução Família O Direito tem como objetivo manter a paz social ou, se afetada, restabelecê-la. No só através da lei é que se mantém a paz social. Existem os chamados controles sociais informais, mecanismos não legais segundo os quais é possível uma formação moral do indivíduo voltada ao convívio harmônico. Podemos citar a família, a religião e a educação como os mecanismos principais. Por esse motivo os crimes contra a família são dispostos no Código Penal. 2. Bigamia (art. 235, CP) Introdução. Devido à herança Católica Apostólica Romana, entende-se o casamento como o marco inicial da família, ou seja, é através do casamento que se inicia a família. Por esse motivo a bigamia, crime contra o casamento, é o primeiro dispositivo deste Título (Título VII). Elementos do tipo: Objeto Jurídico Objeto Material Sujeito Ativo Sujeito Passivo Tipo Objetivo Preservação do casamento monogâmico e da ética referente à família. O casamento. Pessoa casada (crime próprio). Há divergência na doutrina, porém se entende ser: 1) Cônjuge do primeiro casamento; 2) Cônjuge do novo casamento, se de boa-fé; 3) Família; 4) Estado. Trata-se do verbo contrair (casamento), no sentido de contratar, convolar, formalizar, ajustar... 1

5 Tipo Subjetivo Dolo específico e direto (contrair casamento sem o desfazimento do casamento anterior). Tentativa É possível, uma vez que iniciadas as formalidades referentes à realização do casamento. Consumação Dá-se com a contração do segundo casamento através de meio efetivamente válido. Classificação 1) Crime próprio (cometido por pessoa específica. No caso, pessoa casada); 2) Crime comissivo (cometido através de ação positiva); 3) Crime plussubjetivo (exige a inclusão de mais uma pessoa, visto que o casamento é contraído por duas pessoas); 4) Crime plurissibsistente (é possível que se divida o iter criminis); 5) Instantâneo de efeitos permanentes (o crime de bigamia se consuma com a contração do casamento, permanecendo os efeitos do casamento e, em consequência, a incidência no crime por tempo indeterminado). Bigamia privilegiada ( 1º). O indivíduo que, enquanto solteiro, divorciado ou viúvo, contrair casamento com indivíduo casado, sabendo-o, cometerá o crime de bigamia privilegiada. O juiz poderá, de acordo com as circunstâncias judiciais, fixar a pena entre reclusão ou detenção, de um a três anos. Questão prejudicial heterogênea obrigatória ( 2º). Anulado ou nulo o primeiro casamento por motivo diverso da bigamia ou o segundo por qualquer motivo estará desconfigurado o crime de bigamia. Proposta a ação cível que discuta a validade de qualquer dos casamentos, é dever do juiz suspender o processo penal e a contagem de sua prescrição até que esta ação alcance o trânsito em julgado, visto se tratar de controvérsia no que se refere aos fundamentos do crime. Especificidades: 1) União estável: o texto de lei é claro em estabelecer a contração de novo casamento, uma vez que já esteja casado. Portanto, não incorpora a união estável; 2) Poligamia: há discussão sobre a sua proteção ante a lei, visto a utilização da expressão bigamia. A maioria, porém, entende também punir a poligamia; 3) Casamento religioso: apesar da omissão do texto legal, considerar-se-á novo casamento ou casamento anterior aquele que gera efeitos. O casamento religioso somente será elemento da constituição do crime, uma vez que gere efeitos (casamento religioso civilmente válido); 2

6 4) Concurso de crime: em tese, o crime de bigamia somente poderá ser cometido em concurso com o crime de falsidade ideológica. Contudo, este crime é absorvido por aquele, uma vez que se trata de crime-meio. Além disso, é totalmente possível a ocorrência de concurso material de crimes e a incidência de crime continuado; 5) Termo inicial do prazo de prescrição: há divergência na doutrina, porém a maioria entende que o prazo inicia sua contagem do momento em que autoridade competente para julgar, processar e apurar o crime tenha conhecimento. 3

7 2.1. Sistematizando 4

8 3. Induzimento a Erro Essencial e Ocultação de Impedimento (art. 236, CP) Legislação. Art. 236 do Código Penal. Elementos do tipo. São os elementos: Objeto Jurídico Preservação do casamento monogâmico e da ética referente à família. Objeto Material O casamento. Sujeito Ativo Qualquer pessoa solteira, pois o novo casamento sem o desfazimento do anterior incide em bigamia. Sujeito Passivo Primariamente: 1) Estado; 2) Família. Secundariamente: 1) Cônjuge. Tipo Objetivo Contrair, no sentido de contratar, convolar, formalizar, ajustar... Induzir, no sentido de levar a..., enganar, persuadir... Ocultar, no sentido de obnubilar, esconder, acobertar... Tipo Subjetivo Dolo direto. Tentativa Não se admite. Consumação Dá-se com a contração do casamento através de meio efetivamente válido. Classificação 1) Crime comum (cometido por qualquer pessoa); 2) Crime material (causa alteração no mundo exterior estado civil); 3) Crime comissivo (cometido através de ação positiva); 4) Crime doloso (ação consciente); 5) Crime de forma livre (pode ser praticado de inúmeras maneiras); 6) Crime unissubjetivo (pode ser cometido por uma única pessoa); 7) Crime plurissibsistente (é possível que se divida o iter criminis); 8) Crime Instantâneo (a consumação não se alonga no tempo). Norma penal em branco homogênea. Os conceitos de erro essencial e impedimento se encontram no Código Civil. Erro essencial. Disposto no art do Código Civil, diz respeito ao erro sobre: 5 1) Identidade, honra e boa fama; 2) Cometimento de crime;

9 3) Defeito físico irremediável (exceto deficiência ou moléstia grave e transmissível). Impedimento. Disposto no art do Código Civil, diz respeito à impossibilidade de casamento entre: 1) Ascendentes e descendentes; 2) Afins em linha reta; 3) Adotante com o cônjuge do adotado; 4) Adotado com adotante; 5) Irmãos e demais colaterais (até terceiro grau); 6) Adotado com o filho do adotante; 7) Cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio (ou tentativa) do seu consorte. Ação penal e condição de procedibilidade (parágrafo único). A ação penal será privada personalíssima (único caso do Direito Penal brasileiro) e somente poderá ser prestada a queixa-crime após o trânsito em julgado da ação cível que anular o casamento. Início da contagem do prazo prescricional e decadencial. Ambos se iniciam após o trânsito em julgado da ação cível que anular o casamento. 6

10 3.1. Sistematizando 7

11 4. Conhecimento Prévio de Impedimento (art. 237, CP) Elementos do tipo. São os elementos: Objeto Jurídico Preservação do casamento monogâmico e da ética referente à família. Objeto Material O casamento. Sujeito Ativo Qualquer pessoa solteira, pois o novo casamento sem o desfazimento do anterior incide em bigamia. Sujeito Passivo Primariamente: 1) Estado; 2) Família. Secundariamente: 1) Cônjuge. Tipo Objetivo Contrair, no sentido de contratar, convolar, formalizar, ajustar... Tipo Subjetivo Dolo direto. Tentativa Teoricamente admissível, uma vez que tenham sido iniciados os procedimentos para a realização do casamento. Consumação Dá-se com a contração do casamento através de meio efetivamente válido. Classificação 1) Crime comum (cometido por qualquer pessoa); 2) Crime material (causa alteração no mundo exterior estado civil); 3) Crime comissivo (cometido através de ação positiva); 4) Crime doloso (ação consciente); 5) Crime de forma livre (pode ser praticado de inúmeras maneiras); 6) Crime unissubjetivo (pode ser cometido por uma única pessoa); 7) Crime plurissibsistente (é possível que se divida o iter criminis); 8) Crime Instantâneo (a consumação não se alonga no tempo). Norma penal em branco, erro essencial e impedimento. Idem ao tipo penal anterior. Ação penal. Pública incondicionada. 8

12 4.1. Sistematizando 9

13 5. Simulação de Autoridade para Celebração do Casamento (art. 238, CP) Elementos do tipo. São eles: Objeto Jurídico Preservação do casamento monogâmico e da ética referente à família. Objeto Material O casamento. Sujeito Ativo Qualquer pessoa. Sujeito Passivo Primariamente: 1) Estado; 2) Família. Secundariamente: 1) Os nubentes. Tipo Objetivo Atribuir-se, no sentido de dar a si mesmo determinada qualidade. Tipo Subjetivo Dolo. Tentativa É admitido. Consumação Momento em que o indivíduo se atribui autoridade, ainda que o casamento não se efetive. Classificação 1) Crime comum (cometido por qualquer pessoa); 2) Crime formal (a consumação não importa a celebração do casamento, mas tal ato resulta no exaurimento do crime); 3) Crime comissivo (cometido por ação positiva); 4) Crime plurissubjetivo (exige a participação de mais de uma pessoa); 5) Crime plurissubsistente (é possível a segmentação do iter criminis); 6) Crime instantâneo (produz efeitos imediatos). Subsidiariedade expressa. Somente se aplicará tal dispositivo, uma vez que não se tenha, através da conduta em questão, configurado crime mais grave. 10

14 5.1. Sistematizando 11

15 6. Simulação de Casamento (art. 239, CP) Elementos do tipo. São eles: Objeto Jurídico Preservação do casamento monogâmico e da ética referente à família. Objeto Material O casamento. Sujeito Ativo Qualquer pessoa. Sujeito Passivo Primariamente: 1) Estado; 2) Família. Secundariamente: 1) Aqueles que forem enganados. Tipo Objetivo Simular, no sentido de fingir. Tipo Subjetivo Dolo. Tentativa É admitido. Consumação No momento em que ocorre a celebração do casamento simulado. Classificação 1) Crime comum (cometido por qualquer pessoa); 2) Crime material (exige o resultado naturalístico); 3) Crime comissivo (cometido por ação positiva); 4) Crime plurissubjetivo (exige a participação de mais de uma pessoa); 5) Crime plurissubsistente (é possível a segmentação do iter criminis); 6) Crime instantâneo (produz efeitos imediatos). Subsidiariedade expressa. Somente se incidirá neste crime aquele que, mediante a conduta, não configurar crime mais grave. 12

16 6.1. Sistematizando 13

17 Dos Crimes Contra a Incolumidade Pública 1. Dos Crimes de Perigo Comum Incolumidade. Preservação da segurança. Incolumidade pública. Proteção da ordem pública. Perigo comum. Ameaça que traz perigo a pessoas indeterminadas, não sendo necessário o dano efetivo Incêndio (art. 250, CP) Elementos do tipo. São eles: Objeto Jurídico A Incolumidade Pública. Objeto Material Aquilo que fora incendiado. Sujeito Ativo Qualquer pessoa. Sujeito Passivo A sociedade (coletividade), visto se tratar de crime contra pessoa indeterminada ou indeterminável. Tipo Objetivo Causar, no sentido de dar origem, provocar, originar Tipo Subjetivo Dolo ou culpa ( 2º). Elemento Constante na incidência do 1º, I, do artigo em questão, sendo o subjetivo intuito de obter vantagem pecuniária em proveito próprio ou específico alheio. Tentativa É admitido. Consumação No momento em se provoca o incêndio, sendo necessário que haja perigo concreto e real (omitido no tipo penal). Classificação 1) Crime comum (cometido por qualquer pessoa); 2) Crime formal (não exige o resultado naturalístico); 3) Crime comissivo (cometido por ação positiva); 4) Crime de forma livre (pode ser cometido de inúmeras maneiras); 5) Crime de perigo concreto (deve ser comprovada a situação de perigo); 6) Crime unissubjetivo (pode ser cometido por uma única pessoa); 7) Crime plurissubsistente (é possível a segmentação do iter criminis). 14

18 Incêndio. Fogo descontrolado, subsistente por si mesmo. Perícia. Em tal crime é necessário a constatação de perigo comum através de perícia (art. 173 do CPP). Elemento fundamental. A incidência neste crime é confirmada pela resposta positiva em relação a seguinte pergunta: houve concreto e real perigo em relação à vida, integridade física ou propriedade de pessoa indeterminada? Aumento de pena ( 1º). Aumento de 1/3 nos seguintes casos: 1) Intuito de obter vantagem em proveito próprio ou alheio; 2) Incêndio em casa habitada ou destinada a habitação; 3) Incêndio em edifício público ou destinado a uso público ou a obra de assistência social ou de cultura; 4) Incêndio em embarcação, aeronave, comboio ou veículo de transporte coletivo; 5) Incêndio em estação ferroviária ou aeródromo; 6) Incêndio em estaleiro, fábrica ou oficina; 7) Incêndio em depósito de explosivo, combustível ou inflamável; 8) Incêndio em poço petrolífero ou galeria de mineração; 9) Incêndio em lavoura, pastagem, mata ou floresta. Crime culposo ( 2º). Cometido por negligência, imprudência ou imperícia. Qualificadoras (art. 258, CP). São elas: 1) Incêndio doloso: a. Se resulta lesão corporal grave ou gravíssima - +1/2; b. Se resulta morte x2. 2) Incêndio culposo: a. Se resulta lesão corporal - +1/2; b. Se resulta morte pena do 121, 3º, +1/3. 15

19 Sistematizando 16

20 1.2. Explosão (art. 251, CP) Elementos do tipo. São eles: Objeto Jurídico A Incolumidade Pública. Objeto Material Engenho explosivo. Sujeito Ativo Qualquer pessoa. Sujeito Passivo A sociedade (coletividade), visto se tratar de crime contra pessoa indeterminada ou indeterminável. Tipo Objetivo Expor, no sentido de arriscar, submeter; Explodir, no sentido de promover abalo de forte ruído, capaz de causar abrupto deslocamento do ar; Arremessar, no sentido de atirar, jogar, projetar; Colocar, no sentido de posicionar. Tipo Subjetivo Dolo ou culpa ( 3º). Tentativa É admitido, uma vez que os tipos objetivos sejam impedidos por ações alheias à vontade do sujeito ativo. Consumação Quando ocorre a explosão, quando o engenho é arremessado ou quando é colocado em local determinado. Classificação 1) Crime comum (cometido por qualquer pessoa); 2) Crime formal (não exige o resultado naturalístico); 3) Crime comissivo (cometido por ação positiva); 4) Crime de forma livre (pode ser cometido de inúmeras maneiras); 5) Crime de perigo concreto (deve ser comprovada a situação de perigo); 6) Crime unissubjetivo (pode ser cometido por uma única pessoa); 7) Crime plurissubsistente (é possível a segmentação do iter criminis); 8) Crime instantâneo (consuma-se e exaure seus efeitos no mesmo momento). Omissão legislativo. Deixou o legislador de mencionar se tratar de perigo concreto e real. Substância de efeito análogo. Substância que produz efeito igual ou semelhante à dinamite. Crime privilegiado. Dar-se-á com a utilização de engenho diverso da dinamite ou às substâncias de efeito análogo. Neste caso, há pena de reclusão, de um a quatro anos, e multa. Exigência de perícia. O perigo bem como a substância utilizada são constatados por meio de perícia. 17

21 Aumento de pena. Haverá aumento de 1/3 quando: 1) Intuito de obter vantagem para si ou para outrem; 2) Se o crime atinge casa habitada ou destinada a habitação; 3) Se o crime atinge edifício público ou destinado a uso público, bem como a obra de assistência social ou de cultura; 4) Se o crime atinge embarcação, aeronave, comboio ou veículo de transporte coletivo; 5) Se o crime atinge estação ferroviária ou aeródromo; 6) Se o crime atinge estaleiro, fábrica ou oficina; 7) Se o crime atinge depósito de explosivo, combustível ou inflamável; 8) Se o crime atinge poço petrolífero ou galeria de mineração; 9) Se o crime atinge lavoura, pastagem, mata ou floresta. Crime culposo. Negligência, imprudência e imperícia. Qualificadoras (art. 258, CP). São elas: 1) Incêndio doloso: a. Se resulta lesão corporal grave ou gravíssima - +1/2; b. Se resulta morte x2. 2) Incêndio culposo: a. Se resulta lesão corporal - +1/2; b. Se resulta morte pena do 121, 3º, +1/3. 18

22 Sistematizando 19

23 1.3. Inundação (art. 254, CP) Elementos do tipo. São eles: Objeto Jurídico Objeto Material Sujeito Ativo Sujeito Passivo A Incolumidade Pública. Água liberada pela ação do sujeito ativo. Qualquer pessoa. A sociedade (coletividade), visto se tratar de crime contra pessoa indeterminada ou indeterminável. Causar, no sentido de dar origem, fazer acontecer. Dolo ou culpa. É admitido, em tese. Efetivação da inundação, causando perigo concreto. 1) Crime comum (cometido por qualquer pessoa); 2) Crime formal (não exige o resultado naturalístico); 3) Crime comissivo (cometido por ação positiva) ou omissivo impróprio (quando o sujeito ativo tem o dever legal de agir com a devida diligência); 4) Crime de forma livre (pode ser cometido de inúmeras maneiras); 5) Crime de perigo concreto (deve ser comprovada a situação de perigo); 6) Crime unissubjetivo (pode ser cometido por uma única pessoa); 7) Crime plurissubsistente (é possível a segmentação do iter criminis); 8) Crime instantâneo (consuma-se e exaure seus efeitos no mesmo momento). Inundação. Alagamento atual de um local de considerável extensão e não Tipo Objetivo Tipo Subjetivo Tentativa Consumação Classificação destinado a receber águas. Perícia. A existência de perigo comum será atestada pela perícia. Crime culposo. Negligência, imprudência ou imperícia. Qualificadoras (art. 258, CP). São elas: 1) Incêndio doloso: a. Se resulta lesão corporal grave ou gravíssima - +1/2; b. Se resulta morte x2. 2) Incêndio culposo: a. Se resulta lesão corporal - +1/2; b. Se resulta morte pena do 121, 3º, +1/3. 20

24 Sistematizando 21

25 1.4. Perigo de Inundação (art. 255, CP) Elementos do tipo. São eles: Objeto Jurídico Objeto Material Sujeito Ativo Sujeito Passivo A Incolumidade Pública. Obstáculo natural ou obra destinada a impedir inundação. Qualquer pessoa. A sociedade (coletividade), visto se tratar de crime contra pessoa indeterminada ou indeterminável. Remover, no sentido de alterar a colocação, tirar do local em que se encontrava; Destruir, no sentido de aniquilar, obliterar, desintegrar; Inutilizar, no sentido de afastar do fim ao qual se destina. Dolo. Não se admite. Dar-se-á com a prática de qualquer das ações descritas. 1) Crime comum (cometido por qualquer pessoa); 2) Crime formal (não exige o resultado naturalístico); 3) Crime comissivo (cometido por ação positiva) ou omissivo impróprio (quando o sujeito ativo tem o dever legal de agir com a devida diligência); 4) Crime de forma livre (pode ser cometido de inúmeras maneiras); 5) Crime de perigo concreto (deve ser comprovada a situação de perigo); 6) Crime unissubjetivo (pode ser cometido por uma única pessoa); 7) Crime plurissubsistente (é possível a segmentação do iter criminis); 8) Crime instantâneo (consuma-se e exaure seus efeitos no mesmo momento); 9) Crime de ação múltipla ou de conteúdo variado (ainda que a ação incida em mais de um tipo objetivo, somente haverá um delito). Inundação. Idem ao tipo anterior. Tipo Objetivo Tipo Subjetivo Tentativa Consumação Classificação Obstáculo natural. Formação natural que impede o deslocamento das águas. Sua remoção causa a inundação. Obra destinada a impedir inundação. Edificação responsável por represar/ conter as águas, impedindo a inundação. Perícia. Constatará a existência de perigo concreto e real. Qualificadoras (art. 258, CP). São elas: 22

26 1) Incêndio doloso: a. Se resulta lesão corporal grave ou gravíssima - +1/2; b. Se resulta morte x2. 2) Incêndio culposo: a. Se resulta lesão corporal - +1/2; b. Se resulta morte pena do 121, 3º, +1/3. 23

27 Sistematizando 24

28 1.5. Desabamento ou Desmoronamento Elementos do tipo. São eles: Objeto Jurídico Objeto Material A Incolumidade Pública. Construção, morro, pedreira ou semelhante que desaba ou desmorona. Qualquer pessoa. A sociedade (coletividade), visto se tratar de crime contra pessoa indeterminada ou indeterminável. Causar, no sentido de dar origem, dar causa, fazer acontecer. Dolo ou culpa. É possível. Dar-se-á quando do desmoronamento ou desabamento. 1) Crime comum (cometido por qualquer pessoa); 2) Crime material (exige o resultado naturalístico); 3) Crime comissivo (cometido por ação positiva) ou omissivo impróprio (quando o sujeito ativo tem o dever legal de agir com a devida diligência); 4) Crime de forma livre (pode ser cometido de inúmeras maneiras); 5) Crime de perigo concreto (deve ser comprovada a situação de perigo); 6) Crime unissubjetivo (pode ser cometido por uma única pessoa); 7) Crime plurissubsistente (é possível a segmentação do iter criminis); 8) Crime instantâneo (consuma-se e exaure seus efeitos no mesmo momento). Desabamento. Queda de construções em geral. Sujeito Ativo Sujeito Passivo Tipo Objetivo Tipo Subjetivo Tentativa Consumação Classificação Desmoronamento. Queda de formações telúricas/naturais. Perícia. Deve constatar o perigo concreto e real. Não havendo este elemento, caracterizado estará a contravenção disposta no art. 29 da Lei das Contravenções. Crime culposo. Negligência, imprudência ou imperícia. Pena, detenção, de seis meses a um ano. Qualificadoras (art. 258, CP). São elas: 25 1) Incêndio doloso: a. Se resulta lesão corporal grave ou gravíssima - +1/2; b. Se resulta morte x2. 2) Incêndio culposo: a. Se resulta lesão corporal - +1/2;

29 b. Se resulta morte pena do 121, 3º, +1/ Sistematizando 26

30 2. Dos Crimes Contra a Saúde Pública Saúde Pública. Preservação de condições saudáveis para a subsistência. Condições saudáveis. Resume-se em quatro elementos: 1) Água potável; 2) Alimento íntegro; 3) Ar puro; 4) Medicamento eficaz. Crimes contra a sociedade. Crimes contra a coletividade, contra pessoas indeterminadas ou indetermináveis Epidemia Legislação. Art. 267 do Código Penal. Elementos do tipo. São os elementos: 27 Objeto Jurídico Objeto Material Sujeito Ativo Sujeito Passivo Tipo Objetivo Tipo Subjetivo Tentativa Consumação Classificação A Saúde Pública. O germe patogênico. Qualquer pessoa. A sociedade (coletividade), visto se tratar de crime contra pessoa indeterminada ou indeterminável. Causar, no sentido de dar origem, dar causa, fazer acontecer. Dolo ou culpa. É possível na modalidade dolosa, se por fato alheio à vontade do sujeito ativo o crime não se consumar. Somente se dará com a infecção efetiva de várias pessoas ao mesmo tempo. Não se consumando, portanto, quando da propagação. 1) Crime comum (cometido por qualquer pessoa); 2) Crime material (exige o resultado naturalístico); 3) Crime comissivo (cometido por ação positiva); 4) Crime de forma vinculada (a consumação se dá de forma determinada, qual seja, a propagação de germes patológicos); 5) Crime de perigo concreto (deve ser comprovada a situação de perigo); 6) Crime de dano (vem a lesar pessoas indeterminadas); 7) Crime unissubjetivo (pode ser cometido por uma única pessoa); 8) Crime unissubsistente (não é possível a segmentação do iter criminis) ou plurissubsistente (é possível a segmentação do iter criminis);

31 9) Crime instantâneo (a consumação não se alonga no tempo); 10) Crime de efeitos permanentes (enquanto não houver a efetiva cura da doença). Epidemia. São os elementos característicos: 1) Atinge grande número de pessoas; 2) Atinge local determinado; 3) Permanece por curto período de tempo. Endemia. São os elementos característicos: 1) Atinge grande número de pessoas; 2) Atinge local determinado; 3) Ocorre com frequência considerável. Pandemia. São os elementos característicos: 1) Atinge grande número de pessoas; 2) Atinge local indeterminado; 3) Permanece por curto período de tempo. Germes patogênicos. Microrganismos capazes de transmitir doenças infectocontagiosas. Crime doloso. São os elementos: 1) Não havendo morte: pena de 10 a 15 anos de reclusão; 2) Havendo morte: pena aplicada em dobro crime hediondo. Crime culposo. Praticado por negligência, imperícia ou imprudência. 1) Não havendo morte: pena de 1 a 2 anos de detenção; 2) Havendo morte: pena de 2 a 4 anos de detenção. Resultado lesão corporal. Não há qualquer exasperação. Vítima determinada. Configura-se o crime de perigo de contágio de moléstia grave. 28

32 Sistematizando 29

33 2.2. Envenenamento de Água Potável ou Substância Alimentícia ou Medicinal Legislação. Art. 270 do Código Penal. Elementos do tipo. São os elementos: Objeto Jurídico A Saúde Pública. Objeto Material A água potável, a substância alimentícia ou medicinal. Sujeito Ativo Qualquer pessoa. Sujeito Passivo A sociedade (coletividade), visto se tratar de crime contra pessoa indeterminada ou indeterminável. Tipo Objetivo Envenenar, no sentido de tornar algo tóxico com a utilização de veneno. Tipo Subjetivo Dolo ou culpa. Tentativa É, teoricamente, admissível. Consumação Consuma-se no momento em que a água potável, a substância alimentícia ou medicinal deixam de estar aptas ao consumo em decorrência da adição de veneno. Não é necessário, portanto, que cause efetivo dano. Classificação 1) Crime comum (cometido por qualquer pessoa); 2) Crime formal (não exige o resultado naturalístico); 3) Crime comissivo (cometido por ação positiva); 4) Crime de forma livre (pode ser cometido por meios diversos); 5) Crime de perigo comum abstrato (coloca número indeterminado de pessoas em perigo, sendo a gravidade estipulada a partir da força do veneno em questão); 6) Crime unissubjetivo (pode ser cometido por uma única pessoa); 7) Crime plurissubsistente (é possível a segmentação do iter criminis); 8) Crime instantâneo (a consumação não se alonga no tempo). Água potável. Própria para beber ou produzir alimentos. Uso comum. Proveniente de serviço público ou meio natural. Uso particular. Encontra-se em propriedade privada. Substância medicinal. Destinada a curar ou dirimir sintomas de doença. Substância alimentícia. Destinada à nutrição e sustentação do humano. Destinação ao consumo. Destinada ao consumo humano, não incluindo animais. 30

34 Crime culposo. Negligência, imprudência ou imperícia. Neste caso, a pena será de detenção, de seis meses a dois anos. Qualificadora. Art. 285 c/c art. 267 do Código Penal: 1) Diante do crime doloso: a. Se resulta lesão: aumenta-se de 1/2; b. Se resulta morte: aplica-se a pena em dobro. 2) Diante do crime culposo: a. Se resulta lesão: aumenta-se de 1/2; b. Se resulta morte: aplica-se a pena do homicídio culposo (art. 121, 3º, CP), aumentado de 1/3. Sujeito passivo determinado. Configurado estará o crime de perigo para a vida ou saúde de outrem. Envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal Corrupção ou poluição de água potável. Na primeira há contaminação por veneno; na segunda, porém, a contaminação ocorre em decorrência de qualquer outra substância. 31

35 Sistematizando 32

36 Este resumo ainda está em desenvolvimento. Em breve novas atualizações. Fique ligado! 33

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